A Neve Sobre Estrelas escrita por magah


Capítulo 21
"O QUE TÁ COM TESENO -q"


Notas iniciais do capítulo

EU VOLTEY AGORA PRA FICAR, PUR Q AQUII, AQUI É MEU LUGAR... pois é meus amores eu estou de volta e de muito bom humor como deve dar pra perceber ♡ e eu vim postar 2 capítulos, eu disse 2 capítulos ( Matem a sede de vocês ♥) .
E sobre o título zoado eu tenho uma pequena história por trás dele ♡.

Era uma vez uma garota escritora que estava realmente muito indecisa com o título do próximo capítulo dela. Essa escritora tinha uma amiga que andava meio depre. A escritora vivia tentando arrumar maneiras de alegrar essa amiga depre. Infelizmente sem sucesso.
Em um dia em meio as conversas a amiga depre tentando descontrair sugeriu esse título de brincadeira. A escritora perguntou se ela ficaria feliz se ela colocasse realmente esse título. A amiga depre respondeu que ficaria sim ( apesar de duvidar um pouco que ela fizesse mesmo isso).

Pois é parece que essa amiga ex depre ficou bem contente ♡ Te amo Ell ♡

Se você leu até aqui. Eita paciência huehuehue mas obrigado viu?



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– É, eu to ferrada.- Disse para as garotas enquanto andávamos sem rumo certo pela rua. Logo de manhã resolvi encontrá-las pra meio que desabafar um pouco. Minha cabeça era um turbilhão desde que eu me dei conta do inevitável... Sei, provavelmente percebi isso um pouco tarde. Não me acho um pessoa lenta pra identificar o que quer que seja... mas admito que isso só funciona quando vem de fora. O que anda acontecendo dentro de mim anda me deixando um tanto confusa e não que eu já não tivesse cogitado essa hipótese. Mas me pareceu mais confortável pensar que não era nada mais que atração...

– O que aconteceu pra você estar ferrada?- Perguntou Heera andando com tranquilidade aproveitando o sol que aquecia seu rosto. Molly divida nossa atenção com um fone em um ouvido e outro sem também esperando minha resposta.

– Eu me dei conta de uma coisa ontem.-Continuei segurando entre os dedos o pingente de floco de neve que Armin havia me dado- Eu estou apaixonada...

As duas pararam de caminhar e viraram-se para me encarar. As duas me olhavam impressionadas.

– Caramba, qual foi o santo que baixou pra você notar isso?- Perguntou-me Molly um pouco absmada. Uau, era tão óbvio assim?

– Ontem enquanto passávamos ele disse algumas coisas e me deu isso- Mostrei-lhes o colar.- Normalmente eu não daria a mínima pra isso. Diria algo sarcástico, ficaria um pouco vermelha, mas esse acontecimento ficaria na estante do "Ele só quis me deixar corada". Só que não foi assim - Encarei as duas que estavam atentas a minha explicação e sentei no meio fio da calçada- Meu coração bateu tão forte no peito que eu pensei que ele queria sair pra dar uma volta pela praça, meus joelhos tremeram um pouco e seu eu não tivesse sentada eu cogitaria a hipótese de eles falharem. E tudo isso por causa daquele gesto, a princípio tão pequeno, mas que naquele momento foi tão... Bom.

Heera me olhava toda boba, como se eu fosse a protagonista de uma história de amor. Molly sacudia a cabeça levemente sorrindo como se compreendesse o que eu sentia. As duas se sentaram ao meu lado.

– Apaixonar-se não é ruim Magah, você vai ver...- Heera comentou alegremente.

– E bom, nós já sabíamos disso muito antes de você amiga, como naquele episódio do banheiro em que você teve que pagar o pedagio do beijo pra ele. Amor, se você não tivesse afim daquele homem você simplesmente daria um chute nas joias do rei e sairia sambando de All Star na cara dele até o banheiro e não beijaria aquele gato. Você queria sim, por mais que não admita. - Disse-me Molly. Bom, eu bem que poderia ter feito mesmo aquilo, mas nem me passou pela cabeça...

