70x7 escrita por Daniella Rocha


Capítulo 3
Capítulo 3 — O amor é cego? Eu diria doloroso


Notas iniciais do capítulo

Uma dica: Quem não gosta muito da Pepper, nesse capítulo vocês podem... desgostar dela mais um pouco pskaop'
Hãã... Oi. Pskapoa' Como cês tão? ^_^
BOA LEITURA! xD



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Se fosse no meio de semana, naquele horário, a rua estaria cheia de carros ou de pessoas em bicicletas ou até mesmo andando, pois a parada de ônibus ficava há uma quadra dali, mas como era um domingo a rua parecia meio deserta, mas Tony sabia que avenida principal não estaria, principalmente porque o parque estava na cidade, felizmente, até parecia que tinha sido de propósito, pois justo na semana do aniversário de Pepper eles resolveram se instalar na cidade. Para Tony foi um bote salva vidas, pois até semana passada ele não fazia ideia de onde levar Pepper.

— Ei! — Tony olhou para trás e se deparou com a linda loura trajando um lindo vestido azul celeste. — Por que você não entrou?

Tony havia ficado sentado na calçada, pois ele gostava de ficar sentado ali a noite por motivos que para algumas pessoas poderia ser insignificantes, mas que para ele eram importantes, a brisa suave, o céu com as estrelas, a serenidade do lugar, pois nenhum lugar era mais calmo do que a calçada dos Potts em um domingo a noite.

— Você sabe o porquê. — Respondeu se levantando e limpando o fundo da calça jeans preta que vestia.

— Claro, você está apreciando o que o Senhor fez. — Respondeu sorrindo.

— São as pequenas coisas que as pessoas deveriam apreciar, pois são elas que fazem a diferença, mas elas são tão pequenas que as pessoas acham que elas são insignificantes, mas eu queria ver alguém viver sem elas. — Eles caminharam pela calçada um ao lado do outro.

— Você é tão sensível. — Disse rindo.

— Só não gosto de como as pessoas vivem suas vidas, elas passam por momentos sem iguais e não aproveitam. — Suspirou. Pepper sabia como Tony via a vida, ele sabia o valor que ela tinha e o modo desrespeitoso como as pessoas a viviam o incomoda.

— Você deveria escrever um livro. — Comentou.

— Você sempre diz isso. — Riu passando o braço pelos ombros dela.

— E vou continuar dizendo até você me dá ouvidos. — O empurrou.

— E como eu deveria chamar o livro? "Aprecie a vida se não eu te mato"?

— Você iria falir. — Riu divertida.

— Tudo bem, eu sempre iria poder contar com você para me bancar. — Sorriu contente.

— Seu sonho. — Entoou sorrindo e com os olhos semicerrados. Tony amava aquele esboço no rosto de Pepper.

— Um deles. — Respondeu a fitando com seriedade e Pepper arqueou uma sobrancelha como se estivesse tentando decifrar o que aquilo significava, mas ela achou preferível mudar de assunto:

— Ainda estou brava com você.

— Por quê? Por causa da ovada? Desencana Pep. — Revirou os olhos.

— Não! Não é por causa disso. É porque você bateu no Aldrich e sabe de uma coisa? Parece que meu pai te apoia. — Explicou irritada.

— Esse é meu tio! — Disse empolgado. — Mas o que há de errado eu ter batido no Aldrich? Eu sei que devemos amar ao próximo como a nós mesmos, mas alguém deveria explicar para ele que homens devem tratar as mulheres como se fossem suas irmãs.

— E você achou que a maneira mais correta de explicar a ele era dando um soco na cara dele? E como assim tratar as mulheres como se fossem suas irmãs?

— I Timóteo 5:2: "as mulheres idosas, como a mães; e as moças, como a irmãs, com toda a pureza."

— Eu sei, eu me referia... — Ela suspirou. — Deixa pra lá. Só fica longe do Aldrich.

