A Neve Sobre Estrelas escrita por magah


Capítulo 20
Nada é por acaso.


Notas iniciais do capítulo

Eeeeh galera, férias! Quem vai viajar? EU, mas não vou abandonar vocês, juro juradinho.

Nem preciso pedir desculpas pela demora, mas além do bloqueio criativo, eu estava com uma tonelada de trabalhos para fazer kkk Queria agradecer a todas que deixaram um comentário ou uma recomendação no último capítulo (AAmei a recomendação viu?) Isso me incentivava muito mesmo.
Pronto, parei de falar (Ou digitar '3'). Vamos, leiam e não esqueçam de me dizer o que acharam!! Amo vocês ♡



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– Deste dia em diante, Eu. Magali Fontaine, prometo a mim mesma JAMAIS colocar sequer uma gota de álcool na boca.- Prometi enquanto encarava o reflexo no espelho com os cabelos ainda desgrenhados e as olheira que antes não eram assim tão profundas. Talvez elas estejam combinando com a profunda ressaca que estava sentindo, juntamente com a minha vergonha e a falta de memória recente. O que só confirma que a bebedeira foi além do normal.

Mas eu não precisava de muito pra adivinhar o que tinha acontecido...

– Arghhhhhh! - Bati as mãos na pia do banheiro para extravasar a frustração me arrependendo amargamente quando logo em seguida a dor veio.- Aii, grande idéia. Como se bater a mão na pia fosse melhorar meu dia.

Mas o pior de tudo é não se lembrar de quase nada, digo quase pois, vez ou outra alguns flexes momentâneos me vêm a mente com alguma cena do Armin e eu dançando com mariates ou outros com ele me beijando... Mas não me lembro de nada além disso, e essa falta de memória está me corroendo! Ai que vontade de gritar!

Mas eu vou saber o que aconteceu, eu vou! Só tenho que parar de pensar nos braços dele me envolvendo e em seus lábios macios... Argh, pare!! Eu estou tentando não pensar, mas não consigo... já vi que esse dia vai ser longo.

FlashBack on

Merda!

Olhei ao redor percebendo a zona em que me quarto se tornara, apesar de ele não ser o exemplo da organização aquilo estava anormalmente bagunçado. Eu me encontrava no chão, meu edredom estava no chão, meu travesseiro estava no chão, Armin estava no chão... minha cara estava no chão.

– Mas que porr...- Resmunguei.

Fixei o olhar na outra parte do meu pijama, aquela que devia estar no meu corpo, aquela que estava pendurada no ventilador de teto. Minha nossa Senhora da Marguerita, se você existir, eu te odeio muito, mas muito mesmo!!

Ainda processando o ocorrido e forçando meu cérebro a relembrar algo da noite anterior escutei um som estridente que fez minha cabeça girar, no princípio não identifiquei que diabos seria aquilo, talvez pela confusão matinal ou pela minha ressaca evidente, mas quando o som voltou a soar eu percebi com pânico que era a maldita campainha.

MERDA, MERDA, MERDA! - Continuei praguejando até me levantar tropeçando no cobertor e batendo o cotovelo na cama sentindo aquele choque terrível - Merda! - procurei entre as gavetas alguma camiseta enquanto tentava passar a cabeça pelo buraco da manga, novamente a campainha voltou a tocar e eu acabei tropeçando em Armin que continuava a dormir com um sorriso no rosto, se não fosse por isso poderia cogitar a possibilidade de coma alcoólico. COMO ELE PODIA DORMIR ASSIM? Olha essa campainha!

Meu santo senhor da bebedeira, quem será que toca a campainha uma hora dessas? Uma voz irritante dentro da minha cabeça zonza que havia enfim acertado o buraco certo de onde enfiar a cabeça na camiseta disse " Talvez seja os seus pais sua RETARDADA"... bom, ai eu comecei de verdade a entrar em desespero!

– Acorda demônio! - Berrei enquanto chutava com nenhuma delicadeza as costas de Armim e saia correndo para atender quem estava com o dedo nervoso na campainha já que devia ser a décima oitava vez que estava sendo tocada. Não esperei que Armin saísse do meu quarto, mas eu tinha certeza que ninguém normal dormiria depois de eu ter quase fraturado sua costela com meu chute.

– JÁ VAI!! - Gritei tentando descer as escada e arrumar a juba ao mesmo tempo sem sair rolando, quando cheguei enfim a porta meu coração estava na goela e eu esperava não aparentar estar com uma cara de "fiz merda" tanto quanto eu imaginava.

Segurei a maçaneta e rezei pra qualquer um que estivesse de plantão pra que eu me safasse dessa. Fiz minha melhor cara de inocente, prendi a respiração e abri a porta...

Assim que vi aquelas duas criaturas que eu chamo de amigas me desejarem feliz natal com todo o entusiasmo do mundo pude soltar o ar que estava ardendo em meus pulmões. Prometi mentalmente que eu seria a primeira a chegar na igreja no próximo domingo.