– Não tenho mesmo como negar que nesse últimos dias ele me surpreendeu algumas vezes e eu mesma me surpreendo com algumas das minhas ações. Mas quando depois eu paro pra pensar, não consigo me arrepender de qualquer coisas que façamos juntos, mesmo que não tenhamos feito nada mais grave. - Sorri, olhando para as duas que reviraram os olhos provavelmente por que já desconfiavam daquilo.- Mas por mais que pra vocês seja a melhor sensação do mundo. EU. TO. APAVORADA.-Terminei dizendo isso um pouco alto de mais e com os olhos um tanto arregalados.

Elas riram da minha reação. Eiii da pra levar a sério, garota inexperiente com relação ao amor pedindo arrego aqui! Bufei e virei o rosto de lado.

– Não fica emburrada, mas você sempre foi tão romântica e tão contra o amor pra si mesma que chega a ser cômico Magah.- Heera explicou-me.- Se apaixonar é algo complicado, como você já disse a algum tempo, amar dá muito trabalho, são brigas e reconciliações e brigas novamente, mas a melhor parte você não citou. Ter aquela sensação de estar completa, ter alguém pra te apoiar, estar ali pra você como um amigo e também pra ser mais que um amigo. Pra te ajudar nas horas difíceis e pra zoar nas horas divertidas. Pra discutir por coisa pouca, mas pra se reconciliar com muito beijos e amassos depois. Sim, amar tem suas partes difíceis, mas se fosse fácil qual séria a graça?

Olhei pra ela quase convencida de que amar era tudo aquilo... De que se apaixonar é uma boa ideia. Aposto que quando criaram o Titanic eles acharam que era uma boa idéia também... Pois é, não me convenceram.

– Para de arranjar desculpas pra achar que se apaixonar é uma má ideia, por que eu sei que você sempre quer arrumar neura onde não tem - Disse-me Molly como se tivesse se infiltrado nos meus pensamentos. Ela tem que parar com isso.

– Você não pode me culpar por pensar assim, quem foi que fez panelas e mais panelas de brigadeiro e comprou baldes de sorvete pra vocês depois que alguma terminava um namoro? Que ficou recolhendo aqueles lenços jogados no chão cheios de ranho. Eca! Eu nunca quis passar por aquilo, e nem quero - Respondi decidida.

– Molly, acho que traumatizamos a criatura - Heera disse.

– Faz parte - Ela respondeu a Heera.- Mas o que não faz parte nem é normal é você se impressionar tão fácil com isso Magah, Hallou querida! Essa era só uma parte pequena do que é o ciclo da vida. Você procura, acha que encontrou e descarta quando percebe que não era aquele que iria virar sua vida de cabeça pra baixo, o problema é que nunca é fácil fazer isso. E nem sempre esta implícito essa fase terminal quando se tem um relacionamento. Ele pode simplesmente dar certo!

Olhei meio torto pra ela e disse:

– Desde quando você começou a filosofar sobre os ciclos amorosos da vida? O teu relacionamento com aquele vampirão embutido tá te fazendo mal. Deve ser efeito colateral...- Sentei um pouco afastada de Molly.- Será que é contagioso?

Ela me lançou um olhar mortal semicerrando os olhos como se estivesse imaginando como meu corpo ficaria sem a cabeça.

– Quando você estiver no maior love com o Armin eu vou te zoar tanto que você não tem noção...- Ela esfregava as mão como um gênio do mau.

– Mas é sério, eu to meio sem saber o que fazer com esse sentimento... minha playlist de músicas melosas estão fazendo sentido pra mim. É o fim dos tempos...-Contei.

– É simples Magah, agarra esse cara como se ele escondesse a chave pra Fantástica fábrica de Chocolates e não larga nunca mais. Me diz o que está te impedindo de ser feliz minha linda? Além dessa cabecinha teimosa claro.

Procurei, vasculhei o fundo da minha gaveta de argumentos e só achei poucos bem furados... O que me impossibilita de ser feliz, é não ter certeza de que vou ser e ter medo de sair dessa com uma asa quebrada... Pensei, mas não disse nada. Só admirei a luz do sol ultrapassar as barreiras das nuvens.

– Se está tão indecisa assim, por que não tentamos isso - Molly disse enquanto tirava um cartão do bolso de trás da sua calça, Heera e eu nos juntamos para ler o que estava no mesmo.

