Sword Art Online - Hunter escrita por Razi


Capítulo 3
Capítulo 2 - Lone Wolves




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29 de Outubro de 2023 - 17° Andar - River Wood

River Wood era uma pequena vila ao sul da cidade principal do 17° Andar de Aincrad. Um lugar bem pacato e com poucas missões de NPC para se fazer. Os campos em volta não tinham muitos monstros que compensavam ser caçados, mas era o melhor lugar para se conseguir matérias primas de alta qualidade, pois tinha a floresta de carvalhos que rendiam madeira de boa qualidade para construção de casas e forja de equipamentos e a maior mina de ferro de Aincrad ficava ao leste à meio quilometro de distância. O rio que cortava e que dava referência ao nome da vila possuía muitos peixes de várias cores que eram possíveis serem vistos devido a sua limpa e cristalina água.

Em meio a tal beleza existia uma casa muito simples nos limites de seus campos, era pequena com apenas três cômodos (sala, cozinha e quarto) e uma pequena forja nos fundos que continha algumas ferramentas penduradas.

A moradora e dona desta simples moradia se chamava Samanta, uma bela jovem de cabelos castanhos avermelhados e olhos cor de caramelo. Naquele momento ela estava dentro de seu quarto arrumando algumas roupas mais quentes. O inverno que estava prestes a chegar não era tão rigoroso quanto em outros lugares, mas ainda assim, não era algo que deveria ser subestimado. No início do jogo, quando era começo de inverno, alguns jogadores começaram a perder parte de seu HP por ficarem muito tempo expostos aos ventos frios.

“Hum... esta é bonita... mas aquela é mais quente.” Enquanto decidia-se que tipo de roupa iria guarda em seu inventario, Samanta se virou para olhar para a janela. “No que será que você está metido agora?” enquanto se fazia essa pergunta, ela observava algumas folhas laranjas dançarem junto ao vento.

“Samanta-sempaaiiii... Samanta-sempaaaiiii” gritos ecoaram pelo jardim da frente. Samanta se levantou, olhou através da janela e viu uma pequena garotinha correndo pelo caminho do jardim que dava até a porta de sua casa. Imediatamente começou a ir em direção a porta atendê-la.

“Bom dia!” disse a garotinha com um grande sorriso, que trajava um vestido laranja com alguns detalhes nos ombros e um pequeno gorro verde que escondia seus cabelos loiros, mas deixava à mostra suas tranças amarradas com fitas vermelhas nas pontas.

“Any-chan, bom dia!”

“Olha! Eu trouxe o jornal de hoje.” Disse a garotinha enquanto segurava um jornal dobrado. As informações em Aincrad eram espalhadas através de Jornais, que eram escritos pelos próprios players que trabalhavam como informantes e distribuídos gratuitamente. Nele continham notícias diárias, artigos sobre itens, entrevistas com jogadores famosos, ranks e até curiosidades sobre os andares, monstros e cidades.

“Ah, muito Obrigada Any-chan” respondeu Samanta enquanto acariciava a cabeça da menina. Logo atrás um rapaz alto, loiro e de excelentes condições físicas, se aproximava das duas.

“Bom dia Samanta-san. Any, temos de ir, Shirazo-san está nos esperando” Disse o rapaz com uma voz calma e harmoniosa. Ele trajava roupas simples com um avental grande de marcenaria que parecia ser feito de couro.

“B-Bom dia Dariu-san” falou surpresa ao ver o rapaz sorrido para ela.

“Nii-chan espera um pouquinho mais” respondeu a garotinha tirando uma pequena ferramenta de seu bolso e se dirigindo a Samanta ela continuou “Samanta-sempai, olha só, eu fiz isso aqui com a ajuda do meu onii-chan. Também estou aumentando meus níveis de ferreira” enquanto a garotinha sorria feliz Samanta olhou para a ferramenta em suas mãos.

“Nossa! está muito bom!” era uma pequena ferramenta para se esculpir, uma do tipo básico que era possível se criar nos primeiros níveis de ferreiro.

“Ah! E isso aqui é para você” Any aparentava ter entre 4 e 5 anos mas manipulava com grande destreza o menu e o inventário. De tanto mexer, finalmente achou o que procurava e em sua mão apareceu uma cesta de piquenique “Aqui! É por ter me ajudado por tudo. Obrigada!”

Um pouco sem graça Samanta retribuiu o agradecimento e a garotinha se despediu dela voltando correndo para onde o rapaz estava a esperando. Enquanto os dois partiam pela estrada Samanta ficou observando-os até que eles virassem a curva.