– Que cara é essa querida, parece que foi atropelada por um trator - Constatou Molly quando olhou direito pra mim.

– Ei, você viu a cara de dor de barriga que ela estava fazendo quando abriu a porta, alguma coisa está muito doida - Completou Heera me analisando também - Menina que camiseta é essa ao contrário? Virou moda e eu não sabia?

Revirei os olhos ignorando as duas enquanto um leve sentimento de alívio chegava até mim, melhor elas duas me analisando que meus pais.

– Parece que acordou as pressas, meu bem, eu sei bem que você não é de acordar cedo, mas já vai dar 12h:00min. A noite foi boa?

Arregalei o olhos enquanto sentia o rosto esquentando e voltei-o para o outro lado com o intuito de disfarçar a vergonha. Quando meu rosto parou de corar olhei para as garotas de canto de olho e percebi que as duas encaravam um ponto atrás de mim e depois voltavam o olhar pra o meu rosto. Então elas faziam um cara de quem está tentando ligar os pontos ou resolvendo um quebra cabeça não tão difícil de resolver, mas que precisava de certa concentração.

Virei-me para ver o que era que as duas tanto encaravam torcendo para não ser o que eu imaginava que seria. BINGO. O Armin descendo as escadas sem a droga da camisa do pijama, com o cabelo desgrenhado para combinar com o meu que estava um ninho, enquanto uma mão segurava um ponto atrás das costas. Quase me senti culpada, quase.

NINGUÉM MANDOU ELE NÃO ACORDAR, quem mandou ele dormir no meu quarto, quem mandou ele me deixar beber que nem uma louca... e ainda desce pra ajudar na paisagem. Poxa... Meu humor não está muito legal hoje. E eu sei que estou sendo um pouco injusta, eu devia ter me controlado, mas eu posso culpar ele só um pouquinho não é?

Olhei pras duas e me perguntei por que elas estavam demorando tanto pra decifrar o que provavelmente tinha acontecido. É óbvio que eu iria contar as duas sobre o ocorrido, só que antes eu queria ter absoluta certeza do que havia acontecido.

Quando percebi que Armin vinha até mim, peguei a maçaneta e fechei a porta com um evidente desespero. Eu realmente não queria conversar isso com as garotas agora e com ele, portanto teria que explicar de uma forma superficial e depois esganar Armim... aliás tenho que esganar a mim também.

– Desembucha garota -Disse Molly com uma expressão de pura curiosidade, eu não duvidaria que elas já tivessem algo em mente, provavelmente só estão esperando o meu depoimento para o veredito. - Qual foi a merda que você fez pra estar com essa cara?

Herra ao lado dela estava com os braços esperando que eu abrisse a boca.

– Vou ser bem rápida, não quero julgamentos, só o meu basta... Nada de sermões longos, pois meus pais logo vão chegar - Respira. - saímos ontem, eu bebi alguns copos de marguerita, não me lembro de nada, acordei com Armin me abraçando no chão do meu quarto com a minha blusa do pijama jogada no ventilador de teto. E agora eu estou bastante P da vida comigo mesma. Primeiro, por não lembrar de nada. Segundo, por ter perdido o controle com a marguerita e provavelmente com Armin também, terceiro... eu nem me lembro se tranzei!- terminei sentando-me no batente da porta e segurando a cabeça com as mãos.

Heera sentou ao meu lado, pôs um braço sobre os meus ombros daquele jeitinho todo compreensível dela. Levantei o olhar para Molly que me lançava um olhar com misto de incredulidade com malícia nível 100.

– Ah caramba, acho que a cobra da Amber pôs algum troço alucinógeno no meu café... Vou dar na cara daquela nojenta, por que isso que eu ouvi aqui só pode ser alucinação - Disse Molly.- Não dá pra imaginar isso de você Magah... caramba que orgulho! - Ela parecia feliz com aquilo, realmente, como se fosse algo muito bom.

Encarei-a cogitando a ideia da Amber realmente ter colocado algo no café dela, algo pesado. Onde isso que aconteceu comigo é motivo de orgulho?

– Você fumou? -Perguntei incrédula

– Não que eu lembre, e não sou eu que aparentemente estou com problemas de memória aqui - Ela disse erguendo as sobrancelhas. Revirei os olhos sabendo que não deixava de ser verdade.

– Mas agora é sério flor. Vamos botar a cabeça pra pensar, o que aconteceu não é algo muito incomum pra grande maioria da população, mas pra você é sim. Então vamos levar a sério né Molly - Heera lançou um olhar repreensivo pra Molly.- Você claramente está com uma ressaca das boas, mas você lembra de alguma coisa?

Eu adoro a Heera, muitas vezes quando tudo parece bagunçado de mais pra minha cabeça suportar ela sempre dava um jeitinho de organizar com calma e serenidade. Mesmo que agora eu me sinta como uma criança que fez besteira e que agora precisa de ajuda pra arrumar a bagunça, eu sei que ela só quer ajudar. Até mesmo Molly do seu jeito meio distorcido também está nessa.

