Hugo tinha acabado de sair da enfermaria. Andava meio sem jeito, pois ficou um bom tempo na cama, então colocar os pés no chão novamente foi uma sensação meio estranha para ele. Foi liberado mais cedo, pois não estava com nenhuma doença e não tinha se machucado- tirando a parte da tarde, quando Albus lhe bateu.

Antes de sair deu uma ultima olhada em sua prima. Estava preocupado com ela. Passou o dia inteiro sem abrir os olhos. Sabia que foi por muita sorte que ela tinha sobrevivido, se tivesse demorado um pouco mais, estaria agora em um funeral onde todos de sua família estariam com ódio dele.

A diretora avisou que após ele saísse da enfermaria era para ir imediatamente para sala dela. Era óbvio que era pra dar explicação do ocorrido, algo que ele não estava nenhum um pouco preparado. As probabilidades de ser expulso estavam em alta, era pouca a chance de continuar em Hogwarts. Depois dessa, nunca poderia ser capaz de fazer o objetivo que ele tinha desde que conhecerá a inspiração para um estudo e pesquisa maior, Jared.

Para Hugo, o mundo tinha acabado de desmoronar. O começo da tragédia foi quando sua prima curiosa demais, não ouviu suas palavras, e acabou pagando caro por não saber ouvir a pessoas e fazer tudo por impulso. Seu primo Albus, foi à outra tragédia, nunca viu seu primo daquele jeito, descontrolado, estressado e incontrolável, após seu primo ter ido embora da enfermaria sendo fortemente carregado por Jhon, Hugo percebeu que merecia cada soco que levou e chute, era uma forma de pagamento pelo o que fizera com sua prima, mas ele sabia perfeitamente que esse pagamento foi bastante barato, porque pelo o que ele fez, foi muito mais caro. Ver a reação de decepção no rosto de Julie foi uma dor horrível, Julie e Jared foram às pessoas que mais apoiou ele durante esses anos para fazer a pesquisa, eles o incentivavam a cada dia, mostrando a ele o orgulho que sempre sonha de um dia ver nos rostos das pessoas mais importantes por fazer algo magnífico, porém esse sonho parece que nunca ocorrerá, já que há essa hora a diretora pode estar escrevendo uma carta onde nela estaria escrita a expulsão de Hugo.

Estava no indo para o sexto andar, quando viu que seu primo James estava descendo a escada com um sorriso no rosto e uma bela marca de chupão no pescoço. Ele descia alegremente praticamente pulando nas escadas.

Ótimo! Tudo o que eu mais precisava! Pensou Hugo quando James finalmente percebeu seu primo.

–Hey, Hugo! Está uma bela noite, você não acha?- Perguntou James mudando o rumo do caminho quando viu que seu primo subia as escadas, decidiu acompanhá-lo.

–Para quem passou praticamente o dia inteiro transando. Quem não estaria achando isso, não é?- Ironizou Hugo de mau humor.

–Você anda muito estressadinho, Hugo. Além do mais porque está subindo? Por acaso finalmente conseguiu chamar uma garota para sair?- James deu um sorriso safado.

–Quem me dera se fosse isso. Na verdade, a diretora está me chamando agora, por isso eu estou subindo- Respondeu emburrado.

–O que andou aprontando?

–Se você não estivesse ocupado demais essa tarde, talvez você soubesse- Retrucou estressado.

Eles tinham acabado de alcançar o sétimo andar. Hugo não sabia se ficava satisfeito com isso, já que isso significava que mais rápido se livraria de James. Ou se ficava triste, pois o pesadelo ficaria mais perto de chegar.

–Você é muito dramático, Hugo! Você deveria saber aproveitar mais a vida, em vez de ficar dramatizando ela!- Esbravejou James.

–Se você não estivesse tão ocupado com a sua talvez entendesse o que eu faço!- Respondeu Hugo entrando no gabinete da diretora não dando tempo de James se explicar.

Um alívio veio, mas a tensão chegou após alguns segundos ao se tocar do porque ele estava ali.

A diretora estava escrevendo em algum pergaminho. Que no pensamento de Hugo, ela estava escrevendo uma carta para os seus pais, onde dizia que a família deveria sentir desgosto de um membro, pois nem mesmo Jorge e Fred foram capazes de chegar á um limite de ser expulso da escola.

–Pode sentar-se, Sr Weasley- Falou McGonagall sem olhar para a garoto e ainda escrevendo.

Nervosamente, Hugo foi até a cadeira que se encontrava em frente à escrivaninha da diretora. Ele ficou sentando esperando bastante ansiosa, que a diretora terminasse de escrever e começasse a falar com ele.

McGonagall terminou de escrever. Colocou a pena no tinteiro e olhou fixamente para o ruivo que se encontrava bastante nervoso sentado na cadeira.

–Você sabe o motivo de estar aqui, não sabe? Sr. Weasley – Perguntou a diretora.

–Sim, diretora- Respondeu baixinho.

–Bem, acho que você pode começar me explicando o que aconteceu.

–Envenenei a minha prima- Respondeu sendo direto.

De todas as coisas que poderiam vir de Hugo Weasley, McGonagall jamais iria pensar que ele diria uma coisa dessas. Estava surpresa, contudo continuou com sua pose séria.

–E por qual motivo você fez isso?

–Foi um acidente.

–Sr Weasley, acho melhor o senhor me contar essa história desde começo, sem faltar detalhes, para que eu possa entender melhor- Aconselhou McGonagall.

Era isso. Não tinha mais nada a esconder. De qual quer forma ele seria expulso. Contou a história para a diretora que escutava tudo bastante atentamente.

–Afinal que poção era essa que você criou?- Perguntou a diretora quando Hugo terminou de explicar a história.

