A Neve Sobre Estrelas escrita por magah


Capítulo 18
Anjos Reais ♡


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoas que eu tanto amo ♡ Quero dizer que quando escrevi esse capítulo eu estava um tanto carente, então se estiver meio meloso é por causa disso kkk



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Enquanto a chuva caia torridamente janela à fora, eu tentava achar algum sentindo na tela que eu acabara de pintar... Mesmo com a minha visão artística aquilo ali era sem dúvida um borrão sem sentido. E esse era o resultado de uma manhã inteira em frente a uma tela em branco à espera que a criatividade fluísse em mim como a água em uma nascente. Depois desse quadro tô com setenta porcento de certeza que minha fonte tá secando.

Quem sabe eu não venda no Ebay como um quadro de algum artista desconhecido e super badalado... Boa, vou tentar isso. Procurei meu celular entre a confusão que estava meus lençóis para tirar uma foto e anunciar no site quando escutei alguém batendo na porta.

Encarei-a pressentindo que um cara de olhos azuis estava atrás da mesma. Mas mesmo assim pergunto.

Quem é?

– Seu futuro namorado.

– Desculpe senhor, porta errada- Respondo com uma voz anasalada sem abrir a porta.

Abre a porta- Pede ele.

Vou até a porta e a abro, olhando-o com um misto de dó e vontade de gargalhar.

O que você quer He-Man?

Quem é esse?- Pergunta ele confuso.

Ninguém...- Respondi me virando para pegar o celular.

–Ei, por que você pintou um Hipopótamo atropelando um Cachorro de triciclo?- Perguntou ele olhando a tela do "Borrão" com a cabeça inclina para a direita.

Franzi as sobrancelhas e parei ao seu lado inclinando a cabeça do mesmo modo que ele fazia... E surpreendentemente o "Borrão" parecia mesmo daquele ângulo um Hipopótamo atropelando um Cachorro de triciclo.

Uau... acho que você tem mais visão artística do que eu, pois eu só via um borrão de tinta. - Comentei impressionada.

Ele balançou os ombros e sorriu timidamente.

Vim te avisar que sua mãe está precisando de você na cozinha, porque aparentemente seu pai saiu pra comprar o que faltava para Ceia e ela é a única que faz as coisas nessa casa...-Ele repetiu o que minha mãe passou a vida inteira repetindo.

Bom... Fazer o que, vamos né. - Puxei-o porta fora do meu quarto, já que ele pretendia passar um tempo no meu quarto observando o borrão.

E impressão minha ou o Hipopótamo está de Tutu?- Perguntou.

Cala boca e anda!

Por que eu tenho que ir? Ela está chamando você e não eu.

Por que você tem que ajudar em alguma coisa aqui seu folgado - Eu respondi sua pergunta enquanto puxava-o pelo pulso.

Senti um puxão em meu braço e quando percebi Armin havia me encurralou na parede colocando os braços ao redor da minha cabeça.

– Eu sei que isso é só uma desculpa pra você ficar mais tempo comigo sem quebrar essa sua mascara de durona- Ele sorriu sarcasticamente.

Olhei-o com a minha melhor imitação da cara de "saliência" da Molly e aproximei de seu rosto quase colando nossos narizes. Percebi que ele não esperava por isso e respondi:

– Ahh -Fingi decepção - Como você adivinhou? -Fui passando a ponta do nariz sem sua bochecha e quando fiquei próxima à sua orelha sussurei- Deixa de ser convencido seu palhaço, agora tire as mãos da parede e me deixe passar antes que você fique com um novo hematoma.

Ele arqueou as sobrancelhas não acreditando no que eu havia feito e estava até um pouco corado, mas sem duvidas espantado.

Eu estava decidida a passar por debaixo de seus braços quando ele me impediu, pegou meu rosto entre as mãos, impossibilitado-me de me livrar dele.

Você não pode me provocar assim e sair ilesa...

Então colou seus lábios nos meus me deixando púrpura de raiva, e eu fiz a primeira coisa que me passou pela cabeça... Pisei em seu pé com toda a força que eu tinha.

Ahhhhhhh -Ele reclamou me soltando e segurando seu pé enquanto se equilibrava com o outro- Pra que essa violência?