– Não me lembro de muita coisa, e pra falar a verdade me lembro de nós dois dançando com um grupo de mariates enquanto ao fundo tocava Mariah Carey em um ritmo muito animado e latino. Depois disso só lembro de estar beijando Armin - Em diversos lugares aliás - Mas nada depois disso.

As duas se entreolharam por um tempo, e como que por telepatia chegaram a um consenso. Olharam pra mim e Molly descidiu falar.

– Por mais que me doa dizer isso, pois eu queria muito ver como isso ia acontecer. Você tem que entrar agora, conversar como a adulta que você finge ser, esclarecer tudo, oficializar logo esse namoro de vocês e depois ligar para nós - Ela sorriu afetadamente- não necessariamente nessa ordem.

– Foi isso que vocês combinaram pra me dizer, mesmo?

– Provávelmente a Molly acrescentou mais algumas coisas, mas a primeira parte é o certo a fazer- Heera respondeu- Agora anda, vai fazer logo o que te dissemos, e vê se dá uma passada no toilette antes pra dar um tapa no visu. Mas agiliza, pois seus pais não devem demorar para aparecer.

Torci a boca com desagrado, sabia que estavam certas, pelo menos referente a parte em que deverias esclarecer tudo. Mas eu estava com vergonha só de pensar, isso porque eu não me considerava uma garota tímida, envergonhada nem nada disso. Vou ter que rever isso. Acho que vou passar na cozinha, jogar farinha de trigo na cara pra disfarçar o rubor.

– Okay - Respondi enfim- mas não "Okay" para a parte de namorar...

Dei um abraço em cada, agradeci e disse que depois passaria na casa de alguma para filar a boia. Só então tive que encarar a porta e abri-la.

Esquadrinhei a sala de estar, nenhum Armin à vista, nada na sala de jantar também e fui para o banheiro antes que corresse o risco de me encontrar com ele.

Flash Back OFF.

E é assim que se começa um dia com estilo, desvirei a camisa e depois de deixar a juba apresentável sai do banheiro.

Segui para cozinha e parei um passo antes de entrar quando senti um cheiro de queimado. Meu deus, ele quer botar fogo na casa! Em meio a fumaça consegui alcançar as janelas para que a fumaça saisse e o oxigênio entrasse. Só então enxerguei Armin com uma espatula na mão e com cara de culpado a um metro de distância do fogão. Provávelmente achei alguém pior na cozinha que a Molly e a Heera juntas.

Me aproximei, tirando a fumaça do rosto com a mão enquanto observava o fogão tentando decifrar o que é que ele carbonizou. Com o canto de olho percebi que ele observava minha caminhada. Deus, aquilo era um pedaço de baicon? Olhei bem para o carvão e encarei Armin.

– Café da manhã... - Ele sorriu envergonhadamente como se pedisse desculpas pelo olhar- Ovos fritos...

– O-ovos? - Inacreditável, cai na gargalhada não acreditando que alguém poderia fazer um ovo virar carvão, um carvão que era mais próximo de um baicon do que de um ovo em si. Puxei uma cadeira para que pudesse me sentar e minha barriga parasse de doer. Ele me olhava com ressentimento e eu estava pouco ligando para isso.

– Eu tentei...- Ele jogou a espatula na pia e seguia para a sala. Puxei-o pelo braço, me recompondo da crise de riso. Não queria que ele ficasse tão chateado, foi até gentil ele se voluntáriar a fazer o café, só não é muito seguro alguém que nunca ligou um fogão querer dar uma de mestre cuca.- Espera, senta ai que eu faço o café. Valeu por ter tentado.

Sorri agradecida e ele melhou a cara de emburrado. Enquanto a conversa com as meninas rondava minha cabeça, agradeci por não ter ficado nenhum clima estranho entre nós depois de ontem, mesmo que eu não me LEMBRE de muito coisa. Por que se estivesse seria muito pior a conversa que eu pretendia ter com ele.

Comecei a procurar os condimentos para minha omelete notei que a cozinha estava uma zona, muita coisa fora do lugar e muitas embalagens abertas jogadas por todos os cantos, com certeza eu não havia deixado a cozinha assim ontem.

Ele me observava com curiosidade enquanto eu picava os legumes e depois batia junto com o ovo já mexido. Quando já estava na frigideira sentei-me de frente para ele pensando como eu começaria a conversa.

– Eu não sabia que você cozinhava - Ele comentou- Por que nunca cozinhou antes?

Estava ainda destraida tentando achar as palavras e quase não entendi a pergunta que ele me fez.

– A Vó-Char sempre cozinha para nós, mas quando é necessário e quando eu tomo vergonha na cara eu cozinho um pouco, além de minha mãe ter me ensinado grande parte do que eu sei, eu adoro progamas de comida e quando se gosta disso você acaba aprendendo de uma forma ou de outra.

