Reescrevendo o Passado escrita por caroolmarques


Capítulo 15
Hóspedes


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!
=*



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Cheguei ao apartamento e guardei as compras no armário, montei a lasanha numa travessa e coloquei-a na geladeira, a colocaria para cozinhar mais tarde. Fui até o meu quarto, vesti um shorts antigo e uma camiseta. Arrumei a cama que ainda estava bagunçada, recolhi as roupas que estavam no cesto de roupas do banheiro (inclusive as de Edward) e as coloquei na máquina.lavei o banheiro do quarto de hóspedes, o meu banheiro, tirei o pó de toda a casa, varri e passei pano – milagrosamente minhas unhas ficaram intactas – depois do serviço pesado eu coloquei uma roupa de cama limpa no quarto que Jacob e Leah ficariam. Logo que terminei a campainha tocou, olhei no relógio e vi que já eram 18h30. Devia ser Edward, eu estava num estado deplorável, toda suada.


 


- A porta está aberta, Edward. Pode entrar, mas não se atreva a vir pro quarto, eu estou horrorosa. Vou tomar um banho e já te encontro na sala. Fique a vontade.


- Ok. – Ouvi ele gritando em resposta – Mas saiba que você nunca fica horrorosa. Eu corei.


 


Tomei um banho lento, lavei meus cabelos preguiçosamente. A água caía e ia restaurando meus músculos doloridos após a faxina pesada. Eu precisaria de uma empregada urgente quando voltasse a trabalhar. Sim, porque eu não era uma pessoa preguiçosa, faria de bom grado o serviço na minha casa enquanto estivesse de férias, mas ao voltar eu com certeza precisaria de uma mão direita, que de preferência cozinhasse. Terminei meu banho depois de 40 minutos, creio eu. Passei um creme que ganhei de Renée, da Victoria’s Secret, de morango, claro. Prendi meu cabelo molhado em um rabo de cavalo, coloquei uma saia jeans branca e uma blusinha azul marinho, fiz uma maquiagem bem leve, apenas lápis, rímel e gloss. Calcei uma sapatilha também branca e fui atrás do Edward. Ele estava usando meu notebook sentado no chão da sala. Cheguei silenciosamente até ele e tapei seus olhos.


 


- Hun, que cheiro apetitoso. Mas eu infelizmente só tenho olhos, boca e tudo o mais para minha namorada. – Namorada? Meu coração deu uma vacilada antes de bater rapidamente.


- Namorada? – perguntei sentando do seu lado.


- Se você quiser, é claro. Eu te mandei flores e comprei um presente pra você. – ele se ajoelhou – Isabella Swan quer namorar comigo? – tirou uma caixinha de veludo vermelha do bolso e sorriu torto.


- Hun, me deixa pensar um pouco – falei brincando. Dito isso seu sorriso se esvaiu e chegou a doer meu coração.


- É claro, eu deveria esperar mais um pouco, não se sinta na obrigação. Mas é que é tudo tão perfeito com você ao meu lado que eu não podia esperar nem mais um segundo.


- É claro que eu aceito Edward, era só uma brincadeira. Você nem me deu tempo de terminá-la.


- Jura? – ele perguntou sorrindo largamente, me dando a visão privilegiada de seu sorriso branco e perfeita. Eu assenti - Nunca mais faça isso! Eu acreditei. -  Ele abriu a caixinha de veludo onde tinham duas alianças de compromisso. Ele colocou a menor no meu dedo – Ficou perfeita em você, agora todos vão saber que você tem dono. – ele riu seguido por mim.


- Digo o mesmo pra você! – coloquei a aliança dele em seu dedo – Eu corro um perigo danado, sabe? Você, esse deus grego e eu uma mera mortal.


- Não seja absurda, Bella. Você não se vê com muita clareza, sabia? Aquele dia no restaurante eu tive que me controlar para não bater em meia dúzia de marmanjos. A propósito, eu amo essa cor em você, te deixa absurdamente sexy. – eu corei.


 


- Muito obrigada Edward. Por tudo! A aliança é muito bonita, ótimo gosto. – me deu um beijo caloroso.


- Você teve muito trabalho hoje? A casa está muito cheirosa, e limpa. Mas eu disse que te ajudava quando chegasse em casa.


- Imagina, não era sua obrigação, de qualquer forma.


- Mas eu não me incomodaria, quando nós casarmos eu terei a maior honra em te ajudar em tudo.


- Hun, você será um marido perfeito. E de outro mundo! – ele riu.


- Verdade. Desculpe-me por estar mexendo no seu computador, mas eu precisava ver meus e-mails. Sabe, meu enfermeiro preferido no hospital em que trabalhava foi transferido para o mesmo hospital em que eu trabalho. Ele será da minha equipe. Era meu único amigo lá, um grande amigo por sinal. Ele chega hoje, parece que seu pai está doente.


