Inocência escrita por Nameless


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá !
Desculpa a demora, estive bastante ocupada ultimamente. :D
Boa Leitura e desculpe qualquer erro! ^^



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"A mulher correu de encontro do loiro agarrando seu pescoço dando-lhe um beijo. Os presentes gritavam e aplaudiam, fazendo uma grande baderna. E bem mais longe estava Loki, com o olhar negro de raiva e os punhos cerrados tão fortemente que suas unhas o furaram."

(...)

– Sif, o que faz aqui? -Perguntou Thor após arrastá-la para longe da multidão. Estava feliz com a presença desta, mas confuso.

– Não estava aguentando de saudades e seu pai me fez a oferta de vir te ver. -Dizia passando as mãos pelos belos cabelos loiros e reluzentes que possuía. Ao contrário das demais mulheres de Asgard, seus trajes não era femininos ao extremo, sendo apenas um simples vestido.

– Voltará com ele? -Segurou sua cintura.

– Não pretendo. -Beijou-lhe com saudades. Tudo parecia perfeito para ela que se entregava por inteira.

Mas algo impedia o loiro. Mesmo sentindo-se excitado pelas investidas da mulher, não se sentia a vontade. Separou-se dela e tentando parecer normal e disse que ainda estava cedo para matar as saudades. Sussurrou um "a noite continuamos" e recebeu um sim travesso como resposta. Heimdall veio o procurar dizendo que seu pai queria conversar.

Foi, esperando não se aborrecer.

(...)

Freya se aproximava da casa de Loki, vendo que este estava abalado, resolveu segui-lo. Ao entrar encontrou Tyr sentado na cozinha. Mantinha o olhar baixo, estava abatido devido o "acidente". Seguiu entrando no quarto do moreno que estava encostado na janela. Lentamente chegava perto e quando ia tocá-lo para chamar atenção ouviu uma voz forte e rancorosa.

– Ele disse que não fazia isso com ninguém.

– Não se faça de fingido, você sabia que ele tinha mulher. -Falou séria mas temerosa.

O ar faltou em seus pulmões e suas costas encontraram as paredes. Estava sendo estrangulada. Olhos verdes estavam perto e sua respiração chocava-se com sua face.

– Não sabia. Ele não disse nada. Sempre me deu motivos para acreditar nele. -Apertou os punhos- Por causa dele me seguro para não ceder.

–V-você não acha que é muito cedo para considerá-lo tanto? -Disse num fiapo de voz.

–Não é você que está sentindo isso. E tenho certeza de que ele está ligado com... -Sua voz morreu e ele soltou-a.

–Com o que? -Disse recuperando o folego.

Nada disse. Pousou as mãos em seu cabelo e desesperado lembrou das palavras. "Mas terás alívio. Não morrerás nas mãos de qualquer um, só nas mãos daquele de outro povo. Daquele que amará".

A hora estava chegando. Só não sabia se ia suportar até lá.

(...)

Encontrou seu pai no horário combinado, no meio da mata, num local que mais parecia um santuário. Havia um pequeno altar de pedras, já desgastado pelo o tempo, com pequenos galhos subindo. Notou que no centro deste parecia ter sangue, seco e em pouca quantidade. Atrás, uma estátua ornamentava o lugar. Era uma mulher alta, de cabelos longos e poucos trajes. Arrepiou-se.

– Aqui eles praticavam sacrifícios.

Era Odin. Vinha autoritário, acompanhado de Balder, pois tinha grande apreço por este. Chegou perto do filho e pousou suas mãos em seu ombro. Estava contente e aparentava estar com muita vontade de falar. Despachou o acompanhante e pediu atenção ao loiro, logo começando a explicar o motivo de estarem ali.

–Anos atrás, descobri que realmente praticavam rituais aqui. Eles matavam pessoas para manter o poder de Seidhr. Um poder fantástico que te dá habilidades incríveis. -Parou e mudou o semblante para um sério- Atualmente está concentrado numa pedra. Vim aqui a procura disto. Balder e Heimdall já sabem, e agora você meu filho. Quando a encontrar, tudo será maravilhoso! Seremos imbatíveis! -Sorriu cantando vitória.

