70x7 escrita por Daniella Rocha


Capítulo 22
Capítulo 22 — O perdão


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO! O/ BOA LEITURA xD



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Tony havia deitado no sofá e estava com Pepper entre suas pernas, a loura estava deitada com a cabeça próxima ao ombro do Stark e por cima dos dois havia uma coberta, a televisão estava ligada, mas suas atenções estavam viradas para a boca um do outro.

— Sabe aquela sensação que você tem de querer respirar? — Tony perguntou.

— Necessidade você quer dizer? — Pepper retrucou sorrindo.

— É. Pois é, eu não a sinto quando estou com você. — Sorriu de volta, fazendo, pela primeira vez, as bochechas dela ficarem vermelhas.

— Quando você quer casar? — Perguntou enquanto passava a ponta do dedo por cima do cavanhaque dele.

— Estava pensando em aproveitar que amanha as Indústrias Stark não vão abrir e poderíamos ir hoje para Las Vegas. O que acha?

— É uma boa proposta.

— Foi o que eu pensei.

A campainha tocou e Tony prendeu Pepper com suas pernas.

— Tony! — Pepper exclamou enquanto tentava sair da jaula de seu corpo.

— Talvez se fingirmos que não tem ninguém eles vão embora. — Sussurrou fazendo Potts rir.

— É a Rachel. — Comunicou e rapidamente Tony a soltou e pulou do sofá.

— Eu abro! — Ele correu até a porta e antes que Pepper pudesse alcançá-lo ele já havia a atendido.

— Tony? — Aldrich estava com uma sobrancelha arqueada.

— Tony! — Rachel estava animada no colo de Aldrich.

— Rachel, Aldrich. — Tony os cumprimentou.

— Que bom que vocês conseguiram chegar, com tanta neve temi que vocês não fossem conseguir. — Pepper pegou Rachel no colo. — Que saudade que eu senti de você. — Ela a apertou nos braços e a encheu de beijos.

— Eu também! — Disse entre risos. — Você está bem? Por que não está trabalhando? Quem vai me sustentar?

— Estou pensando em colocar você no semáforo pra vender algumas balinhas.

— Tudo bem, contanto que eu possa comê-las.

— Eu disse vender e não comer. — Riu enquanto a fazia cócegas e a mesma gargalhava. — Entra Aldrich, você disse que seu vôo e daqui — ela olhou no relógio, uma hora. — Tony a olhou com os olhos semicerrados como se estivesse dizendo “ficou doida mulher?”.

— Com toda essa neve esse é o tempo que eu vou levar até chegar lá. — Disse sorrindo, mas logo suspirou. — Mas talvez eu tenha tempo para tomar alguma coisa.

— Claro, entre. — Pepper deu passagem para que ele entrasse e empurrou Tony para que se afastasse também. — Vou trocar a roupa da Rachel e já trago seu... café? — Olhou para ele com uma sobrancelha arqueada.

— Ótimo. — Assentiu aceitando o café. Antes que Pepper desaparecesse pelo corredor ele pegou a mochila de Rachel que estava com Aldrich.

Acabou ficando na sala apenas Tony e Aldrich, sentados no sofá, e algo dentro de Tony o estava incomodando para fazer algo que ele soava só de pensar em fazer: pedir perdão ao Aldrich. “Ah! Não, não, por favor, não, qualquer coisa, menos isso Espírito Santo” pediu a Deus em suas preces mentais. “Até porque eu não vou puxar assunto, então...”.

— Então, trabalhando de que? — Aldrich puxou assunto e Tony fechou os punhos, o moreno não pôde deixar de sorrir sem humor por dentro.

— Meu pai tem uma grande Indústria tecnológica e eu sou o vice-presidente.

— Tão novo? Meus parabéns. Já ouvi falar dessa Indústria, Indústrias Stark, mas eu não a liguei a você. — Tony arqueou as sobrancelhas rapidamente e lhe deu um sorriso sem dentes.

Logo o incomodo começou a ficar cada vez maior e ele sentia como se estivessem fazendo um churrasco em seu coração e o fogo estava ficando cada vez mais forte. “Ah! Senhor! Ok, mas eu não vou conseguir sozinho, eu... me ajuda”.

— Hei Aldrich eu... — umedeceu os lábios. — ... eu estava pensando, sabe, não foi muito legal — “sério? O que eu fiz não foi legal? E o que ele fez? O que ele fez foi super oba, oba, né? Ah! Perdoe-me Senhor a minha prepotência e julgamento, perdoe-me, eu não preciso que as pessoas me digam que eu sou um idiota, eu reconheço isso por mim só, a não ser a Pepper, ela pode me chamar de idiota, mas... Cala a boca Anthony!”.

