Sword Art Online - Hunter escrita por Razi


Capítulo 9
Capítulo 8 - Nova Realidade


Notas iniciais do capítulo

Bom acho que nem adianta mais pedir desculpas, devo agradecer por alguém ainda estar lendo né rsrs
Ae feliz ano novo xD(atrasado)
Nova parte da história e adicionando também uma música de abertura pra quem curte http://www.youtube.com/watch?v=G9x-Bcpb-zA recomendo procurar tradução, muito boa ;D
Boa leitura!



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16 de Agosto de 2024 – 17° Andar – Arredores de River Wood.

A manhã daquele dia estava calma, mas nossas vozes alteradas interrompiam a tranquilidade que pairava pelo local.

“Você não dá notícias, não vem aqui faz meses, nem mesmo uma única mensagem de resposta!”

“Eu já te disse. Eu estava ocupado!”

“Ocupado com o quê?!”

Eu não queria envolver Samanta em meus problemas. Após o ocorrido com Dariu, resolvi ficar distante dela e de Any para mantê-las em segurança.

“Não importa, apenas faça o que te pedi.”

“É essa a resposta que você me dá?” Desviei meu olhar para não encará-la. A expressão de Samanta me irritava, era como se eu tivesse obrigações com ela. “Você vem aqui só para que eu conserte seus equipamentos e depois some sem aviso!”

“Olha, se o problema é esse, eu sempre te paguei e posso pagar novamente pelo seu trabalho!”

“O problema não é esse! Você não consegue ver? ...” Samanta olhou para baixo com uma expressão triste “Despois do que aconteceu... você... se ele...”

“Eu sei!” interrompi Samanta antes dela pronunciar o nome de Dariu. Eu não queria escutar seu nome, não naquele momento. “...Também preferia ter sido eu no lugar dele.”

Por alguns instantes Samanta ficou pálida. Depois ela abaixou a cabeça de um modo que seus cabelos escondessem parte de seu rosto.

Como resposta Samanta deu um tapa em meu rosto. Por causa da zona segura eu senti apenas uma força que empurrou minha cabeça para o lado, porém aquilo tinha acertado minha alma e causado uma dor amarga.

“IDIOTA! ...” Lagrimas escorriam pela bochecha de Samanta. Ao vê-la desse jeito, a forte dor no peito novamente voltou a me atingir. “Sai daqui... SAI DAQUI!”

Por alguns segundos eu fiquei sem saber o que fazer, mas acabei saindo da casa de Samanta sem dizer nada. Durante o caminho de volta para cidade principal do 17° andar, fiquei refletindo sobre o que acabara de acontecer. “Droga... Estraguei tudo de novo...” Porém o que tinha feito, a distância que eu tinha criado entre nós, iria manter Samanta e Any seguras.

Mesmo tendo essa briga com Samanta, eu tinha coisas mais importantes no que pensar. Esse mundo tinha se tornado muito mais perigoso. A linha de frente, que era formada pelos jogadores que se dedicavam dia e noite ao termino do jogo, estava enfrentando uma crise que afetava também o restante de Aincrad, as guildas PK’s.

Após a morte de Dariu, eu e Nalius começamos a investigar sobre a Laughing Coffin. Não descobrimos nada e também não podíamos tentar interrogar O Exército sobre, para que não desconfiassem de nós e tentassem nos eliminar como da última vez. Como havíamos pensado, eles sempre agiam escondidos, eliminando toda e qualquer pista ou testemunha.

Nossa única alternativa foi tentar procurar ajuda entre as guildas da linha de frente, mas nenhuma delas confiava em caçadores. Nossa fama de jogadores que faziam de tudo para atingir seus objetivos ou ganhos próprios não era muito bem vista pelos outros que jogavam em grupos ou guildas. Por essa razão, falhamos em evitar um desastre.

No dia primeiro de janeiro de 2024, a guilda PK Laughing Coffin se revelou ao público. Uma guilda formada por cerca de 30 jogadores, que eram fortes e bem equipados como os da linha de frente, massacrou diversos outros jogadores de outras pequenas guildas em comemoração ao novo ano e a sua criação oficial. Foi a primeira vez em Aincrad que houveram tantos assassinatos de uma vez só. PoH era o jogador frio e calculista que liderava a Laughing Coffin, ele pregava a ideia de que quando a barra de HP chegava a zero, era o NeverGear que matava os jogadores, e o seu criador, Kayaba Akihiko, seria o culpado do assassinato. Sendo assim, segundo ele, os jogadores tinham o direito de matar outros e aproveitar o jogo. Mais tarde no mesmo dia, descobri que fora ele o mesmo jogador que matou Dariu e que estava no cartaz de “procura-se”.

