A Neve Sobre Estrelas escrita por magah


Capítulo 14
Marrenta x Atrevido.


Notas iniciais do capítulo

Eaeeeee tortinhas de limão do meu coração!- olha até rimou... e me deu fome..
Eu volteii agora pra ficar... e trouxe mais um Capítulo pra vocês! Desculpem o título cocô, mas eu estava sem criatividade pra isso kkkk.
Chega de alugar vocês, podem ler!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/408921/chapter/14

Pov Heera On

– Fiquei meio culpada pelo que fizemos com a Magah- comento cruzando os braços sobre o decote do vestido. Realmente tenho que parar com essa mania de andar sem blusa de frio, não moro na Califórnia com praias de areia escaldante e brisas mornas, mas sim em Chicado a cidade dos ventos (ventos congelantes por sinal!).

– Não entendo o porquê, pense que agora ela vai ficar furiosa com a gente... - ela coça o queixo com preocupação- e isso não é nada legal, cabeças vão rolar quando chegarmos em casa... e essas cabeças serão as nossas, mas no futuro quando ela tiver postado no face "Em um Relacionamento Serio com... Armin" vai ter compensado o esforço- completa ela massageando o pescoço.

– Só espero que esse encontro valha a pena e antes de chegarmos em casa que tal nós comprarmos um sedativo pra cavalo caso ela voe nos nossos pescoços?- sugiro a Molly.

– Cavalo... tá mais pra mamute - ela ri e pára puxando-me pelo braço e atravessando a rua correndo ignorando o sinal que estava no vermelho.

Por um momento tive um mini ataque cardíaco quando uma moto em alta velocidade passou bem próximo de onde estávamos e o motoqueiro saiu falando palavrões e nos chamando de loucas suicidas... louca é a Molly!!

Quando chegamos ao outro lado da rua respirei bem fundo e contei ate dez pra não começar um discurso de como isso foi totalmente imprudente e que por esse ataque de loucura nós poderíamos ter sido atropeladas e etc... mas me contenho, afinal só entraria por um ouvido e sairia pelo outro. Então eu simplesmente digo:

– Tá ficando maluca, caramba! Há formas mais rápidas e menos dolorosas de suicídio!

– Nossa deu pra virar atriz de novela mexicana agora? Dramática- ela debocha de mim- um pouco de loucura não faz mau não... sem mim na sua vida você seria certinha de mais, credo! E também eu não queria andar mais uma quadra inteira pra chegar a faixa de pedestres se já chegamos na pizzaria- diz ela apontando para a pizzaria que estava a duas lojas de distância.

– Nossa eu nunca havia reparado nessa pizzaria... acha que é nova?- pergunto.

– Quem liga se é nova? Bora logo entrar que aqui fora está um gelo e lá provavelmente tem o calor de um forno de pizza bem quentinho! - cometa ela esfregando os braço com as mãos.

Entramos na pizzaria que era decorada com um toque italiano, suas paredes eram de tijolos o que deixavam o ambiente rústico, as mesas quadradas estavam espalhadas pelo salão e todas continham uma pequena toalha quadriculada vermelha e branco. Havia também um espaço no canto direito do salão onde os Pizzaiolos faziam malabarismos com as massas das pizzas enquanto outros as preparavam. A iluminação era feita com o que me parecia ser lamparinas de gás que eram dispostas em pequenos espaços entre as mesas deixando todo o lugar com uma luz amarelada agradável aos olhos. O ar era descontraído, pois haviam tanto casais quanto familias inteiras se deliciando com pizzas de calabresa e rindo de algo que só eles mesmos sabiam. Não havia maître então seguimos restaurante a dentro.

– Você sabe se eles já chegaram?- pergunto esticando o pescoço para procurar os dois caras.

– Sei lá... - responde ela também procurando.

Depois de procurar um tempinho mais, encontramos eles próximo a uma mesa onde havia somente um homem jovem de terno que aparentemente estava muito concentrado em sua taça de shop de cerveja para notar o resto do mundo. Porém quando eu passei por sua mesa sinto o seu olhar em minhas costas por todo o caminho até a mesa dos garotos.

Eles percebem nossa aproximação e levantam para nos receber. Quando Molly vê Dimitry e literalmente se joga nos braços dele, ele a recebe não esperando aquela reação dela ainda mais quando ela beija ele na BOCA! Para o mundo que eu quero descer! Eu sabia que havia rolado algo entre eles, mas não sabia que já estava nesse nível! Percebi que Castiel estava no mesmo estado de incredulidade que eu... e o beijo bom não era um beijo, parecia que eles estavam tentando sugar a alma um do outro...

