Broken Flower escrita por Fleur dHiver


Capítulo 10
A Realidade Esmagadora


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu povo.
Agora vamos para tudo, porque BF recebeu a sua primeira recomendação e a minha segunda, como autora. Nossa, Danni, UAU!
Cara, sua recomendação me deixou sem palavras, não posso crer que você tenha refeito o perfil só para recomendar a minha fanfic, cara, você não faz ideia do quanto eu me sinto honrada por isso. Muito obrigada, de coração.
Esse capitulo é dedicado a você, Danilindinha. Não é feliz, sabe, porque né, isso é drama, mas é forte e impactante e espero que você o ame.
Eu coloquei o mesmo lembrete na outra história e pretendo por em todas: gostaria de ressaltar minha demora para responder aos comentários, não é descaso é falta de tempo, por essa razão eu demoro, porque eu não quero responde-los de maneira leviana, sem dar a devida importância a quem perde seu tempo precioso expondo a opinião com relação a minha história. Desculpa a demora excessiva as vezes, eu leio todos com muito carinho. Ok? Ok.
Vamos lá, pessoal, agora preparem os seus lencinhos porque vem drama pesado por ai.
Um agradecimento a quem comenta, compartilha e favorita a história, obrigada seus lindos.
Uma boa leitura a todos. ;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/409045/chapter/10

Seus corpos se mantinham juntos, ainda alheios à batida da música. O ritmo que eles tinham criado era bom, aconchegante e confortável, nenhuma das duas partes queria mudar isso. Com o rosto escorado sobre o ombro do ruivo Sakura avistou o garçom que passou despreocupadamente por eles. Porém o que chamou sua atenção foi o liquido cobre em um dos copos sob a bandeja. Ela se esticou pegando-o e dando um pequeno gole antes de Gaara tentar arranca-lo de suas mãos.

— Hey! — Sorriu a menina mantendo a bebida firme em suas mãos. — Por que está fazendo isso? Você quer também? — E em alguns segundos lá estava a rosada tentando fazer com que o ruivo tomasse do uísque, mas do jeito mais impróprio e infantil. A garota estendia o copo, segurando o rosto dele com uma das suas mãos tencionando a dar-lhe na boca.

— Não. — O garoto sorriu levando a mão a boca do copo. — Eu não bebo e você não deveria também, acho que já tomou muitos por hoje. — A Uchiha ainda conseguiu tomar um último gole antes de a bebida ser retirada de vez de suas mãos. Voltou a abraçar o rapaz, sorrindo do comportamento dele. Era estranho e reconfortante ter alguém tentando tomar conta de si, mas ainda sim sentiu uma pequena e desconfortável pontada em seu peito, aquele papel deveria ser de outra pessoa.

— Você deveria beber, se sentiria bem mais livre. — Disse a menina aconchegando o seu rosto no ombro dele, enquanto Gaara virava parte do tronco para por o copo sobre uma mesa. Estava pronto para replicar o que ela tinha dito, no entanto abruptamente o corpo de Sakura foi arrancado de seus braços.

O ar lhe faltou e por alguns segundos achou que suas pernas não teriam forças para suportar o peso de seu corpo. O aperto de Sasuke em seu braço era forte, machucava, mas o maior aperto que sentiu foi em seu coração. O olhar do moreno era tão implacável e aterrorizador que ela sentiu um medo quase irracional, como se realmente tivesse sido pega fazendo algo errado.

— Sasuke. — Sua voz saiu baixa em um sussurro assustado, mas ele a ouvia. A atenção dele era toda dela. O resto do ambiente não lhe interessava muito menos as pessoas. Seus olhos negros enxergavam apenas Sakura e seu estúpido pavor. A garota tocou a mão dele sobre o seu braço. — Não é... Eu... Eu posso explicar... Eu vim atrás de você... E... — Se embolava com suas próprias justificativas, um nó parecia ter se formado em sua garganta. Sem dizer uma única palavra e sem se importar com as palavras que ela proferia ele a puxou com toda a sua força. Não queria ouvir, não queria estar ali. Queria Sakura fora daquele lugar e era o que iria fazer mesmo contra sua vontade, não estava se importando com isso. — Pare!

