Tarde Demais! escrita por MisaChan


Capítulo 22
Capítulo 22 - Aniversário da Erza.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409335/chapter/22

A semana passou voando. E como esperado, nada de emocionante aconteceu, tudo ia bem, até meu pai abrir sua enorme boca.

– Amanhã minha filhinha vai completar 16 aninhos! - Disse ele apertando minhas bochechas.

Jellal e Lucy estavam na minha casa, nós estávamos conversando sobre a escola e sobre jogos, o de sempre.

Ambos ficaram olhando para a cena, Jellal prendendo um riso, e Lucy com cara de miragem. Normal não?

– Isso quer dizer quem... Amanhã é aniversário da Erza? - Ela perguntou.

– Não, é aniversário da minha avó! - Respondo me soltando do meu pai, e sentando-me ao lado deles no sofá.

– Foi uma pergunta retrógrada filha. - Meu pai defendeu a loirinha.

Nem liguei para a intromissão dele no papo.

– Por que não contou pra gente que amanhã é seu aniversário? - Jellal perguntou segurando minha mão e entrelaçando nossos dedos.

– Não gosto muito de comemorações, aniversários não significam nada para mim. - Respondi um pouco rude, depois queria voltar atrás, mas...

– Do que está falando? Se é louca? Não mesmo! Vamos comemorar seu aniversário! Não vamos tio? - Lucy se levantou.

– Bem... A Erza não gosta muito... - Disse meu pai coçando a cabeça.

– É isso mesmo. - Respondi.

– Pelo menos vamos sair para comer algo. - Jellal deu uma ideia.

– É... Pode ser. - Respondi.

(...)

Acordei com raios de sol irritantes na minha face.

– Q-Que isso pai? - Falei irritada. - Hoje é sábado! - Cocei os olhos.

– Não... Hoje é seu aniversário! - Disse entusiasmado.

Fiquei olhando para ele com um cara sem nenhuma reação, eu estava extremamente invocada por ter sido acordada. Estava quase tacando o porco chumbo nele.

Sem graça com o meu olhar, meu pai desviou o dele.

– Filha você é muito difícil! Tão rabugenta. - Disse num tom de brincadeira. – Não sei quem você puxou.

Continuei a encara-lo sem dizer nada, e com a cara fechada.

– Okay! Estou saindo. Mas hoje você vai ao shopping com a doidinha e com o drogado. - Disse ele saindo do quarto. - O café da manhã está a sua espera.

– Ele não é drogado pai... – Resmunguei.

Eu não estava com a mínima vontade de fazer nada, mas, já que todos estavam insistindo...

Levantei-me e fui tomar um banho. Eu não sabia o que nós faríamos hoje no shopping... Então, eu não sabia o que vestir.

Fiquei um tempo encarando minhas roupas, e foi então que eu decidi. Peguei um short jeans, e uma blusa, do Nirvana, e não... Eu não era poser... E sim, eu curto muito essa banda. Coloquei meu All Star, modelo botinha, um relógio, e penteei meus cabelos, mas o deixando solto.

Desci e fui até a mesa, para minha alegria meu Nescau estava lá.

“Ae! Finalmente, algo legal.”

– E então, animada para sair com seus amigos? Logo eles viram. – Meu pai chega da cozinha com torradas.

– Mas animada do que eu, só um pessoa no velório. – Respondi tomando meu Nescau.

– Mas filha, depende, vai que é o velório do seu chefe... Ou da sua sogra? – Ele ri. – To brincando... Ah, sabe quem ligou pra você desejando parabéns?

– Quem? – Perguntei sem animação.

– Jenna! – Falou animado. - E o estranha é que ela disse que veio aqui, e eu não estava... Por que não me falou.

– Quero que ela pegue os parabéns dela, e vá pra o inferno. – Respondi, revirando os olhos.

– Que isso Erza! Que coisa feia de se falar.