 - Que pena pelo pai dele, mas fico feliz que ele vem. Parece que você não vive sem ele, de qualquer forma – fiz um biquinho.


- Você está andando muito com a minha irmã. – ele me abraçou – e você sabe que a única que eu não vivo sem é você. Não sabe?


- Se você diz...


- Pára Bella. Eu vou te provar.


- Já está provando, fica tranqüilo. – dei um selinho nele – Agora eu vou colocar a lasanha no forno, Jacob e Leah devem estar chegando.


- Vou com você. – ele disse me seguindo.


- Obrigado por lavar minhas roupas, mas não precisava. Eu iria levá-las embora hoje.


- Hun. Eu não lavei, a máquina o fez por mim. – ele riu – Onde você se trocou? – perguntei ao notar que ele não usava o mesmo traje branco de trabalho.


- Fui até em casa para tomar um banho, e aproveitei para acalmar minha mãe que estava enlouquecendo de preocupação. Afinal eu não apareci pra dormir ontem. – eu corei – Ela mandou a torta de morangos que você adora. Ele disse que é um presente por você ‘me trazer de volta’ e me mandou te dar um beijo.


Ele me beijou calorosamente me empurrando em direção a pia da cozinha. Ele me levantou e me sentou na mesma colando seu corpo ao meu, meu ar estava escasso, mas por nada nesse mundo eu pararia a batalha que eu e Edward estávamos travando com nossas línguas nesse exato momento. Edward passou a mão por minhas coxas e ajeitou minhas pernas ao redor da sua cintura, eu me colei mais a ele, como se fosse possível. Senti sua excitação na minha feminilidade e então o interfone tocou. Nós nos afastamos num pulo, eu estava ofegante e corada e Edward não estava muito diferente de mim. Atendi o interfone, era o porteiro anunciando Jacob e Leah. Autorizei a entrada de ambos.


 


- Isso foi interessante! – disse Edward me ajudando a descer da pia – mas me desculpe, mesmo assim.


- Não se atreva. Foi ótimo e eu quis. Mas eu duvido que esse fosse o tipo de beijo que Esme citou. – nós rimos e ouvimos a campainha.


- Eu preciso de um pouco de ar antes de ver seus amigos Bella, se é que você me entende. Te encontro na sala quando acalmar meu ‘ânimo’.


- Certo.


 


Fui abrir a porta para meus amigos, estavam parados na porta três pessoas. Jacob, Leah e um rapaz alto e muito parecido com Leah que eu não conhecia.


 


- Bells! Que saudade. – disse Jacob me abraçando – você fez falta naquela padaria, eu juro que sem você só temos fregueses chatos.


- Oi Jacob, também senti sua falta. Vamos combinar, aqui não tem um lugar bom pra freqüentar. Nada se compara a sua padaria. – ele deu uma risada alta e rouca.


- Bella! – Leah disse me abraçando.


 


- Caramba, sua barriga cresceu Leah.


- É, esse pequeno vai ser gigante que nem o pai! – Leah deu um sorriso amoroso para Jake, que retribuiu prontamente.


- Um menino? – perguntei.


- Ahan, e dos grandes. – disse Jacob orgulhoso.


- Esse é o Seth, meu irmão – Leah disse apresentando o rapaz a seu lado, que até agora não tinha dito nada.


- Olá Bella, prazer em te conhecer! – ele disse me abraçando também – Espero que não se incomode se eu jantar aqui. Estou morrendo de fome, cara! – eu ri.


- SETH! – Leah brigou com ele – tenha modos.


- Sem problemas Leah. Seth, espero que você goste de lasanha.


- Adoro, e o cheiro está muito bom. Não se preocupe Bella, eu não vou dormir aqui, depois da janta eu vou pra casa dos meus pais, meu quaro ainda está lá.


- Claro. Fiquem a vontade.


 


Mostrei pra Jacob e Leah o quarto de hóspedes e eles colocaram suas malas sobre a cama.


Arrumei a mesa do jantar e falei pra eles se sentarem que eu ia chamar o meu namorado.


 


- Edward, vamos? Estão todos esperando por você.


- Claro amor, me dá um minuto que eu vou.


- Ok.


 


Coloquei a lasanha e os refrigerantes na mesa e me sentei, servi o prato de todos e nós conversávamos animadamente quando Edward chegou.


 


- Cara, o que está fazendo na casa da Bella? – disse Seth se levantando e indo em direção a Edward, será que eles não se gostavam?


- Seth? Que bom te ver amigão! Da onde você conhece a Bella?


- Minha irmã conhece! – Seth apontou para Leah que deu um aceno tímido.


- Bella, lembra do enfermeiro que te disse? É ele! – Edward disse sorrindo largamente.


- Uau, que mundo pequeno. – ouvi alguém limpando a garganta.


- Olá? Eu sou o único aqui que está boiando? – Jacob disse gargalhando. Seth se sentou.