Castiel pigarreia, bate o pé no chão impaciente e diz:

– Será que o Sr. e a Sra. Desentupidores de pia podem dar um tempo com isso ae? Vou entender se quiserem partir logo pro Motel, mas andem logo antes que a coisa piore entre vocês...

Não consigo conter a risada, e imediatamente eles se desgrudam... ambos bem vermelhos. Lanço um olhar reprovador à Molly que não quer dizer nada além de "Minha jovem você tem problemas cognitivos? E você vai me contar tudo depois!". Dimitry é o primeiro a voltar a falar:

– Desculpe-nos pelo nosso comportamento inapropriado - diz ele envergonhado- agimos por mero impulso.

Molly lança um olhar travesso para Dimitry e enquanto limpa o batom borrado diz:

–Não me arrependo de nada e faria tudo novamente - ela dá uma risadinha provocativa.

Olho pra esse Ser que esta à minha frente quase não reconhecendo-a... okay eu sei e não é de hoje que a Molly esconde não tao bem escondido dentro dela um ser provocativo e dissimulado, mas ela liberou ele geral hoje! Puxo ela de lado fazendo com que ela desgrude do Dimitry e digo:

– Ela não tomou os remédinhos hoje...- Explico- e ahmm... Oi pra vocês dois...- cumprimento-os decentemente.

–E ai- diz Castiel.

– Olá, sentem-se - pede Dimitry.

Molly e eu nos sentamos de costas para a porta, enquanto os dois se sentavam do mesmo lado um do outro e de frente para nós. Eles perguntaram se gostaríamos de uma taça de vinho e perguntaram também qual sabor de pizza nós mais gostávamos. Particularmente desde que tenha massa e cobertura pra mim está ótimo - mania da Magah de escolher sempre um sabor de pizza diferente pra provar... acabou que as frescuras que eu tinha quanto a comida desapareceram.

Depois que o silêncio se instala sobre nós como uma manta sufocante resolvo puxar assunto...

– Hum... vocês trabalham com o que?- pergunto interessada .

– Trabalhamos com o concerto de automóveis e motocicletas. Castiel e eu conseguimos graças a fascinação que sempre tivemos sobre essas máquinas- Responde Dimitry enquanto Castiel olhava fixamente para algum ponto atrás de mim... fiquei tentada a me virar e procurar o que tanto ele encarava.

– Que maneiro! - cometa Molly- Heera , Magah e eu trabalhamos em uma empresa de artes pode se assim dizer, é uma empresa bem grande que reúne muitos tipos de artistas... desde fotógrafos a pintores e designers. Eu sou modelista e a Heera é fotógrafa- completa ela.

Castiel volta sua atenção para mim e mostrando interesse pela primeira vez na conversa:

– Então quer dizer que estamos na presença de duas artistas... bem que você poderia me dar umas aulas particulares de como tirar uma foto descente...- ele deixa a proposta no ar.

Minhas bochechas esquentam... espera foi isso mesmo que eu ouvi ou eu estou tendo alucinações. ISSO foi uma cantada certo? Claro que foi hahahaha.... moral aumentando galera! Encaro Molly que estava com um sorriso malicioso nos lábios - ela é e sempre será experd nisso-. Castiel estava me olhando com uma sobrancelhas arqueada esperando alguma coisa... Putss ele quer que eu responda?

– É-é... c-claro por quê não- sorrio... isso lindo, perfeito! Gagueja mais... inteligente.

Ele assente e volta novamente a atenção para aquele mesmo ponto atrás de mim só que com uma pequena diferença, suas sobrancelhas estão franzidas agora.

Algum tempo depois a pizza é servida e enquanto comemos a Molly e o Dimitry não param de conversar... provavelmente segurar vela seria legal agora já que estou quase na mesma situação só que com uma coisinha que difere essas duas situações... Eu também estou tendo um encontro, mas o meu "Par" mal abre a boca a não ser quando é pra colocar a Pizza.

Ele me encara de repente e eu abaixo os olhos, pois ele deve ter notado que eu estava secando ele... vish. Ele levanta a mão e pega a minha que estava sobre a mesa. O.k. isso me surpreendeu... Muito. Enquanto ele olhava diretamente nos meus olhos eu juro que pude sentir aquele leve perfume de canela e algo mais como hortelã novamente, o mesmo perfume que me embala em meus sonhos todas as noites...