– Ok. Desculpa. Não quero que ela morra... Quero que ela seja abduzida.

– Para de falar assim dela. – Ele tomou um gole de café.

– Qual é pai... Et gosta de vaca... Ela vai fazer sucesso. – Eu sei que levaria um esporro legal, mas, felizmente, a campainha tocou, antes mesmo dele abrir a boca.

Corri até a porta, e assim que a abri e vi quem era, fechei na mesma hora.

– Que isso filha? Quem é? – Meu pai falou já se levantando.

Eu não podia acreditar... Ela não tava vestida assim... Era a minha mente... Era imaginação.

Meu pai correu até a porta, já que eu não o respondi, e assim que abriu, levou um susto, mas depois sorriu.

– Oi Lucy. – Falou simpático. – Entra. – Disse em meio de risadas.

Olhei para ela de novo, e sim, ela estava vestida de palhaça.

– Lucy... Por que você está assim? – Perguntei tentando manter a calma.

– Por que hoje é seu aniversário! – Ela grita. – E palhaços fazem aniversários felizes.

– Lucy... Nós vamos ao shopping. E você não vai assim.

– Vou sim.

– Não vai.

– Vou sim.

– Não vai!

– Vou...

– Chega! – Meu pai se intromete. – Ela tem o direito de ir como quiser para o shopping Erza, respeite o gosto dela. – Ele se controlou para não ri.

– É. – Disse a loira, fazendo biquinho.

– Eu não vou sair dessa casa, com você vestida assim Lucy, na boa.

– Mas Erza... Depois vai ter fe...

Meu pai trava a boca da loirinha.

– Nada filha. – Ele me encara. – Sabe Lucy, acho melhor você se trocar mesmo. – Ele a encara.

– Ta... – Ela volta até a porta. – Vinte minutos e eu volta para nós irmos ao shopping.

– Ok! – Grito.

Assim que ela fecha a porta, eu ligo a Tv. Pelo menos, eu podia assisti meus programas em paz.

O tempo passou voando, e logo Lucy e Jellal estavam na porta. Fui com eles, e pegamos um Táxi para o shopping. Que estava um porre, era domingo, e só a praça de alimentação e o cinema estava aberto.

Compramos ingressos para ver um filme de comédia, e compramos um combo pipoca.

Assistimos, e logo que deu seis horas, Lucy reclamou de dores na barriga, pedindo para ir para casa.

Então não demorou muito para Jellal, receber um telefonema, e sair as pressas.

Nossa! Que aniversário legal.

Debochei de mim. Que estava sozinha, num shopping completamente vazio, e abandonada pela minha amiga e meu namorado. E ainda por cima, tinha uma criancinha que aparecia do nada para me dar língua.

Oh peste!

Fui para casa estressada, depois da demora do táxi.

Já eram sete e meia da noite, e eu me lembrei de que esqueci as chaves de casa. Então toquei a campainha.

Para minha surpresa, Lucy abriu a porta.

– Ah, oi. – Ela parecia nervosa.

– Oi... O que você tá fazendo aqui?

– Eu tava com dor de barriga.

– Ah... E veio para minha casa? – Aquilo estava muito mal contado.

– Erza... – Ela olhou para todos lados, e depois fixou seu olhar para o céu. – Olha! Um disco voador. – Ela gritou.

Continuei imóvel, olhando para a cara dela, com uma face sem expressão. Ela persistiu, pensando que eu iria acreditar que havia um disco voador ali.

– Da um tempo. – Falei séria.

– Ok! – Disse sorridente e bateu a porta na minha cara.

Enfurecida, eu abro a porta. Está tudo escuro... Procuro o interruptor, e acendo a luz.

– SURPRESA! – Sou surpreendida com a voz de várias pessoas juntas, assovios, e apitos.

Fora aquela chuva de confetes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Em breve, Capítulo 23 - A festa surpresa.
Besos, XD