Thor ouviu tudo e assimilou. Parecia plausível, mas não questionou, pois finalmente havia entendido o porque de explorar o local. Pensou em questionar se o massacre tinha alguma relação com o que foi dito, mas mudou de ideia. Não estava preparado para o que ia ouvir. O local tinha o afetado bastante. Passou mais um tempo conversando com seu pai, contou-lhe o que Loki fez com Frandal e com ele próprio. Voltaram juntos ao anoitecer e Odin deixou o filho na porta de casa e despediu-se. Sentiu um arrepio percorrer a espinha quando ficou sozinho no local e não demorou a entrar. Notou a casa vazia e escura, com exceção de seu quarto. Foi até ele receoso, e ao chegar neste, não encontrou Frandal, mas sim Sif, nua o esperando com um sorriso malicioso.

– Achei que não ia voltar hoje. -Aproximou-se. As luzes das velas iluminavam seu belo corpo.

– Por que acha isso? Tenho uma linda mulher me esperando. -Retirou sua blusa e juntou seu corpo ao dela- Uma linda mulher sedenta... E que amo muito.

Sorriu e a beijou. Colaram seus corpos e iniciaram uma dança ritmada, muda e cheia de saudades. Repetiram muitas vezes antes de se sentirem saciados.

Adormeceram juntos, mas infelizmente não acordaram do jeito que queriam.

Gritos histéricos.

Thor acordou assustado procurando o motivo para estes e se assustou com o que viu. Sua mulher estava agachada no chão, cercada de cabelos e careca. Foi até ela e a amparou. Estava em prantos.

– A-acordei e estava assim. Quem pode ter feito isso? E por que? Por que!?

Não entendia como alguém entrou em seus aposentos e cortou seus cabelos. Tudo parecia estranho demais. Olhou para cima, pousando os olhos no espelho, que dava reflexo da janela. Viu um vulto e num impulso levantou-se largando a esposa gritando para esperar-lhe. Correu para fora de casa e novamente encontrou um vulto, desta vez indo para dentro da floresta. Seguiu-o até este aparecer em suas vistas novamente. Tinha cabelos negros e era esguio. Apertou o passo até alcançá-lo e se lançou em cima deste que caiu em um baque alto. Sem perder tempo virou o corpo e se espantou.

– Loki?

Os olhos verdes receosos encontraram os azuis.

– Você disse que só fazia isso comigo. -Disse choroso.

– Foi você que cortou os cabelos dela!? -Gritou o loiro furioso.

– Você mentiu para mim. -Fechou os olhos.

– Fez isso por ciúmes? Ela é minha mulher ! Desculpe se eu menti, se fui um cretino, mas nada muda o fato de que eu a amo e de que você fez algo terrível ! -Bateu os punhos que estavam ao lado da cabeça do moreno. -Estava me espionando? E como entrou no meu quarto? Responda!

– Não... Desculpa... não faça nada comigo. -Implorou.

– Mas devia! Devia cortar seus cabelos também. - Puxou os cabelos de Loki com força. - Não deveria ter me envolvido contigo. - Levantou-se.- Mas agora não preciso mais. Tenho a Sif. - Falou, mas sentindo-se um pouco estranho. Não estava tão bravo quanto aparentava.

– Espera... Eu era um passatempo seu?

A confirmação veio em forma de um sorriso leve e um olhar cínico que rendeu pouco pois logo a gravidade e o ar pareceram faltar e o loiro foi arremessado contra um tronco. Uma força descomunal e invisível o prendia. Ficou muito assustado.

– Você não sabe o que fez asgardiano. Era para tudo ocorrer de uma maneira diferente. -Dizia sério, parecia outra pessoa mas ao mesmo tempo o mesmo amargurado Loki. -Se tivesse sido verdade, agora estaria em paz. Maldito hábito do seu povo de enganar.

Thor caiu no chão e ouviu o moreno dizer antes de ir embora.

– Diga para seu pai que a pedra está aqui. -Bateu em seu peito- E que a lança dele faz uma bela decoração em meu quarto. Espero que venha ao meu encontro brevemente, príncipe.

"Espero que venha e acabe com meu sofrimento", pensou antes de deixar o loiro para trás.


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Notas finais do capítulo

Na mitologia Loki realmente cortou os cabelos de Sif. Homem invejoso.

Até a próxima !



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