Inocência escrita por Nameless


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Aqui vamos nós. Obrigada por acompanharem !

Boa Leitura. ^^



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– Audacioso você menino. Não é em todos que encontramos esses olhos sedentos de controle. Se conseguires encarar as consequências, fique a vontade para ter tal poder.

Se não tivesse certeza disso, não teria te chamado.

Muito bem ! Se assim deseja, assim terá.

(...)

– Hey Thor! Que felicidade toda é essa? -Perguntava Frandal, chegando perto do amigo.- Demorou a chegar, eu e Hogun já estávamos indo te procurar. Ele ficou arrependido de ter te deixado à sós com Loki.

– Não se preocupe amigo estou bem, ele não é tão hostil assim. - Falou tocando o ombro do outro. Sorria largamente.

Frandal revirou os olhos . "Thor sempre é tão amigável". Os dois entraram na pequena cabana, Vollstagg havia levado Hidromel para todos beberem. Mesmo que não tivesse o que comemorar, encher a cara era tentador, menos para o loiro. Beber tanto até que todos os problemas desaparecessem não faria efeito neste, pois todos se foram quando abraçou Loki.

Entrou com Frandal e logo já recebeu uma grande taça da bebida. Alguns Asgardianos já se encontravam caídos pelas mesas, enquanto outros apenas conversavam alto, contando casos e lendas. Encostou na janela e pôs-se a olhar o céu e relembrar os momentos divertidos perto de Loki. Sua inocência iria servir de distração para Thor.

– Estranho você não estar caindo de bêbado. -Foi tirado de seus devaneios por Heimdall.

– Felizmente não preciso disso. Estou longe de meu pai, só isso tira metade de meus motivos para encher a cara. -Olhou desafiador para o homem à sua frente.

– Não seja assim ingrato com Odin. Você que ficou cheio de reclamações quanto aos planos de dominação. -Dizia se aproximando do loiro. Era alto, possuía grande barba castanha e olhos de fazer qualquer um tremer de medo. Menos à Thor. -Um conselho, já que ele te mandou para cá para perder a misericórdia, não o decepcione, pois seu pai já perdeu a dele. Usufrua de tudo que um dia será seu! -Dizia alegremente levantando uma taça cheia.

O loiro continuou a encará-lo, com asco. Estava certo, pois havia tido uma briga feia com seus pais no dia do massacre e o clima só piorou adiante. Na tentativa de apaziguar os ânimos passou a agradá-los. Findou as noites festeiras e dedicou-se ainda mais nas artes de luta e estratégia. Pediu em casamento sua antiga namorada, Sif, que enfim foi algo de bom proveito para o mesmo, pois a amava. E por fim decidiu por aceitar a proposta de seu pai de ir para Jotunheim e ajudar na exploração, mesmo que não soubesse do que. Essa resposta, somente Heimdall tinha.

(...)

Na manhã seguinte as atividades recomeçaram, mesmo com alguns machucados e a maioria de ressaca. Balder parecia ser o único que ainda não havia sofrido nada e por isso continuava com o mesmo o positivismo, animando a todos para continuarem suas tarefas. Neste dia porém, alguns Gigantes de Gelo foram ajudá-los a mando de Laufey que a fim de querer minimizar os impactos sociais entre os dois povos.

– Vamos! Ânimo! -Gritava Balder que era um dos homens mais queridos do reino. Em sua partida mulheres choravam ao vê-lo ir, pois além de tudo era muito belo, com seus cabelos castanho-escuros na altura dos ombros, barba rala, olhos azuis e postura forte. Apesar de ter parentesco com a Família Real, pouco mantinha contato e decidira ir para Jotunheim na busca de dar uma vida melhor a sua mão e ao seu irmão ,Hoder, que era cego.

– Se você gritar menos poderíamos trabalhar melhor! -Gritou Hogun.

– Não seja mal educado. -Ria gostosamente Balder- Agradeça que hoje temos ajuda!

– Isso mesmo Hogun. -Argumentou Frandal- Só não concordo com o trabalho de mulheres.

Todos se entreolharam e começaram a procurar a tal moça. Revirando os olhos e perdendo a paciência, Frandal apontou para alguém abaixado tentando remover uma rocha do chão. E este querendo mostrar o quanto é galante, aproximou-se por trás, segurando a rocha juntamente com as mãos da pessoa e sussurrou em seu ouvido.

– Uma moça jovem e bonita como ti não deveria estar assim trabalhando tão arduamente.

(...)

Thor acordou e percebeu estar sozinho na cabana. Estava atrasado, havia dormido demais, mas de nada o sono valeu, pois ainda estava cansado fisicamente e mentalmente. Após uma pequena correria para se aprontar para mais um dia de trabalho, o que incluía trocar as gazes da mão, foi correndo para a área onde estavam preparando o terreno para as construções. Ao chegar, porém, notou uma grande roda e uma aparente briga. Aproximou-se e pode escutar gritos.

