We Are Demigods escrita por Alice Kirkland, The duck next door


Capítulo 11
Valentine's Day


Notas iniciais do capítulo

Oi aqui quem fala é o Arnaldo o amigo imaginário mexicano da Angel que criou vida à um ano atrás. Atualmente eu fabrico rosquinhas e me visto de Papai Noel, mas decidi amarrar a Angel em um poste e postar esse capitulo. Ele meio que se passa na época de faculdade deles (a faculdade é em Nova Roma) e era para supostamente o Tony, sendo um mortal ele não pode entrar na cidade mas foda-se, quem manda nessa porra aqui sou eu!
Oferecimento: Rosquinhas do Arnaldo. Policial ou não, eu irei cuspir nelas!



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Catherine

Cat respirou fundo. Uma. Duas. Três vezes.

Tolerância é um pó mágico que está em falta em Catland

Olhou para os grandes olhos azuis da melhor amiga a sua frente. Angel era sinceramente, sua Best bitch forever, mas qualquer dia desses ia enlouquecê-la e fazer querer ir para um quarto branco e acolchoado.

E branco não era a sua cor.

Leia parecia estar tão envergonhada quanto ela, senão mais. Assim como para a loira, aquela era a primeira vez que a ruiva tinha um namorado no dia dos namorados.

E definitivamente Nico di Angelo não era um namorado fácil de presentear.

O que raios ela poderiam comprar para o moreno? Um semancol? Ele não usaria mesmo. Talvez um livro com as 1001 mais novas frases depressivas?

Que coisa problemática.

Mesmo assim de quem havia sido aquela ideia (simplesmente insana, diga-se de passagem) de as três saírem juntas para comprarem presentes para seus respectivos namorados?

Novamente, de quem foi essa ideia idiota?

Ah, sim, da Angel.

Quem foi a idiota o suficiente para ouvir?

Oh, sim, Cat.

O que raios ela poderia comprar para o filho de Hades?

– Não Angel – a loira respondeu tentando sinceramente soar o menos irritada possível – Não vejo por que eu dar um cortador de pizza cravejado de diamantes para o Nico

– Mas ele não é italiano?

– Eu já disse, não.

O que se dava para seu namorado quando ele tinha um milhão de anos?

– Ok então – a morena concordou, puxando a amiga e a cunhada para outra loja. Desta vez com o intuito de ajudar Leia a encontrar algo para Dakota, já que Cat não parecia propensa a aceitar suas ideias brilhantes. E ainda tinha que comprar algo para Tony!

Domenico Nicodemos (n/Domenico: Hey!), ok ok Nico

Nico suspirou ao ouvir mais uma discussão entre Lucy e Tony. Sinceramente, aqueles dois nunca cansavam?

Já tinha sua cota de anos na Terra e nunca havia encontrado uma dupla para se alfinetar em todos seus diálogos.

Absolutamente T-O-D-O-S.

Não que se importasse – sério, não estava nem aí – mas se Lucy perdesse o controle e nocauteasse Tony, talvez Angel ficasse um pouco triste, ou irritada.

Mas só um pouquinho.

Era apenas uma pequena probabilidade, mas era melhor não arriscar.

– Hey, bruxinho – chamou a atenção do moreno – Já comprou o presente da sua namorada-monstro-super-ciumenta?

Se Tony não fosse um ser humano ele seria um tomate, o coitado ficou super vermelho, isso fez Nico sorrir cínico e falar mais alto para chamar a atenção da loira que estava do outro lado da loja.

–Hey, Lucy – Lucy voltou o rosto para o semideus – Já comprou o presente para Octavian? – foi o que bastou para o habitual sorriso luminoso da loira morrer.

–Eu não sei o que comprar para Angel, ela pode ser maligna quando quer. – Tony falou baixinho numa voz totalmente derrotada.

Nico ate sentiria pena dele se não estivesse tão orientado quanto um cego num país sem estradas, em relação ao que dar para Cat.

Sua namorada era tão geek, com todos aqueles all star e camisas de livros...

Como ele iria dar para um presente para uma garota que ama coisas que ele nunca ouviu falar?

Parecia bem simples na TV. Flores, bombons, champanhe, sorrisos e promessas de amor...

Ok, estou passando tempo demais com a Lucy.

Foco. Foco. Foco.

Cat provavelmente já escolheu o meu presente há séculos, não posso errar desta vez, não depois do fiasco no Natal.

– Por que você não compra um anel para ela? – cochichou para o bruxo, saindo de suas divagações prontas para ajudar o próximo – Um de prata escurecida.

– Tem certeza? – Tony parecia realmente receoso.

― Por que você não pega uma carona no trem da confiança e me da, uma chance? Eu juro que não vai descarrilar. Além do mais ela me jogou essa dica hoje de manhã, praticamente mandando eu te dizer isso.

– Ajudando Tony a comprar presente para a sua irmã? – Lucy apareceu do nada apenas para alfinetar. Como se Nico se importasse, ele quase não se importava com ninguém.

