Reescrevendo o Passado escrita por caroolmarques


Capítulo 20
Ameaça


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!
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Acordei antes que Edward, que dormia tranqüilo, olhei o relógio do meu celular: 9h. Espreguicei-me e senti meu braço doer, tinham marcas roxas de dedos no meu braço. A minha sorte é que hoje estava frio, muito frio por sinal, as blusas compridas iriam cobrir o estrago. Fui escovar meus dentes e pentear meu cabelo, vesti uma camiseta que ia até os meus joelhos.

Me dirigi a cozinha, para preparar um café da manhã para todos que estava em casa. Encontrei Jacob quase dormindo em cima da mesa.

- Jake? – o cutuquei e ele imediatamente abriu os olhos.

- Ah, oi Bella. - Ele disse coçando os olhos e se levantando - Estava te esperando.

- Bom dia. – sorri e o abracei – mas e então, qual o assunto de urgência?

- Eu tenho algumas boas notícias. Sabe aquele amigo meu que eu disse que iria para NY para vender a padaria por mim? – assenti – Então, ele conseguiu um ótimo negócio e me mandou o contrato pelo correio ontem, por isso fui até o meu pai, fui assinar a papelada para resolver logo isso. Creio que daqui a duas semanas a venda está feita. Eu e Leah alugamos um apartamento pequeno em Forks, só estamos esperando nossa mobília vir de NY e nos mudaremos.

- Que bom Jake, fico feliz por vocês. – sorri – o que mais você quer falar.

- Eu estou preocupado e você sabe o motivo.

- Não tem motivo nenhum. – franzi a testa – está tudo na mais perfeita ordem.

- O QUE É ISSO? – ele gritou e eu me assustei – o Edward te machucou? - E apontou para as marcas do meu braço.

- Não! – coloquei as mãos no peito horrorizada com a pergunta – É óbvio que ele não me encostaria um dedo. É só que eu encontreiomarcusnaboateeeletentoumeagarrar.

- Bella... – Jake começou a falar e Edward entrou na cozinha, eu pigarreei e mudei de assunto.

- Fico feliz mesmo, Jake! – ele revirou os olhos.

- Pelo que? – Edward perguntou e bocejou.

Nós contamos a novidade de Jake e tomamos um café da manhã agradável, a não ser por algumas indiretas pela parte do Jake de como ‘os casais devem sempre contar a verdade um pro outro, não é Bella?’. Fora isso, tudo tranqüilo. Leah se juntou a nós depois de uns vinte minutos. O telefone de casa tocou e eu fui atender. Era Alice.

- Bom dia amiga, tudo bem? – ela perguntou animada.

- Tudo sim, e você? – respondi no mesmo tom.

- Bem, te pego em uma hora pra irmos ao Spa, ok?

- Sim, estarei pronta.

- Onde você vai? – disse Edward se jogando no sofá da sala.

- No Spa com as meninas... A gente vai começar a se preparar pra amanhã.

- Entendi. Você vai demorar?

- Devo voltar só à noite. – supus, afinal, Alice iria achar alguma outra atividade para ocupar a nossa outra parte do dia. – Por...?

- Nada, acho que quando sair do hospital vou pra minha casa, minha mãe pediu pra eu dar uma passada lá hoje, e talvez eu durma por lá mesmo.

- Ah! É... hun, tudo bem. Edward? – Talvez, só talvez, Jake tinha razão. Eu deveria mesmo contar a Edward sobre o Marcus e todo o problema relacionado a ele. E talvez agora seja uma boa hora...

- Algum problema Bella? – ele perguntou preocupado. Deve ter notado a atmosfera que começou a rondar o lugar. Eu estava tensa, suava frio e tremia. Todas as partes do meu corpo - diga-se de passagem – tinham reações quando o nome Marcus surgia nos meus pensamentos. Eu me sentia um animal encurralado, pronto para o abate. Nem a presença e a visão de Edward eram boas o suficiente para melhorar os meus temores.

- Não, nada. – eu ainda não estava pronta para contar essa parte da minha vida para ele – Eu te amo.

- Eu também te amo, muito. – ele disse desconfiado – Tem certeza que não há nenhum problema, Bella?

- Hun, er... não nenhum. – Nota zero, eu sou uma péssima mentirosa.

- Você mente muito mal, e sabe disso – eu corei absurdamente – mas tudo bem, depois você fala. Eu vou tomar uma banho antes que eu me atrase para o trabalho.

- Se incomoda se eu for junto? – perguntei receosa, caso ele estivesse bravo comigo ele ia sim ficar muito bravo.

