We Are Demigods escrita por Alice Kirkland, The duck next door


Capítulo 35
A Briga - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Shinigami-sama: Olás! Tudu bem?
Por que eu coloquei o Shinigami-sama para dar "oi" para vocês? Não sei, quanto menos sentido fizer, melhor!



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NICO

Depois que recebi a ligação de Leia sobre a briga bom direto do mundo inferior, voltei para o acampamento. Se as brigas normais delas quase fazem o apocalipse, imagina uma briga feia!

Leia e eu estávamos indo para o chalé 7 para nos encontrarmos com a Cat. Enquanto isso, Lucy e Edu estavam conversando com Angel. Ainda não sei por que elas brigaram, mas sei que foi sério. Se não, qual outro motivo a Cat teria para estar andando por aí com as suas flechas com veneno de Hydra?

O chalé de Apolo não é uma coisa organizada, na verdade é uma bagunça cheia de lápis, tinta, papéis, instrumentos e arcos jogados por ai, mas por alguma razão desconhecida pelas pessoas do universo (mentira, ela tem TOC), as coisas da Cat vivem arrumadas.

– Praga? - Leia falou entrando. Umas cinco pessoas olharam para ela. Quantos filhos de Apolo atendem como "praga"?! - Não vocês, a Cat. - Então ela foi andando no meio da bagunça até chegar na única cama arrumada dali. Leia estava para se sentar ali quando uma criatura/doninha apareceu correndo.

– Não senta na minha cama!

– Sabia que isso ia te fazer aparecer. - Leia sorriu e se sentou mesmo assim.

– O que vocês estão fazendo aqui? - Perguntou Cat - Eu não estou mais vendendo aspirador de pó.

– Nós estamos aqui para falar com você. O que aconteceu para você brigar com a Angel? - Perguntei.

– Não quero falar sobre isso. Mas se vocês quiserem órgãos de qualquer parte do corpo, eu tenho! - Cat respondeu sorrindo. Leia e eu nos encaramos. Nós não estávamos indo bem.

– Cat, eu só quero tentar entender o motivo de você ter brigado com as minha irmã e... - Cat me interrompeu.

– É mesmo. Angel e sua irmã... - Cat fez uma cara de maníaca. Ops, isso não e bom...

– Não é hora para assassinar alguém, Cat. - Leia comentou, mas ela parecia mais interessada no desenho de um gato do que no que falava.

– Eu larguei o bisturi em algum lugar por aqui... Não, não é esse... Ah, Max! - para quem não sabe: Maxwell Antonin Marshmellow Pelúcia, o sapo de pelúcia dela.

– Você é estranha. - comentei.

– Você me conhece desde os dez anos e só reparou isso hoje?

– Na verdade não, eu reparei no momento em que você falou que era o Senhor Cabeça de Batatas.

– Isso é uma coisa perfeitamente normal quando a primeira pergunta que alguém faz quando outro alguém aparece de cabeça para baixo e usando pijamas de flanela é "quem é você?!"

– Na verdade essa pergunta é muito...

– Cat - Leia interrompeu - Por que você e a Angel brigaram?

– Eu não vou cair nessa! E já disse que não quero falar sobre isso! Agora saiam do meu chalé!

Nós saímos antes que Cat pudesse pegar outro bisturi. Nós fomos até o refeitório, que nessa hora está vazio. Lá, encontramos Lucy e Edu que falaram que a Angel apenas se deitou na cama e os ignorou até dormir. Ficamos fazendo nossas caras de pensar, para ver se nós ajudava a pensar em uma solução. Depois de um tempo pensando, Savannah Nightmare a filha de Tânatos, chegou.

– O que vocês estão fazendo? - Ela perguntou.

– Angel e Cat brigaram. - Todos nos respondemos.

– Eu pensei que elas vivessem brigando... Por que estão tão preocupados?

– Foi sério mesmo! Tem mais de meia hora e elas ainda não fizeram as pazes! - Quem respondeu foi Lucy.

– Uou! Mas como elas viraram amigas mesmo?

– Sabe... Que eu não sei como? Um dia Angel simplesmente apareceu com a Cat e pronto! BOOM! - Edu explicou.

– Quando eu conheci, as duas já eram amigas. - Lucy falou.

– Já pensaram em perguntar para elas? - Malcolm apareceu do nada. Por que gente loira gosta de fazer isso? Sério, alguém me responde isso.

– Bem... Não custa tentar. Acho que agora é melhor Edu e eu falarmos com a Cat e vocês, Leia e Nico, falam com a Angel.

***

– Angel? - perguntei entrando no chalé.

– Shh! Estou no meio de uma coisa importantíssima! - ela gritou com a cara enfiada em alguns papeis.

– Espero que não seja um plano de assassinato - Leia falou dando de ombros - Porque a coca-cola do acampamento acabou e manchas de sangue pelo acampamento é uma coisa muito irritante as vezes. E ninguém quer carregar um corpo!

Angel desistiu de falar e cruzou os braços. Sua irmã é uma psicopata 24 horas por dia: como lidar com isso - Um livro feito por mim. Sexta-feira ele lança, viu pessoas?

– O que vocês querem?

– A gente quer saber como você e a Cat viraram amigas - falei, me sentando. Angel suspirou e fez uma careta.

– Tudo bem. Mas só isso. - agora, Leia já havia se deitado na cama de Angel e tirado os sapatos. Quando Angel a encarou ela só disse:

– Que foi? Essa é a minha reação para "senta que lá vem história!".

