Broken Flower escrita por Fleur dHiver


Capítulo 27
Ela Não Saiu em uma Missão


Notas iniciais do capítulo

Apareci, margaridas (os). Nessa madrugada para quem estar atoa ter algo e para quem acordar nesse domingo tedioso ter BF quentinha para ler.
Capítulo dedica a LoveStories pela recomendação que saiu no capítulo passado, obrigada flor, amei ♥
Espero que gostem e uma boa leitura a todos;*



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Os passos dele ecoavam pela rua vazia, altos e pesados. A pressão em seu peito era enorme, comprimido pesado, Sasuke mal respirava enquanto sua mente rodava buscando afugentar qualquer desconfiança, qualquer dúvida que começava a crescer. Não cabia a ele desconfiar de Sakura. Não cabia a ele pensar que ela mentiria. Por que motivo então ele estava indo em direção a casa de Naruto?

Parou. Respirou fundo, buscando acalmar seus pensamento frenéticos, ainda era Sakura, sua Sakura. Fitou a rua vazia a sua frente e então se virou, não fazia sentido acordar Naruto àquela hora porque alguém em um bar tinha dito algo que o pegou desprevenido.

Eu beijei o Gaara.

Não! Quer dizer... Não fui eu que o beijei. Ele! Gaara! Ele me beijou. Eu não sei o que houve... Eu não quis...

Não era isso que deveria lembrar, não era nesse momento da relação deles que deveria voltar a sua cabeça, ou sim, uma prova de confiança Sakura se sujeitou a contar isso a ele quando seu pecado não era nem um pecado em si e o dele... não tinha nem como comparar as duas situações.

Parou de andar outra vez. O comportamento de Naruto estava estranho? Estava, mas era Naruto ele não escondia nada. Era só Naruto em um dia confuso, não estava desesperado em vê-lo, nem preocupado, nem nada. Não fazia sentido pensar nisso, não precisava de mais esse peso sobre seus ombros, só precisava voltar para casa. Aquela conversa era uma analogia a ele, também estava frustrado pela missão de Sakura, como Sai, uma piada infame ele como Sai, mas era a vida.

Sai ainda podia correr atrás do prejuízo, ele não podia, por isso sua mente confabulava, criava e ia além. Porque ele queria que a missão dela fosse curta, que tudo acabasse rápido, um engano, um equívoco e ela voltaria para casa. Shikamaru não era infalível, tão pouco era o responsável pelas missões liberadas o que ele sabia era as informações que tinha do gabinete da Hokage. Valiosas, mas não exatas.  Era Sakura e se ele seguisse desconfiando dela...

Não conseguiu dar um passo na direção de casa, já se via virando o corpo em direção a rua do Uzumaki. Não era normal Naruto evita-lo, fugir dele na rua e fingir não vê-lo e não existia mal algum em perguntar o que estava acontecendo. Não desconfiava, não era desconfiança, era só... não era normal.

— Sasuke?

— Karin? — a figura diminuto no final da rua o deixou abismado. — O que faz por aqui? — Ela não parou de caminhar indo até ele.

— Eu estava indo ver como você estava. — Pela iluminação parca ele não pode notar que ela corava por ter sido descoberta antes de seu destino final. — Eu ia pela outra rua, mas senti a sua assinatura de chakra por aqui então... — respirou fundo, encolhendo os ombros — cá estou.

— Vá para casa, está tarde. — soltou um longo suspiro fitando o caminho em direção a sua própria casa. Karin o fitou com atenção, em seguida observou parte da rua que ela tinha cruzado.

— Por que está parado nessa rua? Onde estava indo a essa hora?

— Para casa. Eu estava e estou indo para casa. — Levou uma as mãos aos cabelos, bagunçando-os, começando a caminhar na direção contraria a casa de Naruto.

— Posso ir com você e... — mesmo tendo ouvido ele manda-la ir embora Karin continuou a segui-lo.

— Vá para casa.  

— Claramente você não está bem. Eu posso...

— Vá para sua casa, porque da minha você não passa da porta. — Com essas palavras ela retrocedeu, observou-o continuar o seu caminho e voltou para casa. 

Sasuke não se virou em momento algum, no por não querer fita-la ou qualquer coisa do gênero, mas por ter a certeza que se o fizesse ele não conseguiria continuar a caminhar. Sua cabeça ainda estava pareando buscando brechas e explicações, causas e consequências, questões e soluções. E todos as suas teorias sejam pró ou contra a missão de Sakura terminavam no indivíduo que morava na terceira casa daquela rua.