– Acalme-se! Foi sem querer, não precisava ter me batido tão forte!

– Cala a boca! Você que chegou me acariciando e cheio de gracinhas. Merecia ter as mão arrancadas! - Era Loki que esbravejava sendo segurado por Balder. Do outro lado encontrava-se Frandal, com um olho roxo.

– O que houve? -Perguntou Thor chegando perto de Hogun.

– O topetudo confundiu Loki com uma mulher. -Ria o outro.

O loiro achava toda a história divertida e o modo como o moreno se debatia, esbravejando era muito interessante. O momento logo foi interrompido por Laufey que ordenou que todos voltassem para suas tarefas. Puxou Loki para um canto e deu-lhe uma bronca. Após, achegou-se para Balder, sussurrou algo em seu ouvido e deu de costas. Este passou adiante a mensagem a todos.

– Por ordens, Loki não ficará mais a sós, alguém gostaria de ajudá-lo e acompanhá-lo a partir de hoje?

Silêncio.

– Se não se pronunciarem vou escolher eu mesmo. 1... 2... - Contava, vendo todos quietos. Parecia que ninguém gostaria de ficar com este. Até que alguém levantou a mão. - Frandal?

Os olhares se voltaram para este. Todos surpresos.

– Não eu! -Argumentava- O Thor. Ele é o único amigável o bastante para aguentar ficar ao lado da donzela. - Dizia implicando.

E antes que qualquer pessoa pudesse falar mais algo, Balder decidiu por aceitar a proposta e levou o moreno até seu novo companheiro para continuarem a fazer seu trabalho.

(...)

– Deixe-me carregar essas ripas para você. -Sugeriu vendo o esforço do outro ao levá-las nos ombros.

– Thor, pela milésima vez, não sou uma donzela. Não caia na ideias de seu amigo. -Dizia sério e visivelmente irritado, mas sem perder a postura. - E você já está levando as suas.

– Certo... certo. -Concordou ainda divertido.

Os dois continuavam andando lado a lado levando pedaços de madeira cortados para onde as fundações das casas estavam sendo feitas. O loiro reparava no modo como o menor se esforçava para carregar tais objetos e o modo de como sua franja caia na face, visivelmente atrapalhando-o. Pararam após algum tempo, Loki não estava mais aguentando e já suava e ofegava de cansaço. Sentaram nos pés de uma grande árvore e ficaram calados, sem se olhar. Thor se sentia estranhamente a vontade com este, talvez por isso não negou vigiá-lo ou talvez seja pelo simples fato de gostar de vê-lo confuso e curioso. Ainda sim ficou surpreso com a medida disciplinar tomada por Laufey, realmente não queriam problemas. Olhou para o moreno e reparou em como este encarava as mãos, suspirando, provavelmente estava sentido dor.

– Suas mãos estão ficando machucadas. -Dizia calmamente Thor. -Seu ombro deve estar doendo também. Essas madeiras são pesadas e para você que não é forte deve machucar.

– Já te disse para parar com isso. - Fitou o outro- Depois vou até a casa de Idun para ela me curar.

– Cura? Isso realmente existe? - Visto que não receberia nenhuma resposta, apenas deu de ombros. -Tudo bem, isso é coisa de seu povo.

Ambos ficaram em silêncio e desviaram olhares. Alguns instantes depois, Loki sentiu suas mãos sendo seguradas. Olhou adiante e percebeu a imensidão azul a sua frente. Thor as segurava e acariciava.

– É sério, deixe que eu as leve, você não aguenta. E tire esses cabelos dos olhos. -Falou tentando tirar as mechas do rosto do outro.

– Não... Não me encoste. -Sussurrou. Estava nervoso.

– Por que? O pouco de contato é bom. -Aproximou-se Thor. -Permita-se experimentar.

Posicionou-se diante do moreno e as mãos que antes seguravam as de Loki, subiram por seu braço e chegaram em seus ombros. Percorreram vários caminhos causando arrepios e sensações nunca antes experimentadas. Evitava olhar o loiro e mordia os lábios, estava envergonhado. Sentiu quando os dedos gélidos tocaram sua testa e afastaram seus cabelos revelando uma face simétrica e emoldurada por uma cicatriz lateral.

– Não sei o que esconde, é parte de você. Não está feio com ela. -Falou o loiro segurando o rosto do outro com a mão. -Não te acho feio.

Loki apenas retribuiu o olhar do outro, estava pronto para falar algo quando os dois foram interrompidos.

– O que estão fazendo!?


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Notas finais do capítulo

Até a próxima !



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