Quando Nico Di Angelo Encontrou O Amor escrita por BRENA


Capítulo 21
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

AMOREEEES FELIZ NATAL ATRASADO E UM PROSPERO ANO NOVO ADIANTADO!!!!
Aqui está, o ultimo capitulo da fic par vcs; Espero que gostem! Vou sentir saudades :') beijos amo vcs ♥



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Dois Anos Depois...

–Vem logo, Nico.

Connor ria enquanto Travis batia com força na porta do meu chalé.

–Eu não quero ir – Reclamei. Era muito cedo para levantar.

–Quiron mandou a gente vir te buscar. O jogo já vai começar. - Travis disse

Eu realmente não me dava bem com os esportes do acampamento. Nenhum deles. Por isso, nem me dei o trabalho de perguntar qual jogo seria.

–Qual parte do 'não', voce não entendeu? - Bufei e deitei na minha cama. Não iria sair dali.

–Ok, você não nos deu escolha – Ouvi baixinho algo se mexer na maçaneta. Depois de alguns minutos a porta se abriu e Connor jogou um grampo na minha cara. - Somos filhos de Hermes, você acha mesmo que não invadiríamos?

–Aaaah, que droga!!! - Me sentei, ajeitando o meu cabelo que deveria estar horrível - Por que vocês não vão embora??

–Porque foram ordens de Quiron! - Connor se aproximou – Você acha mesmo que eu queria estar aqui?

–Fala pra ele que eu estou doente, sei lá... -Comecei a inventar uma desculpa mas Travis me interrompeu

–Ei, o que isso? - Ele pegou uma pequena caixa que estava debaixo da minha cama. Eu odeio os Stoll.

–Larga isso – Tomei a caixa da sua mão antes que ele pudesse abri-la. O que obviamente o deixou muito curiso. Connor segurou minhas mãos enquanto Travis recuperava a minha caixa.

Ele a abriu e pegou o papel que tinha dentro. "Mía" pensei "Quanto tempo"

–Que desenho horrivél - Travis analisou – Quando eu tinha oito anos desenhava melhor.

Connor me soltou e foi até ele.

–Não desenhava não.

–Desenhava sim.

–Saiam do meu quarto – Peguei o papel da mão de Travis e os expulsei a força.

–Quiron vai vir aqui te chamar – Connor avisou.

–Ok – Dei de ombros e fechei a porta na cara deles.

Olhei o papel. Desde que Mía havia ido embora, nunca mais tinha o pego. Passei a mão pelo meu pescoço e tirei o colar de dentro da blusa. Olhei-o. Não o tinha tirado desde aquele dia.

Fui até a caixa e coloquei o papel de volta ali. Dessa vez iria esconde-la melhor, para que nenhum filho de Hermes encontrasse. Um pouco antes de fecha-la vi algo no verso do desenho.

"Manhattan Psychiatric Center - numero 600 – rua 126th – Nova York"

Não podia acreditar. Era o endereço. O endereço de onde Mía estava... Todo esse tempo eu não tinha notado... Precisava ir lá vê-la. Já fazia muito tempo, talvez ela nem frequentasse mais o lugar... Mas eu tinha que tentar.

Comecei a correr para chegar até o metro mais próximo mas de repente parei e pensei: "uma viagem nas sombras seria mais rápido"

Olhei para o endereço e me esforcei ao máximo que pude e em questão de minutos estava lá.

Meio tonto.

Ansioso.

Com medo.

Mas principalmente, feliz.

Respirei fundo e adentrei o local. Era tudo limpo e branco, silencioso, talvez até demais. Podia ouvir meus passos ecoando no chão e a moça do pequeno balcão de entrada me olhou de cima a baixo;

–Posso ajudar? - Ela disse, com um tom de voz que contrariava suas palavras. Seus olhos eram verdes e parecia ter em torno de 20 e poucos anos. O cabelo preso num coque e o uniforme de trabalho a deixavam profissional. Era muito bonita.

–Sim, eu – Comecei, tentando pensar no que dizer. Eu nem ao menos sabia o sobrenome de Mía... Heloisa. - Eu vim visitar uma amiga.

–Qual o nome dela, por favor? - A moça disse sem olhar para mim, mexia em um computador enquanto anotava algo. Parecia ocupada.

–Heloisa. - Eu disse e ela subitamente parou o que fazia e me olhou. Olhou bem nos olhos. Senti um calafrio.

–Desculpe, mas não temos nenhuma paciente com esse nome. - Ela voltou a anotar e seu olhar se desviou.

–Ah – Eu falei, realmente desapontado. Já faziam dois anos. Ela não estaria lá por tanto tempo – Tudo bem, obrigado.

A moça deu um meio sorriso e essa foi minha deixa para me retirar. Eu sentia algo no meu rosto, como um formigamento, meu nariz, minha visão ficou turva. Eu estava prestes a chorar. Não podia ir embora, não ainda.

–Desculpe – Eu me virei para o balcão e tirei a atenção da moça novamente, que ficou ligeiramente frustrada. – Eu realmente preciso falar com essa pessoa. Tenho certeza de que foi tratada aqui a uns dois anos atrás, ela me deu o endereço mas eu só o vi hoje, por favor... - Por um momento, senti que a balconista teve pena de mim - Por favor, me ajude.

Ela se aconchegou na cadeira e pareceu refletir no que eu disse.