— Você não vai tira-la daqui dessa maneira. — Disse o kazekage se pondo a sua frente. Gaara deslocou-se um pouco para o lado tocando o outro braço da garota. — Sakura só vai se quiser ir. Não a ouviu pedir para parar?

— Não me lembro de ter ouvido alguém pedir sua opinião. — O Uchiha fitava as mãos imundas de Gaara sobre o braço de sua esposa. — Não a toque, não permito que você a toque. — Sakura sentiu todo o ar de seus pulmões escaparem. Não, eles não podiam brigar.

— Por favor. — Sua voz começou a embargar. Remexeu-se afastando o toque do ruivo o fitou por alguns segundos, mas logo abaixou o olhar voltando-se para Sasuke, com cautela tocou sua mão livre no peito dele — Por favor, Sasuke, não é nada disso. É só você me ouvir. — Apertou a alça do colete branco que ele ainda vestia, mas o olhar do moreno não caiu sobre ela em momento algum, agora fitava o kazekage com o mesmo asco que tinha fitado sua mão sobre o braço da garota.

Hey, Sasuke. — Ino surgiu antes que o Uchiha voltasse a andar e a rosada agradeceu por isso. — Não sei se a Sakura comentou com você, mas hoje nós combinamos de ter uma noite só de garotas. — A loira sorriu tentando manter-se alheia ao clima tenso entre os três.

— Ela vai para casa. — Não fitou a loira, passou direto por Ino, mas Sakura estancou.

— Eu fico com a Ino. — Sua voz ainda era fraca, ainda assustada, o moreno não a fitou, mas parou para ouvi-la e isso a encorajou a prosseguir. — Vou agora para casa dela, não piso mais aqui. Não falo com ninguém que esteja nesse lugar e amanhã bem cedo eu vou estar em casa.

— Você não está me ouvindo? — O aperto em seu braço aumentou e Sakura soltou um gemido de dor. A Uchiha tentou segurar a vontade de chorar, mas não conseguia conter os soluços que começaram a surgir. — Vai para casa comigo. — O moreno voltou a puxa-la, mas a rosada se contraiu e tentou se soltar.

— Você não pode me obrigar a ir. — Sua voz tomou um tom mais alto e o moreno se virou apenas para ver a garota começar a se debater e como efeito tardio da bebida assim que fitou o semblante fechado de Sasuke e as sobrancelhas crispadas sentiu uma imensa vontade de rir e quase o fez. Levou uma das mãos aos lábios, o medo ainda era palpável e ela nem ao menos sabia de onde tinha surgido essa vontade. Com esse pequeno deslize Sasuke tomou ciência do estado embriagado que Sakura estava e isso só serviu para irrita-lo ainda mais.

— Nós vamos para casa, Sakura. — A garota voltou a se remexer nos braços dele afastando-se de seu corpo, acabou cambaleou e quase caindo. No processo Sasuke a puxou pelo colarinho do casaco. Arrancando os dois primeiros botões da peça deixando a lingerie que estava por baixo à mostra. A camisola especial que deveria dar início a uma segunda lua de mel.

Sakura o fitou, aturdida, já estava estabilizada. Sasuke olhou da peça rendada sobre o busto para o rosto alvo da rosada. Tantas coisas passaram por sua cabeça, estava sentido que a qualquer minuto perderia a cabeça, agarrou-lhe o pulso e em um solavanco só a tirou de dentro do estabelecimento. Dessa vez ela o acompanhou sem protestos.

— Sasuke, pare com isso! — Esbravejou Naruto sendo contido por Hinata. A rosada se virou, mas Sasuke não parou de andar nenhum um segundo se quer.

— Está tudo bem, Naruto. — Tentou transparecer calma e segurança, mas sua voz era chorosa e falhada, mas ainda assim sorriu querendo tranquilizar o amigo. O olhar do Uchiha a tinha feito tremer dos pés a cabeça e o melhor era deixar que ele lhe levasse logo dali. — Não se preocupe. — Manteve a mão livre sobre a borda de seu casaco tapando a peça com a certeza de que apenas Sasuke a tinha visto, para seu alivio, e deveria continuar assim.

Naruto ainda tencionou ir atrás de sua melhor amiga, mas foi contido pelo Hatake.

— O prédio estava lotado de pessoas que fariam qualquer coisa para defendê-la. Ainda sim ela preferiu ir com ele. — O copy—ninja suspirou se sentia frustrado, mas não podia se envolver. Nem ele, nem o loiro. — Então ela irá e você não fará nada.