O pior de tudo isso foi que os seus ideais se espalharam, e inúmeras outras guilda PK’s começaram a surgir em toda Aincrad, causando um crescimentos assustador no números de assassinatos, que eram extremamente raros. Os mais sádicos ainda diziam que não era certeza que morríamos no mundo real apenas por nossas barras de HP chegarem a zero, pois depois do início jogo em novembro de 2022, nunca mais alguém teve contato com o mundo real para saber se o que Kayaba Akihiko tinha dito, era verdade.

O número de trabalho para os caçadores se multiplicou, sobrecarregando os poucos que nós éramos. As missões de caça ficavam cada vez mais difíceis e mais ariscadas. Como resultado, tivemos muitas baixas de caçadores que foram mortos e outros que desistiram por causa do alto nível de perigo.

Arriscando nossas vidas, eu e Nalius ainda continuamos a tentar solucionar o problema dos PK’s, porém para cada jogador laranja que era preso, um outro aparecia em outra parte de Aincrad.

Foi então que aconteceu o que já prevíamos. Com os caçadores ocupados com as outras guildas PK’s, a Laughing Coffin começou a atacar os jogadores da linha de frente e prejudicar a finalização do jogo. Novamente falhamos em nossa função.

Durante muito tempo, as guildas que formavam a linha de frente tentaram negociar com a Laughing Coffin e outra guildas PK’s, para entrar num acordo. Porém nunca obtiveram respostas às mensagens que enviaram.

No início de agosto, houve uma reunião entre os líderes das guildas da linha de frente. Juntos eles decidiram erradicar o problema maior, a Laughing Coffin. Graças a ajuda de um amigo que era comandante de uma das guildas, fui capaz de participar da reunião e contar tudo o que sabia. A maioria não acreditou na história de conspiração, porém todos ficaram bravos pelo fato do O Exército não estar mais ajudando na linha de frente desde os andares intermediários. Com a ajuda da linha de frente, nós, os caçadores, fomos capazes de localizar a base secreta da guilda Laughing Coffin e assim foi formada uma cruzada para prendê-los de uma vez por todas.

A aliança foi feita com 50 dos jogadores mais fortes da linha de frente. Eu como caçador fui mandado a recrutar outros quatro caçadores de confiança para ajudar na cruzada. Entre eles estavam Nalius e mais outros três que também caçavam sozinhos. Escolhi todos eles por terem experiência e saberem se virarem sozinhos, além de ter a confiança de todos. Cada um de nós cinco, junto de outros três jogadores solos que jogavam apenas na linha de frente, ficamos encarregados de proteger os líderes importantes de cada guilda.

Com tudo arrumado, partimos pela manhã rumo a base secretada da Laughing Coffin. O que não esperávamos, era que havia um espião entre nós. Todos os jogadores da Laughing Coffin já estavam nos esperando para uma emboscada.

A batalha foi sangrenta e duradoura. A princípio, a Aliança, feita pela linha de frente, lutou para tentar prender os jogadores da guilda PK, porém esses atacaram ferozmente e sem se intimidar por estarem em menor número. Durante a batalha, eu fui separado do grupo que eu deveria proteger. A estratégia que a guilda PK usou, foi eliminar diretamente os líderes que comandavam e organizavam as guildas na cruzada. Entretanto, quando um dos jogadores da Aliança matou um dos PK’s tudo se desorganizou e começaram os gritos de batalhas e a chuva de polígonos. Infelizmente o meu amigo que comandava a Divine Dragon Allience foi morto, e por causa disso minha ira novamente tomou conta do meu corpo e somado ao frenesi da batalha acabei matando dois PK’s. Zuto e Korei, os dois assassinos profissionais que atacaram eu, Nalius e Toshio no 45° andar. Mas naquela altura, quem eu deveria proteger já havia morrido. Ao final da batalha descobri através de Nalius que os outros três caçadores e outros dois jogadores solos, também haviam morrido. Mais uma vez, falhei em minha missão.

“Quantas pessoas ainda vão morrer?...”Ninguém da cruzada foi acusado pelas mortes que ocorreram, mas ainda assim, me senti indiretamente culpado pela morte daqueles três caçadores. Foi por minha causa que eles estavam na batalha, porque eu os escolhi.