— O que não foi muito legal? — Perguntou assim que notou que Stark havia se calado.

— O que eu fiz há alguns, eu te bati e isso não foi nada bom, nada legal, me perdoe. — Finalmente conseguiu dizer, Tony poderia até rir do esboço de Aldrich se não estivesse tão tenso.

— Hã... — Foi à vez de Aldrich ficar sem jeito, ele engoliu em seco e finalizou seu comentário. — Tudo bem Anthony, eu te perdôo. Eu também não agir certo em relação a você... em relação à Pepper, eu sei que ela e Rachel já me perdoaram, mas eu sinto que também te devo perdão. Então, me perdoe. Eu tenho me esforçado a ser um pai melhor e um cara no mínimo simpático para Pepper, pelo convívio que temos por causa da Rachel, eu sinto que elas realmente me perdoaram, mas eu nunca tive a oportunidade de voltar a falar com você e acho que foi Deus quem te colocou no meu caminho.

“Ah, Senhor!” Tony sorriu.

— Tudo bem, eu te perdôo também.

— Então acho que agora estamos acertados... certo? — Arriscou.

— Certo. — Tony sorriu novamente e esticou o braço, o punho fechado. Aldrich assentiu e assim como Tony, esticou o braço e com o punho igualmente fechado socou de leve a mão do Stark.

— Pai! — Rachel apareceu de pijama rosa e correu na direção de Aldrich, ele a pegou e a colocou em seu colo. — Quando vamos nos ver?

— Mês que vem. — A garantiu e Rachel se virou para ele com os olhos arregalados.

— Mas o senhor disse que tinha reuniões importantes do trabalho.

— Eu sei, mas eu acho mil vezes mais divertido vim aqui, locar uns filmes e assisti-los com a senhorita. — Lhe deu uma piscadela e Pepper que havia testemunhado toda a cena estava de boca aberta e Tony apenas sorria muito feliz e glorificando ao nome do Senhor, pois aquilo tudo ocorrera graças a Ele e somente por Ele e para Ele.

— Pequena sereia? — Rachel perguntou animada.

— Estava pensando em algo mais realista.

— O que?

— Barbie Butterfly. — Rachel, Pepper e Tony olharam para ele com as sobrancelhas arqueadas. — O que? Vão me dizer que entre sereias e fadas as sereias tem um porcentual maior de existência?

— A não ser que você acredite no Peter Pan. — Respondeu Tony.

— Peter Pan existe. — Interveio Rachel.

— Claro que existe. — Pepper concordou olhando ameaçadoramente para Tony e Aldrich caso eles dissessem o contrário.

— É claro que existe. — Responderam em uníssono e Rachel repousou sobre o corpo de Aldrich, que a rodeou com os braços.

— Vem Tony, vem me ajudar a pegar o café. — Pepper o chamou e ele se levantou prontamente e a acompanhou.

Ao chegarem à cozinha ela não pôde deixar de perguntar:

— Conversaram?

— Como você sabe? Ouviu atrás da porta? — Olhou para ela com um sorriso brincando nos lábios e com os olhos semicerrados.

— Não. Rachel me contou que vocês iam conversar. — Tony franziu o cenho.

— Como ela sabia que...

— Deus contou para ela. — Respondeu rapidamente, não permitindo nem mesmo que ele terminasse a frase.

— Essa menina é tão cheia de unção, estou ansioso para ver todos os planos de Deus sendo realizados na vida dela. — Sorriu.

— Eu também, eu fico feliz por ela ter se entregado a esse amor de uma maneira tão... sabe, ela não está entregando a Deus áreas da vida, ela esta se entregando a Ele por inteira e isso é lindo.

— Principalmente por ser tão nova.

— Exatamente. — Ambos sorriram.

— Deus a usou para que eu finalmente compreendesse que quando eu peço perdão ou perdôo alguém eu estou fazendo um bem muito maior a mim mesmo do que a pessoa que veio me pedir perdão ou a quem eu tenho que ir pedir perdão.

— Foi isso o que aconteceu? Você e o Aldrich se perdoaram?

— Sim e tudo graças a Deus que usou Rachel para me mostrar o valor do perdão, para me mostrar que devemos perdoar até mesmo setenta vezes sete.


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Notas finais do capítulo

O próximo é o epílogo! Espero que tenham gostado *-* Beijoos, ótima semana e fiquem com Deus! ;**
p.s.: deem uma olhada na minha nova fanfic "Quem Somos"



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