Me levantei para não deixar a omelete queimar, e decidi não prolongar mais a conversa. Seria agora que eu tiraria aquela história a limpo. Coloquei a omelete nos pratos empurrei um pra ele e enquanto ele provava com um sorriso no rosto.

– Então Armin, como foi que nós paramos no chão do meu quarto semi-nus?

Quando ele começou a engasgar eu pensei que fosse fingimento... isso até ele começar a ficar vermelho. Corri até ele e dei um tapão em suas costas, e quando ele voltou a respirar novamente eu me acalmei e voltei para o meu lugar esperando a resposta.

– Agora minha cabeça parece que vai explodir de vez- Disse ele.

– O nome disso é ressaca, agora me responde.

Ele espero um pouco antes de responder, elevando minha ansiedade a outros níveis.

– Eu não me lembro de tudo com muita clareza, mas sem duvidas bebi menos que você. E antes me conta o que você acha que nós fizemos?- ele me olhou de uma forma bem curiosa.

Fiquei vermelha e brava ao mesmo tempo, eu não iria dizer nada sem antes ele me contar o que sabia.

– Não vem não, eu te perguntei primeiro.

– Ok, estou de bom humor, eu digo.

– Acho bom!

– Depois que você dançou com os mariates mais ou menos duas horas, nós fomos para um karaoke de um senhor asiático que não foi muito com a sua cara, depois bebemos mais, caminhamos por ai e quase fomos assaltados, mas você deu um bolsada no assaltante e depois quebrou a mão dele com algum golpe muito desengonçado que você não parava de repetir ter aprendido na aula de defesa pessoal. Viemos para casa, você tentou fazer um anjo de grama no jardim, assaltamos a geladeira e tudo que fosse doce, você até mesmo achou o esconderijo dos bolinhos do seu Pai. Depois fomos pro seu quarto. O resto eu deixo por sua conta.

Eu ainda estava processando tudo aquilo que ele estava dizendo... Meu Senhor, eu voltei ao karaoke do Sr. Wong... Eu prometi que nunca mais voltaria lá depois de uma noite meio louca com as garotas depois da formatura. Mas espera um pouco. Parei de devanear um instante e percebi que o cretino não me contou o que eu mais queria saber!

Fuzilei-o com os olhos querendo faze-lo engolir a maldita camisa do pijama que ele deveria estar usando e com toda a indignação que eu sentia disse:

– Como assim "O resto eu deixo por sua conta", você não tem medo da morte não? Como você pode me dizer isso! Eu exijo que você conte! Eu não fiquei imaginando mil situações pra você não me esclarecer tudo no final, que sacanagem! Me segura senhor, que eu estou prestes a dar uma na cara desse infeliz!

Ele começou a rir da minha reação, fechei a cara e abaixei a cabeça olhando para o outro lado da cozinha, o pior de tudo era que a todo momento eu materializava o que provavelmente aconteceu conosco. Fechei os olhos e franzi as sobrancelhas irritada com minha própria imaginação.

– Uma moeda por seus pensamentos.- Comentou ele. Eu ainda estava de olhos fechados, recusando encara-lo.

– Nem por um caminhão de modas eu te contaria meus pensamentos...-Respondi irritada.

– Agora eu fiquei curioso, que tipo de pensamentos indecentes você está tendo Maginha.-Ele continuou a me provocar

– Indecente é a sua consciência seu pervertido. E não me chame assim!

– Está bem Amor- Contunuou provocativo.

– E nem assim!!- Berrei irritada. Realmente esse negócio de conversar com dois adultos não estava indo muito bem.

– Ontem você não se incomodou quando eu te chamei assim.

– Ontem eu estava bêbada!

– Ok, então eu vou tomar banho -Anunciou ele repentinamente se levantando.

O que? Ele não poderia me deixar assim! Ele NÃO vai me deixar assim, partindo para tática ultra secreta em três, dois, um...

– Armin... Por favor...

Fiz com que meus olhos lacrimejacem bastante para surtir o efeito desejado, mordi o lábio inferior e mantive na mente a imagem do gato de botas fazendo aquela carinha irresistível.

Ele arregalou os olhos e depois franziu as sobrancelhas. Já está no papo, pensei. Ninguém resiste a essa tática.

– Seja lá o que você esteja pensando, não vai dar certo - Ele virou-se novamente para a porta.
Que? Como assim? Ele é imune ao meu golpe secreto? Acho que o subestimei... Desmanchei minha carinha de gato de botas e coloquei a cabeça na mesa, pois é, estou me dando por vencida... isso até eu perder a paciência e arrancar o que aconteceu dele a base da tortura física.

– Ei - Escutei a voz dele vindo da minha frente e me recusei a olha-lo.

– O que você quer? Vai tomar seu banho Mister. Toalha.

– Olha pra mim- Pediu ele.

– Não to afim.