Pra você párar de ser abusado! - Respondi dando as costas para ele para evitar que ele me visse corada pela centésima vez essa semana.

Mas valeu a pena, ainda mais por esse seu rostinho vermelho -Respondeu ele me seguindo.

Argh! -Bufei de raiva e desci os dois degraus de uma vez indo para a cozinha.

Minha mãe estava escondida em meio aos seus utensílios de cozinha, a porta da dispensa estava aberta exibindo uma variedade de legumes, frutas e tudo o que uma bela Ceia tem de melhor.

Pronto Mãe, o que você precisa?

Ela levantou a cabeça e virando-se pra mim me disse:

Pensei que a princesa ia passar o dia no quarto. Pode pegar aqueles legumes e começar a picar ele em pedaços pequenos, não se esqueça! -Ela mandou- E você querido, aproveite pra descascar aqueles legumes- Ela sorriu pra ele.

Me dirigi ao balcão e peguei o cutelo para picar os legumes enquanto o Armin olhava para os lados totalmente confuso. Sacudi a cabeça e o chamei para perto de mim, não disse nada, apenas peguei um legume e descasquei para ele ver como se fazia.

É incrível que o quanto mais nós tentamos nos livrar de um pensamento mais ele nos importuna. Até mesmo uma sensação, parece que o quanto mais eu tento me esquecer dela mais ela permanece. A segunda vez que eu sinto isso; seus lábios nos meus, é como seu eu ainda pudesse senti-los... Eu já havia beijado (no colégio em um jogo de verdade ou desafio, mas não vem ao caso) e nunca senti nada parecido. Parecia que meu cérebro havia se juntado com meu coração em um complô contra a minha sanidade.

Aii! -Exclamei após cortar o dedo com a faca, coloquei-o na boca para estancar o sangramento- Quem manda se distrair pensando besteira, sua idiota! - Repreendi a mim mesma.

Se machucou filha? -Perguntou minha Mãe preocupada ainda cozinhando algo no fogão que não podia parar de mexer.

To bem... - Respondi apertando o dedo.

Armim que estava ao meu lado me olhava com preocupação, pegou minha mão a analisou o corte. Fiquei olhando para o rosto dele, até que ele ficava com uma expressão fofa quando preocupado. Ele soltou minha mão e foi até o armário, lá pegou a caixinha de primeiros socorros e colocou ao meu lado. Minha mãe observava tudo com curiosidade quase se esquecendo de mexer o conteúdo da panela.

Minha vez de cuidar de você - Ele anunciou pegando novamente minha mão, eu não estava pensando em fazer muita coisa com aquele dedo cortado, pretendia mesmo deixá-lo na boca até parar de sangrar- Foi um corte e tanto, prometo ser mais delicado do que você foi comigo ontem- Ele deu aquele sorriso torto típico dele.

Realmente, ontem eu maltratei ele... Não que ele não tivesse merecido. Quando meus pais perguntaram o porquê de ele parecer ter caído de cara no asfalto eu contei que o Sr. Clark havia deixado o Flufy escapar da coleira, ele perseguiu o pobre do Armim até ele tropeçar em um buraco e bater a cara em uma pedra. Depois disso o Flufy perdeu o interesse e voltou para o dono. Meu pai disfarçou a gargalhada com algumas crises repentinas de tosse e minha mãe se comoveu.

Pronto, o melhor que eu posso fazer -Disse ele após terminar o curativo. Meu dedo estava envolto em um pouco de gase de um modo muito desajeitado. Sorri com a tentativa meio desastrada dele.

Obrigada - Respondi um pouco sem jeito olhando o curativo.

Olhei para minha mãe e ela nos olhava com um sorriso bobo no rosto, quando notou que eu a olhava, ela voltou sua atenção novamente para as panelas.

Continuei a picar os legumes, agora com um pouco mais de dificuldade e o dobro de atenção. Depois de um tempo estava quase tudo pronto o telefone tocou e minha Mãe secando as mãos em um pano de prato foi atende-lo.

