Broken Flower escrita por Fleur dHiver


Capítulo 16
Não Vamos Falar Sobre Isso


Notas iniciais do capítulo

Maratona Fleur it is now, bitch! Todos preparado para as fortes emoções de Broken Flower? Espero que sim, espero que gostem também. Uma boa leitura a todos;*



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O silêncio do banheiro foi quebrado pelo som da descarga. Andava se sentindo tão mal, tão enjoada nos últimos dias, nem se reconhecia. Tão raro e incomum ela ficar doente. O que será que estava acontecendo?

Abriu a porta do reservado, deparando-se com o grande espelho do banheiro feminino, sua fisionomia não era das melhores também, estava um pouco pálida e abatida. Levou uma das mãos ao rosto, observando a maçã de seu rosto levemente realçada. Quase não comia e o que colocava para dentro logo arranjava uma maneira de pular para fora, a perda de peso era esperada, mas não desejada.

Pegou sua pequena nécessaire, tirando de dentro os itens para a higiene bocal, mais um corretivo e base. Não tinha que se preocupar, com toda certeza era algo simples, falaria com Shizune por ser mais discreta que Ino e no final daquela semana já estaria fazendo o tratamento necessário para acabar com os enjoos.

Ainda existia a possibilidade do efeito retardatário de seus abusos. Quantas foram as vezes em que emendou plantão atrás de plantão? Ás vezes em que foi carregada para casa; em que no final do dia não tinha um pingo de chakra; tantas que era melhor nem fazer as contas.

Muitos lhe avisaram que esses excessos um dia lhe custariam caro, que teriam sérias consequência. Não esperava por isso agora, tão cedo e ainda mais quando finalmente tinha tomado jeito e parado de ficar no Hospital até a exaustão. Porém era melhor isso do que uma doença séria.

Respirou fundo e fechou a tampinha da base e sorrindo para o seu próprio reflexo. Passou a ponta dos dedos pelos cabelos sedosos. Tudo estava dando certo nos últimos tempos. Não tinha com o que se preocupar.

— E aí? Você está se sentindo melhor?

— Um pouco. Lembre-me de não comer mais nada preparado pelo o Suigetsu. — Ambas sorriram e Ino buscou algum indicio de pesar na fisionomia da amiga. Mas apesar de parecer notavelmente cansada e abatida fisicamente, Sakura não parecia nada infeliz ou nervosa como nos últimos dias.

— Então as coisas entre você e o time Taka estão bem? Até com a Karin? — Meneou a cabeça, cumprimentado alguns médicos que passavam por elas.

— Nunca tive problemas com os garotos, apenas receio. Antes de tudo, quando as coisas entre mim e o Sasuke aconteceram eu temi conhece-los. Seria uma intrusa, eles poderiam não me aceitar e isso pesar de alguma forma na minha já penosa relação. — Sorriu ao recordar do momento em questão, tinha sido um almoço no Ichiraku, Naruto estava lá também e no final tudo tinha sido uma enorme confusão, mas com um final positivo. — Meus problemas sempre foram com ela. — Deu de ombros, deixando algumas fichas na recepção. — As coisas estão realmente mudando e acho que ela notou isso. Não tem como nós nos tornarmos amigas, isso está fora de questão e eu nem quero. Imagina só. — Deu uma risada baixa, observando uma menininha buscar um pouco de café para mãe. — Eu cansei de tentar desvendar o que ela realmente quer, se existe verdade no que ela diz, só espero paz. E que ela entenda que se houve ou não algo entre ela e o Sasuke no passado, não existe mais possibilidade de acontecer no agora.

— Tem certeza que não existe essa possibilidade?

Cogitou contar a Ino o episódio em sua casa, mas não fazia sentido se ela própria tinha decidido esquecê-lo. Além do que, vendo por uma ótica diferente, não parecia ser nada demais. Eram só eles dois discordando sobre alguma coisa. O convívio com eles deixou claro que Karin era um pouco mimada e fazia birra às vezes, deveria ser isso. Nada com o que se preocupar.

— Não existe, tenho certeza que ele foi sincero, Ino.

— E com o Sasuke? — Ino deu um leve toque em seu braço, um sorriso faceiro no rosto, levou as mãos aos bolsos, encolhendo-se.

