70x7 escrita por Daniella Rocha


Capítulo 6
Capítulo 6 — Ter cuidado é sempre muito bom


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiie! Como foi o final de semana de vcs? ;33
Espero que vocês curtam esse capítulo! ;D
BOA LEITURA! xD



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— Você tem certeza, querida? — Tess perguntou pela oitava vez naquele minuto. Ela não conseguia se conformar que sua garotinha estava realmente se mudando, não, não depois de vinte e dois anos de convivência.

— Tenho mamãe! Sério! Eu estou muito animada e nem é por que eu não vou ter mais que comer o que o papai cozinha. — Pepper respondeu enquanto enxugava as lágrimas de sua mãe.

— Ei! Eu estou bem aqui! — Ian disse inconformado.

— Eu estou brincando papai. — A loura disse enquanto o abraçava e ria divertida.

— Sua comida é muito, muito e muito gostosa vovô! — Rachel, a garotinha de seis anos de idade, disse saltitando no mesmo lugar.

— Ah! Como eu vou conseguir sobreviver longe da minha netinha? — Ian perguntou a pegando no colo e a jogando para cima.

— Não se preocupe eu vou te ligar todo mês, toda semana, todo...

—... Dia...

—... Todo minuto...

—... Todo...

—... Segundo! — Ian, Tess e Pepper terminaram a frase e os quatro riram.

— Não se preocupem vai ser ótimo em Nova York, eu colocarei em pratica, finalmente, minha faculdade de administração. Vou matricular minha filha em um ótimo colégio, vamos morar perto do Central Park e sempre que possível iremos vir visitar vocês. — Pepper os tranqüilizou os abraçando e depositando um beijo na bochecha de cada um deles. — Agora precisamos ir senão vamos perder o vôo.

— Vou sentir saudades! — Rachel disse enquanto abraçava seus avos mais uma vez.

— Nós também meu amor. — Tess disse voltando a chorar novamente e Ian a abraçou.

— Nos ligue assim que chegarem. — Ian as lembrou.

— Claro papai! — Pepper e Rachel acenaram.

~*~*~

— Eu não preciso de uma babá. — Queixou-se logo pela manhã, mas seus pais não pareciam abertos a algum tipo de negociação.

— Para alguém que está em sua atual situação não deve se achar no direito de querer alguma coisa. Ou você simplesmente aceita sair com o Happy ou você não sai. — Seu pai deixou claro e sua mãe preferiu não intervir no assunto, até porque todos naquela mesa sabiam que ela concordava com seu marido.

— Eu só quero dá uma volta. — Insistiu. — Não vou fazer nada demais.

— Nos dê motivos para confiarmos em você novamente e você poderá sair quando quiser. — Maria, por fim, disse.

— Como eu posso dá motivos de confiança se vocês não me derem à oportunidade? — Perguntou arqueando uma sobrancelha.

Howard e Maria trocaram olhares e o senhor Stark suspirou, enquanto deixava sobre a mesa o jornal daquela manha.

— É o seguinte, você pode sai...

— Isso! — Tony pulou da cadeira e foi logo colocando seus óculos escuros.

— Calma, calma que eu não terminei, apressadinho. — Howard avisou.

— Ah! Qual é? — O moreno balançou a cabeça negativamente.

— Se você não estiver aqui até na hora do almoço eu prometo que destruo seus carros e...

— Eu vou chegar na hora do almoço. É serio. Já posso ir? Só quero dá uma volta, que mal há nisso?

— Anthony aprenda a ouvir ao invés de ficar interrompendo os outros. — Maria advertiu o filho que fez uma careta.

— Obrigado. — Howard olhou para sua esposa, mas logo se virou novamente para Tony. — E você vai ir conosco amanha a igreja.

Foi como se Tony tivesse chupado limão azedo, sua reação foi como se ele tivesse realmente com um limão nos lábios.

— Preciso? — Perguntou irritado.

— Necessita. Agora se manda antes que eu mude de ideia. — Howard voltou a abrir seu jornal e Tony saiu da sala de refeições bufando.

~*~*~

— Mamãe ‘ta chovendo! — Rachel gritou enquanto saia do taxi e corria para o hall do prédio.

— Eu sei amor. — Pepper pagou o taxista assim que ele a ajudou a retirar as malas do veiculo. — Obrigada. — Ela agradeceu e o rapaz assentiu dirigindo-se ao carro novamente.

— É aqui que vamos morar? — A garota, de casaco cinza e calça preta, perguntou.