Alô, Sim é ela -Respondeu ela segurando o telefone com o ombro- Quem é?... Do Hospital? O que houve? Ai meu Deus!- Ela exclamou e seu rosto ficou pálido- Ok. estamos indo para aí imediatamente! - E desligou o telefone.

Ela estava respirando fundo, coisa que ela só faz quando está muito nervosa ao ponto de dar um chilique ou de desmaiar. Larguei o que estava fazendo e fui até ela.

Mãe? O que aconteceu?

É o seu pai... ele está internado -Ela me respondeu contendo as lágrimas, minha mãe sempre foi uma pessoa muito controlada, por ser a mais velha de 4 irmão sempre teve que ser a responsável em muitos assuntos. Meu coração ficou apertado, eu queria fazer mil perguntas à ela, mas sei que ela também não sabe de muita coisa.

Desligue o fogo do fogão, eu vou pegar as chaves e nós vamos ver o que aquele cabeça dura aprontou- Ela me disse subindo as escadas correndo.

Fui correndo até a cozinha procurando ignorar os pensamentos ruins que passavam em minha mente... Ele tinha que estar bom, ela vai estar bom!

Armin me olhava com preocupação e minha mente mesmo sem permissão criava mil situações horríveis em que ele poderia ter se metido, meus olhos se embaçaram por causa das lágrimas que eu tentava conter e então Armin me puxou para um abraço para me consolar, agradeci mentalmente à ele, pois se eu abrisse a boca era capaz de eu me desfazer em lágrimas.

Vamos! - Minha Mãe nos chamou pouco tempo depois.

A viagem até o Hospital durou mais do que eu achava possível, mesmo que minha mãe não respeitasse a maioria dos sinais de trânsito. Armin permaneceu a viagem toda calado, mas não se incomodou quando eu usei seu ombro como apoio para minha cabeça que parecia cada vez mais pesada, e eu ainda em vão tentava afastar os pensamentos pessimistas olhando a chuva cair.

Chegamos ao hospital e minha Mãe quase voôu no pescoço da recepcionista quando ela demorou para dizer o quarto em que meu Pai estava. Encontramos o quarto depois de ela quase quebrar o botão do elevador de tanto que o pressionava ( como se isso fizesse ele vir mais rápido).

Meu Pai estava desacordado em uma maca com vários eletrodos ligados a máquinas que apitavam em um ritmo constante, ele vestia aquele tipico pijama cor de nada de hospital, que o deixava com uma certa palidez.

Henry seu idiota, quer me matar de susto? -Perguntou minha Mãe de forma carinhosa passando a mão levemente em sua cabeça- Foi dar defeito logo na véspera de Natal meu Amor...

Fui até ele e peguei em sua mão, preferindo expressar minhas emoções em um apego silencioso.

Com licença, vocês são a família? - Perguntou um Homem de uniforme branco com uma prancheta nas mãos e uma cara de quem não dormia a umas 48 horas.

Sim, sou a esposa dele, como ele está Doutor?- Perguntou minha Mãe apressadamente.

Bom o seu marido teve um princípio de infarto, mas agora ele já está em uma situação estável- Respondeu ele olhando em sua prancheta- Pelo histórico familiar dele isso é bem comum, e ele também é hipertenso. Podemos dizer que seu marido é um homem de sorte, pois vai sair sem nenhuma complicação.

Bem que hoje de manhã ele havia reclamado de um aperto no peito, mas ele é tão dramático pra essas coisas que eu nem dei importância... isso é tudo culpa minha -Minha mãe disse com uma expressão triste.

Fui até ela e a abracei dizendo:

Você não tinha como saber mãe, não pode se culpar!

Ela tem razão- Armin concordou.

Ele agora está sedado, e ficará essa noite em observação, sempre é bom ficar atento a qualquer dor que apareça derrepente, pode ser um alerta de que algo não vai bem- Alertou o médico- Ah, somente uma pessoa pode acompanhar o paciente, o horário de visitas acabou a 10 min, vou deixar vocês ficarem só um pouco mais para decidirem quem ficará com ele, mas somente 2 minutinhos, a infermagem anda muito temperamental essa semana e se souberem que eu deixei visitantes ficarem além do horário eu vou ouvir o resto do meu plantão- Ele anunciou sorrindo e saiu do quarto.

