Flash back: on

Logo agora que parecia que o vácuo entre eu e o Naruto-kun estava acabando isso acontece... Ele agora parece estar em um mundo no qual eu não posso entrar, nem posso alcançá-lo. Estava tão feliz desde que descobri que ele me amava também. Que não tinha um amor unilateral. E então surgiu essa história de noiva, do irmão, do misterioso sumiço deles antes de eu despertar de vez e agora isso. Minhas perguntar e duvidas só aumentam ao invés do contrário. Será que um dia irei entender tudo?

Pov’s Hinata: off

Flash back: off

Pov’s Naruto: on

–Sim. Espero que ainda esteja disposto àquilo que se ofereceu. –falei.

–Com certeza. –o pirralho sorriu malicioso. –Mal posso esperar...

Com um aceno de cabeça o chamei para irmos pro cômodo ao lado, deixando nossa mãe fazendo companhia à Hinata. Aquele era o mesmo recinto onde ela havia cuidado do problema no selo, que encontrava-se da mesma forma, com o pentagrama no chão, estantes com pergaminhos e guias de selamentos alguns secretos do nosso clã, que só podem ser abertos por membros Uzumaki’s com a “chave” certa, e outros difíceis, porém mais comuns e banais. Claro que eram todos cópias, pois os originais jamais sairão da capital do País do Redemoinho. A única diferença era que estava limpo e impecável, sem rastros do meu sangue ou do que havia ocorrido ali há poucos dias.

–Uau. Eu sempre ouvi falar desse lugar. Realmente o fizeram simulando uma das câmaras de selamento da nossa vila misturada com a ala de selamentos da biblioteca central. –Menma comentou e eu concordei. Realmente era uma bela comparação e descrição do lugar.

–Tem um cômodo desses em todas as residências-embaixadas de Uzushio, isso em todos os países. É irônico o fato deles não saberem que ainda estamos por aí. –ri com essa minha observação. Com certeza as pessoas só veem e acreditam no que elas querem ver e crer que é a realidade, o resto contrário à isso acaba passando despercebido.

–Verdade. Afinal, não importa quanto eles queiram jamais se compararão a nós! –Menma falou orgulhoso.

–Sim... Mas tenha cuidado meu irmão jamais devemos subestima-los. Já conseguirão quase levar nosso país a devastação e nosso povo a extinção, lembra? –relembrei-o sério.

–Hm... –Menma virou o rosto contrariado e emburrado, me fazendo ter uma leve risada, embora parecesse que éramos gêmeos tinha uma diferença de pouco mais de um ano.

–Está bem, senhor “nós Uzumaki’s somos o poder!”. Vamos começar? Você sabe o que fazer, não? –disse bem humorado.

–Porque não disse logo? E é claro que sei! Aguardei esse momento por toda a minha vida! –empolgou-se Menma, esquecendo que estava emburrado a poucos minutos.

–Menma. –disse chamando a atenção dele pra mim. –Você sabe que isso... –apontei pro selo. – Não é uma maravilha, ao ponto de você se animar tanto.

–Eu sei... Mas você sabe que eu sempre gostei do poder e do jeito do Kurama. –ele respondeu.

–Então você tem certeza de que quer que a divisão seja assim? Sabe que a personalidade deles mudará e ficará mais instável devido à repentina divisão causando desequilíbrio do yin e yang entre eles dois. Eles terão seu lado bom e ruim ao invés de serem, de fato, cada um ser um desses lados. – expliquei.

–Eu já te disse que sim! –respondeu impaciente.

–Está pronto? –perguntei mais pra confirmar do que outra coisa e ele confirmou, com os olhos brilhando de entusiasmo. -Então vamos dar início ao ritual.

Começamos a preparar a sala pra isso, começando com o desenho do Nijū shīru bunretsu onmyō (selamento duplo divisório do Yin Yang) feito com o sangue misturado com chakra. Cada um de nós o lado referente à qual personalidade da raposa escolhemos, e para os símbolos e escritas nos pedaços de círculos em volta uma combinação da mistura anterior. Respirei fundo e me preparei.

–Jutsu akuma no chūshutsu (Jutsu de extração demoníaca). Fūjikome chakurababuru (Bolha de chakra de contenção). –comecei a extrair a outra metade da bijuu que restava dentro mim. Que adquiriu a forma de uma pequena raposa de nove causas com o pelo laranja escurecido, quase no tom de tijolos de barro, dentro de uma bolha de chakra vermelho sangue levemente enegrecido. –Karuma. –a garota-raposa apareceu prontamente ao chamado, esperando minhas ordens. –Volte a sua forma original. –e assim dito ela retornou a forma de raposa, pequena como a outra, porém com o pelo laranja mais brilhante, também ficando dentro de uma bolha de chakra dourado. E como imãs foram atraídas uma pela outra automaticamente, se fundindo, assim formando a verdadeira Raposa de Nove Caudas, também contida numa bolha de chakra brilhante e chamejante, flutuando sobre o centro do desenho no piso. –Agora vamos começar o processo de divisão de um bijuu em dois outros, assim como nosso antepassado o Rikudou Sennin. –anunciei e ambos fizemos o selo com apenas uma mão.