– Pára de teimosia, Magah.

– Minha teimosia é meu charme, não dá pra parar...-Mesmo dizendo isso olhei-o. Provávelmente ele havia parado de frescura e talvez me contasse o que houve. Olhei em seus olhos e esperei que ele começasse a falar.

– Ontem foi uma noite muito boa, mas não do jeito que você está imaginando.

– Não estou imaginando nada...- Ele me lançou um olhar de "Sério? Vai continuar com isso"- Tá bom, imaginei sim, mas é claro, o que se pode pensar quando se acorda daquela maneira.

Ele sorriu e balançou a cabeça fazendo seus cabelos nada arrumados se desorganizarem mais.

– Concordo, apesar de ter dormindo muito bem, acordar com alguém chutando as suas costelas não é nada confortável -Se ele espera que eu peça desculpas está redondamente enganado.- Podemos ter nos beijado algumas vezes - Ele quis dizer varias vezes, por que disso eu me lembro- mas que eu me lembre não passamos disso.

Pra tristeza das meninas e pra minha alegria eu não fiz nada de tão grave! Bom, isso é o que ele disse... olhei-o com desconfiança, mesmo sabendo que ele não é nenhum canalha eu tinha que olhar em seus olhos para ter certeza absoluta.

Ele percebeu que eu o analisava e eu quase percebi um pouco de magoa, mas eu precisava ter certeza...

– Magah, eu nunca faria isso com você - Ele começou a me explicar olhando no fundo dos meus olhos. Como assim ele não faria? Tipo, tudo bem que eu não queria ter feito, mas parece meio que uma rejeição...- Quer dizer, eu não faria isso sem que nós dois estivéssemos sóbrios e completamente cientes do que estivéssemos fazendo. Nenhum de nós dois nos sentiríamos bem depois, e não seria certo acontecer assim. Mas isso não quer dizer que eu não queira...- Ele corou um pouco ao dizer isso.

Até me senti um pouco mal de duvidar dele, mas me senti contente ao saber que ele pensava daquela forma, por isso eu sorri, não um sorriso sarcastico, nem provocativo. Foi só um sorriso sincero, de agradecimento até.

– Obrigado, me sinto melhor agora...

– Não precisa agradecer - Ele veio até mim e depositou um beijo em minha testa- agora eu vou mesmo tomar banho, e obrigado pela Omelete, estava uma delícia.

Repassei a conversa mentalmente depois que ele se foi, e até que ocorreu tudo bem... mas espera, como foi que minha camiseta foi parar no ventilador?

Heera Pov On.

– Como você acha que ela está indo?- Perguntei a Molly enquanto seguimos para sua casa sem nenhuma pressa.

Ela andava no meio fio da rua tentando se equilibrar.

– Provávelmente meio mal, mas ela dá um jeito. De qualquer maneira, ela sempre pode fazer aquela carinha de cachorrinho que caiu da mudança e arrancar a informação dele. Duvido que ele resista.

– É, ele gosta muito dela, e agora dá pra perceber que ela não está mais conseguindo manter aquela fachada de durona que ele tem e está deixando o amor transparecer.- Comentei com doçura, nunca torci para um casal tanto quanto torço para eles. Nem quando Brad Pitt casou com a Angelina Jolie.

– Realmente, o difícil vai ser faze-la admitir que gosta dele em voz alta, ou seja outra batalha para o Sir. Armin vencer. Eu aposto que ela quebra alguma parte do corpo dele antes de admitir isso.

– É bem provável, mas você acha que eles... você sabe?- Perguntei um tanto encabulada. Ela me olhou e balançou a cabeça.

– Que eles foram para os finalmente? Eu não apostaria uma mecha do meu lindo cabelinho nisso. A Magah, mesmo bêbeda não faria isso, ela não fez até agora então eu duvido que ela vá fazer numa situação dessas. Foi uma luta fazer com que aquelas duas múmias se beijassem, acho que vai ser mais difícil que eles façam isso agora. E além disso está cedo ainda.

Tive que concordar com ela, a Magah por mais que não admita é muito mais romântica que eu, é viciada em filmes de comédia romântica e se você não achar um desenho dela que tenha um fundo romântico, simplesmente não é dela. A garota suspira por pequenas demonstrações de amor, como beijos roubados e abraços repentinos. Nem eu sou assim. O problema é que ela parece ter medo de relacionamentos, toda vez que aparentava estar gostando de alguém ela se fechava em um casulo, recusando a se libertar e a amar.

– É, mas ela nunca gostou de alguém assim, lembra no começo quando ela dizia ter tido uns sonhos com ele, isso antes mesmo de encontrá-lo? - Relembrei.

Ela fez uma careta do tipo "É eu lembro".

– Foi meio bizarro, mas logo depois ela achou ele e eu fiquei tipo, meu Senhor ela é vidente?- ela deu risada quando disse isso.