As baixas foram numerosas de ambos os lados, a aliança perdeu cerca de 11 jogadores enquanto a Laughing Coffin teve 21 jogadores mortos e 8 presos. Mas PoH, o líder e mais perigoso, não estava entre eles. Alguns afirmam que ele não chegou nem a participar da batalha, mas eu o havia visto no meio da confusão, por breves momentos apenas, tinha certeza que era ele. E sei também como ele escapou, do mesmo modo que ele desapareceu naquele dia. “Uma habilidade única...” Pensei nisso por diversas vezes, e essa era a única resposta. Existiam monstros em Aincrad que eram capazes de se camuflar no ambiente e ficar invisíveis até mesmo para as habilidades de escanear. Eu já havia enfrentado uma criatura assim, e PoH, provavelmente possuía essa habilidade.

Nos dias seguintes, enquanto todos se recuperavam, tentei falar novamente com os líderes de várias guildas da linha de frente, sobre a possível conspiração do O Exército com a Laughing Coffin. Sem provas para apresentar ou até mesmo fatos que comprovassem minhas teorias, nem um deles acreditou em mim. Até mesmo eu comecei a duvidar, só que no fundo eu sabia que tinha algo errado, e mesmo com a Laughing Coffin destruída, o perigo ainda pairava sobre a linha de frente.

Nalius era o único que ainda acreditava em mim, pois nós havíamos passado por tudo aquilo juntos. Toshio também estava, porém ele não era um caçador e não estava por dentro da história. Mais tarde ele se tornou um negociante e sempre nos ajudava quando possível. Eu e Nalius continuamos a investigar separadamente e depois trocávamos informações de tempos em tempos. Mas as fontes de informações eram muito escassas e quase não tínhamos tempo por estarmos ocupados em caçadas para deter as guildas PK’s. Sendo assim, nós analisávamos as missões e escolhíamos a que tinham uma provável relação com nossa investigação. Infelizmente as informações que seguíamos não passavam de boatos que nos faziam perder o pouco tempo que tínhamos.

Ao chegar na praça onde havia o teleporte para outros andares de Aincrad, me deparei com o familiar cenário. Aquele andar me agradava em tudo, o clima, o ambiente e até mesmo o formato das casas. Após tanto tempo, eu já tinha parado de comparar o mundo real com SAO, não lembrava mais as diferenças. Era como se eu tivesse nascido e sido criado naquele mundo, e o mundo real tivesse sido apenas um sonho distante. Aquela era a minha nova realidade.

“1° Andar. Cidade dos iniciantes. Teleport!” Eu nunca me cansava dos efeitos de um teletransporte, pois sabia que eles sempre me levavam para um local seguro.

A Cidade dos Iniciantes já não era mais cheia como antigamente. As ruas e prédios estavam vazios e com apenas os NPC’s fazendo suas intermináveis rotinas diárias. A praça onde todo isso começou estava deserta, era assustador ficar sozinho num lugar tão grande.

Ao contrário do restante da cidade, o Castelo de Ferro Negro ainda continuava movimentado. Aquela aglomeração de caçadores diante do quadro de missões era uma rotina que todos nós passávamos, apesar de que o número de jogadores presentes ali tinha diminuído drasticamente.

Eu ainda tinha praticamente a mesma aparência. Usava a capa marrom que cobria parte de cima do meu corpo mais o capuz. Minha manopla especial ficava a mostra dessa vez, pois eu usava uma camisa preta regata por causa do calor, mas que ainda ficava coberta pela capa. Usava também uma calça cinza escura com bolsos extras. Na minha perna ficava o cinto com as pequenas adagas feitas por Nalius que sempre me vendia mais, por um preço amigável, quando acabavam, esse equipamento me ajudou bastante nas caçadas.

Quando estava chegando perto da aglomeração, um dos caçadores que estava mais atrás me reconheceu. Sem dizer nada ele apenas saiu de perto, e de pouco a pouco os outros também perceberam minha presença e foram se afastando até que a multidão de dividiu em duas. Enquanto eu andava pelo caminho que havia se formado, todos me olhavam com curiosidade e hesitação. Minha espada de cor única, chamada Ilusion e meu cabelo branco/prateado tinham se tornado minha marca e para onde quer que eu fosse, eu era reconhecido por essas duas características. Mas a fama de caçador implacável era a causa disso. Apesar de não ter completado meus objetivos maiores, as missões de caçada a alvos comuns e rotineiros eram sempre concluídas rapidamente, o que me rendiam boas recompensas e até mesmo missões especialmente direcionadas a mim. Eu havia me tornado impiedoso e cruel com meus alvos, caçando-os e capturando-os de forma brutal. Todos os caçadores me conheciam. Eu já não era apenas respeitado. Eu era temido também.