Peguei e li-o em voz alta:

– Madame Cleusa, vidente, cartomante e tarologa. Tiro seu encosto em 2 dias e amarro seu bofe em apenas 7. Mais informações disque 66... Molly onde você arrumou isso? - Perguntei olhando-a desconfiada. Senhor por que ela o precisa disso? ela já não é normal imagina consultando uma macumbeira.

Heera parecia estar se fazendo a mesma pergunta.

– Ei essa macumba não é minha, eu entrei no quarto da carniça da Ambre por que fui deixar um presentinho debaixo do travesseiro dela e achei isso ai. Pensei em esfregar na cara dela mais tarde, mas pode até vir acalhar agora - Arqueei uma sobrancelha duvidando do que quer que ela estivesse planejando.

– Liga pra ela e marca uma consulta, aqui diz que ela é vidente. O máximo que pode acontecer é a gente sair de lá tirando uma com a cara da Madame Cleusa e descobrir o que foi que a Ambre encomendou pro meu irmão.- Contunuou. Ela tirou seu celular do bolso e me ofereceu.- Vai ser divertido, agora liga.

Peguei o celular avaliando se aquela doideira valeria a pena mesmo... Sinceramente não to botando fé nenhuma nisso e até estou com saudades de entrar em uma situação maluca com essas duas. Mas se vamos envolver Armin e eu nisso.... Não sei o que eu vou perguntar pra essa tal Madame Cleusa, e nem quero saber a resposta.

Mas por fim resolvi discar o número:

– Não to afim de fazer isso, qualquer sinal de picaretagem dessa Madame eu dou o o fora falou... Ah Alô, eu falo com a Madame Cleusa?... Ahn? Assim não dá em?... - Desliguei o telefone indignada.

– Ei! o que foi isso? Tá maluca!?- Perguntou-me Molly.

– Por que você desligou na cara da mulher, Magah?- Perguntou Heera em sequência.

– Em que universo uma vidente pergunta "Quem é?". Se ela é vidente no mínimo tinha que saber quem está do outro lado da linha. Se ela não consegue prever nem isso como vai prever qualquer outra coisa?- Eu disse sucinta.- Não passou segurança, não gostei!

Eu não sabia se elas estavam contendo a risada ou aquilo na cara das duas era dor de cólica. O que é, eu to errada? Vidente fajuta.

– Dá pra parar de dar a louca? - Molly tomou o celular de minhas mãos enquanto Heera dava risada da situação.- Me dá que eu mesma vou ligar.

Pensei em impedi-la, dizer que na verdade eu achava aquilo uma péssima idéia e que não seria bom sermos vistas entrando naquele antro do demônio. Mas elas sabiam que já entramos em lugares piores e que eu nunca dei a mínima pra o que os outros pensam e não seria agora que eu começaria a me importar. Por isso fiquei quieta deixando que ela ligasse.

– Oi, tudo bom?... Ah sim que ótimo. Não essa é a primeira vez que estou ligando, sim... Deve ter sido um número muito parecido com o meu, é existem muitas pessoas com falta de uma louça pra lavar ao invés de ficar passando trote por aí. Sim... Quero marcar uma hora... Não, vai ser com a vidente... Isso, as 16hr00min... - Ela olhou para nós buscando a confirmação. Heera animada com aquela nova armação assentiu afirmando e eu já estava planejando uma desculpa para aquele horário, mas ela nem precisou da minha afirmação pra voltar a falar - Ah, está confirmado. Beleza então. Tchau.

Molly desligou o celular satisfeita e me olhou sorrindo.

– Vai ser divertido, você vai ver.- Ela afirmou.

– Vamos dar muitas risadas tenho certeza.- Acrescentou Heera.

Não pude não sorrir com a tentativa falha delas de tentar me convencer. Elas não me dariam chance de não aceitar, então eu iria, mesmo que sem um pingo de fé que dali saímos alguma informação útil.

– Então Magah, você bem que podia usar aqueles ingressos que eu te dei em? Você só tem mais hoje pra ir no show no gelo. Aproveitar e dar uma beijocas, pegar aquele bofe que tá te dando o maior mole.- Heera bateu o ombro com o meu.

Eu tinha me esquecido completamente desses ingressos, li-os ontem e estava escrito que o tal show só era até hoje. Mas havia tanta coisa rondando minha cabeça ultimamente que nem me passou pela cabeça ir a esse show. Muito menos dizer a Armin sobre ele.

