Broken Flower escrita por Fleur dHiver


Capítulo 17
Entrelinhas


Notas iniciais do capítulo

Opa! Atrasada, mas viva a maratona continua trazendo aquela história agridoce tão amada. Sem lágrimas hoje, eu prometo. E um capítulo todo dedicado a novíssima leitora Miss Hope por roubar meu coração com sua dedicatória deliciosa.



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Abriu os olhos, sua respiração estava descompassada, demorou alguns segundos até sua visão focar-se. O quarto ainda estava escuro, como ocorria todas as noites seu sono tinha o abandonado muito cedo. Passou as mãos pelos cabelos, seu coração e sua respiração entrando aos poucos no compasso. Estava em seu quarto, na sua cama, tendo como companhia os sons da noite e a respiração tranquila de sua esposa. Nada de anormal, nada a temer.

Voltou-se para Sakura, ela estava virada para o lado contrário ao seu. Os ombros se moviam em sincronia perfeita com a respiração calma e serena. Provavelmente sonhava com algo bom, invejou-a. O que ele não daria por uma noite completa de sono?

Enrolou uma das mechas do cabelo claro em seus dedos, macio e sedoso. Ela os tinha deixado crescer e já haviam passado de seus ombros, com cuidado a puxou pela cintura. Assentando as curvas de Sakura as suas, com os quadris encaixados passou um braço por entre o dela, apoiando as costas diminuta em seu peito. Afundando seu rosto no pescoço fino e sendo inundado pelo cheiro inebriante que ela possuía.

E apesar da posição e do aroma acalma-lo ainda assim não conseguia voltar a dormir, simplesmente não conseguia. Por que tão difícil? O sono não voltava e tormento continuava. Aos poucos foi se desvencilhando do corpo delicado.

O dia já começava a raiar. Levantou-se, parando em frente à janela, o céu já estava com suas cores mescladas, partes roxas tornando-se laranja e clareando cada vez mais. O Sol começava a despontar no horizonte. Trocou de roupa e foi para o seu treino matinal. Antes de partir puxou a coberta que tinha jogado para o lado quando saiu da cama, ajeitando-a em volta do corpo de sua esposa.

Corria por todos os dias pelo perímetro do clã, parando em frente ao lago que ficava aos fundos da residência principal para fazer alguns exercícios básicos de respiração e concentração. Alongava-se, aquecia os músculos e em seguida meditava. Sem dúvida meditação era a melhor parte para ele, o ajudava a afugentar velhas lembranças, velhos fantasmas.

Respirou fundo observando os raios de Sol sobre a água escura do lago. A melhor coisa de não dormir é ter aquele momento, aquele breve momento de paz. Nada é mais belo do que ver o dia nascer. Só ele e o mundo em um estranho e obscuro companheirismo.

A casa ficava alguns poucos metros dali. Lembrava-se do tempo que costumava treinar com seu pai naquele lugar, o primeiro jutsu que a realizou. Era estranho pensar nele agora, pensar nisso depois de tanto tempo.

Caminhou sem pressa alguma, levando as mãos ao bolso e encolhendo os ombros, um dia frio os aguardava. Franziu o cenho ao avistar um saco de papel deixado em frente a porta da cozinha, ao pega-lo pode ver uma dúzia de tomates dentro, junto com um bilhete.

“Sinto muito por ontem. Não queria pressiona-la. ”

Amaçou o papel, jogando-o no lixo junto com os tomates.

Não tinha remetente, mas talvez fosse preferível não saber de quem se tratava.

Revirou-se na cama, o embrulho no estomago voltando. Gemeu baixo, jogando as cobertas para o lado e correndo para o banheiro, colocando o sanduiche da noite passada para fora. Mal conseguia fazer refeições descentes e o pouco que comia acabava não ficando muito tempo em seu organismo.

Escovou os dentes, levando as mãos à cabeça. Estava sem vontade alguma de comer, marcaria um exame para ainda essa semana sem falta. Não podia deixar mais tempo passar e continuar nessa terrível situação.