(...)

Sasuke não precisou procurar muito, assim que ele entrou no estabelecimento uma cabeleira rosa surgiu em seu campo de visão. E foi o suficiente para que tudo a sua frente fosse visto em vermelho sangue de ódio, de raiva. A cena que se desenrolava ao alcance de sua vista era intima; pessoal; cheia de um afeto que ele não podia crer e não podia aceitar, fazia com que seu sangue fervesse. Nada poderia explicar aquilo, ninguém poderia explicar. E a raiva que surgiu só crescia a cada passo que ele dava para perto do casal.

E agora a cena se repetia em flashes. Frame a frame embaçando a sua visão: Sakura dando de beber na boca dele; sorrindo para ele; abraçando-o. A caminhada não o acalmava, pensou que o silêncio aplacaria a sua fúria, mas a rosada ao seu lado não permitia que isso ocorresse. Repetindo diversas vezes: que nada daquilo era real; que estava enganado; que podia explicar. Deixando o seu humor pior a cada justificativa dada.

Em uma das ruas próxima ao distrito ele perdeu a pouca paciência que ainda possuía e a soltou de forma displicente fazendo com que sua esposa perdesse o equilíbrio e quase caísse pela milésima vez aquele dia. Ali, longe de todos a rosada não mais escondia as lágrimas que caiam incessantemente por seus olhos.

Sakura pensou em fazer todo o trajeto quieta, seria o melhor para os dois, mas não conseguia. Precisava falar tudo que estava engasgado, ela não era errada da história. Ao ser largada daquela maneira seu coração doeu novamente.

— Sasuke eu posso...

— Eu não quero ouvir. Não quero ouvir sua maldita voz até chegarmos a casa. O lugar de onde você não deveria ter saído. — Sakura não sabia se ele tinha ciência de que o sharingan brilhava perigoso nos olhos outra ora negros, mas ela sabia e temia aquela visão. Abruptamente Sasuke voltou a agarra-la pelo braço. — Está me ouvindo? A próxima palavra que disser eu juro que não vou conseguir me controlar. — Em resposta apenas maneou a cabeça. E com o aperto de aço de Sasuke sobre o braço fino da rosada continuaram o trajeto até a mansão Uchiha.

O resto do caminho foi feito em silêncio, ou quase, Sakura não ousava dizer uma palavra se quer, mas não conseguia segurar as lágrimas incessantes e os constantes soluços que soltava. Enquanto o Uchiha fazia o possível para ignorar tal som.

Ao chegarem à residência Sasuke abriu a porta e nem se deu ao trabalho de fecha-la ia começar a falar quando algo atraiu sua atenção. O Uchiha fitava o pequeno corredor da entrada de forma abismada. Acendeu a luz vendo todas as mudanças na residência e todo o seu corpo gelou, esquecendo-se completamente dos ocorridos daquela tarde. Só conseguia focar no que sua casa havia se tornado.

— O que? — E sua voz foi se perdendo, estava pasmo, Sakura tinha retirado tudo do lugar tinha feito uma zona sem procedentes. Sem dizer uma única palavra ele subiu as escadas desesperado.

A garota escorou-se sobre a porta, fechando-a sem muita vontade, queria tomar um bom banho e esquecer. Depois dos últimos acontecimentos sua ressaca tinha surgido antes do dia acabar. Subiu o pequeno degrau do hall de entrada, parou em frente à escadaria, mas antes que subisse notou a silhueta do moreno parada em frente há uma das portas do corredor e então ele a abriu e sumiu dentro do aposentou por alguns segundos, voltando a aparecer apenas para fazer a mesma coisa na porta ao lado.

— Eu nunca mexeria nesses quartos. — Ela disse assim que o viu fechando uma das portas. Ele não tinha notado a presença dela no início da escada. E assim que fez a fitou com desprezo, com raiva e rancor, indo para cima de Sakura que deu alguns passos para trás, batendo no móvel que ficava atrás do sofá da sala. Sasuke a puxou pelos braços sacudindo-a.

— O que deu em você para mudar as coisas na minha casa? — Questionou completamente fora de si. A rosada ficou estática por alguns segundos, surpresa com o rompante do marido. — Vamos, responda!

