A Neve Sobre Estrelas escrita por magah


Capítulo 16
E o amor deu o primeiro passo!


Notas iniciais do capítulo

Aviso: Esse capítulo pode ter cenas extremamente gays e fofas ♡♥ ameiii

DESCULPEMM a demora povo lindo. Espero qur alguém ainda quera ler por que agora eu to no embalo e vou começar a postar bastante... E que viva as Fériasssss.



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– Ken...

Meu coração bateu como se eu tivesse debaixo d'Água e precisasse urgentemente de oxigênio...

Ele me afastou de seus braços, mas segurou minhas mãos com as suas que agora era bem maiores que as minhas e eu pude reparar melhor em... Tudo aquilo! Ele não só havia tido um surto de crescimento absurdo- Poxa, ele era mais ou menos da minha altura, ou seja, nada alto- E para um garoto franzino sem músculo algum ele estava mais que ostentando eles. Mas tirando a mudança física, que era muita. Olhando bem em seus olhos ele parecia bem confiante e decido também ( só não sei em quê). Acho incrível como podemos decifrar tudo pelo olhar de uma pessoa que se conhece.

Ele também me encarava como se tentasse achar uma mudança e sorrindo de orelha à orelha disse.

– Você continua a mesma! Senti tanto sua falta- ele corou- Q-Quer dizer... de todos.

– E você nem tanto assim - disse- Senti sua falta...

Seu sorriso aumentou.

– Não se passou um único só dia em que eu não pensasse em você, aliás foi por você que eu quis mud...

– Magah meu amor quem é?- minha mãe berrou de dentro da casa.

– E o Ken Mãe!- Berrei de volta.

– Magah se você puder me chamar de Kentin eu agradeço... Não gosto mais daquele apelido bobo.- ele deu um sorriso torto.

Ainda estávamos de mãos dadas quando Armin apareceu atrás da porta olhando fixamente para nossas mãos... imediatamente tirei minhas mãos das do ken... Kentin e corei, sem saber o motivo me senti como uma criança pega no flagra rabiscando a parede com canetinha hidrocor. Kentin franziu as sobrancelhas com a minha reação ( que eu nem mesma sabia o motivo) e olhou para o Armin com nada menos que antipatia.

Comecei a sentir um clima pesado e quebrei o gelo.

– Ken...tin esse é o Armin, meu... Amigo - corei- Armin esse é o Kentin meu melhor amigo de infância.

Eles se cumprimentaram com aqueles típicos apertos de mão monossílabos "eai". E novamente o clima se instalou...

– Então Kentin você não quer entrar? -perguntei.

– Na verdade não, só passei aqui pra ver como você estava por que eu tinha me encontrado com as garotas no caminho e elas me disseram que você estava aqui- ele encarou o Armin que continuava atrás de mim como um cão de guarda- bom... que tal nós sairmos amanhã pra botar a conversa em dia?

Pensei um pouco sobre aquele convite, eu precisava mesmo sair um pouco e

Bom, botar a conversa em dia seria legal.

– Okay- disse por fim- Até amanhã então... foi bom rever você...

– Foi muito bom rever você também - ele me puxou para outro Abraço (que durou muito mais do que deveria...) e foi embora.

Entrei em casa com Armin em meu encalço... Virei-me bruscamente e quase bati a cara contra seu peito, encarei-o e notei que ele estava de mal humor.

– Posso saber o motivo de você estar agindo assim? - perguntei quase sussurrando pois sabia que meus pais estavam a poucos metros de nós nos observando.

Ele só me encarou e não disse nada.

– Então vai me dar um gelo? Pois fique você sabendo que eu não dou a mínima -bufei - até parece que esta de TPM!

Segui para o sofá e sentei-me junto ao meu pai e Armin no outro junto com minha mãe. Meu pai sempre foi mais sensitivo que minha Mãe então acho que ele notou que havia algo de errado, mas não disse nada e é por essas e outras que eu o amo.

– Ele não quis entrar? -Perguntou minha Mãe.

– Não...- Respondi meio mau humorada.

Ela me olhou com uma cara de "me responde direito se não quiser ficar sem comida!".

– Não mãezinha querida...

– Ele chegou faz uma semana, e veio aqui perguntar de você...- disse ela.

– Ele é um bom rapaz- Acrescentou meu Pai.