Ele aperta levemente meus dedos e com a outra mão ergue meu queixo fazendo com que eu olhe para ele.

– Ei -ele chama minha atenção- não há motivos para desviar o olhar... aah esqueci de te dizer, mas você está de matar com esse vestido - ele sorri com canto de boca.

Depois desse ataque de gentileza ele volta o olhar novamente para o ponto de antes, só que dessa vez começou a perguntar algumas coisas sobre mim... por exemplo: O que eu fazia quando não estava no trabalho - "saia com a Molly pra paquerar por ai... E arrastávamos nossa amiga encalhada conosco"- deixei a parte do "Pra paquerar" de fora da frase por precaução afinal, eu não queria que ele pensasse que eu vivia de rolo por ai - o que eu nunca fiz. Perguntou também se eu havia nascido aqui em Chicago - eu disse que não pois eu e as meninas viemos do interior de Illínois na cidade das luzes ; Aurora.

Enquanto a conversa seguia eu notava que ele continuava a desviar o olhar de mim e focar o olhar para algo atrás de mim... eu não sou de perder a compostura por coisa pouca, mas que essa de não parar de olhar para trás de mim está me irritando...muito. Não queris dar a satisfação para ele de olhar para traz e pegar ele encarando uma periguete peituda. Como eu sei que é uma periguete que ele estava encarando? Qual outra explicação poderia a ver?

Molly e Dimitry continuavam com sua conversa infinita sobre... espera! Eu não acredito que ela está contando pra ele sobre a Oitava série, uma época horrível da minha vida que eu preferia apagar da memória, simplesmente porquê eu era muito gorducha e usava um óculos ridículo que minha mãe me forçava a usar! Sem falar no meu famoso único penteado rabo de cavalo... é não era nada atraente.

–... Nossa você devia ver como a Heera era naquela época - ela continuou a narrar o ano mais horrível da minha vida. Quando ela tocou no meu nome Castiel começou a prestar atenção em sua história também ( vou esganar a Molly na primeira oportunidade até ela ficar roxa e perder levemente a consciência) - Sério, essa nossa linda Deusa dos Cabelos dourados era irreconhecível, ela era bem fofucha- disse ela enfatizando a frase enchendo as bochechas de ar para que seu rosto ficasse redondo- e usava um óculos que tinha uma armação gigantesca... sem falar no único penteado que ela tinha, um belo e sem graça rabo de cavalo... totalmente sem Sex Appeal- ela começou a gargalhar e Dimitry acompanhando-a também... Castiel me encarou de uma forma estranha como se estivesse tentando me visualizar com 15 anos gorda e de óculos... não acredito nisso.

– Ahh, mas ela era um amor de pessoa -prosseguiu ela- quando sorria no seu rosto de bolachinha apareciam duas covinhas nas bochechas dela... um Amo...Aiiii!- beslisquei o braço dela discretamente, mas com toda força para ver se ela parava de contar isso.- ai Amada não precisa arrancar um pedaço da minha pessoa! Eu preciso de cada pedacinho de mim...

Os dois começaram a gargalhar e Molly apesar da dor começou a rir junto. Eu não vi nenhum motivo pra rir então Fechei a cara.

Depois que todos pararam de rir minha raiva já tinha se extinguido quase toda. Assim que a sua respiração voltou ao normal depois do súbito ataque de risos suas sobrancelhas se contraíram deixando uma leve ruga em sua testa ele levantou subitamente da mesa e enquanto saia disse:

– Tenho um assunto para resolver...

Povo Castiel On.

Falar que eu estava de saco cheio era apenas um apelido. Ultimamente eu venho tentado controlar o meu gênio, pois já estou farto de levar sermão do Dimitry. Mas hoje...Hoje eu vou ter que tomar uma atitude!

Puxei uma cadeira da mesa do imbecil que ficou o jantar inteiro secando a Heera e me encarando como se me desafiasse a tomar uma atitude sobre o fato de que ele estava encarando a garota com a qual eu estava tendo um encontro. Deixei varia dicas de que ela estava acompanhada como quando peguei em sua mão. Mas ou esse cara era lerdo ou gostava de mexer com fogo.

Sua cara de espanto foi a confirmação de que ele não esperava que eu fosse até a sua mesa. Ele pôs o copo de shop na mesa e me olhou com curiosidade.