— Parece que sim. — Pepper a pegou no colo e as duas olharam para todos os lugares onde fosse possível seus olhos alcançarem. — Gostou?

— Gostei! — Rachel olhou para Pepper e lhe deu um beijo na bochecha.

Pepper a colocou no chão, perto das malas e depois olhou para o prédio onde elas iriam morar.

— Olha, eu vou entrar rapidinho para pedir alguém que nos ajude a levar as malas para dentro e eu já volto, tudo bem? — A loura perguntou depositando um beijo no alto da cabeça de Rachel, que assentiu.

Assim que Pepper entrou no prédio, Rachel sentou-se sobre a mala maior e continuou olhando cada ponto de Nova York, algumas pessoas passavam por ela a olhando, mas outras não se davam a esse trabalho, mas Rachel olhava para a feição de cada uma delas, algumas sorriam e outras tinham o semblante neutro, apenas neutro, até que um desses com rosto sem feição alguma passou tão perto dela que acabou a derrubando da mala e ela cambaleou para frente e caiu onde o taxi estava estacionado minutos antes.

— Cuidado! — Uma voz gritou e Rachel olhou para frente, um carro vinha em sua direção e ela abaixou a cabeça e colocou os braços sobre o rosto.

O que aconteceu em seguida foi uma série de fatos que Rachel não sabia dizer o que veio primeiro ou por ultimo, a única coisa de que ela tinha certeza é que alguém estava com ela nos braços. Quando ela abriu os olhos se deparou com um homem de cabelo negro, cavanhaque e olhos castanhos escuros.

— Você está bem? — O homem a havia tirado da direção em que vinha o carro e corrido com ela até em frente ao hall novamente.

— Estou. — Ela assentiu e ele a colocou no chão.

Algumas pessoas que haviam presenciado tudo haviam parado ao redor deles, mas ao verem que estava tudo bem voltaram a caminhar para seus destinos.

— Tem certeza? — Perguntou com a testa franzida.

— Aham. Obrigada. — O coração dela ainda pulava descontrolado e ela estava mais molhada do que antes pela chuva.

— Onde ‘ta seus pais? Você não pode ficar sozinha assim garota. Quer morrer?

— Não, claro que não! Minha mãe ‘ta lá dentro, eu não tive culpa, me empurraram. — Disse colocando as mãos na cintura e ficando em uma posição que, se o homem não estivesse tão perturbado com o que havia acabado de passar, estaria rindo.

— Então fala pra sua mãe te vigiar melhor e você trate de prestar mais atenção.

— Me vigiar? Eu não sou um cachorro. — Entoou emburrada, semicerrando os olhos.

— Eu não quis dizer isso. Só — ele suspirou — toma mais cuidado. — Ele voltou a colocar os óculos escuros e voltou a seguir seu caminho, mas ele estava tão distraído que não notou uma poça d’água a sua frente e acabou pisando nela.

— Acho que você é quem tem que tomar mais cuidado. — Rachel disse enquanto ria. Tony fechou os olhos e puxou o ar para seus pulmões lentamente como se estivesse se esforçando muito para não acabar soltando alguma palavra que traumatizasse a garotinha que ria descontroladamente.

— Para! — Tony bradou irritado e Rachel se calou rapidamente. — É feio rir dos outros sabia?

— É feio ser ignorante, sabia?

— Eu não fui ignorante com você, sua pestinha! — Rachel arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços como quem diz “Sério? Conte-me mais”. — Ok, talvez um pouco. — Ele passou as mãos pelos fios de cabelo e se agachou, até ficar na altura dela. — Acho que começamos do jeito errado. — Ele estendeu a mão. — Eu sou Anthony.

— E eu sou Rachel. — Ela apertou a mão dele e sorriu angelicalmente.

— Nome muito bonito. — Comentou Tony enquanto se levantava outra vez.

— Eu sei, mamãe tem um bom gosto e — Tony olhou para ela com uma sobrancelha arqueada, mas depois riu —, falando nisso ela está vindo, vem, vou apresentar meu novo amigo para ela.

— Deixa pra depois. — Disse soltando sua mão da dela, pois ela havia a pego novamente. — Estou com pressa. Prazer te conhecer Rachel e vê se toma mais cuidado.

— Te digo o mesmo Anthony! — Rachel acenou e ele apenas assentiu com a cabeça e em seguida se misturou com as pessoas que caminhavam pela calçada. 


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Notas finais do capítulo

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Fiquem com Deus ;**