– Okay... Bem, eu cheguei no acampamento aos onze anos, a Cat já estava aqui há um tempo. Nós não nos conhecíamos ou nos falávamos, na verdade, eu nem sabia direito quem ela era. Nós fomos conversar mesmo pela primeira vez em um jogo de Capture a Bandeira, o chalé de Apolo e Hermes (eu não havia sido reclamada ainda, como vocês sabem) eram aliados, no time vermelho, eu acho. Cat e eu havíamos ficado no mesmo lugar, uma do lado da outra.

"O jogo estava muito sem graça, ninguém passava por lá nem nada, mas acho que foi uma coisa proposital, éramos uma filha de Apolo que havia aprendido a usar o arco corretamente há pouco tempo e uma indeterminada que não havia sido treinada com as armas do acampamento - mas eles que saíram perdendo, porque eu sou incrível. Estava realmente um tédio, e é completamente perigoso deixar alguém com TDAH com tédio, então eu comecei a andar por ai, e a criatura nem um pouco irritante começou a me seguir. Chegou uma hora em que me apoiei em alguma coisa para perguntar se ela não tinha nada melhor para fazer, mas o que aconteceu foi que eu acabei caindo em um buraco que eu tinha certeza de que não estava lá antes.

– Mas que diabos? - reclamei me levantando.

– Você 'tá bem? - Cat perguntou, quase rindo e esticando a mão para me ajudar.

– Sim! - falei e a puxei pela mão, então ela caiu também. O estranho foi que ela também riu, mas ok.

– Hey, o que é esse lugar?

– Sei lá... Eu só cai aqui.

– Legal.

– É... - nós ficamos em silêncio - Então... Quer ver onde isso vai dar?

Bloody hell, yes!

Nós saímos correndo, mas, inferno, aquilo não acabava! Era pior que a casa em que a minha família se encontra! Eu já estava desistindo de andar, mas ai algumas plantas começaram a aparecer e bem, eu achei que já estávamos saindo do outro lado da floresta do acampamento, sabe? Mas eu estava errada.

Quando saímos, as plantas eram completamente diferentes das do acampamento. Eu não sou filha ou abençoada de Deméter, mas aquilo não era normal. Falei isso e Cat concordou, franzindo as sobrancelhas. Nós andamos um pouco por ali e tinha areia ao invés de terra. A Cat estava com uma cara de nojo hilária, sabiam que ela odeia areia e praia? Ela é uma filha de Apolo muito estranha quando você para pra pensar.

– Você tem ideia de onde estamos? - perguntei.

– Não, mas isso com certeza não é parte do acampamento. Isso é areia, e é diferente da que tem na praia do acampamento, argh, que coisa nojenta, além de que a vegetação é muito diferente e...

– Você fala demais - a interrompi.

– Todo mundo fala isso. - ela deu de ombros.

– HEY! SÓ FRANCESES PODEM DAR DE OMBROS!

– Pff. - então ela fez de novo.

– Para com isso!

– Não!

– Ah é? Então eu vou... Eu vou...

– Vai o que, ah? Você tem que melhorar suas habilidades para irritar as pessoas, você não é uma causa perdida e está no caminho, só precisa se especializar um pouco mais...

– Oh, sério? Obrigada, as vezes eu demoro alguns minutos para entender como irritar alguém e isso atrapalha muito!

– Eu sei, cada minuto é importante e precioso quando o assunto é irritar!

– Você é uma daquelas pessoas irritantes de plantão, não é?

– Sou sim.

Nós nos encaramos por um tempo. A verdade é que nenhuma de nós duas sabe puxar assunto ou conversar direito com alguém, mas tenho certeza que ela falou "pudim" e eu me lembro de falado sobre patos. Bem, depois uma borboleta apareceu é a retardada (a.k.a Catherine) quase teve um ataque e após isso nós resolvemos voltar. Blá, blá, blá, eu cansei, a Cat me encarou de novo e tirou um pacote de biscoitos do bolso do casaco e a gente comeu biscoito enquanto voltava o caminho. A volta pareceu mais rápida, sei lá. Quando chegamos no lugar em que eu havia caído, o jogo havia acabado de terminar, então nós só saímos dali e eu fui procurar o Edu para ele e Cat se conhecerem. Ah, e eu tenho a impressão de que tinha um delta naquele lugar em que eu cai... Estranho, né?"

– Então... - Leia falou depois de um tempo - Por que você e ela brigaram?

– As duas meio que caíram dentro do labirinto de Dédalo e essa é sua única pergunta? Sério? - falei.

Enquanto isso, Angel estava com aquela cara pensativa estranha, não a maquiavélica. Então, ela saiu correndo do chalé, o que é completamente estranho, porque ela não corre. Nós saímos correndo atrás de Angel apenas para encontrar ela gritando:

– Neko-senpai!

– Tenshi-kōhai! Desculpa, eu não queria brigar com você!

– Eu também não queria! Desculpa!

– Angel!

– Cat!

– Angel!

– Cat!¹

E daí elas se abraçaram. Alguém por acaso já disse que elas são estranhas?


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Notas finais do capítulo

¹ - Tem uma cena em Soul Eater que o Soul e o Black Star fazem uma coisa parecida, so...
Penúltimo cap, gente TT-TT
Até mais!