Ao erguer a cabeça pode ver pelo reflexo do espelho Sasuke parado no batente da porta, os braços cruzados em frente ao corpo, observando-a fixamente. Estremeceu perante aquele olhar, tão intenso que o ar a sua volta se tornou ligeiramente pesado. Secou a boca e voltou para cama, jogando-se de uma vez.

— Ainda está se sentindo mal? — Meneou a cabeça, cobrindo-se por inteiro e mantendo apenas do nariz para cima a mostra. Podia vê-lo de onde estava, mas ele mal via a parte exposta do rosto dela. Caminhou pelo quarto, sentando-se na borda da cama. Sakura parecia uma pequena bola de cobertas. — Pode ser algo que você tenha comido.

— Não comi nada de diferente e ando me sentindo assim a dias.

— Presumo então que não vai treinar conosco? — Soltou um suspirou audível, fechando os olhos e erguendo parte do tronco, apoiando a cabeça e parte dos ombros na cabeceira da cama. Tinha se esquecido completamente do treino.

— Ainda pretendo ir. Naruto tinha dito que talvez desse uma passada por lá. — Inclinou a cabeça, fitando-a com atenção, Sakura parecia ocupada refletindo se voltava a deitar direito ou saia logo para se arrumar.

— Então você se encontrou com Naruto ontem? — Sua garganta secou, encolheu-se. Sasuke continuava na beirada, uma perna dobrada, cotovelo apoiado dela e rosto sobre a palma da mão, o olhar fixo em sua figura. Por um momento se sentiu interrogada por ele.

— Não ontem, foi há alguns dias. — Virou-se de costas para Sasuke, mantendo-se coberta da cabeça aos pés. — Se quiser você pode ir na frente, quando eu me sentir melhor apareço por lá. — Sasuke estendeu uma das mãos para tocar-lhe a perna coberta, mas não o fez.

Pegou suas roupas e armas e desceu, quando fosse a hora de sair se trocaria no banheiro do primeiro andar mesmo. Sakura respirou aliviada quando ele saiu do quarto, fitou a porta fechada e soube que seus problemas apenas tinham começado. A maneira como ele falou, as perguntas; ou ela estava ficando ainda mais paranoica ou ele realmente sabia de alguma coisa. Droga!

Apesar do sono já tê-la abandonada continuou deitada, até seu estomago começar a doer de fome, suspirou, torcendo para que a fera já tivesse partido. Para sua sorte o andar de baixo já estava vazio, nem sinal de seu adorável marido. Sorriu e decidiu que iria preparar o seu tão desejado bolo de abacaxi.

Começou a separar os ingredientes sem pressa alguma para ir treinar e encontrar Sasuke e seus questionamentos. Descascou o abacaxi, cortando em rodelas, para em seguida começar cota-lo em pequenos cubos. Seu estomago praticamente gritava durante toda a preparação da massa ao recheio.

Quando o bolo estava pronto cortado e recheado chegou a salivar, uma vontade louca de devora-lo. Deu a primeira garfada e se sentiu no paraíso, se tinha algo remotamente parecido com néctar dos deuses na terra era esse bolo. Ele estava se desfazendo em sua boca, a massa tão macia e fofinha. Há quanto tempo não comia bolo? Ainda mais um caseiro, deveriam fazer anos. Mas aquele sabor era novidade, nem ela sabia direito o que tinha lhe dado para resolver faze-lo, mas estava aprovado para o resto da vida. Por que ninguém nunca tinha pensado em fazê-lo?

Parou com a quinta garfada em frente ao seu rosto, observo os pequenos pedaços de abacaxi, os buraquinhos que a massa tinha, mas a calda de chocolate reluzente, largou-a, sentindo-se enjoada. Não precisou correr para o banheiro, dessa vez foi só mal-estar, mas sua refeição estava destruída.

Guardou o bolo dentro do forno, só de vê-lo lhe dava uma forte vertigem. Arrumou a bagunça que fez e foi se trocar para o treino, ainda pretendia aparecer e lutar. Ao ver seu reflexo no espelho prometeu a si mesma que não ia surtar ao ter Sasuke por perto, afinal, ela não tinha feito nada, não tinha porque ficar nervosa.