– Perdeu algo na mesa ao lado, ou você está com algum problema?- pergunto com a voz que transparecia o sarcasmo meio que beirando a raiva.

Ele me olhou de cima a baixo me medindo e disse:

– O meu único problema é você... e quanto ao que perdi, aquela loira espetacular alí- aponta com a cabeça para Heera que estava olhando com uma expressão preocupada no rosto juntamente com Dimitry e sua quase Namorada.

Encarei o desgraçado ousado e com um sorriso que não podia ser descrito com nada mais que ameaçador.

– Volte para o inferninho de onde você saiu seu imbecil Engomadinho e deixe ela longe desses seus olhares pervertidos, pois ela não é e nunca será para o seu bico, e ela está acompanhada. - disse calmamente e bem baixo para que só ele pudesse escutar.

Ele sorriu com escárnio e com o cotovelo na mesa aproximou-se até que seus olhos estivessem na mesma altura que os meus.

– Acompanhada por quem?- perguntou ele fingindo procurar alguém no salão- você? - ele disse cutucando meu peito com seu dedo indicador- Isso eu posso resolver muito fácil é só ela saber o que é um homem de verdade e não um garotinho inexperiente como você! Ela vai saber quando eu a pegar de jeito e mostrar o que se faz com uma garota daquel...- meu punho em seu rosto o impediu de terminar aquela frase maldita.

Todos no restaurante se voltaram para nós. O burburinho começou quando as pessoas tentavam entender o que havia acontecido. O pervertido se recuperava do soco que havia feito seu nariz sangrar e se levantou partindo para cima de mim com um gancho de direta que pegou de jeito em meu maxilar que no começo ficou com uma leve dormência que logo foi substituída pela dor. Me preparei para dar outro soco nele agora com a intenção de deixar aquele merdinha com um olho roxo quando meu pulso foi interceptado no ar.

– Creio que aqui não seja o lugar adequado para brigar rapazes - interfere Dimitry soltando meu punho e me afastando do infeliz.

As pessoas continuavam nos olhando com espanto e curiosidade, assim que o gerente chega para tentar entender o que estava acontecendo o burburinho aumenta... pessoas curiosas são irritantes.

– Posso saber qual o problema senhores?- Perguntou o gerente em um tom nada amigável.

– O problema é com esse cara que por motivo nenhum sentou-se na minha e mesa e partiu para cima de mim! Eu só estava me defendendo- alegou ele com inocência.

Achei que seria difícil meu ódio por esse cara aumentar, mas ele estava conseguindo se superar. Fechei minha mão em punho novamente e não precisei ver pra saber que minhas juntas estavam brancas pela força com a qual eu estava pressionando.

– Meu problema?- eu engulo a vontade de socar ele e sorrio com escárnio- problema tem você seu pervertido desgraçado, minha vontade é de te fazer engolir cada palavra...

– Castiel...- Dimitry me censura interrompendo-me.

O Gerente apareceu não ter problema pra decidir em que acreditar e quando se voltou pra mim já sabia o que esperar.

– Desculpe senhor, mas você está muito alterado e peço que o senhor se retire do estabelecimento por gentileza- havia um '"ou.." incluso naquela frase que deixava bem claro que se eu me recusasse seria posto para fora a força. Que se dane! Eu estava quase partindo para cima dele novamente quando senti uma mão quente e pequena segurar a minha e senti a raiva diminuir um pouco.

Heera me encarava com um olhar preocupado e decidido ao mesmo tempo, depois que ela sentiu a tensão diminuir disse:

– Nos não queremos causar nenhum tipo de trastorno e já estamos de saída não é mesmo?- ela apertou minha mão esperando uma confirmação minha. Fiz que sim com a cabeça nenhum pouco contente e o gerente pareceu satisfeito com isso.

– Tente acalmar seu namorado mocinha- sugeriu o gerente e se afastou.

Olhei para Heera que estava com as bochechas quase no mesmo tom dos meus cabelos. Não pude deixar de sorrir com aquela cena e apertei sua bochecha o que não melhorou em nada a vermelhidão em seu rosto.

Encarei o desgraçado como uma advertência para se manter afastado e me puxei Heera comigo.

Pov Heera On.