— Na nossa casa! — Esbravejou a garota tentando se afastar do aperto do moreno. — Somos um casal! Eu moro aqui com você! Só quis mudar as coisas, um novo começo... — Olhou para a mobília a sua volta, não havia nada de errado no que ela estava propondo. Por que tudo que envolvia o Uchiha precisava ser tão dramático e confuso?

— Onde estão as coisas dos meus pais? — A soltou, mas seu tom ainda era sombrio.

— No escritório. — Respondeu sem animo algum. O Uchiha deu alguns passos em direção ao escritório, mas logo parou. Sakura estranhou a parada dele, mas nada disse apenas o observou até que o moreno se virou fitando-a intensamente.

— Acho que você me deve algumas explicações. — O ar de Sakura voltou a sumir, ela se afastou do móvel que estava escorada dando alguns passos em direção ao hall enquanto Sasuke caminhava soturno em sua direção. — Você não acha?

— Sasuke... — A voz falhou e as pernas fraquejaram, mas ela não caiu. — Eu posso te explicar tudo... Só...

— Então comece a explicar sem mais enrolações. — O tom era calmo, mas Sakura podia notar pela forma como ele andava e como a fitava que estava prestes a explodir e ocorreu logo após a primeira frase. — Podemos começar com essa porcaria de roupa! Diga-me: Por que está vestida assim? Por acaso você foi o presente surpresa daquele filho da puta? Ia sair de dentro de algum bolo para ser entregue aquele kazekage?

— Não! Não! — Chegou a dar alguns passos para frente enquanto falava, mas a verdade é que não queria estar perto dele, então voltou a recoar. — Isso era para você, eu estava preparando uma surpresa para você.

— Claro, a surpresa para mim, nos braços dele! Sendo tocada por ele! — Como um caçador a encurralou no canto da escada, suas mãos não a tocavam apenas tencionavam fazer, mas a proximidade era suficiente para acua-la. — Ainda não consigo entender como isso pode fazer sentido.

— Eu fui atrás de você! — Esbravejou em meio ao seu desespero. — Me disseram que você ia estar lá, não sabia que era a festa do Gaara.

— Antes de eu ir para essa missão Naruto já estava berrando aos quatros cantos a recepção que faria.

— Eu sei, mas não sabia que era no Ichiraku. — Passou as costas das mãos pelo rosto secando as lágrimas. Esticou-as para toca-lo, mas o Uchiha recoou, repelindo seu toque.

— Incrível como, eu, do outro lado do país sabia onde seria o evento e você, bem aqui, não. — Começou a andar dando as costas para ela.

— Minha cabeça estava cheia de mais para pensar no que Naruto estava fazendo. — A rejeição, a vergonha, a humilhação a corroia por dentro. Respirou fundo saindo de sua pose defensiva. — E o tempo que você passou fora eu não o vi uma vez se quer porque eu estava me matando no Hospital para ter folgas extras e prepar uma porcaria de surpresa para você. — Sasuke se virou ao notar o tom mais agressivo de sua esposa.

— Realmente, você conseguiu me surpreender de uma maneira única. Encontra-la nos braços do Gaara era exatamente o que eu esperava de uma esposa dedicada e fiel. — Diferente do que todos poderiam crer Uchiha Sasuke não estava apenas elevando o seu tom de voz, ele estava gritando com todo o ar de seus pulmões. Ao ouvir aquelas palavras os punhos de Sakura se fecharam.

— Você não tem o direito de falar assim comigo, nem de me exigir absolutamente nada. — O Uchiha recoou momentaneamente surpreso pelo tom elevado de Sakura. — Você não tem o menor direito de me julgar, quando estava com a Karin.

— O que? — Sasuke passou as mãos pelos cabelos, era impressionante como todas as discussões retornavam a um ponto específico: Karin. — Nós não vamos voltar a isso. Não vou continuar a discutir essa imbecilidade com você por causa desses seus ciúmes sem sentido.

— Sem sentido? — Sakura manteve os braços rentes ao corpo ou acabaria batendo no Uchiha com todo o chakra que pudesse acumular. — Tem todo o sentido do mundo, eu sei o que eu vejo!

— Eu também sei o que vejo e sei o que vi! — Seus rostos e corpos se encontravam perigosamente próximos.