– Não sei não, não estou no clima sabe...

– Eu não acredito que você não vai aproveitar essa oportunidade, minha querida se joga! Bota a cara no Sol mona! Não tem como você não ir, depois da nossa consulta paranormal nós vamos te deixar uma deusa para ir ao seu encontro - Anunciou Molly toda empolgada em seu melhor dialeto homoafetivo.

Meus olhos se arregalaram assim que ela disse aquela palavra com "E".

– E-encontro? - Olhei assustada para as duas.

– Puta merda, Molly!- Exclamou Heera.

– Vish, foi mal galerinha...

Okay, se acalma Magah, ela não disse encontro, você já saiu várias vezes com ele, e nunca foi um ENCONTRO! Mas nunca sai com ele sabendo que sinto algo mais. Eu nunca sai com ninguém sentindo algo mais... Beleza, eu nunca foi oficialmente a um encontro, mas eu não vou me abalar, nem sei se vou... Meu deus! Um encontro... Incrível como as coisas mudam de perspectiva quando você descobre que sente alguma coisa por alguém. Mais necessariamente aquele Ser irritante.

– Não precisa se assustar, vai ser a mesma coisa de sempre, não vai mudar nada. Quantas vezes vocês já não sairam? Já até se beijaram. - Heera disse calmamente enquanto Molly concordava.

– Não sei se estou preparada...- Anunciei cabisbaixa.

– Como? Magah olha pra sua amiga mais linda aqui - Molly pediu-me e depois de revirar os olhos eu olhei.- Se você tivesse 15 anos outra vez eu poderia aceitar essa sua resposta ai, mas, como você já tem 20 anos, eu disse 20 anos senhor! Você não pode vir com essa pra cima de nós. Maturidade criança, vamos lá. Mostra essa mulher que mora ai dentro. Coloca esses hormônios pra funcionar, vê se não empaca de novo e cai dentro minha gata! Você é linda, poderosa, inteligente e talentosa. Não tem medo de barata, muito menos de um assaltante então como pode ter medo de um encontro? Ainda mais com um bofe que você afirmou estar apaixonada? Vamos sair desse mundinho seguro dos livros onde você habita e partir pra aventura que te espera aqui fora! E de uma coisa você não pode ter dúvida nenhuma, aquele cara que te olha com um carinho tão grande que não tem como não afirmar que ele está irrevogavelmente apaixonado por você. Então depois desse meu discurso inspirador digno de um Óscar, você ainda vai ficar com medinho de um simples encontro?

Um sorriso se alargava em meu rosto, Zeus eu tinha as melhores amigas do universo não tinha? Puxei Molly para um abraço junto com Heera.

– Obrigado.- Sussurrei as duas.

– Tem que agradecer mesmo, uma amiga igual a mim não se acha em qualquer lugar não! - Molly respondeu sorrindo e um pouco corada.

– Mas e ai, você vai não é?- Perguntou Heera esperançosa.

– Bom... Acho que vou, mas vocês vão me ajudar né? Já vi encontros muitas vezes em livros, Filmes, mas não tenho dúvidas de que na prática é bem diferente...

– Amiga, nós sempre te ajudamos, você que nunca notou - Respondeu Herra enquanto Molly levanta-se e tirava as sujeiras da parte de trás da sua calça.

– Vamos lá criançada, temos que passar na casa da TinkerBell pra pegarmos seu vestido de baile e depois aguardarmos a consulta.- Disse Molly.

Herra e eu nos levantamos, e seguimos Molly que parecia realmente muito contente consigo mesma e andava quase que saltitando pela rua. E eu estava com um pressentimento um pouco suspeito me rondando. Em relação ao encontro... Meu coração estava mais saltitante que Molly e meu cérebro teimoso estava tendo um séria crise de ansiedade. Visualizei aqueles olhos azuis cobalto, respirei fundo e afastei qualquer coisa que poderia acabar com a animação que eu estava disposta a sentir daqui pra frente.

– Ei Molly, o que foi que você deixou para a Abominável Ambre das neves mesmo? - Perguntei a caminho da casa de Heera.

Um lampejo de maldade cruzar seus olhos violetas e eu soube o que quer ela tenha feito foi muito bacana, infelizmente não para Ambre.