— Buu

Naruto virou-se dando um de seus sorrisos contagiantes a amiga. Sakura apertou-lhe os ombros sentando-se ao lado do Uzumaki. Naquele momento eram Karin e Suigetsu quem lutavam, Sasuke se encontrava do outro lado do campo de treinamento, tomava a agua e parecia um pouco cansado. O garoto ao seu lado também, a calça laranja estava sua de terra e os braços tinha alguns pequenos lanhados, além do suor que escorria, provavelmente eles tinham acabado de se enfrentar.

— Como foi o treino? — Deu de ombros fechando sua garrafa e limpando o suor da testa.

— O de sempre, teme só estava um pouco mais agressivo hoje. — Mordeu o lábio inferior ao ouvir aqui. — Esse Suigetsu é um saco. Como você o aguenta? — A Uchiha sorriu, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Ele deixa de ser chato depois que você o conhece melhor. Como um certo alguém que eu conheço. — Deu um leve toque no ombro de Naruto, mas o que recebeu foi uma carranca terrível, não conseguiu segurar a vontade de rir.

— Não sei como, mas ele descobriu o apelido maldito que Sai me colocou. Só fica me chamando de pinto pequeno agora. Deveria socar o Sai até a morte. — Amarrou o cabelo em um rabo de cavalo bem apertado, colocando suas luvas pretas, provavelmente lutaria com Juugo. Observou Karin desviar de um ataque de Suigetsu e se gabar disso — Sasuke me disse que você não estava se sentindo bem. Melhorou? — Concordou com um aceno.

— Foi só um mal-estar, nada importante. — Observou o semblante de Naruto suavizar. — E Hinata? Como está? — Ele coçou o nariz fazendo uma careta.

— Enjoada e Sensível. Ontem eu dormi no meu antigo apartamento. — Espantou-se ao ouvir isso, Naruto e Hinata eram duas pessoas tão avessa a brigas. — Tive uma briga feia com o pai dela e acabou respingando em nós. A gravidez vai me levar a loucura em menos de um minuto ela vai do feliz ao depressivo, do calmo ao raivoso. Sério, vou enfartar. — Deu uma risadinha descrente, apoiando os braços cruzados sobre os joelhos.

— Hinata irritada?

— Acredite em mim, é possível. Não queria brigar com ela, não gosto. Sei que ela não é culpada de nada disso. Não estamos morando mais dentro do clã, enfim consegui tira-la de lá. — Naruto remexia a terra com um pequeno graveto, erguendo a cabeça algumas vezes para observar a luta que ocorria na frente deles. — Mas mesmo assim o pai dela cisma em querer ficar enfiando criadas lá dentro para cuidar dela, dizendo como nós devemos viver, fazer, comer, pensar. Isso é enervante. Preferi dormir no apartamento, não briguei com ela, mas para evitar porque eu sei que a minha briga com ele a magoo. Quando cheguei hoje de manhã ela estava feliz com a visita de Hanabi, parece que está tudo bem, mas é um vai e vem sem fim.

— Gravidez. Destrói o emocional de qualquer pessoa.

— Ainda mais quando seu pai é louco e neurótico. — Trocaram um olhar cumplice, sorrindo logo em seguida. — Não a culpo por nada e dormir sozinho foi terrível, senti muita a falta dela. — Passou a mão na nunca constrangido, as bochechas bronzeadas tomando uma leve coloração avermelhada. — Acho que não sei mais viver sem.

Virou-se para Sasuke do outro lado do campo, os braços cruzados em frente ao corpo, concentrado na luta entre Suigetsu e Karin. Será que ele pensava igual? Sentia falta dele todas as vezes que saia em missão. E ele? Sentia a falta dela?

— Idiota! Você roubou, seu imbecil. — Voltou sua atenção para a luta, Karin estava caída e encharcada, pronta para matar alguém, enquanto Suigetsu ria horrores, chegava a segurar a barriga com o corpo inclinado para frente.