– Eu acho que eles estavam predestinados, era o destino dela achar ele.-Disse sorrindo, e eu acho realmente que seja isso, não acho que poderia ser apenas coincidência.

– É, quem sabe... coincidência é o que não foi.- Ela concordou.

Estávamos chegando a casa da Molly, geralmente era um lugar muito agradável, o irmão dela era um amor e muito estudioso. Bom, só passou a ser desagradável quando a Amber fez alguma macumba pra amarrar ele, por que não é possível ele goste mesmo dela.

Molly parou de caminhar e começou a farejar o ar, suspeitei mesmo que minha amiga estava enlouquecendo.

– Está sentindo? - Ela farejou o ar novamente- Cheiro de perfume barato e piranha fora d'agua.

Observei Amber sair da casa mais enfeitada que carro de escola de samba, essa mulher era uma afronta a moda, é até poluição visual. Ela parou de rebolar quando nos viu e olhou para nós erguendo aquela sobrancelha fina dela, depois começou a vir até nós.

Preparei meu nível de tolerância e estampei um sorriso forçado no rosto. Eu seria civilizada aqui, a época em que ela me tirava do sério está no passado.

– Olha quem veio dar o ar da desgraça- Molly disse assim que ela parou em nossa frente. Não pude conter o riso, não sei de onde Molly tira tanta criatividade para ofensas.

– Ha Ha!- Ambre sorriu sarcasticamente- Péssimo dia cunhadinha e olha quem temos aqui, mas não é a ex-Quatro olhos.

Decidida a ignorá-la, coloquei minha melhor mascara de indiferença e olhei para o outro lado.

– O que você vai fazer Amber? Sair pra pastar um pouco? -Provocou Molly.

– Se você quer saber, vou sair com o meu chuchu para comprar um vestido lindíssimo para o réveillon -Ela anunciou isso como se fosse a nova indicada ao Óscar. E eu tive que rir, só de imaginar o horror que seria passar o réveillon com a Amber, é promessa de desgraça o ano inteiro. E que tipo de apelido ridículo é Chuchu?

– Está rindo do que? Contei alguma piada por acaso? A eu esqueci que a piada é a sua vida amorosa, não é?- Ela prosseguiu como se realmente estivesse me atingindo em alguma coisa.

O comentário ácido dela só me fez voltar meus pensamentos para o homem que me esperava em Chicago, que por muitas vezes me fez ficar irritada para logo depois me fazer ficar louca de tanta paixão. Somos os dois muito marrentos e isso nos faz bater de frente quase todas as vezes, só para depois nos reconciliarmos da melhor maneira possível. Acho que nunca gostei tanto de alguém...

Por isso eu me permiti jogar um pouquinho na cara dela o meu status de apaixonada.

– Você não poderia estar mais enganada, querida - Rebati a provocação dela.

– Hum... quer dizer que você se arrumou foi quatro olhos? Quem foi o imbecil que te quis. Ele só pode ser muito retardado.

Claro, eu estava decidida a não responder as provocações, isso até ela ofender o Castiel, bom... só senti o sangue subir e agora não tem como me segurar.

– Ihh, agora já era - Disse Molly sorrindo perversamente olhando para nós duas, prevendo o que iria acontecer. Ela sabe que eu me mantenho calma o quanto posso, mas não me provoca...

– Olha aqui sua aberração da natureza, veja bem como fala do meu namorado, pois diferentemente de você eu não amarrei meu namorado pelas mãos da Mãe Cleusa, ou de qualquer outra macumbeira que você achou no beco de onde você rodava sua bolsinha.- Era muito provável que meu rosto estivesse muito vermelho de raiva e eu desatinei a falar não ligando pra nada.

Ela arqueou as sobrancelhas surpresa com minha reação. Se ela pensa que eu sou aquela mesma garotinha insegura que ela importunava ela não poderia estar mais enganada.

– Olha quem resolveu se rebelar, eu não fiz nada para o Arthur além de jogar meu charme sua vaca.- Ela respondeu aumentando a voz.

– Cala boca sua Porca anoréxica, você jogou foi o nome dele no mel, fez café coado na calcinha ou qualquer outra macumba barata dessas pra prender meu irmão- Molly foi dizendo enquanto cutucava o peito de Amber fazendo-a dar um passo para trás a cada cutuque.

Agora o rosto de Amber já não demostrava aquela confiança toda, mas sim raiva. Ela olhou para trás e viu que Arthur estava saindo com o carro da garagem. Puxou a blusa mais para baixo fazendo com que seus seios fajutos quase pulassem para fora e disse:

– Isso vai ter volta suas pragas, me aguardem!- E mudou a fachada de bruxa para a santinha do pau oco assim que Artur estacionou ao nosso lado.

– O que está acontecendo aqui, amor?- Perguntou ele pela janela do carro.

Amber rebolou até o outro lado do carro lançou o melhor olhar de cachorra perversa que ela tinha no estoque e entrou no carro batendo a porta.