Fechou a porta da casa vazia escuro. Tirou as sandálias ninja e não se dou ao trabalho de ligar as luzes. Sasuke foi até a cozinha, tirando o prato com os onigiris restantes de dentro da geladeira, colocou-os para esquentar e preparou chá preto com ervas fundidas. Comeu sua refeição em pé, escorado no batente, observando os bolinhos de arroz como se pudessem anuviar todo o resto, lhe transmitir uma mensagem oculta de Sakura que faria todo o resto ter sentido.

Quando o chá ficou pronto ele preencheu uma caneca e colocou o resto em um bule, levando a ambos para a sala. Colocou o bule na mesa e se sentou no sofá tomando sua bebida quente. Meditar poderia ser uma opção, sabia que não conseguiria dormir aquela noite, mas esvaziar a mente não parecia uma opção viável. Inspirou o vapor do chá desejando que aquilo servisse para acalma-lo, mas nem isso, uma sensação incomoda crescia dentro dele a cada minuto. Não conseguia se desfazer da ideia de que algo estava errado.

Nenhuma missão médica recente.

Quando deu por si estava em seu quarto. Suas pernas o levaram até o aposento vazio, sua mente ainda presa nas palavras de Shikamaru. O bilhete que Sakura tinha deixado na geladeira estava agora na cômoda de cabeceira, pegou o pequeno pedaço de papel fitando a delicada caligrafia de sua esposa.  

Sai em uma missão médica. Não sei quando volto. – fechou os olhos, uma breve vertigem o fez se sentar na cama. Respirou fundo, os dedos tamborilando na perna, precisava lembrar daquelas palavras, precisava lembrar que era Sakura, sua Sakura. – Sai em uma missão médica. Não sei quando volto. – Sakura que aceitou um pedido de casamento feito em uma noite qualquer sem sequer um anel; Sakura que o perdoou, sem ele sequer pedir ou cogitar, por não ter uma lua de mel e nem uma noite de núpcias; Sakura que o aceitou de volta quando ninguém mais aceitaria; Sakura que amou pelos dois; da última vez que ele se deixou levar por suas cismas, nada de bom saiu – Sai em uma missão médica...

“Sakura o abraçou mesmo sabendo que ele não iria gostar de tal demonstração com um público tão próximo, mas Sasuke não se importou, tinha sentido falta do cheiro, do toque, da calidez da pele dela. Ela ficou surpresa ao ter sua cintura envolvida, encolheu os ombros, sentindo os lábios de Sasuke toca-la naquele ponto.

— Fico feliz em tê-lo de volta.

— Ainda não voltei, Sakura. Estou saindo para outra missão agora. — ela mordeu o lábio inferior, ele desejou beija-la. — Acredito que essa seja a última, um pouco mais longa que as outras, mas por uma boa razão. — Os dedos calejados tocaram as maçãs do rosto de sua esposa, levando-a a fita-lo. — Muitas coisas vão mudar por aqui. Mudar para melhor. — Ela fechou os olhos ao sentir a ponta do nariz dele roçar o seu em uma caricia tão terna.”

 ...

“— O que está fazendo na escada e no escuro? — Sasuke passou por ela, sem lhe dar muita atenção, tomando o caminho para a cozinha.

— Como foi a missão? — Antes que ele cruzasse o batente para o outro aposento, se virou a fitou.

— Não quero falar sobre isso. — O maxilar trincou com aquelas palavras, porque Sasuke sempre arranjava um jeito de sair pela tangente.

— Mas eu quero falar sobre isso.

— Minha missão não é um assunto seu.

— É assunto meu quando você usa suas missões para ficar com ela. É assunto meu quando você consegue ser cínico bem na minha frente e continuar fingindo com tanto descaramento que Karin não é sua amante.”

“— E o que mais você quer de mim? Eu agi como você queria, eu disse o que você queria ouvir. O que mais eu preciso fazer para que me deixe em paz, Sakura? — As palavras não foram medidas na hora de serem proferidas, mas bateram forte em quem as recebia.”