— No final do dia ainda é o Sasuke e algumas coisas ainda parecem confusas entre nós. Parece que tem muita coisa sufocada, muita coisa não dita entre nós. Porém estão melhorando. Um passo de cada vez.

— Ah, Sakura! — Ino juntou as mãos em frente ao corpo, com um sorriso de genuína satisfação em seus lábios. — Não sabe como fico feliz em ouvir isso. Estava torcendo para que tudo desse certo entre vocês. Você merece isso.

Ela merecia.

Ele também.

Mesmo não conversando muito sobre tudo que ocorreu no tempo em que ficaram separados. Sakura sabia que foram tempos difíceis, Sasuke passou por muitas provações e privações. O que Naruto tinha dito a ela, sobre “o grande peso” tinha certeza pertencer a esse tempo. A tudo que ocorreu.

Mas não cabia a ela perguntar, ou tentar descobrir.

Ele ser tão reservado fazia parte do pacote, sempre fez. E não foi o mistério que a atraiu, desde o início? Essa áurea sempre o envolveu, obviamente hoje em dia é mais densa do que na época em que eles eram gennins.

Por alguma razão, talvez pelo seu louco amor, ela acreditava que ele só precisava de tempo e carinho. Não a nada que afeto não cure, não cicatrize. As coisas já tinham se assentado e podia sentir que dentro dele novas feridas não se abriam mais, apenas as antigas que insistiam em não cicatrizar, mas assim que fechadas tudo seria diferente.

Assim que retirou o jaleco do corpo, teve a absurda vontade de colocá-lo de novo. Preferia continuar no hospital, passar por mais um turno de emergências e rondas a ter que ir ao supermercado.

Como era cansativo ter que abastecer uma casa. Essa era a parte de ter que tomar conta de sua própria casa. Quando morava sozinha quase não fazia compras. A maioria das vezes comia pela rua mesmo, trabalhava dia e noite quase sem folgas, não tinha tempo, nem porque ir fazem compras. Quando chegava a casa era para dormir, acordar no dia seguinte e voltar para sua louca rotina.

Quem abastecia sua dispensa era Ino ou Kakashi, uma temporada tinha sido Naruto. Havia lotado seus armários de lamen, ainda havia deixado um bilhetinho todo feliz dizendo que tinha comprado muitas variedades. O que aconteceria se enchesse os armários da mansão Uchiha com lamen?

Melhor nem pensar nisso. Pegou a bolsa e a lista que tinha deixado em cima da mesa em seu consultório e saiu, não tinha como fugir, as compras tinha que fazer.

Macarrão. Caldo de legumes. Caldo de peixe. Salmão. Arroz.

Chips. Chocolate. Sorvete de pistache.

Ultimamente andava comendo tanta porcaria que era de estranhar que não tinha engordado. Passou pela seção de frios e ao chegar nas carnes só conseguiu pegar uma bandeja antes que seu estomago embrulhasse novamente ao ver o olhar vidrado dos peixes dispostos.

Passou longe da padaria e entrou no corredor de doces mais uma vez, pegando outra barra de chocolate. Passou os olhos mais uma vez pelo papel, já tinha comprado quase tudo que seu nariz aguentou, tinha uma bandeja de carne, dava para jantar isso e pedir que Sasuke voltasse para comprar o que faltava.

Tofu também era uma opção, o tofu ela provavelmente conseguiria pegar, estava na seção de congelados. Mordeu o lábio inferior, observando os caixas. Ela costumava sempre se esquecer de algo e só lembrava quando chegava a sua casa, mas já tinha lido e relido aquela maldita folhinha umas dez vezes e parecia está com tudo ali.

Sua cabeça já começava a latejar, deu de ombros se faltasse algo, Sasuke poderia comprar junto com os outros itens que não teve condições para pegar. Nunca tinha pedido para ele fazer esse tipo de coisa, mas tinha certeza que ele costumava comprar quando era solteiro. Ninguém fazia por ele e as vezes quando os tomates acabavam ele mesmo ia a feira e sempre trazia algumas frutas, ou outros legumes que ela não tinha o costume de comprar.

Deveria conversar com ele sobre revezar esse tipo de tarefa, era isso que casais faziam, ao menos o que ela acreditava que os casais faziam. Não tinha como passar por aquilo a cada quinzena.

Como seria Sasuke fazendo compras? Esse pensamento a fez sorrir, pressionou os lábios em uma linha fina, tentando segurar sua vontade de gargalhar, as pessoas achariam que tinha enlouquecido de vez.

