– Titania na área, qual é a situação... Menina Bacon? – Perguntei atrás do fone com microfone embutido.

“Fala sério... Até no nome! Bacon persegue essa menina!”

Nós estávamos jogando um jogo de tiro online. Já estávamos mais de uma semana sem aula, e sem previsão de volta. Por causa disso, o diretor decidiu tirar as olimpíadas escolares... Doeu em mim... Mas foi melhor assim. Iria doer muito mais se eu tivesse uma semana de aula quando chegasse ao mês de dezembro.

E também, já tinha uma semana que a vaca da Jenna não apareceu e nem ligou, para a minha felicidade. Talvez um extraterrestre tenha abduzido ela, sempre li que eles gostam de vacas. Mas... Pensando bem, acho que nem eles iriam querer aquela leiteira.

No dia desagradável da visita dela,meu pai nem perguntou, acho que ele nem se ligou que a campainha tocou, que eu abri a porta, que ela foi ao banheiro e etc... Nossa como meu pai é distraído nessas coisas, mas eu acho é que ele confia em mim para tomar conta da casa. Afinal, eu sou a TITANIA... Pelo menos no jogo.

– Os dois inimigos estão se aproximando... Perto do local aonde implantamos a bomba. – Escutei a voz da Lucy pelos fones o que fez-me dispersar de tais pensamentos e voltar a prestar atenção no jogo.

O campo não era muito grande. Era como em uma prisão. Nós estávamos em uma sala particular jogando contra nossos namorados.

‘’Depois que eu passei a namorar o Jellal, o Natsu também pediu para namorar com a Lucy, olha que fofo. ’’

‘’Diz à lenda que Natsu é um homem de coragem e... De muita paciência. ’’ (Pensamento involuntário)

Nosso objetivo no jogo era implantar a bomba e explodir a prisão, já que nós éramos as bandidas, que estavam indo retirar os presos da prisão.

“Que jogo educativo esse... ’’ (Pensamento involuntário)

Jellal e Natsu eram os policias que tinham que nos matar.

Nós já tínhamos ganhado duas partidas seguidas como policias, por isso nascemos criminosas agora.

– Mamãe eu estou apaixonado por uma criminosa... – Disse Jellal cantando pela comunicação livre.

– Vai á merda. – Respondi rindo. – Eu odeio nascer assim.

– Pode deixar que o Lord aqui vai te tirar dessa. – Respondeu ele.

– Mantando meu personagem? Sonhe azulado! – Provoquei.

Movimentei minha personagem e implantei a bomba. Agora tínhamos que esperar 2 minutos e nesses 2 minutos, tínhamos que ficar atenta, pois os policias tinham a nossa localização e ia vim aqui nos matar.

– Erza eu vou ou você vai? – Perguntou Lucy no nosso Chat privado.

– Toma conta da bomba, eu vou lá. – Respondi sua pergunta em relação à limpeza da área, para que nós ganhássemos.

Agora minha missão era achar eles e eliminar. Eu esta com uma AK-47 era só mirar na cabeça e fazer meu amado, headshot.

Onde eles estão?

Perguntava-me mentalmente enquanto andava pelos corredores da prisão, até que...

HEADSHOT!

– Ah... Que isso amor... Assim você parte meu coração. – Disse Jellal no Chat Mundi.

Eu tinha acabado de dar um tiro na cabeça do personagem dele. Agora só faltava o Natsu.

– Vocês namoram há uma semana e ela já te da headshot... Força ai amigo! – Disse Natsu com tom de riso.

– Né cara... E olha ai, nem responde à minha fala. Bolando aqui... – Disse num tom brincalhão.

– Desculpa Jelly... - Ri. - Eu quero ganhar mais 700 pontos com o Natsu. – Respondi concentrada em encontra-lo.

A cada tiro na cabeça, mas conhecido como headshot, no mundo dos gamers, me gerava 700 pontos, o que me dava dinheiro no jogo para comprar outras armas.

O tempo já estava acabando, nós iriamos ganhar de novo se a Lucy não morrer para o Natsu. Mas eu queria meus 700 pontos.

“Fominha!’’ (Pensamento involuntário.)

Não que eu seja uma fominha, mas é que, eu estou sem colete, e preciso disse pra conseguir.

Não que eu seja uma fominha, mas é que, eu estou sem colete, e preciso disse pra conseguir.

Criminosos Vencem!

Anunciou na tela, nós vencemos.

– Vamos de novo. – Pediu Natsu.

Escutei um bater na minha porta, antes que eu pudesse responder.

– Titania desconectada, meu pai está vindo. – Fechei a aba do jogo, e coloquei em uma aba com os jogos super ‘’divertidos’’ e educativos da Dora, a aventureira!

“Nossa que porre essa garotinha. Oh desenho abestado e retardado, acho que foi isso que a Lucy viu na infância... Tadinha.” (Pensamento involuntário)

Eu tinha que fazer isso por que meu pai odeia jogos de tiros.

– Entra. – Falei virando minha cadeira giratória para ele.

– Filha, tenho uma ótima notícia para te dar! – Disse meu velho animado.

– Sério! O quê? – Perguntei animada.

– As aulas voltam amanhã! – Disse ele animado olhando para mim.

Suponho que ele estava esperando uma reação ótima minha, mas... Não.

Meu sorriso desmanchou e eu fiz algumas caretas mostrando o que eu estava sentindo.

– Nossa... Que massa... – Falei voltando a olhar à tela do computador.

Se fosse em outros tempos, eu ia adorar essa notícia. Mas agora eu descobri os jogos online!

– Nossa filha, você não gostou da notícia? – Perguntou meu pai franzindo a testa.

– É... Não... Não é isso... – Enrolei.

– Olha filha, depois que você começou a namorar aquele garoto você está assim! – Meu pai cruzou os braços.

– Para de culpar o Jellal por tudo pai! Que coisa... – Rebati.

– Filha! Não minta para mim. Quero que você seja sincera na pergunta que eu irei te fazer.

– E o que seria pai?

– Ele é drogado?

Minha boca entre abriu. Mas que pergunta era aquela?

– Não pai. – Respondi fazendo uma cara de: óbvio que não.

Ele ficou me encarando uns segundos e eu não podia acreditar que ele estava levantando essa hipótese absurda... Tadinho do Jellal.

– Eu vou confiar em você. – Ele deu uns passos lentos até a porta. – Mas eu estou de olho dele. – Falou antes de sair.

Gente... O que deu no meu pai?

O Jellal podia ser tudo... Metido, pervertido, bobo, lindo, chato, charmoso, meigo, implicante... Mas drogado? Meu pai viajou na maionese.

Enfim, agora tenho que voltar a focar na escola... Já que amanhã, as aulas retornam... Oh vida!