Nova amiga!

Uma semana se passou. Tive que aturar a cara do Jellal a semana inteira me perguntando coisas idiotas. Não aguentava aquela sala. Era um tormento.. Mas, se eu quero ser uma profissional que se prese, tenho que aguentar a tortura que é ir para escola e olhar um mar de gente retardada ou chata.

Fui para escola com mesma felicidade que você vai a um enterro. Pois é minha situação era precária.

Tomei água no bebedouro do corredor, respirei fundo e entrei na minha sala de aula. Me deparo com a loirinha, a tal de Lucy.. sentada na minha cadeira, com cara de cansaço, quase dormindo.

– Hey! Esse lugar é meu. - Falai colocando minha bolsa ao lado da cadeira e retirando a dela.

– Oh... Me desculpa. Eu vim para essa sala hoje. - Ela levanta e retira as suas coisas, indo para a cadeira do lado.

Ela tinha a maior cara de lesada. Mas ok! Meu pai falou para eu conseguir amigos. Puxei assunto.

– Você é da onde?

– Haaam..?

Acho que ela não entendeu, vou pergunta de novo.

– De onde você é? - Falei bem explicado.

– Se eu quero um sacolé? Não obrigada. - Ela abaixa a cabeça.

Ta desisto. Ela era um ser incrivelmente abestado. Não dava pra conversar.

Em poucos minutos aparece o Jellal. Aff..

– Oi Erza! Ontem foi maravilhoso. - Ela fala com um sorriso torto.

''Pera! O que esse besta disse? Ontem? Maravilhoso?''

Escuto uns cochichos entre os garotos.

– Oh ele já pegou a Erza!

– Cara o Jellal é o cara.

'' Pera ai! Aquele maldito.''

– Olha só seu babaca..– pensando bem, é melhor pagar com a mesma moeda - Cara! Meu amigo também achou, ele perguntou quando você quer ver ele de novo. - Falei por fim.

Comecei a ouvi risadinhas dos meninos. Jellal amostra uma cara de puro descontentamento para mim, eu esbanjo prazer com aquilo. O machão agora ficará com outro fama! Haha'

Jellal ficou sem falar comigo a aula inteira. Eu só não sabia como agradecer por essa divindade.

Depois de 3 longos e chatos tempos, eu fui para o intervalo. Jellal passa do meu lado com passos acelerados, e cochicha no meu ouvido: Vai ter volta gatinha.

''Baka! Como se atreve ultrapassar minha regra de 20 centímetros. Volta.. volta! Ah, vá procurar o que fazer.''

Fiz cara de deboche e continuei andando. A loirinha retarda tava na frente, ela estava com tanto sono que derrubou seu lanche no chão.

Todo mundo ficou rindo dela. Beleza. Mesmo ela sendo retarda isso não era certo.

– Seus babacas! Vão procurar o que fazer. - Falei com uma voz alta com as pessoas que estavam rindo, eles por alguma razão saíram, me senti com moral.

Ajudei a loira a levantar, ela estava bem quente.

– Você está bem? - Perguntei.

– Hamm... - Ela responde zonza.

– Acho que está com febre! Vamos para a enfermaria.

Ela se apoia no meu ombro e eu ajudo ela andar até a enfermaria. No caminho, vi Jellal me olhando. Ele me encara de cima em baixo, tomando um suco no canudo. Ridículo. Subiu até um refluxo na minha garganta, só de olhar para ele, mas desceu.

Cheguei na enfermaria com ela. Ela estava com um virose. A enfermaria ligou para os pais dela, eu fiquei com ela lá até eles chegarem. Antes dela ir embora com os pais, ela colocou os braços envolta de mim, me abraçando, e disse:

– Obrigada, amiga... - Depois foi até os pais.

A enfermeira antes deu sair também me falou algo.

– Você foi uma boa amiga, perdeu seu recreio todo aqui, e ainda com risco de pegar uma virose.

Beleza! Tirando o fato da virose. Eu gostei de ser chamada de amiga. Voltei para a aula, e fiquei lembrando disso, quando olhava a cadeira vazia dela.

" Amiga..."

Eu tinha conseguido uma nova amiga. Legal!

Fui para casa esbanjando alegria! Estava orgulhosa de mim mesma. Contei para o meu pai quando ele chegou do serviço, e ele me deu um barrinha de chocolate de recompensa pelo meu bom desenvolvimento na escola, e pela minha solidariedade de ter ajudado ela, e por ter por fim, por ter conseguido uma amiga.