Com suas sacolas em mãos, pegou uma das ruas transversais a Avenida principal de Konoha, agora só faltava comprar algumas frutas e verduras na feira e poderia ir para casa. Larga tudo isso e relaxar na banheira.

Apesar do falatório a feira era a única parte em que ela não se importava em frequentar. Comprou os tomates de Sasuke, morangos e kiwi para ela. Sakura se aprumou para ir embora. Descanso. Sua cabeça martelava para isso, até mesmo apressou o passo para que nada mais pudesse parar o seu caminho.

— Venham provar o delicioso café do Konoha Expresso. Temos uma variedade inigualável de tortas e bolos. — Não foi o comercial da garota que lhe atraiu e sim o cheiro de café que tomava aquela parte da rua, seu estomago doeu.

Ino tinham comentado alguma coisa sobre a inauguração de um novo café que era ótimo e ela tinha ido com Kiba e outras pessoas e comido o melhor merengue de morango da sua vida.

Observou o interior do estabelecimento, era bonito e convidativo. Tomar um café lhe pareceu uma boa ideia. Um cappuccino com canela e um pedaço de bolo. Queria tanto comer bolo. Deveriam fazer meses que não comia, provavelmente a última vez foi em seu casamento.

Bolo de chocolate com uma cauda bem quente, talvez eles tivessem aquela opção de colocar sorvete de creme por cima.

Bolo de abacaxi, com o recheio tendo pequenos pedaços da fruta.

Estendeu a mão, para abrir a portar, mas no meio do caminho. Uma vontade louca de comer bolo de chocolate com recheio de abacaxi a fez esquecer de todo o resto. Eles com toda certeza não teriam isso. Onde compraria esse bolo?

Talvez ela tivesse que fazer. Estava na época do abacaxi? Não lembrava, nunca sabia qual fruta dava em qual época do ano. Largou a maçaneta, ajeitando as bolsas e preparando-se para voltar à feira, mas ao virar-se acabou esbarrando em um certo alguém.

Não perdeu o equilíbrio, mas por muito pouco ela não deixou que parte de suas sacolas caíssem. Seria uma terrível bagunça.

— Oh! Desculpe-me. — Suas bochechas coraram ao notar que se tratava do Kazekage que estava bem a sua frente usando roupas civis.


— Sakura, não quis assusta-la. — Ele sorriu e ela preferiu não retribuir. Depois do pequeno incidente em sua casa não tinham mais conversado e agora que tudo parecia tão bem e encaminhado não sabia se era uma boa ideia eles dois serem vistos juntos. — Na verdade... bem, foi proposital. Eu a vi e pensei que poderia ser uma boa ideia conversar. — De um jeito estranho ele parecia sem jeito, perdido com aquelas palavras.

Sakura sentiu um nó se formar em sua garganta. Não sabia o que falar muito menos o que pensar. Ela e Gaara não eram amigos, por assim dizer, mas ele tinha sido gentil e bondoso com ela, exatamente no momento em que mais precisava de gentileza e bondade. Seria rude dispensa-lo depois de ter até mesmo ofertado abrigo.

Voltou sua atenção para as pessoas em volta, ninguém parecia prestar atenção neles, ou se importar com o fato deles estarem conversando. Mas ainda assim havia uma sensação incomoda, como se estivesse fazendo algo errado.

— Eu entendo a sua situação. — Ele se adiantou ao notar o receio dela, pensou em toca-la, mas era provável que isso só a fizesse recuar ainda mais. Podemos conversar em um lugar privado... eu conheço um restaurante que tem uma área... — A garota estendeu uma das mãos e ele se calou.

— Eu sou casada, Gaara. Não só com uma pessoa, mas com um sobrenome de peso, não posso ir a restaurantes com área restrita, ainda mais depois de tudo que ocorreu. Ainda mais por Karin.

Não disse, mas essa frase rodeava sua cabeça. Ela estava quieta é verdade, mas não morta. Sasuke estava em missão e se a garota a visse em um restaurante com Gaara, certamente arranjaria um jeito de que essa informação chegasse até o Uchiha da pior forma possível.

A última que coisa que precisava era de outra briga como aquela.

— Não existe uma maneira de conversarmos? Pode ser a céu aberto, eu não ligo. — Suspirou, não tinha como fugir.