Apesar de sua aparência Samanta tinha um nível da profissão ferreiro extremamente avançado, podendo comparar seus trabalhos com os dos ferreiros que auxiliavam a linha de frente. Porém escolheu viver nesta pequena vila e produzir ferramentas de trabalho que auxiliavam os jogadores que viviam ali, extraindo a matéria prima da mina e da floresta. O dinheiro ganho não era muito alto, mas era algo simples e nada arriscado, que ainda assim dava um sentimento de estar ajudando a finalização do jogo. A matéria prima retirada dali ia praticamente toda para a linha de frente, tanto minérios quanto recursos como comidas de caças e plantas que eram usadas para criação de poções.

Dentro da cesta de presente que Any trouxe, Samanta achou muitos sanduíches feitos a mão pela pequena garotinha. Após sentar-se à mesa tirou um dos sanduíches e experimentou silenciosamente.

“Hum... Eles estão divinos!” pensou Samanta enquanto era tomada por um rápido sentimento de inveja e ao mesmo tempo de revolta por ser um grande desastre na cozinha, tanto em Aincrad quando no mundo real. Mas ficou feliz pela gentileza e alegria que a menina sempre a proporcionava com suas visitas.

“Agora... hora de ler as notícias” Ao desdobrar o jornal, ela pode ler um destaque na primeira página.

Linha de Frente Conquista 48° Andar” interessada e contente ela continuou a ler o corpo da notícia “Ontem, dia 28, os jogadores da linha de frente conseguiram vencer o Boss do 48° Andar, apesar de uma luta um pouco complicada, o Boss foi eliminado rapidamente. Mas o mais incrível é que a porta que levava ao seu salão estava oculta por uma habilidade de uma criatura elite muito poderosa que de acordo com relatos de dois exploradores a criatura podia ficar invisível tornando assim indispensável o uso de um grupo de elite para enfrentá-la, porém pela surpresa dos organizadores, a criatura foi elimina por apenas por um único jogador conhecido como ...”

“Não acredito!!... Aquele idiota!!”

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29 de Outubro de 2023 - 1° Andar - Castelo de Ferro Negro

“Atchim!” sempre quando espirrava naquele mundo eu ficava curioso em saber como meu corpo reagia no mundo real, pois algo assim era sempre meio que espontâneo tanto no mundo real quanto em Aincrad.

Eu estava agora no Castelo de Ferro Negro. Daqui eram emitidas as missões de captura de jogadores, tudo organizado e enviado pelo sistema, porém as missões são transformadas em itens que tinham a aparência de um cartaz de “Procura-se” e depois ficavam a mostra num quadro de avisos para que os caçadores pudessem escolher. Para minha infelicidade, nesse horário do dia o lugar era lotado. Quando cheguei fui direto para o quadro, mas ele estava abarrotado de jogadores de todos os tipos. Com sacrifício me espremi dentro da multidão e consegui passar e ficar na frente, porém minha visão sobre os avisos que se encontravam pregados no alto estava comprometida por causa de estar muito em baixo do quadro, no entanto eu acreditava que poderia encontrar um bom alvo na parte de baixo.

Todos os dias essa multidão se apertava aqui, pois cada missão é única, sendo assim dois caçadores não poderiam competir pelo mesmo alvo porque cada caçador pode pegar apenas uma única missão, mas isso era um requisito apenas de nível, que como todas as profissões, caçador de recompensas também tinha um nível de profissão a se aumentar. Diferenciando-se das habilidades que vão de 0 a 1000, as profissões vão do nível 0 ao 100, ao qual a cada nível conquistado é desbloqueado algum segredo ou benefício adicional para ajudar no trabalho. O meu nível de caçador era 41, mas a partir do 40, pude pegar duas missões de caçada. Acreditava que eu era o caçador de nível mais alto de Aincrad, pois nunca tinha visto mais ninguém poder pegar duas ou mais missões. Mas cada missão é diferente uma da outra, pois ela tem certa validade sendo que algumas duram apenas um dia e outras até uma semana. Caso uma missão ativada expire por tempo, ela volta para o quadro de avisos para que outro caçador mais competente possa realiza-la.

“Lobo-Prateado-sama!” com dificuldade de me mover ainda no meio da multidão, olhei para trás para ver quem me chamava pelo meu apelido, mas a parede de jogadores me impedia. “Lobo-Prateado-sama!” novamente a voz me chamou, me ergui completamente até ficar nas pontas dos meus pés mas infelizmente não era o bastante para enxergar quem me chamava.