–Era uma poção que faz com que as pessoas não virem um lobisomem durante a lua cheia- Explicou Hugo.

Durante toda explicação da história de Hugo, ela se manteve bastante séria. Mas isso foi algo que ela não pode ser capaz de esconder a sua surpresa quanto a isso.

–Como assim?- Indagou assustada- Isso é impossível!

–Antes era, mas agora não mais, não para mim.

–Como foi capaz de fazer isso?

–Nem eu mesmo sei. Apenas vi que um amigo meu sofrendo por ele ter essas transformações, então eu decidi ajuda-lo. Acabei por criar a essa poção, que deixou a vida do meu amigo bastante mais fácil.

–Sr. Weasley, não sei se você percebeu, mas nós estamos em uma situação delicada. Você quase matou sua prima, por uns dos ingredientes de sua poção ser perigoso. E agora fala que criou a poção que todos os Mestres de Poções desejariam criar.

–Isso significa que eu estou sendo expulso?- Perguntou Hugo nervoso.

–Por muita sorte sua. Não, você não está sendo expulso!- Hugo nunca se sentiu tão feliz como agora- Mas está de detenção e receberá um castigo que durará até o seu ultimo ano aqui em Hogwarts. Não poderá praticar quadribol!

–O QUÊ?

–Não grite Sr. Weasley! Já está tendo muita sorte por eu não expulsar você! Eu sei que o senhor iria fazer os testes para entrar. Mas eu estou proibindo que jogue, para que esse acidente perigosíssimo nunca mais se repita!

–Tudo bem- Aceitou o castigo desanimado.

–Quanta a poção. Eu vou deixar que você produzisse. Entretanto, o ministério estará sabendo sobre isso, e só poderá fazer isso quando o professor de poções estiver ao seu lado. Ficou claro?

–Mas claro do já está, impossível.

–Ótimo! Dispensando!

Hugo saiu da sala quase que saltitando. Só não saiu assim, pois não gostaria que McGonagall visse sua felicidade.

Claro, a parte ruim é que infelizmente não poderá praticar quadribol. Justamente o ano que ele faria os testes.

Mas a felicidade e o alivio foi maior. Ele estava tão feliz que se James estivesse ali, ele o beijaria de tanta felicidade. Só faltava Lily acorda para que deixasse as coisas melhores ainda.

****

James estava de boca aberta com o que via.

Após a sua conversa bastante “agradável” com Hugo, ele foi correndo até a enfermaria. Chegando lá encontrou a sua irmã deitada na cama bastante pálida. No começo pensou que ela só tinha passado mal. Mas quando a enfermeira chegou e explicou o ocorrido, ele ficou bastante surpreso por Lily ter escapado da morte.

Estava sentando na cadeira ao lado da cama acariciava a mão dela com polegar, e olhava para ela como se a qual quer momento ela acordasse.

–Ela está menos pálida do que antes- Comentou uma voz ao lado dele.

–Estava?

–Sim, era até assustador, pois só o cabelo que dava cor ao corpo dela.

–Onde está o meu irmão?

–Scorpius deve ter obrigado ele a ir a cozinha, já que ele não saia daqui.

–Onde você estava?

–Pegando um pouco de ar fresco.

–Não, eu quero saber onde você estava quando tudo isso aconteceu.

–Estava andando por Hogwarts.

James riu. Foi uma risada irônica. A ruiva que estava ao lado dele o encarou surpresa e assustada com a reação dele.

–Então a minha priminha Rose estava andando toda saltitante pelo castelo enquanto a minha irmã estava ocupado quase morrendo!- Exclamou James estressado.

Estava estressado, desanimado e triste. Então decidiu colocar a culpa nisso tudo em que estava mais perto dele agora, ou seja, Rose.

–Eu não sabia onde ela estava! E mesmo que eu soubesse, eu acharia que ela estaria segura- Defendeu-se.

–NÃO! VOCÊ DEVERIA ESTAR CUIDANDO DELA! VOCÊ SEMPRE FEZ ISSO A VIDA INTEIRA! MAS AGORA ESTÁ OCUPADA COM A SUA VIDINHA DE ABRIR PERNAS QUE LARGOU MINHA IRMÃ!- Ele se levantou da cadeira gritando estressado.

–JAMES! O QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO É SEM SENTIDO! E EU NÃO ESTOU ABRINDO MINHAS PERANS! E VOCÊ NÃO TEM DIREITO NENHUM DE FALAR ASSIM COMIGO, POIS VOCÊ É UM PESSIMO IRMÃO, QUE TROCA ELA POR QUAL QUER RABO DE SAIA QUE VIER- Rebateu Rose.

–MAS VOCÊ QUE ERA A “AMIGUINHA” DELA- Fez sinal de aspa quando falou- DEVERIA ESTAR AO LADO DELA NESSAS HORAS!

–E VOCÊ COMO O IRMÃO DELA DEVERIA ESTAR AO LADO DELA!- Rebateu Rose- ONDE ESTAVA VOCÊ? É CLARO QUE ESTAVA OCUPADO DEMAIS ABRINDO AS PERNAS DE UMA GAROTA. VOCÊ FOI CAPAZ DE TROCAR SUA IRMÃ POR SEXO JAMES!- Falou irônica e se sentiu vingada com a cara que James fez.

–Senhores, eu terei que pedir para que saíssem se continuasse com essa gritaria!- Exclamou a enfermeira acabando de chegar.

–Não se preocupe. Vou sair agora, já que eu passei a tarde inteira aqui, eu vou voltar para o meu dormitório- Falou Rose já saindo da enfermaria.

Era mentira. Passou apenas uma ou duas horas ali. Mas ela só disse àquilo para que James se sentisse mais culpado.