– Chegamos! – Mira para o carro. – Vou voltar para festa, pois sai sem falar nada... Liguem-me se quiserem voltar.

– Voltamos de táxi se for o caso. – Lucy respondeu saindo do carro. – Vamos entrar Erza. – Ela envolve o braço nos meus ombros e vai caminhando junto a mim.

Mira deu partida no carro, e se distanciou.

Chegamos ao quarto da Lucy. Só de pensar que horas atrás eu estava aqui me arrumando toda feliz para encontrar o Lord... o Jellal.

– Agora você pode me contar o que houve? – Lucy insiste em saber.

– Eu... eu cai numa cilada. – Respondi.

– Cilada? – Ela não entende.

Não respondi.

“Eu estava com raiva de mim mesma por estar sentindo isso. O beijo não foi ruim... foi bom. Eu gostei do beijo daquele babaca!”

– Prometi algo impossível pro meu coração... – Falei sem pensar.

– Não estou entendendo mais nada! Explica-me direito. – Ela faz sua cara habitual de ‘’hãm?’’

– Eu beijei o LordDark que na verdade é o Jellal, o babaca da escola. – Falei com raiva só de lembrar.

– O que? O LORDDARK É O JELLAL? – Lucy se surpreende.

– Sim... – Falei.

– Você o beijou? – Ela perguntou.

– Ele me beijo. – Me defendi.

– Ah... Até que ele é gatinho. – Ela analisa o lado positivo da situação.

"Pera! Não tem lado positivo! Ele e ele não é gatinho!" (Pensamento involuntário)

– Ele é um... BABACA. – Ataquei. – Um idiota, aproveitador, convencido e babaca. – Falei igual a uma criança revoltada pela bola de sorvete que caiu no chão. "Napolitano! Sente o drama."

– Ele beija bem? – Lucy dispara.

– Beija... Quer dizer... NÃO! – Me atrapalho. – O que isso importa? Nada faz ele deixar de ser um babaca!

– Erza... Eu acho que você... Você esta... – Ela não consegue terminar a frase, e começa a dar risadinhas.

– Estou o que? Doente? Também acho! Algo afetou o meu cérebro, esta me fazendo ficar retardada, ter pensamentos estranhos...

– Apaixonada! – Ela me interrompe.

Aquela palavra caiu como uma pedra encima de mim. Fazia sentindo.

Meu coração acelerou.

– Droga... Não acredito... Não pode ser!

– Erza, não escolhemos por quem nos apaixonar. Acontece, surge. – Lucy fala como se fosse minha mãe.

Olhei para Lucy mais meus pensamentos estavam distantes. Não conseguia parar de pensar na cena do beijo, no rosto daquele... trate.

“De onde surgiu esse sentimento? QUE MALDIÇÃO! Não pode ser! Não consigo imaginar eu e Jellal...”

– Não! – Sussurrei – Eu não estou apaixonada pelo Jellal. – Pensei alto.

– Sim, tudo indica que você está. – Lucy sorri.

– Tarde demais! Cilada... Eu cai numa cilada só agora eu sei! – Pensei alto.

– Que? – Lucy não intende.

– Prometi algo impossível pro meu coração. – Continuei brava comigo – É inútil negar que me apaixonei... se não posso mais fingir que não!

– Se o amor te sorriu... Deixe ele te levar! Simplesmente, o sinta, e o ame. – Lucy continua falando igual como se fosse a minha mãe.

– Não! - Neguei mesmo sabendo que... Droga!

+/- 20 minutos depois (...)

Minutos se passaram e eu estava na maior depre por descobrir que eu gosto de um idiota. Lucy parecia estar tão depressiva quanto eu. Quando eu desenterrei a cara do travesseiro dela para olha-lá, e agradecer, sei lá, ela estava...

– Consegui uma armadura nova para você! - Ela me olhou sorrindo.

– Você está jogando? - Perguntei mesmo sabendo a resposta.

"Eu estava completamente depressiva, e ela estava jogando? Aff! E ainda por cima na minha conta."

– Ei! Como você entrou na minha conta? - Falei.

– Você deixou salvo. - Ela explica. - Mas vem cá! Olha a armadura que eu consegui para você!

Já que eu não tinha mais nada de bom para fazer me levantei. Definitivamente, nós não íamos voltar para aquela festa mesmo.

Cocei os olhos!

" Isto é real?"

– Uma armadura com sorte e reflete! - Falei maravilhada - Como conseguiu?

– Fiz algumas missões secretas! Truques da mestre. - Ela estava os dedos gostando do que fez.

Rapidamente um sorriso brotou no meu rosto.

Uma armadura Sorte e Reflete!

Que se dane a paixão e o Jellal!

– Não é apenas uma armadura sorte e reflete! É a Armadura do Imperador das Chamas.– Ela se gaba. - Simplesmente foda, ela te deixa imune a poder de fogo, e você ainda pode usar magias de fogo.

Meus olhos brilharam! Mas me lembrei que...

– Eu sou guerreira! Não posso usar magia. - Um ar de decepção aparece na minha voz.

– Aé! Então é a sua espada que vai pegar fogo. - Ela fala e depois fica pensativa. - Mas eu acho que lança fogo sim! Não sei porque eu sou maga. Vamos tentar.

Lucy vai até uma missão, fácil por sinal, onde o boss(chefe) é um monstro das neves. Ele joga uma bola de neve pesada. Lucy coloca meu char para se defender com a espada.

– Ele não arrancou nem 100 HP de mim! - Lucy gosta do resultado.

Lucy correu com minha personagem, deu um pulo e acertou o boss com um gosto da espada em chamas.

– Já? - Falei surpreendida.

– To dizendo! Essa armadura é muito boa! Vai ficar com ela até o 80 em! - Ela afirmou.

– Pode deixar! - Sorri.

Voltei a olhar a tela do computador. A armadura era perfeita, além de forte era bonita, nada masculinizado, bem feminina.

– Afim a espada lança ou não lança fogo? - Pergunto.

– Ela fica de fogo, mais se lança ou não você que vai me dizer. - Ela completa. - Vou entrar no meu.

– Ok! - Respondo.

Enquanto Lucy entrava no jogo, eu me olhei num espelho que tinha no quarto dela. Limpei meu rímel e lápis borrado. E reparei os brincos, eu já tinha usado brinco antes, mas eu não gostava, deferente desse.

– Onde você comprou esse brinco? - Perguntei ainda encarando no espelho.

– É de uma antiga amiga da minha mãe, é bem antigo. Era da época da faculdade dela! E bota época nisso! - Ela brinca.

– Ah... - Falo meio decepcionada.

– Quer eles? - Lucy fala. - Eu não uso mesmo, fica parado ai.

– Sério? - Olhei para Lucy.

– Sim! - Ela me olha e ri. Depois volta a olhar a tela do computador.

Volto a encarar o brinco dessa tal velha amiga da mãe da Lucy, aliás, nunca tinha visto a mãe da Lucy de perto, só de relance. Mas isso não vem ao caso.