Deveria acrescentar mais esse momento a lista de tudo errado que ele fez quando não parava para pensar, quando se deixava levar por sua própria linha de pensamento sempre torpe, sempre disposta a esperar o pior. Tudo que ele impôs a Sakura foi demais, chegou ao ponto dele se perguntar porque ela ainda estava...

“— Eu não... eu não consigo. — Remexeu os ombros dando alguns passos para trás. — Não consigo. Não dá mais para mim, eu cheguei ao meu limite de tudo. — Andava de um lado para o outro, os olhos enxercados, a paciência de Sasuke já perdida a muito tempo.

— O que? O que não dá para você?  A verdade? Foi pesada demais? — Cruzou a bancada, puxando-a pelo braço e a forçando a encara-lo. — Ou você preferia uma versão dramática para acompanhar o seu show?

— Amar por nós dois! Você conseguiu! Parabéns, tirou tudo de mim... — e aquela frase ecoou entre eles, bateu fundo e dolorosamente. Como se a tocar queimasse, ele a soltou, mas não se afastou, os olhos negros intensos acabando de destruir o que ainda havia restado em Sakura. — Eu não sei nem mais o que eu sinto por você... o que ainda existe no meio de essa raiva, rancor, desprezo... eu...”

 Sai em uma missão...

 De súbito Sasuke se levantou. Cincos passadas foi tudo que ele precisou para ir até o closet, ao abrir as portas do cômodo dirigiu-se direto para a parte de Sakura, puxando as malas que ficavam na parte superior. De uma a uma ele verificou, ainda não sabia o que procurar, mas tinha que ter algo que o direcionasse.

Puxou as caixas que tinha remexido mais cedo, no entanto dessa vez seu olhar era crítico, centrado em busca de detalhes que ele possa ter deixado passar despercebido. Retirou-as de cima do pequeno balcão que tinha no closet, pondo-as no chão, empilhadas. Os balcões possuíam tampões, Sasuke levantou o primeiro remexendo em seu interior: o primeiro tinha mais livros alguns específicos, outros romances, revistas, mas pergaminhos; o segundo tinha armas ninjas variadas, algumas caixas de explosivo de papel e derivado; a terceira guardava cobertas e lençóis variados e nada mais; foi a quarta que atraiu a atenção de Sasuke.

Assim que ergueu a tampa bem de cara tinha uma bolsa com utensílios médicos bem a sua frente, retirou tudo que tinha de dentro, do que tinha ali pouco conhecia. Os instrumentos médicos que ele tinha conhecimento não se encontravam entre os guardado, a única coisa familiar que ele viu foi um estojo de bisturis que ainda assim pareciam faltar alguns. Tudo indicava que Sakura tinha sim levado alguma de suas coisas para essa missão, mas não tudo que tinha.

Ele não entendia do funcionamento desse tipo de missão, muito menos da utilidade das peças a sua volta, mas uma missão aparentemente longa a pessoa tem que estar preparada para adversidades e causas não comuns, era de se esperar que ela levasse todo o equipamento que possuía e não parte dele, mas Sasuke não se apegou a isso. Saber que Sakura tinha deixado alguns instrumentos médicos para trás não lhe dizia muita coisa.

Largou a bolsa no chão, notando o que mais tinha abaixo dele no fundo do balcão. A testa dele vincou pela quantidade de sacolas de compras, não reconheceu os nomes, mas não era por menos. Dificilmente saia para comprar o que fosse, o máximo que ele reconhecia seria o mercado de Konoha. As sacolas ainda estavam cheias e ele as foi puxando para ver o que continham.

A cada bolsa roupinhas de bebês despontavam a sua volta, sapatinhos, mantas, casaquinhos, bores, macaquinhos, uma kunai de pelúcia e duas bonecas. Quando ele puxou a sétima sacola reparou que sua mão tremia, por alguma razão observar tudo aquilo estava gerando um transtorno profundo, sua respiração estava pesada outra vez e um nó tinha se formado na boca de seu estômago. Eram coisas demais para ser apenas presente para o bebê de Naruto e Hinata.

Ele jogou outra sacola com apenas coisas de bebê para fora e ainda tinham mais, ele foi afastando arrasto que tinha e soterrado embaixo de todas aquelas sacolas tinha uma caixa de presente vermelha. Sasuke a puxou com cuidado, tirando a tampa e fitando o conteúdo. O ar lhe faltou e a mente dele ficou em branco.