Confusa é pouco pra me definir... o que diabos acabou de acontecer aqui? Vou recapitular os fatos pra tentar entender... Primeiro: estávamos conversando sobre o meu passado nada interessante. Segundo: Castiel mudou seu humor e se levantou abruptamente. Terceiro: BAM! Socos, brigas e discussão .

Saímos da pizzaria depois dos rapazes terem pagado a conta e enquanto passávamos entre as mesas percebi diferentes olhares dos clientes da pizzaria... alguns estava meio confusos- nenhum mais que eu, isso eu tenho certeza- outros estavam curiosos e tinha até um ou outro comentando que a noite havia sido divertida...

– Obrigada pela Pizza rapazes, mas temos que ir e já está bem tarde não é mesmo Molly?- pergunto quando paramos onde eles haviam estacionados suas motos.

Percebo o desagrado de Molly assim que eu falo e principalmente quando ela faz um biquinho, agarra o braço de Dimitry e diz:

– Ahh - lamenta ela- mas já?

– Não acho que seria adequado as duas senhoritas voltarem para casa sozinhas - comenta Dimitry.

Castiel continuava de mal humor, algo que devia ser bem frequente aliás. Mas resolve opinar também na minha decisão de ir embora sozinha.

– É obvio que eu não vou deixar você ir embora sozinha a essa hora da noite- disse ele falando comigo. Espera... como assim ELE não vai DEIXAR? Desde quando ele passou a manda em mim?

Olhei para ele e sorri.

– Eu tenha certeza que você tem coisas mais interessantes pra fazer como por exemplo, voltar lá para dentro e terminar aquela briga idiota e sem sentido que você começou!- os olhos de Castiel ficaram negros como o céu de uma noite sem luar. A raiva reapareceu em suas feições tão rápido quanto se foram.

– Briga idiota e sem sentido- ele repetiu o que eu disse e simplesmente sorriu com malícia- pois fique você sabendo que a culpa foi quase que totalmente sua!

Dimitry e Molly olhavam para mim e para Castiel assistindo-nos como se estivessem em uma partida de ping-pong.

Novamente eu sorri... o que ela queria dizer com a culpa é minha?

– Culpa minha?- eu perguntei e Cruzei os braços- desculpe, mas realmente eu não me lembro de ter pedido pra você começar a se atracar com o homem da mesa ao lado! Você fez isso por que quis então não se ache no direito de colocar a culpa em mim!- respondi um pouco exaltada.

– Eu tenho todo o direito de brigar com o homem da mesa ao lado a partir do momento em que ele começa a cobiçar algo que é meu!- ele disse quase berrando.

Senti minhas bochechas esquentarem assim que ele disse que EU era dele, e virei meu rosto para que ele não percebesse.

– Sua?- perguntei realmente irritada depois de alguns segundos- desde quando eu virei sua propriedade?

Ele abre um sorriso de canto de boca se aproximando lentamente de mim que não me afastei nem um passo decidida a não ceder com sua aproximação.

– Pode não ser ainda...- ele afirma e pega em meu queixo firmemente porem bem longe de me machucar- mas eu vou fazer de tudo para que seja.

Arregalei os olhos com aquela declaração e dessa vez minhas bochechas não esquentaram elas queimaram! Reprimi uma vontade repentina de fazê lo calar a boca com os meus lábios.

– Isso é o que vamos ver, Atrevido- digo.

– Adoro um desafio, Marrenta- revida ele- agora sobe antes que eu te coloque sentada no tanque da moto a força...

Eu realmente não duvidava nada que ele se atravesse a fazer aquilo e de muito mau humor subi na traseira de sua moto, Molly soltou um gritinho de contentamento e subiu na moto do Dimitry.

Tentei manter o mínimo de contato entre os nosso corpos durante o trajeto para casa o que não foi uma tarefa muito bem sucedida já que o Castiel fazia questão de aumentar repentinamente a velocidade da moto me fazendo segurar cada vez mais forte em sua cintura. Eu quase pude ver o sorriso em seus lábios através do capacete.

Quado ele estacionou na portaria do prédio eu quase pulo do banco da moto. Viro-me e vejo que Castiel estava me acompanhando. E Molly... bom ela ainda estava no grude sem fim dela com o Dimitry.

– Obrigado pela carona...- disse me virando para entrar na portaria, porém senti uma mão em meu pulso que me faz virar e ir de encontro aos braços de Castiel. Em um segundo nossos lábios estavam colados um no outro. Admito que quis resistir, mas fui vencida por sua paciência e me deixei levar. Senti uma de suas mãos em minha cintura enquanto a outra segurava meu cabelo. Passei minha mão sem sua nuca e puxei o seu cabelo levemente. O que só fez ele aprofundar cada vez mais o beijo, sua língua brincava com a minha explorando cada canto com uma necessidade que pedia cada vez mais.