– A sua irmã e a amiga dela Vida, estão me chateando- Ela respondeu abraçando ele e claramente esfregando os seios nele. Não pude conter o nojo, ela era uma desgraça para a população feminina honrada.

Arthur nos encarou com desagrado e balançando a cabeça disse:

– Vocês deveriam ter vergonha...- E acelerou o carro.

É realmente muito impressionante como as pessoas mudam diante de um par de peitos siliconados... Quando não dava mais para ver o carro eu olhei para Molly que estava olhando para o horizonte com a indignação estampada no rosto.

– É amiga, imagina morar na mesma casa que isso...- Ela comentou pondo um braço em volta dos meus ombros- Você mandou bem, adoro quando você revela seu lado obscuro- Ela gargalhou.

Pois é, eu tento, mas não consigo não meter em encrenca, não do lado da Molly.

POV Off.

– Papai! - Gritei me jogando nos braços do meu velho- Nunca mais faça isso, se não de roxo meus cabelos vão ficar brancos. Eu fiquei tão preocupa... mas o senhor está bem, então deixa pra lá! feliz natal!

– Magali, não se jogue assim no seu Pai, ele ainda está se recuperando! -Repreendeu minha Mãe assim que larguei meu Pai, eles mal cruzaram a porta quando eu me joguei em cima dele.

– Querida, não se preocupe. No dia que eu não aguentar minha pequena eu vou estar realmente muito velho, o que eu não estou, sinto muito por ter te deixado preocupada. Feliz natal para você também querida, e para seu amigo também -Ele me apertou ainda mais, olhei para ele e percebi que ele ainda estava um tanto abatido. Também pudera... depois de tudo ele está muito bem graças a Deus.

– Olá querido, feliz natal - Minha mãe deu um abraço em Armin que estava parado ao lado da porta como um boneco.

Minha mãe foi entrando em casa cautelosamente, analisando a casa para ver se estava tudo em ordem e provavelmente querendo ter certeza se eu não pus fogo na casa... Eu não, pelo menos. Eu tive a consciência de arrumar a casa e deixá-la imaculada ( O meu "imaculado" não é o da minha mãe e isso é o que me preocupa). Me analisou, analisou Armin e quando se sentiu satisfeita sorriu com agrado.

Também tentei preparar algo para comer, torcendo para ter acertado no tempero... Armin até tentou me ajudar picando algumas coisas (A única tarefa que é seguro deixar ele fazer). E com muito orgulho e ajuda da Internet eu preparei Macarrão a putanesca ( traduzindo, macarrão com salsicha afrescurado) com uma salada italiana que eu com mais orgulho ainda revelo que aprendi no Master Chef (momento em que eu me sinto muito esperta). Fiz Armin de cobaia e ele disse que estava muito bom... ele foi meio que o obrigado a dizer isso, admito.

– Que cheiro é esse? Parece bom- perguntou meu Pai farejando o ar. Sorri com contentamento e peguei-o pela mão levando-o até a cozinha.

– Espero que esteja com fome, fiz um almoço especial para vocês. Já que os dois devem estar saturados de tanta comida de hospital. Não é nenhum peru de natal, mas dá para comer.

– Estou faminto- Anunciou Papai me seguindo.

Quando minha mãe olhou o que eu havia preparado torceu a boca e eu soube na hora que fiz besteira.

– Sinto muito Magah, mas seu Pai não vai poder comer isso. Antes de virmos para casa passamos na nutricionista e ela passou uma dieta rigorosa para seu pai e eu o farei seguir a risca a nova dieta.

– Ah, não faça isso comigo Clare, é natal!- Meu pai fez cara de pidão e meu povo, foi dai que eu originei minha arma secreta que eu usei com Armin. .

– Desta vez não Henry.-Respondeu ela irredutível.

Fiquei um pouco triste por saber que todo o esforço que eu tive para fazer a comida foi em vão, mas eu entendo minha mãe. Ninguém merece passar pelo susto que nós passamos, principalmente ela. Se fosse o meu marido ele só comeria alface. Não sei como não pensei que ele não poderia comer massa... agora não posso fazer muita coisa.

– Desculpa, eu não havia pensado que ele não poderia comer. -Disse um pouco chateada.

– Mesmo assim eu adorei a surpresa querida.-Meu pai tentou me consolar. Mas eu deveria ter pensado antes de fazer... Droga.

– Isso mesmo, estou orgulhosa meu amor, e eu aposto que está uma delícia -Disse minha mãe sorrindo- E eu aposto que Armin vai adorar, eu vou comer também. Passamos em um restaurante de comida saudável e a comida de seu pai já estará servida.

Meu pai não estava nada animado com aquele arroz integral e tudo mais que parecia ser feito de papelão que foi posto em seu prato.

Sorri ao ver Armin se fartando de macarrão. Não sei se era pra me deixar contente ou por que estava bom mesmo, só sei que fiquei feliz por ele se esforçar. Mamãe elogiou a comida o que fez meu ego subir até a estratosfera e Papai adorou a salada, já que foi a única parte que ele pode experimentar.