Minha mãe foi para a cozinha preparar o jantar enquanto meu pai se oferecia para mostrar a casa ao Armin... Como eu não tinha nada para fazer fui junto. Sala, Sala de jantar, cozinha, jardim, subimos a escada e Quarto de hóspedes onde ele iria ficar, o quarto dos meus pais, banheiro e meu quarto.

– Esse é o único lugar que eu te proíbo de entrar sem a supervisão de uma adulto- sorriu ele brincando... eu acho- bom é isso meu jovem, agora vamos descer que eu vou ver o que a minha velha tá fazendo.- ele deu uma risada rouca.

– Deixa ela te ouvir chamando ela de Velha - eu ri- chinelos vão voar.

Ele foi para cozinha enquanto nós fomos para sala de estar. Olhei-o de soslaio e milagrosamente ele não estava me olhando. Se ele pretendia mesmo ficar de mau humor que se dane, eu não daria o braço a torcer!

O resto da noite passou como se nada tivesse mudado, a comida da minha Mãe era a melhor ( só que a da Vó-Char era melhor... só não posso dizer isso pra ela se não eu não volto pra Chicago viva) meus Pais dormem cedo ou seja, todo mundo dorme cedo. Segui para meu quarto e Armin para o de hóspedes.

Joguei-me na cama de solteiro... muito menor do que a minha lá de casa. Desliguei a luz e liguei o Pisca-Pisca que servia de abajur. Encarei o teto e analisei meus adesivos florescente de estrelas que brilhavam no escuro, e que agora já não brilhavam quase nada.

Passou um tempo e nada do sono vir. Não sei se pelo fato de eu estar com saudade do Holly dividindo o travesseiro comigo ou pelo fato de AQUELE MISERÁVEL ESTAR ME IGNORANDO... E eu não estou dando a mínima, claro.

Merda a quem eu quero enganar, odeio quando as pessoas ficam chateadas comigo sem eu saber o motivo. Ou pelo menos fingir não saber... Okay... aquilo me pareceu ciumes - Eu ri- sempre adorei quando eu lia um romance e o rapaz se mordia de ciúmes. É fofo... mas o Armin sem duvidas não é nada fofo... E eu não estou em um livro de romance. Na vida real nada desse tipo cliché acontece, não com tanta frequência eu acho.

Levantei-me e comecei a fuçar nas minhas antigas gavetas a procura do meu kit de desenho que sem duvidas devia estar... aquii! Liguei a luz e fui para a cama. Deixei minha mente vagar livre. Comecei com um simples rascunho masculino, cabelos desgrenhados, um olhar determinado e um corpo forte e esbelto.

Só parei de viajar quando ouvi uma leve batida na porta. Ignorei pois devia ser só impressão. Novamente escuto a batida, mais forte e clara dessa vez. Vou até a porta a abro lentamente e encontro um Armin desgrenhado com uma cara amassada pelo travesseiro coçando a nuca. Fecho a porta rapidamente. Arranco uma folha do meu caderno e escrevo com letras garrafais " ÁREA DE ACESSO PROIBIDO PARA PESSOAS COM AMNESIA, PESSOAS DO SEXO MASCULINO QUE ESTEJAM COM TENSÃO-PRÉ- MENSTRUAL E PESSOAS ESTUPIDAS" colo um pouco de fita e volto a abrir a porta e antes que ele ousasse tentar invadir meu espaço colo a folha na porta e fecho ela novamente.

Ouso uma risada e novamente a batida insistente. Passei uns minutos ignorando, mas quando pensei que meus pais poderiam acordar abri um treichinho da porta exatamente no momento em que ele disse meu nome.

– Magah.

– Ah quer dizer que agora aprendeu a falar?- Sussurrei.

– Posso entrar? - perguntou ele também sussurrando.

– Não. Se você não notou faz parte dos três grupos descritos na plaquinha, principalmente na ultima parte!

Fechei a porta em sua cara novamente.

– Magah -Ouso ele me chamar.

Abro novamente.

– Vai dormir -Digo.

– Não consigo, não estou acostumado com uma cama.

– Own que dó -fiz uma carinha triste- Boa noite.

Fechei novamente.

– Eu vou bater até você abrir, ou até seus pais acordarem. O que vier primeiro.

Ainda de porta fechada disse:

– Você não ousaria.

– Não duvide de mim.