- Nenhum pouco – sorriu torto e estendeu sua mão para que eu o acompanhasse.

 

Depois de tomar banho, coloquei uma roupa simples pra sair com as garotas. O jantar de ensaio tinha sido cancelado, Alice disse que estava muito nervosa e ansiosa pra distrair e animar outras pessoas. Eu concordei, eram realmente muitos compromissos pra uma só pessoa.

- Oi família, tudo bem? – Alice disse entrando no meu quarto.

- Tudo. – eu respondi – o Edward está terminando o banho, mas nós já podemos sair.

- Ok, então vamos.

- Só vou pegar minha bolsa.

Nós saímos de casa e fomos buscar Rose e Esme, e nos dirigimos para o spa. Logo que chegamos a ampla clínica, que era toda decorada em tons pastel, fomos recebidas por uma simpática atendente que dirigiu cada uma a sua respectiva esteticista.

Depois da rodada de depilação, limpeza e hidratação de pele, banhos de chocolate, no ofurô e massagens relaxantes e algumas até estimulantes nós fomos embora. 

 

Meu celular tocou e eu prontamente atendi. O número do meu apartamento no visor.

 

- Oi! – eu disse animada.

- Hey, Bells! Como foi o dia no spa? – a voz rouca e debochada de Jake encheu meus ouvidos.

- Foi muito boa, obrigada. A que devo a honra de sua ligação?

- Só liguei pra avisar que eu e Leah vamos dormir na casa do Sam, vai ter uma festa da fogueira e La Push, e ela quer ficar por lá para não voltar tarde.

- Ah, tudo bem. Parece que vou ficar sozinha essa noite, o Edward também não vai dormir em casa.

- Ah, qual é Bella. É só por uma mísera noite... não é como se a gente fosse mudar pro Alaska. – eu ri e imaginei Jake revirando os olhos.

- Eu sei, Jake. Era só um comentário a toa. Boa festa pra você então, se divirta bastante.

- Eu o farei. Beijos, Bells. Você sabe que eu te amo, não é? Você é a irmã mais nova que eu nunca tive.

- Hey, eu sou mais velha que você! Mas também te amo. Mande um beijo pra Leah. – e então eu desliguei o telefone.

 Segui as meninas até a recepção para poder pagar mas elas já tinham se encarregado disso, eu fiquei um pouco brava mas decidi que não importasse, deixando minha irritação se transformar em gratidão.

- Eu preciso comer McDonald’s. – por um minuto achei que tivesse ouvindo coisas, mas pela cara de espanto de Rose e Esme não foi alucinação, Alice estava MESMO querendo traçar um hambúrguer – Ah, qual é pessoal? Eu só estou muito nervosa eu preciso disso. – nós assentimos e nos dirigimos ao McDonald’s mais próximo, que ficava a cerca de 20 minutos do spa.

Meu celular tocou de novo.

- Meninas, eu vou atender, deve ser o Jake de novo querendo me encher o saco. – elas assentiram.

Me levantei e fui até a porta de fora da lanchonete.

- Fala Jake, o que você esqueceu? - despejei sem nem olhar o visor.

- Ora, ora, ora... Já está trocando seu destemido Edward pelo Sr. Jacob Black?  - uma voz carregada de ironia soou do outro lado da linha, Marcus.

- Co-como você tem meu número? Santo Deus, me deixe em paz, por favor. Diga logo o que você quer e me deixe em paz. – eu disse tremendo.

- Achei que já estivesse claro que o que eu mais quero tem nome e sobrenome: Isabella Marie Swan. Sabe, Bella, você está tão escorregadia e isso está começando a me irritar, e você sabe bem o que acontece quando eu me irrito, não sabe? – eu gelei e murmurei alguma coisa sem sentido algum.

 - S-Sei. Eu não posso fazer nada, eu não quero você. Por que você não me deixa em paz? Por favor, – supliquei – eu não sei o que fiz pra você, mas me deixa em paz. Eu só quero ser feliz. – a essa altura lágrimas silenciosas escorriam pelo meu rosto, lágrimas de aflição, desespero e puro medo.

- Eu quero TANTO você, machucar você e te fazer minha. Mas já que você não está cooperando eu posso começar a comer pelas beiradas. Quem sabe essa linda fadinha de cabelos espetados não sirva pra alguma coisa.

- NÃO! – gritei em horror, vasculhando o ambiente a procura do pior pesadelo que eu poderia ter, mas a única coisa que eu encontrei foram dezenas de pares de olhos curiosos me encarando – NÃO MEXA COM A MINHA FAMÍLIA, SEU DOENTE.

E desliguei o telefone.