— Eu preciso ir à feira. Você me acompanha? — Com um ar de alivio, ele meneou a cabeça, posicionando-se ao seu lado.

Juntos caminharam de volta para o centro da Vila. Não era a temporada da fruta, mas por sorte um dos comerciantes ainda tinha alguns abacaxis. Não era dos melhores, ou dos mais doces, Sakura tinha certeza disso, frutas no final da sua época era sempre o que sobrava, mas ela queria tanto esse bolo que não faria diferença A presença do Sabaku trouxe um burburinho entre os feirantes, mas nenhum ligado a ela, apenas observavam com curiosidade e até mesmo adoração o kazekage.

— Lá em Suna, abacaxi é uma fruta que dá quase o ano inteiro.

— Sério? — Ele concordou com um movimento de cabeça, comendo um dos dangos que tinha comprado.

— Eles são mais fáceis de se encontrar em clima árido, mas algumas frutas precisam ser importadas, não tem como crescer em nosso solo. — Concordou com um aceno de cabeça, era uma cultura totalmente diferente de Konoha.

Após se afastarem do centro da Vila, Gaara se ofereceu para ajudá-la com as compras, não tinha quase ninguém por perto e Sakura não viu porquê de não permitir. Caminharam até um campo de flores que havia próximo ao Jardim de Infância da Folha.

Quando mais nova Sakura tinha aulas ao ar livre naquele lugar. Era a parte que ela mais gostava, poder correr livremente por entre as flores, fazer arranjos e vasos. Àquela hora as aulas já tinham terminado, o local estava vazio, apenas algumas pessoas a distância e as flores como companhia.


— Espero que minha visita não tenha gerado nenhum problema para você. — Encolheu os ombros, remexendo-os logo em seguida.

— Não há com o que se preocupar. Está tudo bem. — Tomou um pouco do chá gelado que havia comprado, Gaara a fitou em busca de alguma oscilação e estranhou a tranquilidade dela.


— É que eu ouvi alguns rumores de que ele não tinha passado a noite em casa. — Sakura franziu o cenho, confusa. Ele tinha saído, é verdade, mas havia voltado na mesma noite. Não tinha como esquecer aquele dia, aquela noite.


— Estranho você ter ouvido algo do tipo. Quem poderia saber sobre minha vida com Sasuke? — Observou o dango em sua mão, girando o pequeno palito. Fitou-o em busca de mais alguma informação, mas o semblante de Gaara parecia pesado, havia ficado sério demais.


— Então há muitas pessoas por aí torcendo para que vocês se separem. — Mordeu o lábio inferior. Muitas pessoas? O que isso significava? Aquela conversa a estava nauseando. — Não vim enchê-la com mexericos. — Deu uma risada fraca, mas sua fisionomia ainda parecia carregada. — Eu vou embora daqui a três dias e Naruto está organizando uma despedida... outra festa. Alguma chance de você aparecer? — Suspirou, o que Gaara pedia era demais. Levou um dos dangos a boca, mordendo-o por inteiro, não queria responde-lo. Ele já sabia o que iria dizer. — Meu irmão, que sempre será grato pelo que fez por ele, também vai estar. E ele queria vê-la...


— Não sei se isso seria uma boa ideia. Mande um abraço ao seu irmão. — Continuou a caminhar, mas Gaara estacou no meio do caminho.


— Não deveria ter medo do seu marido. — O tom dele se tornou menos ameno e solicito.


— Não tenho medo, mas também não tenho porque provoca-lo. — Provavelmente aquele passeio já tinha chegado ao seu fim, estendeu os braços para pegar suas sacolas de volta. — Olha, foi muito gentil de a sua parte ter me ajudado, ter se oferecido aquele dia... — Gaara a segurou pelos braços e sem perceber sacudiu-a.

— Ele não a merece, não merece nenhum pedaço de você. Se soubesse as coisas que ouvi... — Assustou-se com a repentina exasperação dele.

— Solte-me, Gaa... — Sua surpresa foi ainda maior quando em um movimento rápido ele capturou seus lábios. Não teve reação, ele a soltou, envolvendo seu rosto entre suas mãos, seu beijo era quase uma suplica. Uma suplica que ela não podia atender.

O que estava acontecendo.