A multidão que discutia em sussurros sobre as missões postadas no quadro, estava em silencio me observando enquanto eu procurava uma para mim. Após achar uma que me renderia um bom dinheiro, eu a fixei como missão e fiz o caminho de volta pelo meio dos caçadores que voltaram a se aglomerar após eu sair.

“Lobo Prateado-sama!” Apesar de Koji sempre me tratar bem, comparado aos outros caçadores, eu sempre ficava em dúvida se realmente poderia confiar nele.

Koji estava com uma expressão séria enquanto me observava chegando perto de sua mesa. Ao ficar de frente com ele, eu o cumprimentei apenas acenando com a cabeça.

“Tenho uma nova missão para você, Lobo Prateado-sama.” Disse Koji enquanto abria a gaveta de sua mesa.

“Lamento Koji-san, mas já peguei uma hoje e irei dar prioridade a ela.” Naquela época nem todas as missões ficavam mais no quadro de avisos. Quem fazia um pedido de caçada tinha a oportunidade de escolher qual caçador iria executá-la. Muitas vezes, esses pedidos não vinham com um nome entre nós em especifico, mas com uma observação pedindo o melhor dos caçadores. Na maioria das vezes, essas missões eram entregadas a mim e rapidamente concluídas.

“Entendo, mas essa tem uma quantia bem alta como recompensa.”

“Então coloque-a no quadro de avisos que muitos caçadores irão se interessar por ela.” Virei para ir embora enquanto Koji ia se enrolando com os papeis em sua mesa.

“M-Mas Lobo-Prateado-sama! Por favor escute. É importante.” Raramente Koji insistia algo para mim, pois ele me conhecia como Lobo Prateado, alguém com um gênio forte e duro que não gosta de escutar muito as pessoas. Porém quando ele insistia em algo, eu sabia que deveria pelo menos escutá-lo. “É mais uma daquelas missões. Não posso entregar para caçadores que não seriam capazes.”

Cerca de dois terços dos caçadores eram jogadores da linha de frente. Então o que ele queria dizer, é que tinha descoberto algo que não era bom ser espalhado e precisava de alguém que fosse capaz de investigar a fundo se necessário.

“Certo. Estou ouvindo...”

Koji se mexeu um pouco na cadeira e colocou um cartaz de procura-se na mesa. A foto que estava nele era a de um Homem grande e corpulento trajando uma armadura de bárbaro segurando um enorme machado de haste longa, seu rosto era bem visível e nada amigável. A recompensa era de 2000k de Colls, não era um valor baixo, mas também não era o mais alto da época. O cartaz de PoH mesmo, que estava comigo, sofreu diversas atualizações com informações e valores de recompensa chegando a valer 5000k de Colls.

“Este é Kisaro, ou Oni como é conhecido entre os PK’s. Ele vem sendo procurado faz muito tempo, mas suas atividades estão mais intensas agora, por isso o valor da recompensa.”

“O que você quis dizer com ‘intensas’?”

“Bom... A guilda Laughing Coffin fazia diversos tipos de trabalhos malignos, como assassinatos de aluguel, roubo, sequestro entre outras coisas, Certo? Pois bem. Kisaro ele é um desses tipos de PK’s, porém ele tem uma especialidade única. Ele é um assassino de caçadores de recompensa. Nos últimos meses nós registramos que 5 caçadores foram mortos por ele.” Depois disso Koji deu uma pausa e ficou me observando.

“Prossiga...” Ele estava analisando minha reação quanto aos fatos, mas eu devo ter surpreendido por ter sido indiferente.

“Agora com a Laughing Coffin fora da jogada, Kisaro teve a chance de se expandir e criou sua própria guilda de PK’s e Ele está querendo tomar o posto de maior guilda PK de Aincrad. Se isso acontecer a guilda dele atrairá mais ‘clientes’ e mais membros e provavelmente... Ele irá eliminar os caçadores.”

“Tudo bem. Eu irei cuidar disso. Informações?” normalmente Koji sabia muito mais do que era escrito nos pedidos, por isso eu sempre perguntava direto a ele quando me entregava uma missão desse porte.

“Hoje de madrugada, com a ajuda dos informantes, descobri onde fica o local da base secreta da guilda de Kisaro. Uma caverna que situa-se no 65° Andar.”

“Bem perto da linha de frente.”