Ergueu-se de imediato, atordoado deu alguns passos para trás batendo nas prateleiras do seu lado do closet. Dentro da caixa tinha um chocalho de prata um sapatinho de bebê nas cores vermelho, azul e branco e um bilhete com a caligrafia desenhada de Sakura:

Parabéns papai.

Algum pedaço dele se aqueceu com aquilo, algum pedaço dele registrou aquela mensagem como algo bom, mas esse pedaço foi obliterado pelo misto de raiva, pavor, preocupação, indignação e diversos outros sentimentos que o cegavam.

Sakura grávida em algum lugar fora da Vila, ela gravida e ele não sabia onde ela estava, como estava, o que fazia. O mundo dele parou de girar. Em um ímpeto de fúria ele esmurrou a prateleira superior da parte de Sakura que despencou levando tudo que tinha em cima ao chão. Mas ele não enxergava, ele mal conseguia respirar. Deu três passos em direção a saída do closet e retrocedeu, as roupinhas... seu bebê.

Ele parou em frente ao amontoado de coisas espalhadas, os retratos e joias de Sakura espalhados por todo canto e um pequeno pedaço de papel dobrado caído no chão. Sasuke pegou a carta endereçado a sua esposa, retirou-a de dentro do envelope e já no final do primeiro parágrafo ele queria pulverizar alguém.

Não precisou terminar de ler a carta para saber do que se tratava, do que tudo tinha se tratado, ele já deveria ter imaginado que aquela história veria à tona. Ele deveria ter contado a ela como teve oportunidade, dito e não mentido, mas aquilo não contava, ele não contava... mas Gaara.

O maldito kazekage viu a oportunidade que Sasuke deixou passar. Não é uma carta de amor, mas ele insinuava a cada virgula, a cada palavra e o sangue do Uchiha fervia. Não aguentaria ler tudo aquilo até o final, conseguiu chegar ao meio com muito custo. Enfiou a carta no bolso e saiu de casa com um destino certo. Para o diabo que era de madrugada, Sasuke não enxergava tudo vermelho sangue, não deveria ter voltado, deveria ter batido na porta daquele maldito, deveria ter seguido seus instintos. Se antes o que palpitava em seu peito era medo pela segurança de seu filho e esposa, agora era ódio, ódio por duas pessoas.  

As pancadas que Sasuke deu na porta fez a madeira estremecer. Dois cachorros começaram a latir e a luz de uma janela duas casas a direita foi acesa, mas ele não ligava, não se importava, mal respirava. Quando a luz do interior da casa foi acesa ele deu um passo para trás.

— Que diabos... — não foi permitido que um Naruto, sonolento, terminasse sua reclamação, pois assim que ele abriu a porta sua cabeça foi para trás por um sonoro soco desferido por Sasuke que empurrou o corpo do amigo com o ombro para trás, fechando a porta atrás deles.

O Uzumaki cambaleou para trás, levando uma das mãos ao nariz, Sasuke não deixou que ele se recupera-se, agarrou-o pelo colarinho colando as costas dele a parede. 

— Onde ela está? — sua voz saiu como um rosnado gutural e Naruto com a visão ainda baça pode ver o sharingan rodando perigosamente nos olhos de seu melhor. 

— Sasuke, espere, você precisa se acalmar. 

— Não! Eu não preciso, só preciso ouvir de você onde está a minha esposa. — Sasuke berrava, estava transtornado de uma forma que Naruto nunca tinha presenciado. — Não ouse me dizer que ela saiu em uma missão. 

— Você precisa entender e eu posso explicar. — O corpo de Naruto foi arremessado a mesinha mais próxima, quebrando-a ao meio. Ele não tentou se esquivar ou se proteger da fúria de Sasuke, de uma certa forma ele realmente achava que a merecia.

— Eu não quero ouvir as suas explicações. Você permitiu, você veio me falar de missão, veio me dizer que ela tinha ido antes de mim, veio mentir para mim! — Sasuke o agarrou outra vez, pondo-o de pé. — Aja como homem e olhe na minha cara para dizer onde está a minha esposa.

— Sasuke...

A voz diminuta de Hinata trouxe um pouco de lucidez a Sasuke e Naruto ficou nervoso ao ver a esposa tão perto de um Sasuke em fúria.

— Hinata, não chegue perto de mim. — Foi Sasuke quem disse e Naruto percebeu que a visão de Hinata o perturbou demais, ele nem sequer conseguia olha-la. — Você permitiu — a voz dele era um sussurro rouco, uma trovoada em formação — tirou meu filho de mim.