– Então, garotinha – alfinetou de volta – Por que não compra um kit de como fazer seu bichinho de pelúcia para o Octavian?

Lucy o olhou como se fosse um gênio e saiu da loja em direção a outra.

– E você? – Tony parecia genuinamente preocupado – O que vai dar para Cat?

O semideus suspirou dando uma olhadinha nas roupas.

– Você deveria saber que Cat não é uma pessoa muito fácil de presentear.

Tony lhe sorriu solidário. Realmente a loira não era alguém complicado. Meio louca e totalmente retardada (no bom sentido, claro), mas, para ele, ela era demais.

Catherine

Ok. Ok. Era só um presente, sem motivos para pânico nem nada do tipo. Não tinha por que dar tudo errado. Não mesmo. Só um presente. Já havia derrotado monstros e enfrentado perigo muito maiores do que um mísero dia dos namorados.

Valeu São Valentim.

E que raios de nome era aquele para um santo? O que os mortais tinham na cabeça?

Colocando a caixinha que levava dentro do bolso e pegou a chave e destrancou a porta. A maçaneta moveu-se suavemente entre seus dedos quando abriu a porta.

Ah, bom, Nico não estava na sala. E pelo silencio do apartamento em cômodo nenhum.

Suspirou, sem entender o súbito alivio, ao largar-se em uma das poltronas que havia ali. Recapitulando seu dia todos tiveram boas experiências.

Angel havia amado seu anel, e elogiou o estranho bom gosto de Tony, e hoje já desfilava colocando a mão na cara das pessoas, para todos verem o anel.

Leia havia aprovado seu presente, um lustrador de espadas, e Cat demorou a acreditar que Dakota pudesse vir a dar um presente tão útil a ruiva.

Desde quando Dakota tinha ideias tão geniais?

Tony ganhou um bom presente de Angel, uma jaqueta de couro que fazia ele um pouco misterioso, o sobrinho ganhou um kit de bichinhos para fazer bichinhos de pelúcia e Lucy quase teve uma sincope de felicidade ao ganhar um colar em que o pingente eram as letras ‘’L’’ e ‘’O’’ entrelaçadas.

Agora, ela andava por ai, com esse colar se mostrando como um pavão.

Revirou os olhos mentalmente. Suas amigas eram tão infantis. Depois eu sou a exibida.

Quando já cansara de esperar sentada na poltrona e estava pronta para ir para seu apartamento, que fica na frente do de Nico, tirar um cochilo ou assistir TV, o filho de Hades adentrou no recinto.

Mesmo com as roupas pretas e discretas, para Cat, o sorriso de Nico fazia ele brilhar.

Quando o viu pela primeira vez, a garota o achava depressivo e irritável, o que Cat achou ótimo, mas apesar de tudo fascinante. Ela não sabia por que e tinha preguiça demais para descobrir.

Não pode se impedir de retribuir o sorriso e pensar, não pela primeira vez, o que Afrodite estava pensando quando juntou os dois.

–Olá Catherine, querida – Nico disse alegre, quase cantarolando ao senta-se ao lado da garota. Cat encarava Nico desde que ele chegou. Aquele comportamento é fora do comum.

– Oi Nico – ela ainda sorria, leve, timidamente, com aquela expressão que só poderia ser descrita como fofa.

– Então o que o trás ao meu humilde lar? – fez um gesto amplo com os braços englobando todo o apartamento, lhe sorrindo sarcasticamente e fazendo a namorada dar risadinhas, antes de voltar o olhar para ele, desta vez muito séria.

– Feche os olhos.

– Hum? O que?

– Só confie em mim. Feche os olhos.

Nico fechou os olhos, levemente desconfiado, não era possível, nem provável, é claro, que Cat colocasse fogo no apartamento, ou coisa assim, mas continuava receoso.

Sentiu a movimentação da loira a aproximação da

– Pode abrir agora.

Olhou primeiro para o rosto apreensivo da namorada antes de baixar os olhos para suas mãos. Um colar (definitivamente não feminino) muito bonito, com uma pedra azul clara como o céu sem nuvens, que brilha uma luz azul bebê muita hipnotizante.

– Esse colar vai brilhar todas as vezes que ficarmos juntos. Eu sei que é meio bobo, e um pouco plágio de Feiticeiros de Warverly Place, mas eu... Eu quero que... – A Loira parou procurando palavras e Nico sorriu. Ele lhe deu um beijo longo.

– Espere aí, vou pegar o seu presente – antes de sair apressado em direção ao seu quarto.

Cat, normalmente, era uma pessoa que precisava de palavras, ditas em alto e bom som, mas depois daquele beijo tomaria como um “adorei o presente’’ pela parte do filho de Hades.

Antes que pudesse piscar Nico estava de volta com um pacote embrulhado em papel fortemente preto em mãos. Mesmo que ficasse temerosa – poderia ser algo com couro afinal – pegou o presente das mãos do namorado assim que ele disse “Aqui o seu”. Sua alegria era quase que infantil e Cat teve a impressão que nunca conseguiria não gostar daquele presente.