–Jutsu no Ikimono bumon (Jutsu de divisão de seres)! –pronunciamos e a bolha de chakra começou a brilhar bem forte, ao ponto de não se conseguir ver nada dentro e ser difícil olha-la. Ao se dissipar foi possível notar silhuetas, novamente, as duas raposas lá novamente, Karuma, a boa, com um brilho branco e, Kurama, o mau, com um brilho preto. Porém começaram a mutar, ambos recebendo as duas cores enquanto adquiriam a forma humana e voltavam à de raposas e iam cada uma para uma bolha própria como anteriormente. E então formamos os selos e gritamos juntos:

–Kurama! Shīringusutāto (Começar selamento)!

–Karuma! Shīringusutāto (Começar selamento)!

Foi coisa rápida, dentro de alguns poucos segundo já estava concluído. O lado bom desse selamento é que, como nós o havíamos aprimorado e desenvolvido, não ficava quais que tatuagens feias. Isso mesmo! Não tinha resquício do selo. Além de que ninguém além de nós mesmos tinha como retirar as feras de dentro de nós ou modificar o selo. Somente uma coisa tínhamos certeza. Muita coisa mudaria e ocorreria após sairmos daquela sala.

Pov’s Naruto: off

Após o Uzukage expulsar a Hyuuga da casa, esta, inconformada, se esgueirou até perto da janela mais próxima escondendo sua presença, assim como o seu amado Uzumaki havia ensinado à ela e ao resto da equipe, para poder observar o que aconteceria ali dentro e escutar, pois apenas usar seu byakugan não seria o bastante para acalmar seu coração.

–Bem agora que não há ninguém de fora pode começar com o relatório. –o Uzukage começou a dizer.

–Está bem. –Naruto concordou. –Konoha está mais frágil e indefesa do que imaginávamos, e as outras vilas que visitei antes de vir para cá estão em estado semelhante, eles não serão nada em relação ao inimigo que eles ainda desconhecem. Assim que cheguei os guardas do portão não foram contra mim, mas isso já se era esperado, e então de noite a Hokage resolveu fazer um teste para ver meu nível e me tornar jounin, acho que estava desesperada demais em reaver o jinchuuriki da vila para pensar de forma mais coerente, com isso lutei contra os melhores ninjas e anbus daqui porém para derrota-los usei menos de 5% da minha força. –revelou rapidamente, deixando certa jovem paralisada, seria seu amado um espião de Uzushiogakure infiltrado de forma totalmente despercebida? Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa a jovem entrou na casa, pouco se importando de tê-la invadido e encarou incrédula o jovem.

–Eu não acredito! Você é um espião? Um inimigo? Você mentiu pra todos nós o tempo todo?! –a garota perguntou, estava magoada com a revelação. Mas Naruto a olhava com aqueles olhos sem expressão.

–Hinata. O que pensa que está fazendo aqui? –ele sibilou com a voz vibrando de descontentamento.

–Kami-sama! Por favor, não me diga que estavas escutando tudo?! –perguntou Kushina nervosa.

–E-eu... –Hinata ficou atrapalhada e envergonhada, apenas afirmou.

–Quem você pensa que é, menina?! –esbravejou o velho Uzumaki se aproximando da jovem a fazendo recuar amedrontada. –Acha que só por ser da família principal Hyuuga tem o direito de fazer o que bem quiser?

–Porque está a tratando dessa forma? –Naruto perguntou.

–Oras! Ela é uma Hyuuga, o lugar dela é bem longe do nosso clã. –o senhor respondeu com uma pontada de desprezo. –Você não deveria se aproximar dos Hyuugas, Naruto. Principalmente por ser meu herdeiro, o próximo a suceder ao trono de Uzushio. –Naruto gelou. Hinata o olhou confusa e apavorada e então percebeu Hikari parada ao lado dele que a olhava como se soubesse quem ela era e a conhecesse, um frio percorreu sua espinha.

–Qual o problema com os Hyuugas? –pergunta Menma confuso.

–É minha culpa por não ter contado nada antes. Já está na hora de vocês por que, nós Uzumakis não podemos e devemos confiar nos Hyuuga. –começou. –Eles são traidores. Eram nossos aliados, primos e velhos amigos, porém foi por causa deles e de sua inveja que nosso clã foi perseguido durante a guerra. Se não fosse por eles colocarem medo no coração dos outros países em relação a nós e nossos poderes ainda viveríamos em paz com todos.

–Isso é verdade? Você está falando sério? –Naruto precisava confirmar pra si mesmo que havia escutado certo.

–Não há motivos para mentir para você, meu caro. Pois assim que você herdar meu papel saberá de tudo relacionado a história do Clã Uzumaki. –o senhor respondeu com um sorriso um tanto presunçoso. –Se bobear esta garota sabe de tudo e está apenas te manipulando.

–Não! Acredite em mim Naruto-kun! Eu nunca faria isso! Eu não sabia de nada...! –implorou Hinata desesperada se aproximando do jovem. Mas será que não sabia mesmo? Não havia escutado coisas semelhantes algumas vezes dos anciões de seu clã? Se recusava a acreditar. Será que realmente seus clãs eram inimigos e seu amor seria impedido por uma briga idiota e antiga que eles não tinham nada haver? Mas eles tinham. Ambos eram os herdeiros, ambos herdariam tudo de seus clãs, até as histórias e os pecados. Pensando assim ela não se surpreendeu tanto quando ele se afastou dela e virou o rosto e a mandou sair dali. Mas mesmo assim doeu. Nos dois.

Continua...

Próximo capitulo: A embaixada Uzumaki chega.