– O que vocês fizeram enquanto estávamos fora?- Perguntou minha Mãe enquanto enrolava o macarrão no garfo.

Encarei Armin deixsndo bem claro que EU falaria, e ele assentira apenas.

– Bom, assistimos uns filmes, vimos os fogos pelo telhado e tomamos sorvete...- Bom, pra mim parece bem convincente. Espero que cole... Armin assentiu quando eu o olhei.

– Hum... vocês não devia comer tanta besteira. Apartir de hoje os doces estão estritamente proibidos aqui- Ela anunciou e meu pai fez uma careta de desagrado... só pude agradecer por não morar mais aqui.

– Estou ferrado.- Ouvi meu pai sussurar enquanto mastigava a duras penas seu almoço light.

Deixamos os dois sozinhos em casa após o almoço. Resolvi caminhar com Armin até a mesma pracinha em que fui conversar com Kentin... me senti um tanto triste por não ter tido mais notícias dele desde aquele dia da briga... sinto não gostar tanto dele da maneira que ele gosta de mim. Mas não se manda no coração.

O vento estava ficando cortante a medida em que o dia se esvaia. Não estava nevando nem nada perto disso. Havia até alguns espaços de céu aberto onde podia se ver o azul que de celeste estava ficando alaranjado. Por alguns instantes pude sentir o calor do sol na pele.

Armin andava com as mãos no bolso da blusa de frio, quieto e com o pensamento longe. Não pude deixar de reparar que seu nariz estava vermelho por causa do frio, isso o deixava muito fofo. Definitivamente ele gostava muito do cachecol que eu havia lhe dado, pois não o tirava do pescoço. Combinava muito com ele.

Novamente me veio a mente o dia em que nos encontramos. Muitas vezes eu me esqueço da situação bizarra em que nos conhecemos. Na conexão que eu sentia e sinto com ele. Nos sonhos que antecederam nosso encontro. Tudo muito estranho, tudo muito incomum e surreal.

Queria ter as respostas para desvendar o lugar de onde ele veio e os motivos para termos nos encontrado. Porém como não disponho ainda dessas informações só me resta esperar que um dia elas venham ate mim.

Sentei-me no balancinho de madeira do parque onde passei grande parte da minha infância e senti uma grande dose de nostalgia. Raios de sol aqueceram meu rosto e eu me senti completamente contente em com o calorzinho aquecendo minhas maçãs do rosto congeladas.

Não havia percebido que Armin me observava sentado no balancinho ao meu lado até ouvir sua voz.

– Estava aqui pensando que nada deveria ser mais belo que observar um belo por do sol desses que deixa as nuvens cor de algodão doce rosa... Isso até reparar em você. Reparar em como a luz do entardecer reflete em sua pele deixando-a dourada. Em como seus olhos brilham como duas esmeraldas perfeitamente esculpidas quando está destraida... e mudei completamente de ideia. Você é mais bela que tudo isso.

Fiquei completamente sem fala quando ele terminou de falar, nem senti a necessidade de disfarçar o rubor que transparecia em minhas bochechas já que sem dúvidas ele sabia eu ficaria assim.

Ele começou a mexer em seu bolso da blusa, de lá tirou um saquinho de veludo com um lacinho vermelho.

– Este é o seu presente de Natal, queria poder te dar algo muito melhor, mas espero que goste- Disse me entregando o saquinho.

Peguei com as mãos tremulas tentando adivinhar o conteúdo. Dentro dele havia o mais lindo dos colares, aquele que a algum tempo eu havia visto em um vitrine. A simplicidade e a delicadeza dele haviam me conquistado desde o princípio. Uma correntinha de prata com apenas um pingente de floco de neve em formato de estrela era mais que um charme.

– No momento em que o vi, pensei em você- Disse ele me encarando.- Não sabia se você iria gostar, mas...

– Armin... Eu amei. Obrigado, de verdade -Sorri, olhando em seus olhos azuis que me encaravam.- Vou guardá-lo comigo para sempre.

Ele abriu um sorriso de orelha à orelha quando eu disse isso. E se ofereceu para colocá-lo em meu pescoço. Eu nunca fui muito de ligar para acessórios, nunca achei necessário, mas aquele combinava tanto comigo que quando passei a mão em meu pescoço senti que ele parecia pertecer a mim. Sei que parece um pouco bobo, mas não quis tira-lo nunca mais do pescoço.

Aquela tarde de natal vista de longe não parecia nada diferente das outras tardes comuns. Só que do meu ponto de vista, meu coração parecia diferente, meu estômago estava nas nuvens e eu estava apenas olhando Armin... Meu Deus, acho que me apaixonei...


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Notas finais do capítulo

Bora negada, me contem o que vocês acharam? Sei que vocês queriam safadagem, mas não foi dessa vez que ele conseguiu huehueueuehue.



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