– Faça isso e você dorme na casinha do cachorro.

– Vocês não tem cachorro.

– Mas o Sr. Clark nosso vizinho tem um Rotwailer, o Flufy. E ele vai adorar dividir a casinha com você.

– Ok, minha ultima tentativa. Eu percebi que você não comeu muito no jantar então que tal um lanchinho da noite?

Minha barriga roncou... estava com o pensamento longe enquanto jantava e realmente comi muito menos que o habitual.

– Você acha que pode me comprar com comida?- perguntei.

– Pra falar a verdade... Sim.

Droga.

– Você está certo... O que você tem ai?- Abri a porta e sussurrei como um criminoso passando a muamba. Ele me olhou e arqueou a sobrancelha.

– Abre a porta primeiro.

– Pagamento adiantado- disse estendendo a mão pelo espacinho entre a porta.

Ele sorriu pegou uma mão e depositou um beijo na palma.

– Argh Armin, você me babou - Reclamei- Sem comida, nada feito.

Fechei a porta para ele não me ver com o rosto corado... Poxa o que dá na cabeça dele pra ele fazer esse tipo de coisa do nada!

– Nem se forem os cookies da Vó-Char? - ele perguntou.

Abri a porta completamente... Não queria deixa-lo entrar, mas normalmente e não sou guiada pelo cérebro e sim pelo meu estômago.

– Entra, mas se for mentira o Flufy está a sua espera.

Ele entrou com um ar de vitória, e eu quase amassei a cara dele com a porta. Quando ele entrou eu fechei a porta. Ele não tinha entrado no meu quarto, pois como meu Pai mesmo disse era uma Área restrita para ele. Virou-se de costas pra mim e começou a avaliar meu mural de desenhos e fotos que ocupavam uma parece inteira iluminados pelo pisca.

Notei o potinho que ele tinha em mãos e tomei dele. Abri e o quarto foi inundado pelo maravilhoso cheirinho de biscoito Sentei-me na cama e empurrei o caderno para debaixo do travesseiro. E comecei a comer.

Ele ficou um bom tempo olhando tudo e veio se sentar do meu lado. Eu já tinha praticamente devorado todos os biscoitos.

– Você comeu tudo! - Ele reclamou.

– Claro, você achou que eu ia perder tempo? Ninguém mandou você ficar parecendo uma estatua de gesso ai na frente. E eu não comi tudo, ainda tem mais um - peguei o último Cookie e dei uma mordida- agora eu comi tudo.

– Sua Gord...

– Não ouse terminar essa frase! -Eu o interrompi.- Ou você não viverá para ver o amanhã.

Ele deu risada.

– Eu queria pedir desculpas... Não sei o que me deu mais cedo- ele me pareceu sincero.

Olhei bem pra cara dele e pensei se eu contava que eu sabia e fazia a merda ou não... Eu sempre faço merda e não vai ser agora que eu não faria né?

– Eu acho que sei...- Disse como quem não quer nada.

Ele me olhou surpreso.

– Ah se você sabe poderia compartilhar a informação?

– Não, se você não sabe deve ser só impressão mesmo.

Ele chegou mais perto.

– Se você começou a falar vai ter que terminar...

– Me obrigue- disse me afastando.

Ele levantou as mãos em forma de garra e eu soube de cara o que ele estava prestes a fazer. A segunda pior tortura que poderiam me submeter... Cócegas.

– Não! NÃO!!- Implorei, mas já era tarde ele começou a me fazer cócegas e eu comecei a me contorcer, rindo tanto ao ponto de chegar a ficar sem ar. Cai de costas na cama e ele ficou por cima de mim.

– P-para!! E-eu digoo!- ele parou e eu tentei parar de rir pra respirar- C-ciúmes.

Outra vez aquela expressão de surpresa.

– Então se você acha que eu tenho ciúmes de você, eu posso presumir que você também sabe que o que eu sinto por você não é só amizade - Enquanto ele foi falando foi aproximando seu rosto do meu.

Quando nossos lábios se tocaram, meus olhos estavam do tamanho do mundo. Meu coração batia mais rápido que um tambor em escola de samba. Senti uma conexão inexplicável entre nós dois. Foi só um breve toque, e ele separou seus lábios dos meus assim que escutamos alguém bater na porta.

– Meu amor, está tudo bem? - escutei a voz da minha Mãe- escutei você rindo.