- Ah, que cabeça a minha. Esse é Edward, meu namorado. – Leah ergueu uma de suas sobrancelhas e me encarou, como se perguntasse com os olhos ‘aquele Edward?’. Eu assenti sua resposta muda.


- É um prazer te conhecer Jacob! – ele estendeu sua mão pra Jacob que retribuiu prontamente. – Leah!


- Oh, é um imenso prazer conhecer o homem que fez minha amiga sofrer! – Leah estendeu sua mão e sorriu falsamente. Eu engasguei com o ar.


- LEAH! – Seth falou – Tenha modos. – e gargalhou, ao se lembrar, talvez, na mesma bronca que sua irmã deu nele há minutos atrás.


- Me desculpe! – disse Edward de cabeça baixa e engoliu em seco – Ela tem razão Seth. Foi o que eu fiz, e eu agradeço a vocês dois por ajudarem ela quando eu só a destruí, mas eu estou tendo uma nova chance e preciso que confiem que eu vou dar o meu melhor para ela. Eu prometo.


- Certo. – disse Leah desafiadoramente – Estarei aqui pra te vigiar.


 


Jacob deu uma gargalhada que me assustou e dissipou a tensão que pairava sobre o ar.


 


- Esses hormônios de gravidez deixaram minha amada mais estressada do que o normal – Leah deu um tapa no seu ombro – Ai! Eu não disse? – todos riram, inclusive Leah.


 


O jantar correu sem nenhuma outra tensão, servi a torta de Esme para todos e eles amaram. Para variar. Edward se ofereceu para levar Seth a La Push, disse que não seria incomodo, já que morava lá perto. Logo que eles foram embora Leah se desculpou pela grosseria na mesa. Eu disse a ela que estava tudo bem, e que eu não me importava dela querer cuidar de mim, mas também a tranqüilizei, disse que Edward havia mudado e que nós estávamos nos dando bem.


Ela me ajudou a arrumar a cozinha da janta enquanto Jacob assistiu a um programa de comédia na sala, da cozinha ouvíamos suas gargalhadas.


Logo após isso fomos todos nos deitar, ouvi meu celular vibrando em cima do criado-mudo. Era uma mensagem recebida há 10 minutos.


 


De: Edward


Para: Bella


 


Leah tinha razão, eu te fiz muito mal e nunca


me perdoarei por isso, mas juro que você será


a mulher mais feliz do mundo.


Obrigado pela oportunidade!


 


Te amo, beijos.


 


Logo respondi.


 


De: Bella


Para: Edward


 


Eu já sou a mulher mais feliz do mundo,


eu tenho você de novo. Não se preocupe


com Leah, ela só é superprotetora.


 


Eu também, beijos.


 


Coloquei o celular ao lado do meu travesseiro e fechei os olhos, logo eu o senti vibrando de novo, mas não era uma mensagem, era Edward me ligando.


 


- Oi Edward.


- Jura?


- O que?


- Que você também me ama? – eu ri, pois é. Eu tinha escrito ‘eu também’, como a fraca que eu era. Mas eu confiava nele, meu coração confiava. Não via o porquê mentir.


- É – admiti timidamente.


- Isso é a melhor coisa que eu ouço eu anos, amor. Por favor, diga pra mim? – ele pediu.


- Eu te amo. – disse.


- Eu também te amo muito, você é a melhor coisa que eu tenho e tive nessa vida Bella. Eu espero estar para sempre com você.


- Eu também Edward. Que queria dormir abraçada com você de novo.


- Não seja por isso, em meia hora estou aí.


- A porta vai estar destrancada. – e desliguei.


 


Fechei os olhos e tentei dormir, mas meu coração palpitava de alegria, era tão bom amar. E ser amada era melhor ainda. Meia hora depois senti o colchão se afundar e um braço na minha cintura me puxando para ele.


 


- É tão bom saber que você me ama, Bella.


 


- É bom que você saiba, Edward.


- Agora vamos dormir? Você é uma tentação em pessoa. Mas com você tem que ser perfeito. Ele disse e mordeu o lóbulo da minha orelha.


- Assim você não ajuda em nada – disse com uma voz carregada de desejo e sensualidade. Virei de frente para ele e enlacei nossas pernas. Puxei-o para mais perto de mim e beijei-o com luxúria. Eu estava ofegante e arranhei as costas nuas dele. Ele gemeu.


- Você é má Isabella Swan! – ele disse com uma voz rouca e sensual – Mas eu já disse que você merece uma noite perfeita. Eu bufei e ele riu – Boa noite, amor. Dorme com os anjos. Eu te amo. Ele me beijou calidamente e me virou de costas para ele.


- Você também.


- Repete mais uma vez? – ele disse e sua respiração bateu contra minha nuca, eu arrepiei – Diz que me ama, só mais uma vez.


- Eu te amo. – ele beijou minha nuca e cantou uma canção de ninar.


 


E então eu realmente dormi com um anjo.


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