–Voce disse a dois anos atrás certo? - Ela falou tão baixo que eu quase não ouvi. Eu assenti com a cabeça - Olha, eu realmente não posso divulgar informações pessoais sobre nossos pacientes. – Seus olhos encontraram os meus novamente - Mas em torno de dois anos uma moça chamada Heloisa esteve em tratamento aqui durante seis meses. Ela tinha problema de memoria, se não me engano – Meu coração deu um salto – Hoje em dia ela é voluntaria aqui no hospital. Eu posso chama-la, se voce quiser.

–Sim! – Eu disse, meio tom mais alto do que esperava - Sim, por favor.

Sem dizer nada, ela se levantou e sumiu da minha vista. Poucos minutos depois ela voltou.

–Ela disse que já vem, aguarde ali por favor – Ela apontou para um sofá que ficava no canto da imensa sala.

Obedeci e me afundei no sofá. Meu coração ainda batia forte. Não me lembrava quanto tempo tinha passado quando escutei aquela voz e a vontade de chorar voltou.

–Nico. - Olhei para frente. Mía estava lá, quase igual antes. Os olhos negros, como a noite, inocentes, como um bebe. Seu cabelo, igualmente escuro estava preso num rabo de cavalo. Nunca tinha há visto com cabelo preso antes. Linda. Ela pareceu sem fala, assim como eu.

Me aproximei dela. Estava tão perto que podia sentir sua respiração, assim que encostei minha testa na dela. Ela não sorria.

–Voce não veio me visitar – Disse com aquela voz fragil e ingenua – Achei que não gostava mais de mim.

Eu não consegui responder. Tinha certeza que, se dissesse algo, iria chorar. Não queria que a moça da recepção me visse chorar. Não queria que Mía me visse chorar. Então simplesmente tirei o colar debaixo da camisa. Mía chorou.

Enxuguei suas lagrimas, devagar. Ela também tirou o colar dela e juntou ao meu.

–Igual o desenho. - Ela riu e apoiou a cabeça no meu ombro. Tinha tanta coisa pra dizer a ela. Dizer que não teve um dia em que não lembrava do seu sorriso. Que toda noite doia saber que não veria ela no dia seguinte. Que eu não sabia que ela tinha escrito o endereço no desenho por que, se soubesse, teria vindo no dia seguinte. Dizer que eu amava ela mais do que qualquer pessoa que já tivesse conhecido. Mas eu não consegui dizer nada.

Invés disso, eu a puxei para perto e a abracei, chorando com ela.

Ficamos assim por mais ou menos vinte minutos.

–Voce tá chorando? - Ela sussurrou.

–Eu não. - Falei com a voz fraca. Primeira coisa que disse desde que aa vi.

Ela tentou se soltar de mim para ver meu rosto, mas eu não deixei por que estava realmente chorando.

–Eu senti sua falta – Disse.

–Eu também.

–Não sabia do endereço. Vi que você tinha escrito ele só hoje. Eu teria vindo antes, juro, mas eu não... - Ela me beijou.

Naquele momento tudo que tinhamos passado me veio a cabeça. O beco. O Homem. O Senhor Moço, O quanto ela ficou feliz em ir ao parque. Lembrei de Alisson. Lembrei dela dizendo que me amava.

–Quer namorar comigo? - Não sei de onde saiu coragem para dizer aquilo. Só sei que não queria passar um segundo longe dela.

Ela segurou minha mão e sorriu, virando a cabeça meio de lado, como se não tivesse entendido a pergunta.

–Não quero mais ficar longe de voce, Mía. – Eu continuei - Eu te amo. Muito. Então, voce quer namorar comigo? - Senti que corei.

Ela riu.

–Muito – Respondeu – Quero muito.

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Dez Anos Depois...

–Alisson, devolve a boneca da sua irmã - Mandei, um pouco frustrado. Ela era muito desobediente.

–Só quando ela disser onde escondeu a Lila. - Alisson respondeu entre lagrimas. Acho que estava mais frustrada que eu.

–Você escondeu a boneca dela, Bianca? - Mía disse, mais meiga do que brava.

–Não. - Bianca cruzou os braços.

–Voce já tem oito anos. – Eu falei á Bianca - Sua irmã tem apenas cinco. Devolva a boneca dela, agora.

–Não - Bianca bateu o pé.

–Ok, as duas vão ficar sem sobremesa. - Elas começaram a chorar.

Mía foi para a cozinha e olhou para mim. Fez um sinal para que eu a seguisse. Obedeci. Olhei para ela. O tempo tinha passado mas ainda era linda. Seus olhos ainda eram inocentes e a fala era doce. Seu sorriso com certeza a fazia parecer mais jovem do que realmente era.

–Quer sair hoje a noite? - Ela disse, sorrindo como sempre. Pela primeira vez, senti um pouco de malicia no seu olhar.

–Para onde? E as crianças? - Emendei uma pergunta na outra.

–Olha lá - Mía apontou para as meninas que, mesmo depois da briga, agora brincavam juntas com suas bonecas e riam. - Vão ficar bem. Peço para meu Tio cuidar delas.

"O Homem" pensei, mas não falei nada.

–Onde quer ir? - Perguntei a puxando pra perto.

–Não sei – Ela riu e sussurrou no meu ouvido – Mas dessa vez quero um menino.

Sorri, concordando.

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Nós ainda usávamos o colar.

Fim


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Notas finais do capítulo

O que acharam? É O ULTIMO REVIEW GENTE TEM QUE SER GRANDE TA KKKKKK amo mt vcs. N acredito que já é o ultimo... Se gostaram recomendem e favoritem! OBg por tudo! Serio, vcs são dms



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