Tarde Demais! escrita por MisaChan


Capítulo 18
Capítulo 18 - Eu sou sexy e eu sei disso.




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Meu pai quer falar com você!

– O quê? Não vou, eu prezo a minha saúde. - Escutei seu voz ironizando, como sempre.

– Jellal, meu pai não vai te matar, eu acho. Enfim, ele quer falar com você.

– Pode ser em um lugar público? Com testemunhas... Opa! Pessoas.

– Jellal! - Soltei um ar de riso, não resisti.

– Erza vou ai amanhã okay? Eu só estava tentando arrancar um sorriso seu. - Sua voz se fez meiga no outro lado da linha.

Um sorriso apareceu em minha face, que boba.

– Bobo.

– Eu sei que sou sexy.

– Ei! Eu não disse nada disso! - Me defendi.

– Erza, eu sou sexy, e eu sei disso. Não precisa confessar agora! Espere quando estivermos sem calças e camisa.

– Pervertido! Babaca! Você não muda... - Gargalhei.

– Com essa gargalhada já ganhei meu dia, ou melhor, noite. Boa Noite Erza.

– Bo-o-a, Boa Noite. - Minha voz saiu tímida.

Eu estava corada com uma coisa que ele falou por um telefone? Eu gaguejei por isso?

Como é louco essa coisa de amor...

(...)

Não sei se sou uma boba, mais dormi pensando no Jellal, e acordei feliz. Aquela frase não saia da minha cabeça.

''Com essa gargalhada já ganhei meu dia, ou melhor, noite. Boa Noite Erza.''

Foi tão... Romântico.

''Erza, eu sou sexy, e eu sei disso. Não precisa confessar agora! Espere quando estivermos sem calças e camisa.''

Pervertido.

– Erza! Café da manhã! - Escuto a voz do meu pai, vinda da cozinha.

– To indo. - Gritei e minha voz deu um fraquejada no final.

Desci para o café, depois de me higienizar e trocar de roupa. Ninguém merece comer com aquele gosto de mingau das almas, na boca. Credo!

O café da manhã era alguns pães francês, café e um queijinho. Era simples, mas era assim que eu gostava. Afinal, eu não era nenhuma artista, e até parece que aquelas magrelas comem aquela mesa, que obrigam a ter em sua frente todos os dias.

– Cade meu Nescau? - Perguntei olhando para a mesa.

– Se tem idade para beijar na boca, tem idade para tomar café.

– Pai... Apelou... - Minha voz fraquejou.

Eu necessitava do meu nescauzinho de manhã!

Depois de ver minha cara de torturada, meu pai falou que estava tirando com a minha cara, e começou a rir.

Na boa, eu mereço!

Fui até a cozinha e fiz o Nescau na minha caneca linda, da mulher maravilha.

Como eu amo a DC!

(...)

Após o café da manhã, nada de interessante e extraordinário aconteceu comigo.

Eu fiquei no meu quarto assistindo algumas séries que eu estava atrasada. No almoço, nada de mais, meu pai comprou uma lasanha pronta, e teve a cara de pau de dizer que foi ele que fez.

Ok né. Até acreditaria se as lasanhas industrializadas não tivessem gosto de lasanhas industrializadas! E... Se ele pelo menos tivesse jogado a caixa fora, mas... Preferiu deixar no lixinho da cozinha.

– Que horas o moleque vai vim? - Meu pai perguntou assim que me viu descendo as escadas, com a roupa trocada.

– Daqui a pouco.

– Prepare minha arma.

– Pai!

– To brincando filha! - Ele sorriu.

"Todo mundo gosta de tirar com a minha cara, que emocionante isso!"

A campainha tocou.

Seria Jellal? 15 minutos mais cedo. Abri a porta, e não é que era.

– Oi, entra.

– Da licença. - Ele adentrou e eu fechei a porta, ainda olhando a roupa dele.

– Oh garoto, por que você esta todo de preto? Veio de algum velório. - Meu pai zombou das roupas dele.

Afinal, ele estava de calças pretas, blusa, jaqueta e tênis all star.

– Não... Mas tenho medo de ir parar em um. - Ele sorriu de canto. - Eu tenho um compromisso mais tarde que pede essa roupa.

– Senta aqui. - Meu pai deu leves batidinhas no sofá chamando o Jellal para sentar ao seu lado.

Ele fez o que meu pai disse.

– Então, quais as suas intenções com a minha filha?

– As piores. - Ele sorriu torto para mim.

Corei.

– O quê? - Meu pai alterou a voz.

– Oh! Digo, as melhores. As melhores senhor. - Ele lembrou que estávamos na presença do meu pai.

– Ata! - Meu pai o encarou. - E vocês estão namorando a quanto tempo?

– Ah... Só um minuto. - Ele se levantou e veio até a mim. - Erza quer namorar comigo?

– S-sim. - Respondi ainda confusa.

– Bom... - Ele olhou para o relógio voltando a se sentar ao lado do meu pai. - Estamos namorando a 30 segundos senhor. - Ele sorriu.

Meu pai se encontrava tão confuso com as respostas do Jellal quanto eu.

– Ok, vocês tem meu concedimento. - Meu pai se levantou.

– Obrigado senhor! - Ele estendeu a mão para apertar a do meu pai.

– Nã-não, prefiro não apertar, quer dizer, sem formalidades. - Ele disfarçou um sorriso.

– Ok então sogrão! - Ele foi até a porta.

Assim que passaram por mim, que estava imóvel, meu pai sussurrou, para que somente eu ouvisse.

– Tenho medo que isso seja contagioso.

– Tchau senhor, tchau Erza! - Ele se despediu e meu pai logo fechou a porta.

Nos encaramos por alguns segundos, eu estava tão surpresa quanto meu pai.

– Não sei como você foi gostar desse garoto, ele tem uns parafusos a menos. - Fez um sinal de maluco, rodando o dedo indicador perto na cabeça. - Vou tomar banho.

– O-ok. - Falei e continuei parada aonde eu estava.

Liguei para o Jellal assim que escutei o barulho da água caindo, no banheiro onde meu pai estava.

Assim que ele atendeu, como eu sou educada...

– O que foi isso seu retardado? - Soltei.

– Eu estava nervoso, e quando eu estou nervoso acontece isso. - Ele respondeu.

– Nossa, ainda bem que meu pai está de bom humor.

– Né, namorada!

Sorri.

– O pedido... Foi sério? - Perguntei.

– Óbvio. - Ele afirmou.

– Então... Onde você vai, namorado?

– Ciumenta... - Ele riu. - Vou numa festa gótica.

– Góticos fazem festas?

– Claro, sua recalcada. - Ele fez outra voz, uma mais fininha, bem engraçada.

Ri.

– Cara, se não ta bem hoje.

– Pois é, eu estou apaixonado à meses, e esses são os efeitos.

Meu coração bateu rápido.

– Tenho que ir, até mais. - Ele continuou.

– Até. - Respondi e desliguei o telefone me jogando no sofá e sorrindo igual uma abestada.


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Notas finais do capítulo

Capítulo doidão porque eu estou doidona hoje então eu deixei ele doidão também! Tomei muito toddynho! Tuts Tuts hoje é sexta! XD