Isso era a coisa que eu mais odiava em todo o sistema de SAO. No dia de lançamento quando o próprio Kayaba Akihiko veio nos dizer a situação em que o jogo se encontrava, ele nos deixou um maldito presente em nosso inventário que fazia com que nossos avatares se transformassem na nossa imagem do mundo real. Apesar de agora eu ter 19 anos, eu tenho 1,63m de altura no mundo real, também tenho o cabelo todo na cor branca devido ao uma deficiência no DNA da minha família que por causa do atavismo só eu possuía na minha geração. Ao passar para o sistema do SAO ele ficou mais prateado, de certa forma isso pode até ser legal dentro de jogos do tipo RPG, mas na vida real causava grandes problemas, principalmente preconceito. É daí que vem meu apelido, “Lobo-Prateado” o lobo por causa da expressão lobo solitário, pois sou um jogador solo, e o prateado por conta do meu cabelo.

Com dificuldade consegui escapar de dentro do amontoado de jogadores. Vi um homem bem gordo sentado atrás de uma mesa, seu nome era Koji, ou como era mais conhecido Carcereiro, pois era ele quem organizava os caçadores e mantinha os prisioneiros dentro do Castelo de Ferro Negro.

“Lobo-Prateado-sama, fico feliz em revê-lo, seja bem-vindo novamente!” Disse o homem sentando enquanto eu me aproximava de sua mesa.

“Obrigado, Koji-san” ao dizer isto uma pessoa entrou no meu campo de visão vindo de uma sala atrás da mesa onde Koji estava, coberta por uma capa verde escuro um pouco gasta e com capuz cobrindo boa parte de seu rosto. Essa pessoa parou ao lado de onde Koji estava sentado e não se pronunciou.

“Bom, o motivo de ter chamado você aqui Lobo-Prateado-sama, é que tenho um pedido muito restrito que gostaria que realizasse” enquanto terminava sua frase, Koji abria a gaveta e procurava por algo. Após alguns segundos de procura ele colocou um papel na mesa. Esse era um mandato de captura, a aparência era de um papel mas na verdade era um item que podia ser ativado como missão. “Esse aqui tem causado um grande problema tanto para O Exército quanto para os outros jogadores de todos os andares. Ele é procurado e sua captura é de extrema importância” ao pegar o papel pude ver a imagem de três pessoas na foto, mas todas elas estavam totalmente cobertas por capas negras que impediam a identificação de seus rostos. Ao checar o valor da recompensa me choquei ao ver tantos zeros, o valor era de 1200K de Colls e isso equivale a um milhão e duzentos mil no dinheiro de Aincrad.

Meus olhos ficaram vidrados na imagem dos três, pareciam ter uma estatura de mais velhos e estranhamente suas imagens passavam não apenas medo, mas algo aterrorizante como o sobrenatural apesar de serem ainda pessoas. Mesmo sendo três jogadores o valor da recompensa ainda era extremamente alto, coisa que apenas O Exército mesmo poderia pagar.

“O valor é este mesmo?” perguntei tentando entender, raramente os valores passavam de 100k de Colls, isso se aplicava até mesmo aos Jogadores PK, por isso fiquei inquieto.

“Sim, o valor está certo, e o alvo deste pedido é a pessoa que se encontra no meio na foto, os outros dois...”

“Não pode-se, este valor é apenas para um único jogador?” me debrucei na mesa para encarar a imagem melhor enquanto Koji procurava em suas gavetas novamente.

“Achei! então... os outros dois são estes daqui” completava Koji enquanto colocava mais 3 papeis/itens na mesa, dois deles eram pedidos de captura e ambos estavam com a mesma imagem que o primeiro que me foi apresentada, só que os dois estavam com um valor de 600k de Colls cada, totalizando 2.400k Colls. “Estes são os pedidos de captura do trio”.

“Me diga, os que eles fizeram?” perguntei olhando desta vez diretamente para Koji, que de repente fez uma cara séria e preocupada. Informações como essas eram mais detalhadas quando se olhava a descrição do item, mas eu queria saber direto do Koji, pois sabia que era ele quem preenchia todos os pedidos que eram feitos pelo “O Exército”. Respirando fundo e olhando um pouco para lado para ter certeza que ninguém mais estava ouvindo, Koji se aproximou de min e respondeu.

“Eles são um trio de jogadores PK’s, mais exatamente uma guilda, o do meio na foto é o líder e sem dúvida um dos jogadores mais perigosos de Aincrad, culpado por ter Assassinado diretamente mais de 40 jogadores” eu não queria acreditar no que havia escutado, como alguém pode ter matado mais de 40 jogadores sabendo que a morte ali desencadeava a morte no mundo real, não conseguia entender como alguém conseguia viver assim carregando um fardo deste “Os outros dois são seus subordinados, culpados por serem cúmplices destes e de outros assassinatos em série a jogadores mais fracos e a outras guildas.”