— Eu fui atrás de você e você estava com ela. — A garota apontou o dedo indicador, mas Sasuke o afastou de seu rosto, pegando-a pelo braço e arrastando escada acima. — O que está fazendo? Solte-me agora, Sasuke!

— Não é uma surpresa para mim! Então, vamos termina-la. — Disse abrindo a porta do quarto e jogando Sakura sobre a cama. A garota se ergueu como uma mola ao bater no colchão macio, tentando afastar as mãos dele de seu corpo.

— Não! Recuso-me a deixar você me tocar. — Disse a garota afastando os braços dele de seu corpo, mas Sasuke foi mais rápido e a puxou pelo casaco voltando a joga-la sobre a cama, montando sobre o corpo esguio da Uchiha.

— Qual é o problema? — Sakura voltou a se debater fazendo com que Sasuke recuasse e ela sentasse sobre a cama, ainda entre as pernas dele. Em puxão irado ele rasgou o casaco, retirando-o do corpo dela. — Você me inferniza por causa de um almoço enquanto deixa aquele viado tocar em você. Estou aqui, Sakura, pronto para receber a minha surpresa que não posso tocar!

— Você estava almoçando o que, Sasuke? Ela? — A Uchiha retirou as mãos deles de sua roupa rasgando um pedaço da lingerie no processo, ao ver seu corpo livre do dele, ergueu-se voltando a tomar espaço entre eles

— Você está começando a fazer com que eu perca a minha paciência, Sakura. — O moreno levantou aproximando-se da garota.

— E você ta começando a me fazer acreditar que ter deixado o Gaara me tocar seria uma ótima ideia. — Após essas palavras o único som presente no ambiente foi uma sonora bofetada que Sasuke desferiu no rosto da rosada.

Nada mais foi dito. Ambos ficaram estáticos. Sakura fitou a cama com o rosto ainda virado, em estado de choque sentiu as lágrimas voltarem ao canto dos seus olhos, voltou a encara-lo sem poder acreditar no que ele havia acabado de fazer. 

 

Um uivo de raiva explodiu quebrando o silêncio do ambiente. Sem pensar duas vezes Sakura partiu para cima do Sasuke, devolvendo o tapa que lhe foi dado e o esmurrando por todos os cantos. 

— Sai daqui! — Gritou, empurrando-o em direção a porta — Eu quero que você suma da minha frente. — Sakura tremia da cabeça aos pés, de ódio, de dor, de ressentimento. 

Sasuke passou o olho pelo corpo tremulo dela; pelo quarto perdido no ofurô das emoções que o arrebatavam. Por fim ele saiu, deixando-a completamente só no quarto.

Os sons que sairam de sua garganta eram agudos e sofridos, seu choro não era silencioso, era forte e estrondoso, seu corpo inteiro tremia. Caiu sentada, com as costas apoiadas na porta e por um tempo ali ficou, com a mão cobrindo o local onde a bofetada tinha sido desferida, ardia como um lembrete do que tinha acabado de ocorrer.

Cambaleou para o banheiro, estava tonta e enjoada pelas sacudidas que ele tinha lhe dado. Levantou a tampa do vaso e colocou para fora tudo que estava em seu estômago. O cheio forte de álcool se fez presente, enjoativo, dando lhe outra ânsia de vômito. Ainda sentada no chão ergueu um das mãos esgueirando-a pelo vão da pia em busca de sua nécessaire. Tinha certeza que havia guardado remédio para enjoou dentro dela. Assim que a avistou esticou-se para pega-la e acabou deixando a pequena bolsa cair no chão no processo. Puxou-a para recolher o conteúdo despejado quando viu a pequena cartela que Ino tinha lhe dado. Sua atenção ficou vidrada na pequena cartela, deixou o resto das coisas jogadas. Tirando um pequeno comprimido, ingeriu junto com o remédio para enjoou.

Estava decidido: não queria filhos. Não para viver daquela forma, não para ter aquele homem como pai e exemplo. Não teria um laço que a prendesse ao Uchiha para toda a vida, cogitava seriamente não ter mais laço algum com ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um minuto de silêncio para vocês se recuperarem... Foi tenso e intenso.
Espero que ninguém tenha morrido, por favor.
Espero vocês nos comentários, um beijo e até breve