— Como assim eu ficar longe do Aldrich? Você é quem tem que ficar longe dele. — Disse travando o maxilar. — Será que você não percebe que ele 'ta todo engraçadinho para cima de você?

— Você acha? — Perguntou sem conseguir evitar que o sorriso lhe surgisse nos lábios.

— Você 'ta brincando comigo? — Disse nervoso a olhando com evidente suspeita. — Você gosta desse...? — Se interrompeu antes que proferisse palavra maldita contra Aldrich. — Você gosta dele?

— Tony fala baixo, você quer que a cidade toda saiba?

— Você não pode está falando sério. — Ele parou no meio do caminho e segurou o braço dela, obrigando-a a parar também.

— É? Mas eu estou! — Puxou o braço. — O que você tem haver com isso Tony? E daí se eu estiver gostando do Aldrich? Por favor, já não basta meu pai agora vem você também?

— Pepper eu só acho que ele não é...

— Não é o que? — Bufou. — Você não tem que achar nada, Tony. Para de se preocupar tanto comigo.

Tony ficou em silencio por alguns segundos, absorvendo cada palavra que a loura lhe dissera. O coração dele parecia que tinha sido jogado em uma fornalha depois de um canivete ter o perfurado, ele nunca havia se sentido assim antes.

— É, você está certa. — As palavras saíram da sua boca, mas não era aquilo que seu coração sangrando queria realmente dizer a ela. Ele colocou a mão automaticamente no bolso da frente de sua calça, onde havia um anel de prata com duas listras de ouro e quatro pedras pequenas de diamante, era o presente de aniversário que ele daria a ela depois que ele a pedisse em namoro, mas agora, depois de ela confessar que gostava do Aldrich não parecia certo ele lhe pedir ou lhe entregar o anel que Howard havia dado a Maria no passado.

— Pepper! — Alguém a chamou e os dois olharam para o outro lado da rua. Era Aldrich.

— Quer saber? Faz o que você quiser. — Ele jogou de ombros e deu meia volta, voltando para casa a passos rápidos.

— Tony! — Pepper caminhou em direção a ele, mas Aldrich já havia atravessado a rua e agora segurava em seu pulso, gentilmente. — Aldrich.

Pepper olhou para frente e notou que Tony ficava cada vez mais distante.

— Tudo bem? Parece que seu acompanhante te deixou sozinha. Isso foi no mínimo deselegante. — Falou chamando a atenção de Pepper mais uma vez.

— Eu não sei o que deu nele, estávamos conversando e de repente ele... pirou. — Ela franziu o cenho. Aquilo não era típico do Tony, tinha alguma coisa errada com ele e ela sabia disso.

— Isso não me surpreende. Então vamos dá uma volta? Onde vocês estavam indo?

— É... — Pepper não tinha certeza do que fazer naquele momento, pois uma parte do seu cérebro a mandava se afastar de Aldrich, mas claro que essa parte era apenas a voz de seu pai e de Tony em sua cabeça a dizendo para ficar longe dele, já a outra voz, a sua voz, dizia que era seu aniversário e que Tony havia decidido deixá-la sozinha ali, então ela tinha o direito de aproveitar a noite, a sua noite. — No parque.

— Ótimo. Vamos? — Ele estendeu o braço e Pepper sorriu, aceitando.


Ela mexeu a cabeça para o lado e para outro, depois apertou entre os dedos o lençol que estava posto até seus seios e piscou os olhos rapidamente. Em sua mémoria gritos eram soltos para o vento e era como se ela revivesse os momentos da última noite, a noite que deveria ser a mais divertida da sua vida e que se tornou a lembrança mais dolorosa que uma garota poderia ter.


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Notas finais do capítulo

Acabou que eu nem levei o note p/ arrumar ainda, mas de boa, até lá vou postando... Se tiver comentário e der eu posto hoje outro, ok?
Espero que tenham gostado.
Comentem, favoritem, indiquem, recomendem e sejam felizes ♥
Fiquem com Deus ;**