Eu ficarei com ele - Disse minha mãe o que eu já sabia- Sinto muito que esse natal não seja dos melhores e nem a ceia terminamos, mas...

Tudo bem Mãe -Eu a interrompi- Nós entendemos e sabemos nos virar -Sorri pra ela e beijei seu rosto- Fica bem, amanhã vamos ter um natal e tanto!

Leva o carro querida, amanhã te ligo quando seu pai receber alta -Disse ela me entregando as chaves e me abraçando forte.

Fui até meu pai que parecia sentir a presença de minha mãe e agora estava até com um pouco mais de cor. Beijei-lhe a testa murmurei um "Eu te amo" e segui para fora do hospital com Armin ao meu lado.

As nuvens estavam tão pesadas que eu não me surpreenderia se derrepente começasse a nevar. Sentei-me na calçada coberta por um toldo e Armin sentou-se ao meu lado.

Não gosto de te ver assim cabisbaixa -Ele disse me encarando- Vamos pensar pelo lado bom... Ele vai ficar bom.

É, mas eu não paro de pensar no que seria de mim e da minha Mãe sem o Pai pra alegrar nossos jantares da família com suas piadas ultrapassadas- Sorri- Ele sempre gostou de ver as pessoas sorrindo.

Então vamos sorrir por ele, mas aposto que ele não vai sorrir quando sua mãe fizer ele entrar na dieta e parar de comprar os bolinhos que eu vi ele comendo escondido dela- Ele sorriu.

Seu Henry e seus bolinhos, algumas pessoas tem barriga de shopp, ele tem barriga de bolinho.

Seu futuro vai ser ter uma barriguinha igual a dele se não parar de comer tanto pudim -Ele me disse cutucando minha barriga me fazendo cócegas. Eu odeio cócegas, por não poder resistir a elas.

Tive um ataque histérico de risadas na frente do hospital enquanto as pessoas passavam por nós mais preocupadas com seus problemas do que com o meu problema mental. Quando ele parou com a palhaçada eu ainda buscando por ar em meus pulmões dei-lhe uma sequência de tapas morrendo de raiva.

A chuva havia cessado enquanto ríamos. Ficamos um tempo calados olhando para pontos distintos na paisagem como um cachorro levando seu dono para passear aproveitando a trégua da chuva. Até que um pequeno floco de neve passou entre meus olhos em sua dança silenciosa. Uma vez minha mãe havia me contado uma história de que os flocos de neve eram as lágrimas dos anjos. Sempre achei aquilo bonito e nunca esqueci os anjos...

As vezes você me lembra um anjo, sabia?- Conto sem perceber que ele poderia não entender a minha linha de raciocínio. Mas só ele mesmo pra me fazer rir em uma hora dessas.

Ele olha pra mim ainda sorrindo com um brilho em seus olhos e se aproxima mais um pouco, eu não me afasto mesmo sabendo que ele está perto de mais.

Se eu sou um anjo, onde estão as minhas asas?

Eu acho que nem todos os anjos tem asas, alguns tem somente o poder de te fazer sorrir nos momentos mais difíceis -Olhei para o seu rosto e vi um leve rubor.

–Então esse é o meu poder? - perguntou ele.

Desconfiada da pergunta e da aproximação dele respondi:

Sim, porque?

Por que eu prefiro muito mais o meu outro poder -Quando eu ia lhe perguntar que poder seria esse, ele segurando em meu queixo, olhando em meus olhos profundamente enfim colou seu lábios nos meus.

Senti que esse beijo não era como os outros, nesse havia muito mais que a intenção dele de me deixar irritada. Nele havia sentimento e ele pertencia as duas parte... Não só dele, mas de nós dois conclui um pouco assustada.

Meu coração parecia mais um tambor de escola de samba... Meus joelhos tremeram e um frio passou por minha nuca arrepiando todos meus pelinhos... Eu sempre achei que aquilo de borboletas no estômago e aquela eletricidade que as pessoas sentem nos livros fosse tudo mentira, mas acreditem não é. Eu estava sem reação, não acreditava no que estava acontecendo. Mas que se dane, isso não é hora pra pensar e então me deixei levar.