As sacolas deslizaram e o som do baque, tirou a do torpor que tinha entrado com os últimos acontecimentos. Empurrou-o, agachando logo em seguida e recolhendo tudo de qualquer jeito. Seus olhos encheram-se de lágrimas.

— Sakura... Eu...

Não queria ouvir, não queria saber. Como aquilo tinha sido uma péssima ideia. Estupida ideia. Ela sabia que não deveria ter aceitado conversar, assim que ele se abaixou para ajudá-la, ergueu-se. Deixando para trás o que ficou, passou a ponta dos dedos secando o resquício do choro que ameaçava surgir.

Tomou seu caminho para longe dele em passos apressados. Sem responder ou se virar perante o chamado de Gaara, fingiu nem ouvir, pois era o melhor. Torceu para que ninguém tivesse visto, ninguém tivesse notado o que havia acontecido naquele campo florido. Seu lugar favorito destruído.

Por que os homens que a rodeiam volta e meia acabam arruinando algo que lhe é tão precioso?

Não queria beija-lo. Não queria traí-lo. Por que Gaara tinha que complicar tanto as coisas?

— Sakura.

O chamado a assustou tanto que as compras foram novamente ao chão. Nem havia notado que já estava quase as portas do distrito. Abaixou-se para recolher as compras e pode ouvir os passos dele.

Sempre que Sasuke saia em missão ela desejava que ele voltasse o mais depressa possível para os seus braços, mas hoje, ela queria muito que a missão dele tivesse de demorar um pouco mais. Respirou fundo, torcendo para que seu nervosismo não a entregasse.

— Sakura?

— Eu não sabia que já tinha voltado da missão. — Forçou um sorriso, mas quando ergueu a cabeça notou que ele a fita-la de maneira curiosa. O olhar sério, observando cada mínimo traço de sua expressão.

Sasuke estendeu uma mão e ela fechou os olhos, os dedos calejados passaram pelo lado do seu rosto, colocando uma mexa de cabelo atrás de sua orelha, deslizando pela lateral de seu rosto, até o maxilar, caindo sobre os ombros delicados.

— Você não parece bem. — Meneou a cabeça e afastou-se do toque. Provavelmente ele interpretaria errado. Mas não se sentia merecedora da atenção dele.

— Acho que estou adoecendo. Não me senti bem esses dias. — Com calma ele a ajudou a recolher as compras e tirou as sacolas que sobraram em suas mãos.

— Vamos para casa.

Afundou-se na banheira, sua cabeça estava cheia, seu coração apertado. A porta do banheiro estava aberta e ela podia ver a sombra dele pela parede, deveria estar se trocando. Sasuke tinha sido gentil e acolhedor. Arrumou as compras nos armários e quando ela disse que não queria jantar, ele preparou sanduiches para eles. Sentia-se tão idiota por ter se afastado do toque dele, porque agora o queria mais do que tudo.

Secou os cabelos de qualquer jeito, enfiando-se em um pijama que tinha largado no banheiro mais cedo.

Sasuke estava sentado ao seu lado da cama, só com uma calça de moletom, velha e surrada, parecia ler algo em um pergaminho velho. Correu para o seu lado da cama, puxando a coberta para baixo, enrolou-se toda, observando o contorno das costas dele.

— Você esqueceu-se de comprar os tomates. — Seu corpo gelado e a perspectiva de pedir que ele lhe abraçasse, desceu pelo ralo. Virou-se para o lado oposto ao dele, desligando o abajur que tinha em sua cabeceira.

— Estavam todos velhos. Amanhã eu compro.


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Notas finais do capítulo

BOM! O que acharam desse capítulo? Todo mundo tava dizendo que queria o Gaara de volta. O Gaara voltou, só causando a discórdia. Não trouxe nada de bom esse bofe, heim? Pobre da nossa Sakura. O que vocês acharam da atitude dela? Perdoam, não perdoam? Fariam o mesmo? A vida da bichinha não é fácil, eu perdoava.
Pessoas não deixem de curtir minha página, lá eu falo direto, pode me mandar inbox que eu respondo, tem calendário das postagens que vão acontecer esse mês, projetos futuros. Tem eu (que sou mais que necessária)
Vou responder todo mundo sem falta, assim que terminar as postagens consecutivas. Ok?
Agradeço a todos que comentam, acompanham e favoritam.
Vejo vocês nos comentários e no próximo capítulo. Bjos;*