Voltei a mesa atordoada demais para terminar meu lanche, as meninas notaram minha súbita mudança de humor, mas não fizeram nenhum comentário a respeito, o que eu achei bom. Caso elas perguntassem alguma coisa eu começaria a chorar e a dizer coisas sem nexo nenhum, ou seja, meu estado estava lastimável.

- Vamos pra minha casa, querida? – Esme perguntou num tom maternal afagando meus cabelos.

- Nã-ão. – Engoli em seco, só de pensar que eu podia levar Marcus até a casa dos Cullen fez com que um arrepio voluntário passasse pela minha coluna – Eu estou cansada, preciso dormir.

Sem mais palavras, elas me levaram em casa. Saí do carro sem me despedir adequadamente e subi. Tomei um banho quente e fui me deitar, chorei até cair na inconsciência.

Acordei e olhei no relógio do meu criado-mudo, 22h. Peguei meu celular, 30 ligações perdidas: Edward.

- DROGA! – murmurei - Eu dormi demais.

Me levantei da cama tateando o escuro a procura do botão da luz, acendi-a.

- Sabe, eu odeio quando desligam o telefone na minha cara, quando me chamam de doente então... – eu ouvi uma voz aterrorizante e me virei. Marcus estava sentado na poltrona do meu quarto com uma expressão no mínimo psicótica. Minhas pernas fraquejaram quando ele se levantou e caminhou lentamente, parecendo um felino prestes a dar o bote em sua presa, tentei sair correndo, mas ele foi mais rápido que eu. Me puxou pelo braço me encostando na parede do corredor. Segurou meu maxilar com força entre suas mãos e me encarou - Sua vaca! Você pensa que pode se livrar tão fácil de mim. Sua tola, eu sei de todos os seus passos.

- Co-co-como você entrou aqui? – eu gaguejei e lágrimas escaparam dos meus olhos, um gemido de nojo escapou da minha garganta assim que eu senti a língua de Marcus percorrendo a minha bochecha – por favor! – uma súplica quase sem som saiu da minha boca.

- Eu não farei nada hoje, fique tranqüila. Só vim te dar um aviso, ou melhor, te fazer uma ameaça – ele sorriu - É melhor você se afastar do seu grande amor, ou você pagará caro por isso. Ou quem sabe quem pagará será ele.

Marcus saiu andando pelo corredor, de repente jogou um molho de chaves nos meus pés.

- Tome as chaves da sua casa, e um conselho... É melhor trocar a fechadura, nunca se sabe que espécie de crápula pode conseguir uma cópia, não é princesa?

 

E sumiu.

Eu escorreguei até o chão do meu quarto e chorei tudo que tinha direito, isso não era justo. Eu não merecia ser feliz? De repente o medo de ficar sozinha em casa me abateu e eu me vi ligando para a última pessoa que eu menos esperava.

- Alô? – uma voz embargada pelo sono atendeu do outro lado da linha.

- Emmett, você pode vir me buscar? – eu disse chorando.

- Bella? O que aconteceu? Você está chorando? ele perguntou preocupado.

- Por favor, venha logo. – eu escutei o carro sendo ligado e suspirei aliviada.

- Estou aí em 10 minutos.

- Obrigada.


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Notas finais do capítulo

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Bom pessoal, eu devo milhares de desculpas e eu sei.
Eu NÃO abandonei a fic, eu simplesmente comecei a trabalhar.
Eu entro no trabalho as 5h30 da manhã, saio as 14h e chego as 16h30 em casa.
Faço minhas lições e trabalhos da faculdade e as 18h30 vou pra faculdade, saio as 23h.

Imaginem um zumbi! rs. Sério, essa sou eu. Morrendo de cansaço, sem ânimo pra muitas coisas. De fim de semana a única coisa que eu queria fazer era dormir. Sério! Nem pra balada eu ia mais.

Faz 2 meses que eu comecei a trabalhar e só agora eu tive folga, ontem e hoje! Eu trabalho de domingo a domingo. =/

Eu tô me acostumando a rotina agora e já me sinto 'menos' morta-viva. Escrevi esse capítulo hoje, ou melhor, eu finalizei ele (já estava a um mês na primeira linha, sério). O 21 já está quase terminando e até sábado eu posto.

Os dois dias que eu fiquei de folga foram de grande utilidade, já tenho até 2 capítulos de uma nova fic pra quando essa terminar. =D

Mais uma vez me desculpem pelo abandono, mas não me abandonem, por favor!

Leiam, mandem reviews raivosas e saudosas;

Eu senti saudade de vocês!

Amo tooooodas e todos.