– Ah jovem Gafanhoto, você terá que aprender muito com a sua mestra antes de eu revelar meus truques...

– Que besteira, conta logo!- Mandou Heera.

– Só posso afirmar que foi um presentinho muito fofo...

POV Ambre.

– O que você acha desse vestido Mo?- Perguntei- Perguntei para Arthur que me olhava como se eu fosse uma deusa, coisa que eu sou. Admito.

– Está tão lindo como os outros 5 antes dele meu Bebê- Ele respondeu todo manhoso. Argh, essa manha está começando a me enjoar.

– Você disse isso a cada vestido que eu experimentei...- Revirei os olhos.

– É por que você é linda de qualquer jeito!- Contrapôs ele me puxando de encontro a seu peito forte. Tenho que admitir, esse homem é uma delícia.

Puxei-o para um beijo fervoroso colando cada parte do meu corpo ao dele e pressionando algumas partes em especial. Ele respondendo a mim Levantou-me facilitando para que eu envolvesse minhas pernas em seu quadril.

– Mas você fica ainda melhor sem ele.- Disse colocando me na cama e beijando meu pescoço.

– Ah chuchu, tendo você assim pra mim a hora que eu quiser faz até valer a pena aguentar a insuportável da sua irmã e as amiguinhas horríveis dela enchendo meu saco.- Ele levantou o rosto parando de me beijar. Quem mandou ele parar?

– Amor, não fala assim da Molly, ela pode ser um pouco inconveniente, mas ainda é minha irmã.- Disse ele franzindo as sobrancelhas.

– Vai ficar defendendo aquela nojenta? - Empurrei-o furiosa. Quem ele acha que é pra ficar defendendo ela assim? Se ele acha que vai ficar nessa a meu querido, você está muito enganado- Então sai de cima de mim, e nem pense em tocar em mim hoje a noite.

Virei o rosto mau humorada. Greve de sexo, a melhor maneira de punir um homem, dicas da mamãe.

– Não fica assim, eu sei que ela não é fácil, mas não é com ela que eu vou casar, é com você. - Ele veio para cima de mim e começou a me beijar, tentou né. Dessa vez não seria fácil. Defender aquela piranha da Molly na minha frente é o fim.

Senti algo cutucando minhas costelas, me fazendo cócegas.

– Para Arthur, não adianta fazer cócegas em mim que não vai adiantar- Disse mal humorada.
Ele levantou o rosto, franzindo as sobrancelhas e disse:

– Mas eu não estou fazendo nada meu bem...

– Como assim não está fazendo nada?- Perguntei mais furiosa ainda.- E quem é que está cutucando minhas costelas?

– Seja quem for, não sou eu.- Ele levantou da cama com as mão para cima. E nesse momento eu senti algo cutucar minhas costelas novamente.

– AHHHHHHHHHHH - Berrei pulando da cama caindo em cima dele.

– Se acalme, eu vejo o que é- Ele foi a te a cama, revirou os lençóis e tirou de lá o bicho mais repugnante do mundo.

– É só um ratinho, mas espere, por que ele está com um lacinho rosa no rabo?- Perguntou ele confuso.

Senti meu sangue esquentar e quando me dei por conta já estava berrando.

– MOLLYYYYYYYYYY! VAI TER TROCO SUA INFELIZ!

POV's OFF.

– Eita, minha orelha está tão quente...- Disse Molly derrepente.

Estávamos sentadas no quarto da Heera a mais de duas horas revirando seu estoque infinito de vestidos e sapatos. Elas estavam muito mais empolgadas com o meu encontro do que eu mesma. Sem contar que eu nem falei com Armin sobre o assunto, mesmo tendo a impressão de que ele não vai recusar.

–Esse vestido é bonito que aquele que eu te dei?- Perguntou Heera para nós.

– Não, aquele que você deu é a cara dela, esse florido é a sua cara. Não queremos que ela fique com a sua cara. Sem falar que pode ficar meio longo nela.- Respondeu Molly.

– Por que será que eu senti uma ponta de indireta.- Disse- Tá me chamando de baixinha?

– Não querida, to chamando de anã. Quer entender a indireta, entende direito.

Dei um soco em seu braço e ela gemeu de dor massageando o braço.