Ele saiu de cima de mim e estava como as bochechas vermelhas, e percebi um sorriso em seu rosto.

– E-eu só estava lendo meu antigo diário mãe- tropecei nas palavras enquanto tentava me explicar- Não conseguir me conter, desculpa por ter te acordado.

– Não, eu só ia ao banheiro e escutei você- ela respondeu- Filha você já devia estar dormindo.

– Já vou dormir mãe. Boa noite.

– Boa noite filha, e desliga essa luz.

Escutei ela se afastando e quis realmente apagar a luz pra não ter que mostrar minha cara de PIMENTÃO. Meu Deus eu estava surpresa e assustada, mas eu não sou nenhuma pré adolescente e eu sei e sabia sim que ele gostava de mim. A questão é, e eu? Onde eu estou nessa?? Ai eu vou explodir...

– Ei você tá bem? - ele perguntou preocupado colocando a mão em meu ombro- Você não tá com uma cara muito boa.

– Não muito.

– Olha... me desculp...

– Por favor. - eu o interropi- não pede desculpas. Só vamos mudar de assunto por favor.

Ele concordou com a cabeça, agradeci mentalmente a ele por não insistir muito. Eu não gosto muito de ficar de mimimi, exatamente pelo fato de odiar isso em livros. Mas vou precisar de um tempinho pra por meus pensamentos em ordem.

– Hum... eu gostei daquela foto, onde você tirou- Ele apontou pra uma foto onde havia um céu estrelado.

Sorri ao voltar naquele dia.

– Foi quando eu tinha 14 pra 15 anos, não sei se você sabe, mas aqui é conhecido com a cidade das luzes. Sendo assim era quase impossível ver sequer uma estrela. Pois as luzes da cidade atrapalhavam. Quando achavamos uma, ou era um avião ou um helicóptero- sorri- Nessa idade eu queria ser astrônoma e tinha ganhado um telescópio de natal, mas nunca consegui usa-lo aqui.

– Vai ver é por isso que quase tudo seu tem estrelas... inclusive esse seu pijaminha.

Bati em seu braço e ele calou a boca.

– No meu aniversário de 15 meu pai programou um acampamento no dia em que haveria uma chuva estrelas. Eu achei que iriamos acampar na floresta, cheio de perigos e animais selvagens. Fiquei hiper empolgada, mas descobri que era na chacara de um tio nosso. - Ele prestava atenção em cada palavra que eu dizia- no momento em que eu tirei essa foto meu pai começou a falar sobre namorados, eu me lembro como se fosse ontem a cara que ele fez quando tentava abordar esse assunto. Falou sobre eu já estar grandinha e de meus hormônios estarem mudando - foi muito trágico- e disse que arrumar alguém certo era complicado e que não adiantava ficar só por ficar. Ele passou vários minutos naquilo até que uma estrela cadente cortou o céu e eu o interropi dizendo pra ele fazer um pedido rápido. Eu que não sabia o que pedir tão rápido, só pedi que o pedido dele se realizasse.

– Que lindo a seu gesto, e o que ele pediu?

– Acho que foi algo sobre querer uma pizza gigante pra comer ao invez daquele saco de marshmellows...

Ele deu uma risada alta e eu tampei a boca dele com a mão.

– Xiuu! To brincando seu besta, mas seria legal uma pizza. Ele pediu pra que eu conseguisse encontrar a pessoa certa que fosse a minha metade da bolacha... sei lá algo meloso desse tipo. Ahh ele pediu pra que isso demorasse bastante também.

– Você acha que se realizou? -ele perguntou inocente.

– Não faço ideia, dizem que isso funciona, mas quando eu pedi a estrela uma casa em malibu quando tivesse 18, um ingresso pra entrar no camarim do cantor da época e uma viagem pro parque do Harry Potter e não ganhei, perdi a fé nisso tudo.

Demos risada juntos. Ele se levantou e foi até a porta. Virou-se e sorriu pra mim.

– Se eu visse uma estrela cadente eu pediria você. Boa noite.- Ele veio até mim e Beijou minha testa. Em seguida notei que ele estava um pouco branco, mas ele já tinha ido embora.

Os dois lugares onde ele havia beijado naquela noite estavam formigando... e eu não dormi nada naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Reviws????? Me alegrem pessoinhas!



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