Voltando a se sentar normalmente a mesa, Koji pegou o último papel que havia tirado da gaveta e colocou a minha frente, era uma outra imagem só que em estilo manga de um Sarcófago, com olhos e uma boca grande, em baixo estava escrito “Laughing Coffin”.

“Este é o símbolo da guilda deles, e abaixo o nome dela, e infelizmente essa é toda a nossa informação sobre eles, não temos mais nada, nem uma foto dos rostos, nomes, habilidades, níveis, localização, definitivamente nada.”

“E porque você não colocou estes pedidos no quadro de avisos?”

“Hump... por que? ... porque se eu fizer isso provavelmente o número de jogadores que trabalham caçando iria diminuir drasticamente, e atualmente você é o mais hábil para este trabalho” eu nunca gostei de chamar muita atenção, porém meu apelido era muito conhecido, bem mais até que o meu próprio nome, pois eu era considerados por muitos o melhor caçador de recompensa de Aincrad e era respeitado entre os demais e pela administração do Castelo de Ferro Negro, pois além de nunca ter deixado uma missão falhar, eu fui o primeiro a pegar uma missão de caçada, na qual o alvo era um assassino em série que já havia matado 3 jogadores, e quando as linhas de frente estavam no 14° andar, eu o encontrei e lutei contra ele. Na batalha acabei matando-o e salvando sua próxima vítima que estava no local. Pelo sistema quando um jogador ataca ou mata outro jogador que esteja com o cursor verde, ele passa a ficar da cor laranja, mas se o contrário acontece, o sistema acusa legitima defesa, e não há penalizações para o jogador. Com isso e com o depoimento da vítima que estava presente no local, eu fui absolvido da culpa, de matar meu alvo em vez de prendê-lo, pelo tribunal que julga por quanto tempo os jogadores que cometeram crimes ficam presos. As penas variavam de acordo com o crime, mas quando eram casos que envolviam mortes de jogadores, a sentença era única, prisão até que o jogo fosse finalizado.

Eu Sabia que já não existia muitos caçadores, nós éramos pouco menos de 50 e a grande maioria de nós nem fazia parte da linha de frente por causa do trabalho ocupar muito tempo. Eu conseguia manter ambos em perfeita ordem devido ao meu ritmo de jogo. Mas ultimamente as caçadas tem sido mais longas, fazendo com que eu ficasse alguns dias longe da linha de frente, e isso me atrasava muito quando o assunto era nível.

“Mas ainda que seja você, Lobo-Prateado-sama, creio eu que esta ainda seja uma difícil tarefa para um único jogador, por conta disse chamei ele” dizia Koji apontando para a figura parada que nos escutou pacientemente por todo este tempo, que neste momento tirava seu capuz e revelava um rosto masculino bem comum e simples com cabelos negros típico do nosso país, porem era bem mais alto do que eu, tendo a sua altura na casa do 1,80m.

“Este é Nalius ele é quem irá trabalhar com você.”

“Prazer em conhecê-lo” disse educadamente se curvando o rapaz que parecia ter entre 16 ou 17 anos.

Olhei novamente para Koji “Lamento, eu trabalho sozinho.” com essas palavras sérias e frias me virei e comecei a caminhar enquanto Koji fazia uma cara de surpresa. Era comum ver caçadores trabalhando em grupo, mas era necessário ser um grupo baseado em confiança pois no final apenas aquele que pegou a missão receberia a recompensa e teria que dividir para o restante do grupo. Mas este não era o meu motivo, o simples fato de ter que trabalhar com alguém já me deixava inquieto. Eu sempre, sempre joguei sozinho. Os demais me atrapalhavam e me atrasavam. Não importava se o valor da recompensa era alto, eu preferia recusar do que trabalhar principalmente junto de um desconhecido.

“Por Favor Lobo-Prateado-sama! Eles mataram todos os outros integrantes da minha ex-guilda por pura crueldade! Eu só pude escapar graças ao líder da guilda que conseguiu distrai-los e se sacrificou por mim...” Eu interrompi a minha caminhada, e olhei de volta, e vi que o rapaz estava curvado e com uma expressão de desespero e raiva. “Eles... eles mataram todos... apenas eu sobrevivi... eu devo isso a eles! Eu preciso vingar os meus companheiros! Por Favor Lobo-Prateado-sama!” a voz do rapaz expressava o mesmo sentimento que seu rosto. Por alguns segundos fiquei em silêncio ponderando sobre a situação, nunca o tinha visto antes, mas uma expressão dessas não era algo que podia ser feita mentindo. Pela sua determinação mesmo que eu recusasse, ele provavelmente iria atrás deles e sem alguém para ajudá-lo, ele não teria chance contra os três juntos, isto Koji também devia saber.