– Ah mão de pedreiro, tenho dó do Armin quando ele casar contigo.- Disse ela- Ele vai sofrer.

Heera que estava com metade do corpo dentro de seu guarda roupa resolveu opinar também:

– Eu acho que ele sobrevive muito bem, ele já mora com a gente, não deve ser muito diferente. A parte ruim ele já sofre que é apanhar dela, só falta a parte divertida!- Ela rebolou quando disse a última parte... como se ninguém tivesse entendido o que era essa "Parte Divertida".

– Recomponha-se Heera, e quem tá falando em casar? Pelo amor de Deus gente, eu não tenho nada ainda com ele... parem de planejar o que nem aconteceu! - Disse aborrecida. Casamento? Eu nem namorei, quanto mais casar.

– Uhh você ouviu? "Não tenho nada AINDA com ele" senti a expectativa ai nadando nessa frase, casar é a sequência dos fatos e como você é meio lenta nesses assuntos assuntos vamos te dar um empurrão pra você ir logo. -Afirmou Molly.

– Cala boca...-Retruquei emburrada.

– Ahhhh olha esses saltos vermelhos de fivela? Me diz se não vai ficar um arrazo com o vestido dela!!- Exclamou Heera com um salto de 30 centímetros nas mãos.

– Eu não uso isso ai nem morta! Se eu já sou desastrada de tênis imagina com um salto mortal desses dai! Você quer que eu quebre meu pescoço é? -Discordei da sugestão dela para calçados.

Ele me olhou com descrença total.

– Como você pode rejeitar um Louis Vuitton? Você vai calçar eles nem que eu tenha que cola-los no seu pés com cola permanente! Salto mortal, não tem nem 15 centímetros! - Ela que estava com uma expressão furiosa mudou em um piscar de olhos para a bondosa de sempre- Eles vão ficar perfeitos em ti, se ele já gosta de você assim, imagina produzida- E voltou a se enfiar no guarda roupas.

– Garota bipolar- Sussurrei para Molly, e ela balançou a cabeça concordando.

– Quando ela te chama de mulambenta você nem dá bola, agora se eu te chamo de Hobbit...- Ela revirou os olhos.

– Ei, já não está na hora de nós irmos a Madame Macumbeira não? - Perguntei olhando-a as horas no celular e ignorando Molly.

Heera tirou a cabeça do guarda roupas e pegando uma grande quantidade de peças pôs em uma sacola de papel com nome de uma grife qualquer estampada na lateral e enfiou tudo na mesma juntamente com o sapato do Diabo.- Vamos logo, já peguei tudo o que precisava, depois da consulta nós vamos direto pra casa dos seus pais Magah para te deixar deslumbrante.

Segui as duas pela escada da casa de Heera tentando não cair de cara e quebrar um dente pela velocidade em que íamos. Na sala de estar se encontava Maurício, padrasto de Heera que estava concentrado em um programa de teve que não tive tempo pra identificar. A tia Rose, mãe dela estava em algum ponto não visível já que eu não pude avista-la.

– Tchau Mãe, Maurício, volto mais tarde- Anunciou Heera atravessando a porta.

– Até mais- Dissemos Molly e eu em uníssono.

– Voltem outro dia garotas! -A voz da Tia Rose veio de algum lugar de dentro da casa.

E lá fomos nós em busca de previsões fajutas, yuupi!

Armin POV ON.

– Senhorita Fontaine, sabe onde a Magah foi?- Perguntei a Mãe de Magah que se encontrava atrás da casa cuidando de uma pequena horta.

Ela passou uma mão enluvada suja de terra no rosto e me olhou tampando o sol das vistas com a mesma.

– Own, que bonitinho. Não precisa me chamar de Senhorita Fontaine, somente Clare ou Dona Clare, mas é o mais formal que eu permito. Apesar de eu ter me sentido lisonjeada com o "Senhorita", tecnicamente eu teria que perder uns dez anos para ainda ser classificada assim.- Ela respondeu sorrindo- A Magah saiu logo de manhã, disse que iria se encontrar com as garotas. Ela é tão apegada a elas... E pelo que percebo a você também.- Ela me lançou um sorriso sugestivo ou será só impressão minha?

– Eu devo muito a elas, principalmente a Magah, gosto muito dela como amiga...- E não somente como amiga, quis acrescentar e desviei o olhar.