Cat percebeu que Nico observou atentamente a namorada abrir o embrulho delicadamente e mais delicadamente ainda os lábios formarem um ‘’O’’ perfeito.

A filha De Apolo deixou a blusa se mostrar a sua frente. Era de um tom bege meio envelhecido, tinha uma árvore com uma corda e uma garota indo em direção à árvore*.

– E aí gostou? – Nico perguntou nervoso. Cat achou que ele ficou super fofo desse jeito – O que achou?

A semideusa levantou o rosto olhando para o rosto do garoto, ele era a coisa mais sexy de todas. Cat tinha a sensação que Nico poderia estar falando sobre a maneira correta de limpar um forno e ainda soar sexy como uma lasanha.

Cat correu para o banheiro e trocou a blusa. Ficou muito larga, Cat amou Nico por isso, ia até metade da sua coxa. Ela correu até ele e o abraçou.

–Eu amei. Você é o melhor namorado do mundo. E eu posso dizer isso, porque eu sou sua namorada.

Nico ficou corado e, de novo, Cat constatou como ele é fofo.

– E você? Gostou do colar?

– É simplesmente perfeito – analisou a pedra novamente – São da cor dos seus olhos – Ergueu o queixo da outra, como se fosse confirmar, mas em vez disso tomou os lábios da semideusa. Depois de se separarem eles apenas ficaram se encarando intensamente.

A companhia soou barulhenta repercutindo pela casa toda.

Nenhum dos dois se importou com aquilo – o que era um toque de companhia? – mas o som voltou a soar de novo e de novo com um intervalo de tempo cada vez menor e parecendo mais barulhenta a cada vez. Cat bufou irritada.

Ela foi abrir a porta.

– Oi – Ouviu um coro de duas vozes antes de Angel e Leia entrarem como se estivessem em casa, seguidos por um Dakota e um Tony envergonhados.

– Atrapalhamos alguma coisa? – a morena perguntou contente largando-se no espaçoso sofá. Sério, Cat iria chutar o traseiro de sua melhor amiga depois.

– Não, claro que não – o tom falsamente alegre do moreno era um pouco dispare com a sua personalidade, soava um pouco assustador. Ele estreitou os olhos em desconfiança antes de voltar-se para a irmã. - Angel colocou fogo em no apartamento, de novo? Organizou uma guerra de comida? Colocou caranguejo na piscina? O que você aprontou agora?

– O que? É claro que eu não aprontei nada! – a morena pareceria estar particularmente magoada com as acusações do irmão.

–Então – Cat arrastou a palavra – O que vocês virem fazer aqui?

– É dia dos namorados – Leia explicou – Lucy fez um jantar para Octavian e...

– Nós não gostamos de clima romântico para fazer alguma coisa e os pais do Tony querem um pouco de paz – Angel completou, também sentando no sofá, e notando a recém adquirida blusa da amiga– Que blusa linda!

– Realmente bonita – comentou a ruiva analisando o tecido.

– Bem legal – Tony espichou o pescoço sobre a namorada para ver a peça de roupa;

– Nossa é a blusa de THG? – Angel pergunta interessada.

– Hum, sim – ela sorriu e apertou a mão do namorado – Meu presente.

– Que mal lhe pergunte Dakota – Nico chamou a atenção de todos – Tony obviamente foi expulsa de casa, Leia e Angel vieram apenas atazanar, por que todos nós sabemos que elas poderiam ficar na casa da Angel e da Cat, mas o que você faz aqui?

– Ah... bom... – o moreno começou encabulado

– Leia chamou ele, é claro – Cat bufou novamente, era só o que faltava, sua noite de Valentin’s Day sendo estragado pelas próprias amigas. – Vocês deveriam ter ido para o cinema ou ido ao Buger King.

– Atrapalhamos alguma coisa – Angel cantarolou, parecendo genuinamente satisfeita – Por falar em comida, onde é a cozinha?

Nico apontou a direção e logo não havia mais ninguém na sala, todos os intrusos acompanhando a morena barulhenta e fazendo bagunça na cozinha. Cat ia segui-los, não queria que suas "adoráveis amigas" destruíssem a casa do namorado, mas foi interceptada pela mão de Nico que a puxou para perto, sussurrando em seu ouvido.

– Quando eu der o sinal nós vamos saímos correndo e ter uma noite romântica de verdade, ok?

É, realmente o dia dos namorados não era tão ruim assim.


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Notas finais do capítulo

*Camisa da árvore forca, existe sim para vender, de Jogos Vorazes

Tenho que ir rápido, Angel já se livrou das amarras e vem vindo me matar!!!!!!! Oh Dio Mio! No más!

Enquete do dia:
Arnaldo deve viver?
( ) SIM
( ) NÃO
( ) SIM, MAS DEVE SOFRER MUCHO.
( ) NÃO! DEVIA GANHAR UM PRÊMIO!



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