Ultrajada a Uzumaki se ergueu e fitou Sasuke que continuou parado na mesma posição, soltou um rosnado, bateu os pés e passou por Naruto e Sakura com uma fúria abrasadora.

— Volte aqui, Karin. A água foi só para te deixar mansinha. — Levantou-se, segurando a vontade de rir encaminhou-se para o centro do campo.

— Você é terrível, sabia?

— Não finja que não curtiu vê-la ensopada, princesa. — Suigetsu piscou passando por ela.

Juugo se levantou dando um sorrisinho tímido para ela, correspondeu, mas logo sua animação se esvaiu, antes mesmo que começasse a caminhar para o centro do campo, Sasuke o parou, dando um leve toque no ombro do rapaz e sussurrando alguma coisa para ele. Um aceno de cabeça foi tudo que ele respondeu e ao invés de ter Juugo em sua direção, agora ela tinha Sasuke.

Seus músculos retesarem ao vê-lo se aproximar, junto as mãos atrás do corpo respirando fundo. Era só uma luta, não um interrogatório, ele não iria usar suas habilidades para arrancar nada dela. Foco, Sakura. Muito foco.

— Como está se sentindo? — Deu de ombros, esticando os braços.

— Bem. Eu já estou melhor. — Observou-a com atenção, os olhos estavam um pouco fundos, mas não estava pálida como mais cedo. Sua vontade era de impedi-la de treinar e manda-la direto para casa, mas Sakura não o escutaria.

— Certo, lutará comigo. — Acenou com a cabeça, remexendo os ombros.

— Não ligo para com quem vou lutar, só não quero que fique se segurando. Pegando leve comigo.

— Tudo bem. Hoje está sendo corpo a corpo, só taijutsu, sem jutsu.

Ela foi a primeira a atacar, começando a incansável dose de ataque e defesa, Sasuke mal a tocava, apenas se protegia de todas as investidas feitas por ela. Volta e meia ele dava uma pequena investida, tão ridícula que até mesmo um genin seria capaz de se defender sem problema algum. Já estava ficando ridículo. Sua raiva era tamanha que acumulou chakra, o maldito não tinha nem ativado o sharingan em uma entrada rápida e inesperada ela conseguiu acerta-lo na lateral do corpo. Sasuke cambaleou, sentiu suas costelas queimarem.

— Eu disse, lutar a sério. — Esbravejou com os punhos cerrados.

— Você não está bem.

— Eu disse a você que estou ótima. Se vai ficar nessa então deixe que outro lute comigo. — Virou-se para Juugo estendendo uma mão para chama-lo, mas Sasuke a atacou, por pouco não conseguiu desviar, ainda sentiu o impacto em seu ombro.

Saltou para trás, observando a vermelhidão na região que ele tinha acertado, seria só um hematoma para cuidar depois. Aquela luta estava se assemelhando uma dança. Um tango, envolto de emoções tão fortes, mas qualquer breve momento as mais delicadas surgiam entrelinhas. Sasuke a estava desarmando, enlouquecendo-a dentro de seu jogo obsessivo.

Parecia só restar os dois naquele campo, pois não conseguia desviar a atenção daqueles olhos negros que a afrontavam, a faziam perder o controle e o foco. Estava enigmaticamente presa a eles, buscando por eles até quando não deveria. Acertou um golpe no tórax e poderia ter acertado outro se não tivesse cambaleado. Tudo girou a sua volta e poderia ter caído se ele não tivesse a segurado.

— Sakura... Diga que você comeu algo. — O fitou preparada para levar um esporro, pressionando os lábios rosados até eles formarem uma linha fina.

— Mais ou menos.

— Você e o Naruto não mudam. O treino acabou por hoje. — Naruto veio correndo ver a amiga que se apoiava no ombro de Sasuke.

— Você está bem? — Meneou a cabeça e ele bagunçou seus cabelos, mesmo ciente de que ela detestava que o fizesse.