Percebi que ele não pretendia me largar tão cedo e era muito provável que mais alguns minutos nessa e eu mesma não teria forças para me livrar daquele beijo então fiz a primeira coisa que me veio a mente... mordi seu lábio inferior com força, fazendo-o se afastar.

Ele me encarou surpreso com o que eu havia feito e estava um pouco ofegante assim como eu.

– Você me mordeu?- perguntou sorrindo com malícia enquanto passava a língua no lábio.

– Ninguém mandou você me beijar de surpresa!- disse aborrecida.

– Você não pareceu se importar...- seu sorriso se alargou cada vez mais.

– Acredite me importei sim!

– Não é como se fosse algo que você pudesse impedir não é mesmo fofucha- disse enquanto me pegava pela cintura e me dava um selinho.

Empurrei ele e com as bochechas em chamas me afastei chamando Molly que desgrudou de Dimitry e entrei no prédio. Além da audácia de me roubar um beijo - tá admito que o beijo teve participação mútua- ainda me chamou de fofucha como seu eu ainda estivesse no ensino fundamental!

– Menina com a química que vocês tem dá até pra fabricar uma bomba nuclear!- comentou Molly enquanto subia-mos as escadas até o quinto andar o prédio.- gente do céu o que foi aquele homem brigando por você! Eu devia ter gravado pra mostrar pra Magah!

– Atá, e em que momento você faria isso se parecia que haviam passado cola permanente em você e no Dimitry- respondo- nunca vai você mais grudenta... o que foi aquilo em?

– Só tenho uma coisa a declarar... oh senhor, que Homens!

Paramos em frente à porta e trocamos um olhar que com certeza queria dizer "segura que lá vem bronca". Peguei o celular e vi que ainda faltavam 15min pras 23h00min.

– É com certeza ela ainda está acordada... ela é de dormir na madruga...- afirmo.

– Quer saber - diz Molly abrindo a porta do Apê- depois desse dia ela pode brigar o quanto quiser que eu não vou me arrepender de nada, ainda mais depois dos beijos calhentes do meu Vampiro de Beco...uii- ela abana o rosto com a mão e entre no apê seguida por mim...

Okay de todas as cenas que minha imaginação poderia ter criado aquela que meus olhos captaram era talvez a mais improvável... eu realmente esperava uma Magah furiosa esperando por nós ou uma Magah estrangulando o pobre do Armin e até mesmo uma cena do crime com peritos e tudo mais, porém encontrar a Magah dormindo com a cabeça no colo do Armin que também estava dormindo era bizarro de mais.

Fiquei parada na entrada de casa enquanto a Molly se aproximou lentamente deles chegando realmente bem perto quase tocando-os e quando pareceu satisfeita deu um joinha e saiu saltitando até o meu quarto... segui aquela maluca pra saber o que ela estava aprontado. Antes que eu conseguisse chegar ao quarto ela saiu de lá com uma das minhas câmeras fotográficas.

– Tira o flesh!- ela sussurra apressada.

Pego a câmera de suas mãos e depois de alguns segundos tiro o flesh e devolvo para ela sabendo o que ela vai fazer e tento abafar o riso.

Ela segue novamente até o sofá e começa a clicar em vários ângulos diferentes , ela até virou a câmera de ponta cabeça e tirou a foto. Segurando o riso ela volta e me entrega a câmera.

– Essa vai entrar pra história! Nunca perca essas fotos e nem deixe ela saber que tiramos elas até que um dia mostraremos isso para os filhos deles - ela novamente tenta segurar o riso, mas percebemos que a Magah começou a se movimentar como se estivesse despertando. Nos congelamos e assim que ela para de se mexer volto a respirar.

– Vamos antes que eles acordem...- eu disse puxando Molly pelo braço, mas paro e volto até eles e pegando um cobertor que tínhamos emprestado a Armin cubro os dois.

– Fase um completa - digo a Molly. Ela concorda com a cabeça e se despede entrando no seu quarto.

Hoje foi um dia realmente bem agitado!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Não esqueçam de contar pra mim viu??
Até o próximo capítulo gente bonita!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Neve Sobre Estrelas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.