“Tudo bem... eu aceito” eu achava que não poderia continuar com meu trabalho caso eu deixasse algo acontecer com ele após ele ter dito aquilo. Sentimentos de culpa sempre me acertavam ferozmente desde que era pequeno.

“Obrigado! Obrigado!” dizia o rapaz com grande entusiasmo e determinação, coisa que a pouco tempo atrás ele estava totalmente diferente. De certa forma a recompensa disso tudo iria me ajudar bastante, principalmente agora que a minha espada de um mão estava toda destruída, teria que comprar um nova, porém minhas reservas em dinheiros sempre andavam no vermelho.

“Prazer em conhecê-lo Nalius-san, pode me chama apenas de Hikaru”

“Prazer, pode me chamar apenas de Nalius também, até que nosso objetivo seja alcançado eu conto com você, Hikaru”

“E eu com você” apesar de tudo era um rapaz bem educado, mas no fundo eu esperava também que ele fosse um bom jogador, pois nosso trabalho não ia ser fácil.

“Ah Koji-san, me diga, você acabou aquele rank de níveis dos caçadores?” acabei me lembrando que a um mês, Koji estava levantando e acompanhando os níveis de caçadores e montou um rank.

“Sim e como esperado Lobo-Prateado-sama está em primeiro no nível 41” fiquei satisfeito por ser alguém neste mundo “E Nalius-san está em segundo no nível 40” rapidamente encarei o rapaz surpreso, que agora estava com um sorriso acanhado.

“Hehehe... por essa eu não esperava” respondeu ele sem graça, fiquei impressionado por nunca o ter conhecido, mas no fundo fiquei mais tranquilo por estar junto de alguém que possuía experiência. “Também sou um caçador solo, por isso ganhei níveis rápido”. Nós tínhamos mais coisas em comum do que eu imaginava, ele também lutava para conseguir justiça e não apenas dinheiro. Mesmo solitários seguíamos em frente como lobos.

“Mas voltando à nossa missão, qual foi o último paradeiro dos nossos alvos?” perguntei para Koji que fazia uma cara duvidosa.

“As últimas vítimas desse trio foram feitas do 44° Andar há 5 dias trás”

“Algum sobrevivente?”

“Sim, seu nome é.... Toshio, 17 anos, atualmente está na área segura da cidade principal do 44° ainda.”

“Certo, já temos por onde começar, obrigado pelas informações Koji-san, vamos Nalius”

Com os papeis/itens em mãos saímos do Castelo de Ferro Negro em direção a praça central onde este jogo da morte começou. Enquanto caminhávamos para o nosso destino, Nalius me contou a história sobre como aquele trio tinha emboscado e aniquilado sua ex-guilda. De acordo com seus relatos o trio era formado por assassinos de sangue frio que gostavam de maltratar e torturar suas vítimas por simples prazer antes de matá-las da forma mais cruel que podiam imaginar. Por alguns momentos fiquei imaginando, como pode pessoas assim existirem aqui? Todos nós entramos nesse jogo por diversão e acabamos ficando presos por causa de um louco, mas nunca me passou pela cabeça que teria outras pessoas mais loucas presas junto conosco.

Pouco antes de chegarmos ao teleporte parei por um momento, lembrei que tinha algo para fazer antes de iniciar a missão. Meus equipamentos estavam em péssimo estado, como poderia sobreviver em uma batalha casa algum deles se quebrasse? Também queria saber mais sobre aquilo...

“Nalius antes de irmos ao 44° interrogar o Toshio-san, tenho de ir a um lugar primeiro”

“Tudo bem eu lhe acompanho se não for atrapalhar”

“Não, é melhor não, ela é muito... Temperamental e não tenho ideia se ela está com raiva... Não... Pensando bem, é melhor você vir junto” Nalius me encarou com uma cara assustada e confusa.

“Certo, então vamos para o 17° Andar” Completei, já dando passos para dentro do teleporte.

“Eeerrr... 17° Andar?” Nalius me perguntou curioso.

“Sim... numa pequena vila daquele andar tem uma mestre ferreiro que cuida dos meus equipamentos” “Samanta... espero que esteja de bom humor”.


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