— Uma não come e o outro acha que lamen serve para qualquer horário. Vocês são perfeitos um para o outro. — Sakura olhou para o amigo de forma interrogativa.

— Naruto! Achei que tinha ido para casa e...

— Eu fui! Mas preciso comer assim que acordo para ter energia. — Revirou os olhos, afundando o rosto nos braços de Sasuke. — Não queria estragar a conversa das garotas também. Hinata e Hanabi estavam muito entretidas falando sobre enxoval e essas coisas. — Deu de ombros.

Naruto ia se oferecer para ajudá-la, até notar que a mão de Sasuke continuava a circundar a cintura delgada de sua amiga, mantendo o corpo de Sakura apoiado ao dele, mesmo ela parecendo bem o suficiente para ficar em pé normalmente.

Deu um sorrisinho mínimo, talvez fosse aquele tipo de mudança que Sakura falava, tão suave e pequena que só alguém que conviva todos os dias com o Uchiha poderia notar. Ele parecia alheio, despreocupado, mas estava ali, mantendo-a, sustendo-a como uma pilastra.

— Acho que vou para casa. Falo com você amanhã e espero que já esteja cem por cento. — Deu um leve tapa no ombro do amigo.

— Vou estar novinha em folha, vocês estão fazendo muito drama. — Sakura sorriu e acenou para Naruto.

O Uzumaki virou-se antes de sair de vez do campo, observando os dois caminhando lado a lado em direção a saída. Sakura parecia falar alguma coisa com ele e que não obteve resposta, mas ela foi solta. E ainda assim a mão dele continuava onipresente na lateral do corpo dela, estendida mesmo sem toca-la, a distância entre os dois era mínima.

Sasuke, Sasuke. Sorriu e correu para casa, jogar-se nos braços de sua adorada esposa, que Hinata ainda estivesse um doce.

Quando chegaram em casa, Sakura foi direto para a cozinha e Sasuke subiu para tomar um banho e colocar roupas limpas. Como sempre seu banho foi rápido, desceu as escadas para ver o Sakura aprontava e ficou estupefato ao vê-la devorar um pedaço de bolo, lambendo os dedos sujos com chocolate.

— Achei que comeria algo com mais sustância. — Franziu o cenho, colocando outro pedaço de bolo na boca.

— Não quero almoçar agora e tem abacaxi aqui. — Revirou os olhos ignorando aquela resposta, pegando o papel que estava ao lado dela. Uma lista de compras, seus tomates era o primeiro item listado. — Vou comprar amanhã sem falta. E tem comida na geladeira, com sustância é só esquentar.

Guardou o resto do bolo, deixando Sasuke e sua refeição decente na cozinha. Voltou para quarto, tomou um banho e pegou um dos livros que Tsunade tinha recomendado que ela começasse a ler sem falta, mas a verdade era que não estava com saco para ler nada medicinal. Abriu-o, tirando o marcado, mas estava com tanta preguiça, seus dias de folga eram sempre para ficar de bobeira. Sem pensar em nada.

Escorou a cabeça no encosto da cama, fechando os olhos. Poderia dormir mais um pouco, não haveria mão algum. Levou um sustou ao ouvir a porta ser aberta e fingiu concentrar-se no material as suas mãos. Ao voltar para casa, Sakura estava no quarto lendo um livro.

— Quando você vai sair em missão agora?

— Só no final da semana. — Concordou com um aceno, mas não o fitou e continuou a fingir concentrar-se na sua leitura. Depois de ir ao banheiro e rodar pelo quarto, ele resolveu parar exatamente ao lado. Tentou fingir não estar vendo-o, porém ele queria ser notado e em resposta ao descaso dela fechou-lhe o livro, arrancando-o de suas mãos.

— Sasuke...

