Tarde Demais! escrita por MisaChan


Capítulo 19
Capítulo 19 - Visita Desagradável




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Eu estava toda à vontade jogada em meu sofá. Com minhas pernas no braço, do sofá, e as costas na almofada fofinha que meu pai comprou a pouco tempo. Um enorme sorriso habitava minha face.

Eu estava parecendo um abobalhada, mas... Eu estava mesmo... Abobalhadamente apaixonada. E como é bom estar assim.

"– Pois é, eu estou apaixonado à meses, e esses são os efeitos.''

Aquela frase não saída da minha cabeça. Isso era tudo o que eu precisava ouvir. Fora o fato de que nós estamos... Namorando!

Foi tudo tão rápido... Não estou nem acreditando.

Enquanto eu habitava mentalmente em meu mundinho de pôneis rosas onde eu estava andando saltitando de mãos dada com o Jellal, eu escutei minha campainha tocar.

Dei um pulo do sofá e fui até a porta, afinal, quem poderia ser a não ser o Jellal?

Ele veio aqui a poucos minutos... Talvez esqueceu algo ou... Quer falar alguma coisa comigo ou com meu pai.

Abri a porta com um sorriso no rosto, e vi minha face mudar na hora ao ver quem era.

– Jenna? - Não consegui fazer nenhum sorriso forçado. Acho que minha cara saiu torta mesmo.

Controlei meu refluxo.

Na boa... Podia ser um Et, um funkeiro cantando Ah lek lek... Qualquer coisa! Até testemunhas de jeová. Mas tinha que ser logo ela... A vaca da Jenna!

"Não, não, não, não!'' (Pensamento involuntário).

– Seu pai está minha florzinha? -Disse com sua voz de vaca disfarçada de dama.

Ela sabe muito bem que eu odeio que me chamem assim. Eu não sou nenhuma florzinha sua vaca falsa! Principalmente sua!

– Meu pai não está. - Menti cruzando os braços.

– Ele vai demorar muito para chegar? Preciso muito falar com ele.

– Vai! Volta outra hora. - Menti novamente.

"Vai embora sua cruz credo!'' (Pensamento involuntário)

Ela fez uma cara como quem não estava acreditando. Deu uma olhada rápida por todo o seu campo de visão dentro da minha casa. Tentei tampar o máximo da sua visão ficando até nas pontas dos pés. Oh mulherzinha alta.

– Ai... Estou com tanta sede... - Ela colocou a mão na boca.

Aquela vaca...

– Ah... Tenho que ir. - Tentei fechar a porta mais ela segurou. Nem morta eu ia chamar ela para entrar.

– Me da um pouco de água florzinha. - Ela insistiu para entrar.

Minha vontade era de falar não e fechar a porta. Mas não tinha mais jeito...

– Claro. - Concordei estressada.

Ela entrou e se sentou no sofá, olhando para todos os lados.

Corri para a cozinha e coloquei a água no copo o mais rápido possível. Eu queria que ela fosse embora antes do meu pai sair do banheiro se não... Babou.

– Aqui a água. - Praticamente joguei em cima dela.

– Obrigada florzinha. - Ela tomou devagar, um micro gole.

– Bebe mais! - Falei.

– Eu bebo devagar florzinha.

Eu juro que se ela me chamar de florzinha de novo eu pego aquela cara de concubina dela e esfrego no asfalto.

Ela bebeu a água devagar, mas não devagar o suficiente para que meu pai acabasse logo o banho.

Agora eu estava feliz por ele demorar tanto no banheiro. Geralmente eu reclamo por causa do gasto de água dele. Sempre digo: Olha a água do mundo.

– Então eu vou indo minha... - A fala dela foi interrompida com um fechar de porta barulhento que só o meu pai faz.

– Nossa ta ventando né? - Disfarcei. - Então se já estava indo né... Te levo até a porta. - Fui guiando-a para a porta, e, ela ficou olhando para o fundo de onde tinha vindo o barulho.

– Pensando bem. - Ela se soltou de mim. - Posso usar o banheiro? - Fez sua típica cara de sonsa.

Se eu disser não serei muito mal educada?

– Claro... - Coloquei a mão na cabeça enquanto via ela andar devagar para o banheiro.

Vadia, vadia, vadia, vadia...– Sussurrei com a mão na cabeça e observando seus passos.

Com certeza ela e meu pai iriam se esbarrar.

Olhei para o corredor e nada de nenhum dos dois. Até que... A porta do banheiro abriu.

Ela voltou caminhando devagar para minha direção.

Eu estava quase pulando de alegria, eles não tinham se esbarrado.

– Volte sempre. - Abri a porta com um sorriso no rosto.

''Mentira não volte nunca mais sua vaca! Aqui não é pasto.'' (Pensamento involuntário).

– Adeus florzinha. Diga para seu pai que eu vim aqui. - Pediu enquanto olhava para trás pela última vez.

– Claro que digo. - Continuei com o sorriso e praticamente fechei a porta com toda a vontade do mundo.

– Ei filha! - Meu pai me chamou assim que fechei a porta. - Escutei uns barulhos... Tinha alguém aqui?

E agora? Eu prometi para mim mesma que não ia mentir para o meu pai.

Mordi os lábios e olhei para os cantos buscando saber o que eu iria dizer.

– Era engano! - Sorri.

– Ata... - Ele secou seus cabelos com a toalha e voltou para o quarto.

Mas uma mentira para a minha lista... Pelo menos essa era por um bom motivo.

A Jenna é uma vaca. Ela parece ser simpática mas ela só usa as pessoas para seus interesses.

Igual quando ela fingiu que amava meu pai. Assim que ela conseguiu um ''emprego'' em Londres se mudou para lá deixando meu pai arrasado. Mas ainda bem que ele se recuperou disso.

– Quero muito falar com ele... - Fiz uma cara de nojo imitando-a.

Ata que vou deixar o meu pai voltar para ela. Eu sei que ele já se recuperou mas... Seu coração é de manteiga e... A não, de jeito nenhum aquela mulher aqui em casa novamente. Nem pensar!

Ela é uma visita indesejável. Uma parasita. Uma erva daninha no nosso jardim de felicidade.

Aqui não vai ter casco para ela não... Vai se criar em outro lugar, aquela cobra. Nas costas do meu pai NÃO! Aqui em casa não!

Ele não sofrerá de novo por uma mulher daquelas. Nem pensar. Eu não vou deixar.


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Notas finais do capítulo

Para quem não lembra, Jenna apareceu no capítulo 6. Quem quiser dar uma relembrado do que ela fez Se enganou quem achou que eu esqueci dela :P
Beijos,