— Sasuke, eu não podia... eu precisava ajuda-la, era a minha melhor amiga, minha irmã implorando por isso — a voz embargada de Naruto só fez com a raiva dele borbulhasse ainda mais. — Eu não tive escolha. 

— Não teve escolha? Talvez a Hinata devesse se aproximar e eu a carregue daqui com o seu filho, talvez ela diga que foi ali e não volte e mais e a gente conversa sobre não ter escolhas — Naruto se encolheu perante o tom — Você permitiu! Meu filho, Naruto, eu nem sabia, eu não... ela, eu sei e ao mesmo tempo eu não sei — as frases dele estava ficando incoerentes, entre a raiva absoluta e um pesar tão profundo que fazia o Uzumaki se sentir a pior de todas as pessoas existente na terra — Não me diga que foi por causa dele que ela partiu. — Sasuke tirou a carta do bolso, mostrando-a ao amigo.

— Não foi por ele, foi por ela... ela sabe que você a traia constante. — A acusação o trouxe de volta a prumo — Ela ficou sabendo da Karin e de outra mais.

— O que?

— O que? Vai negar que tinha um caso com a Karin? — a expressão perturbada de Sasuke deu a Naruto mais vontade de falar — Vai negar agora? Não sei o que ela sabia, mas ela estava certa disso, tinha certeza absoluta que você mentia e que a traiu e não foi a primeira vez que Sakura disse algo do tipo. — Sasuke desencostou da parede e voltou a caminhar em direção a saída da residência.

— Só me diz onde ela está.

— Sasuke

— É em Suna, não é? Ela foi para lá não foi? — Sasuke ergueu a cabeça, observando o Uzumaki, mas Naruto nada disse. Então ele se voltou mais uma vez para a saída da casa.

— Não. Você não vai atrás dela, até me dizer o que pretende. — Naruto se entrepôs entre o batente e o melhor amigo.

— Saia da minha frente.

— Qualquer coisa que quer fazer com ela faça comigo. — Sasuke o empurrou para o lado sem se incomodar com Naruto que voltou a puxa-lo.

— O que você acha que eu vou fazer com ela? O que pensa?

— Deixe-me ir com você. Sou seu melhor amigo... — e o olhar de Sasuke o silenciou. Não era aversão, raiva, repulsa, era algo bem mais profundo, bem mais pesado uma acusação clara, sentida e dolorosa.

— Meu amigo não é mesmo.

— Só a traga de volta se ela quiser. — Sasuke não se voltou para fita-lo a porta de sua casa e ignorou os olhares curiosos que sua discussão com Naruto tinha acordado — Ela partiu, Sasuke, ela fugiu de você não se esqueça disso.

E Sasuke não esqueceria, seria impossível esquecer.

 

Página: Fleur D'Hiver


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Notas finais do capítulo

E ai? Minha gente? Sasuke acho coisas de bebê, mais carta do Gaara, mais tudo de uma vez só. Traição do Naruto revelada, caso com Karin e todas as bombas soltas. E ele não negou o caso. BUUUUMMM
As proporções desse caldo deixo para vocês me dizerem, ao meu ver ele entornou, eu senti, foi profundo, foi pesado, mas não sei se é toda a explosão que vocês esperavam, mas a verdade é que tem mais, o caldo entornou no Naruto, mas no próximo capítulo ainda tem os respingos em outras pessoas, afinal, Sasuke vai a Suna.
Eu não curto muito minhas descrições de luta, mas ando treinando, porque né talvez eu ponha, não garanto.
Preciso dizer que eu to muito feliz porque essa semana nós batemos a marca de 700 comentários. Só tenho a agradecer a vocês pelo carinho que sempre tiveram, pelas palavras, pelo acompanhamento por tudo ♥33
No mais tenho uma noticia não muito agradável: próxima atualização de BF só vem em dezembro.
Amanhã ou hoje mesmo eu devo postar uma nota na página informando o porque, mas tem a ver com uns projetos para o mês do canon SasuSaku, em novembro nenhuma fanfic minha vai ser atualizada. Mas ai ainda tem outubro, que eu tenho provas e outras fics para atualizar, por isso só dezembro. ;x
Não deixe de me contar a impressão de vocês desse capítulo e até a próxima;*