Ergueu a cabeça apenas para se deparar com aquele maldito olhar que a desarmava, apoiou um dos braços no colchão fofo, deslizando para o meio. No entanto ele foi mais rápido e agarrou pela nunca, tomando seus lábios em um beijo voraz, ele lhe devorava. Todo o ar em seus pulmões escapou, o braço que estava servindo de apoio cedeu e ela desabou, envolveu o ombro dele com de seus braços. Uma das mãos dele apertava sua cintura, puxou seu corpo para o meio da cama com uma facilidade gritante, enfiando-se entre as suas pernas. Estava presa em suas garras e sem vontade alguma de se soltar.

Mordiscou o lábio inferior, dele sugando-o logo em seguida, entreabriu o seu próprio, sua boca deslizando sobre a dele, línguas se buscando, os pulmões gritando. Afastaram-se minimamente, os olhos dele estavam tão negros, tocou-lhe o rosto, o maxilar forte. Sasuke fechou os olhos e puxou o quadril dela para baixo, arrancando o short e a calcinha de uma vez.

Um gemido escapou pelos lábios inchados ao senti-lo morder seu pescoço com força, cravou os dedos nas costas de Sasuke deslizando seus lábios pela lateral do rosto dele. A mão dele chegou ao seu ponto mais sensível e arquejou jogando a cabeça para trás, fechando os olhos.

O que estavam prestes a fazer não era amor, sabia disso, ele a estava tomando, exalando sua fúria.

Seu quadril foi erguido mais uma vez e a primeira estocada veio de uma vez e ele continuou com seus movimentos fortes e profundos. As estocadas não eram rápidas, havia uma sensualidade nos movimentos dele. Sasuke ergueu o rosto, tocando a ponta de seu nariz nas bochechas dela em um toque suave, seus lábios se arrastaram.

— Naruto me disse que fará uma despedida para o kazekage amanhã. — Sua mente divagou descrente de que ele estava mesmo falando sobre Gaara no meio do sexo.

O ritmo foi diminuindo e ela mordeu o lábio inferior para não gritar com ele e manda-lo continuar, Sasuke movia-se tão divagar agora que aquilo poderia ser considerado tortura. Fitou-o com a mesma profundidade em que era observada. Afastou algumas mechas negras da frente do rosto dele, seus dedos tocando-lhe as maçãs do rosto e em seguida mandíbula, ele retirou uma de suas mãos prendendo-a sobre a sua cabeça, arfando em seu rosto. Desceu o dedo para o boca dele fazendo o contorno.

— Você quer ir? — Sakura deu de ombros, beijando-lhe o canto dos lábios e mordiscando o local onde outrora seus dedos haviam tocado.

Os movimentos dele haviam parado, então ela tratou de remexer os quadris, sentindo os músculos dele endurecendo sobre seu corpo. Levou uma das mãos a nuca dele, agarrando os cabelos negros, aproximando o ouvido dele de seus lábios.

— Não faço questão, a não ser que você vá comigo.

As mãos dele passearam pelo seu corpo, um dos dedos arrastaram-se pelos seus lábios, até ele voltar a se mover com a mesma força e agilidade que tinha começado, a cabeça dele afundar-se entre os seus seios, ouviu o gemer baixo e soube que a conversa tinha acabado. E torceu para que ela não se iniciasse mais tão cedo.

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Página: Fleur D'Hiver


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Notas finais do capítulo

Sou muito ruim nos sexos. Sen or. HSAUSHAUSHAUSHA Mas gente que homem quente, eu quero um Sasuke para mim, ele pode ficar me fazendo perguntas enquanto transa, não ligo. Só não garanto respondê-las. E o que acharam do capítulo? Sasukete tá uma amorzinho. Geral achando que teria altas tretas, mão na cara e tudo mais. Ainda não minhas caras, nosso homem ta calmo. Ele quase perdeu a esposa. O que acharam desse amorzinho? hehehe
Bem, mais uma vez um agradecimento mais que especial a Miss Hope. Ainda estou sorrindo igual boba com sua recomendação. Espero que tenha gostado do seu capítulo. ;D
Um beijo em todos esses lindos e lindas que acompanham, favoritam e comentam esse meu bebê amado.
Não deixem de curtir minha página.
Aguardo vocês nos comentários e no próximo capítulo;*