Dona Clare levantou-se de seu canteiro onde estava ajoelhada e tirando as luvas uma por vez fez um gesto para que a seguisse até sua pequena varanda com detalhes brancos e azuis.

– Sente-se - Ela indicou uma cadeira ao seu lado.- Não querendo ser entrometida nem nada meu bem, mas eu posso vem em seus olhos e no modo em que você a olha que não é só amizade que sente por ela.- Olhei-a surpreso, de modo algum eu poderia subestimar aquela senhora com um rosto inocente e ao mesmo tempo incoerente tão parecido com o da pessoa que eu tanto amo.

– Dona Clare meus sentimentos por ela são os melh...

– Sim, sim. Eu imagino que seja. Não duvido disso meu querido. Só queria dizer que eu sei que a Magah pode ser insuportavelmente teimosa quando quer e que ela tem a péssima mania de encobrir seus sentimentos geralmente com sarcasmo ou agressão, mas eu quero que saiba que se ela está agindo assim com você, bom meu rapaz, você está no caminho certo.- Ela contou-me tudo isso com o queixo apoiado na mão e um sorrisinho estampado no rosto.- Eu fiz a mesma coisa com Henry, só que coloque na conta mais dois irmãos mais velhos servindo como meus guarda costas... Pois é, meu Henry teve que ter bastante paciência e eu diria que uma bela força de vontade também pra não desistir de mim. E como eu agradeço por isso.

– Então meu bem, encurtando um pouco a história eu queria te dizer que eu nunca, em toda a minha vida com aquela garota vi ela olhar pra alguém do modo que ela olha pra você, simplesmente nunca vi. - Continuou ela.- conheço muito bem as manias dela e mesmo que ela tente esconder. Ela sente algo por ti. Oh meu Deus, eu estou aqui denunciando minha própria filha, mas só Deus sabe o quanto eu sonhei que ela arrumasse alguém de bem. E meu querido, eu só te peço que não desista dela. Por mais marreta que ela seja um dia ela vai se tocar do que está em cima daquele narizinho dela. E posso apostar que não vai demorar muito. - Ela terminou sorrindo.

Retribuí-lhe o sorriso. Agradecendo o que ela me disse. A Magah realmente pode ser incrivelmente marrenta quando quer. Mas a muito ela deixa transparecer que sente algo por mim. Se o que ela sente está nas mesmas proporções do que eu sinto por ela... eis a questão. Mas se não estiver eu vou fazer ficar. Tudo o que eu precisava saber eu já sei. Ela sente algo por mim...

– Obrigado Dona Clare, uma coisa eu posso jurar para a senhora, eu nunca vou desistir daquele temperamento marrento, nem que ela aplique todos os golpes de Aikido que ela sabe em mim. Tudo que eu puder para ver aquele rosto corado e também para deixá-la feliz eu irei fazer.

O sorriso dela se expandiu um pouco mais e ela se virou para olhar seu jardim.

– Ainda bem querido, pois eu posso não ter dado irmãos para ela, mas não subestime o poder de uma mãe irritada com irmãos a tira colo e um pai metido a atirador. Ele nunca acertou um alvo, mas quem sabe se ele tiver um bom incentivo ele acerte não é mesmo? - Ele piscou um olho castanho para mim.- De onde você acha que ela herdou aquela mão pesada?

Eu engoli a seco, mesmo que a possibilidade estivesse fora de questão, era bom eu me manter atento.

Derrepente uma cena cruzou minhas retinas, um garotinho de mais ou menos 5 anos correndo até mim gritando algo incompreensível enquanto sorria. O flesh foi embora tão rapidamente como veio e eu me senti um pouco desnorteado.

– Querido? Está se sentindo bem?- Perguntou-me Dona Clare preocupada colando uma mão em meu rosto- Está pálido e gelado, venha vou fazer um chá, Você se sentirá melhor.

– Eu estou bem Dona Clare, não precisa se preocupar.

– Não discuta comigo, venha, entre.

Resolvi não contrária-la e a segui até dentro de casa. O mal estar havia passado, mas a sensação de que eu reconhecia aquela cena não.

POV's Off.


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Notas finais do capítulo

Então, ansiosos para ir para o próximo capítulo? Esperem! Falem comigo ♡ me deixem feliz ♥



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