Seu beijo era calmo e não pedia nada mais do que eu podia oferecer, ele segurou em minha cintura me puxando para ele, pensei que de todos os beijos que eu dei aquele era um verdadeiro beijo, não sei se eu beijo mal, nem se Beijo bem, mas enquanto a neve caia eu dei o meu primeiro beijo.

Descolando seus lábios dos meus presenciei seu sorriso mais lindo e talvez o maior que eu já havia visto. Nossos rostos ainda estavam bem próximos e eu podia ver pontinhos dourados em seus olhos. Meu rosto queimou como nunca e percebendo isso seu sorriso se alargo e ele disse:

Prefiro muito mais o poder de te deixar corada...

Não pude deixar de sorrir e revirar os olhos com aquilo.

Não é que temos um brinde! Dois em um, sorriso e rubor.

Acho que vou trocar seu status de anjo pra palhaço, é muito mais a sua cara.

Pegando em minhas bochechas beijou minha testa e disse:

Como quiser, mas você sim sempre será meu Anjo.

Eu não podia mais ignorar que o Armin poderia tanto me tirar do sério como me tirar da minha órbita, e eu cheguei a pensar que isso não fosse possível... Eu não poderia mais negar que eu tinha sentimentos por ele...E que sentimentos.

Ei, Você sabe dirigir? -Ele perguntou quando o manobrista parou o carro em nossa frente.

Você está prestes a conhecer o Mike Tyson versão feminina dos volantes -Menti, tirei a carteira de motorista os 16, mas nunca levei jeito pro volante... Ele só não precisa saber disso.

– Mas você está com a sua carteira ai?

Não -Respondi simplesmente.

Vamos lá, sinto de segurança, retrovisor... Certo... Agora qual é mesmo o pedal que acelera e o que freia? Fechei os olhos, respirei fundo ignorando o olhar de desconfiança que Armin me enviava e girei a chave na ignição.

Dei um grito quando sem querer apertei o pedal errado e o carro foi para trás. Armin segurava a porta do carro provavelmente temendo por sua vida.

Sorri.

Isso vai ser perigosamente divertido!

A viagem foi como uma volta interminável em uma montanha russa, o carro morreu umas 4 vezes, quase atropelei um homem e foi a primeira vez que eu vi o Armin proferir um palavrão. Eu estava muito nervosa, mas a cara de pânico do Armin me descontraia.

Estacionei o carro sobre a calçada e a rua ao mesmo tempo, baliza nunca foi o meu forte mesmo...Armin mau esperou o carro parar para abrir a porta e sair correndo.

Você quer me MATAR?! -Exclamou ele com a mão no coração.

Para de frescura, seu fraco - Eu ri da cara de pânico dele.

Quem é fraco aqui?- perguntou ele correndo atrás de mim e me pegando no colo.

Me larga! -Eu esperniava tentando me soltar enquanto gargalhava.

Nunca!

POV Kentin On.

Eu iria ve-la, pedir desculpas pelo o que eu fiz ontem, mesmo que eu não ache que devo pedir desculpas, já que foi tudo culpa daquele idiota. Hoje para o meu pai é um dia de comemoração, pra mim... Um dia de despedidas.

Fui recrutado para o exército graças a minha excelência no acampamento militar... Quando a carta chegou meu pai quase teve um infarto pela felicidade, para ele essa é uma das maiores honras. Eu estaria seguindo seus passos e por um lado eu estaria feliz, era o que eu queria... Mas por outro lado, eu ficaria longe das pessoas que eu amo.

Logo agora que eu estava disposto à lutar por ela, havia me declarado e até lutado por ela... Eu teria que desistir! Argh! Mas eu não iria desistir... Eu vou voltar pra ela, só queria saber se ela vai estar aqui pra me esperar.

Estou à caminho de sua casa, viro a esquina sob a neve que cai levemente e me deparo com a seguinte cena: A Magah sendo carregada no colo por aquele idiota, ela sacudia as pernas e gargalhava alto.

E eu percebi, que talvez ela não fique pra me esperar...


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Notas finais do capítulo

Me deixem feliz, comentem! É tão fácil e me ajuda tanto!



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