“Sim, não sei o motivo disso e segundo os informantes, Kisaro quase nunca sai de lá. A guilda dele tem cerca de 20 membros atualmente, que também estão quase sempre na caverna. Informações como coordenadas da base dele, nomes dos membros e outros dados você pode encontrar no pedido.”

“Certo. Então, você quer que eu invada uma caverna escura com cerca de 20 jogadores PK’s para capturar um louco que é profissional em matar caçadores de recompensa? Tudo isso sozinho?” Apesar de minha pergunta parecer sarcástica eu a fiz com uma expressão séria.

“Lobo Prateado-sama. Sei que o que estou lhe pedido é difícil, mas é justamente por isso que estou pedindo a você. Os caçadores de recompensa não têm se saído bem nos últimos meses. O número de pedidos já supera o número de caçadores em quase três para um. Se Kisaro obtiver sucesso, e começar a matar os caçadores, não vai haver mais ninguém para controlar as guildas PK’s e o jogadores da linha de frente terão que se dividir para fazer a nossa função...”

“E pouco a pouco eles também seriam destruídos...” Ao completar o raciocínio de Koji eu percebi o quanto era importante o papel dos caçadores. Sem nós para resolver os problemas internos, os jogadores da linha de frente não conseguiriam se concentrar na finalização do jogo.

“Desse modo o jogo jamais seria finalizado. Nós sucumbiríamos a nós mesmos. Por isso precisamos fazer algo!” As últimas palavras de Koji saíram alteradas, o que chamou atenção dos caçadores que estavam olhando para o quadro. Ficamos em silêncio até os olhares curiosos se desviarem. “Desculpe Lobo Prateado-sama, sei que estou te enviando para uma missão suicida praticamente, mas não sei mais o que fazer. O Exército não quer enviar um destacamento para lá e outros caçadores recusariam na hora, fora que também não sei se tem alguém deles colaborando com os PK’s. Então a única pessoa que posso confiar é você. Me desculpe.” Koji estava cabisbaixa quanto ao assunta, a impressão era de que mesmo sendo um membro importante do Exército, ele estava de mãos atadas. Dei uma risada sarcástica para descontraí-lo e peguei o cartaz de procura-se e o fixei como missão.

“Koji-san, não sei porque você está se desculpando. Até parece que eu não vou conseguir” Meu sorriso de confiança deu mais esperança a Koji.

“Gambate²...”

Após sair do Castelo de Ferro Negro, fiquei pensando sobre a situação de Koji. Sua função no Exército era apenas manter os prisioneiros trancafiados e organizar os caçadores. Ele não tinha poder dentro da guilda e por vezes ele se encontrava em situações difíceis. Até onde eu o conhecia, Koji era uma boa pessoa, mas ainda assim, eu evitava de confiar nele. Por essa razão enquanto ele me explicava a situação que se encontrava, eu comecei a procurar mais detalhes no cartaz. No meio dos possíveis membro da guilda de Kisaro, encontrei o nome Shizuharo. Cinco dias atrás recebi um relatório de Nalius que citava esse nome como possível contato do espião que passou informações da linha de frente para a Laughing Coffin sobre a cruzada, o que resultou na emboscada.

“Shizuharo. Preciso interrogá-lo, se eu conseguir talvez assim eu possa descobrir qual vai ser o próximo passo do Exército.”Quando parei um pouco meus pensamentos percebi que estava sendo seguido. Imediatamente ativei as minha habilidade de detecção. Mesmo não tendo contado visual com meu perseguidor, eu podia senti-lo, isso não era nem uma habilidade e ou parte do sistema, puramente sentido e experiência. “Seja lá quem for, saber se esconder e tem a habilidade de se esconder maximizada” Os jogadores que investiam em tal habilidade eram os PK’s e os caçadores, porém a minha não estava tão avançada e para alguém que consegue se esconder de mim, que possuo a habilidade de escanear e rastreamento no máximo, provavelmente tem ela bem elevada.

Comecei a correr pela cidade para tentar escapar. Quando alcancei o teleporte, me atirei nele pronunciando o local aonde eu queria ir. Ainda no ar, fui teleportado de um ângulo diferente que possibilitou-me ver o um mundo se transformando em outro.


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Notas finais do capítulo

Oni¹ - demônio japonês clássico, uma criatura semelhante a um ogro que muitas vezes tem chifres.

Gambate² - Expressão de incentivo similar ao nosso “Boa sorte”, mas significa literalmente “Se esforce” ou “Dê o máximo de si”.

Bom pessoa isso é tudo por hoje xD, próximo capitulo tem personagem novo!!



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