Relatos De Uma Corvinal Em Crise escrita por Muggle Princess


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Nesse exato momento, estou estudando para a prova de História a Magia que vai ter semana que vem com minhas amigas Emily e Annie na biblioteca.

— Annie, escuta, os duendes não queriam ser libertados quando os mutantes tentaram libertá-los. Então, logicamente, a Revolução dos Duendes estourou mesmo apenas em 1352 a.C., dez anos depois! Antes disso, os duendes apenas planejavam a Revolução - eu tentava explicar o assunto para a Annie, enquanto Emily pesquisava algumas datas, do meu lado - Amiga, se você não conseguir colocar o assunto desse nosso sexto ano na cabeça, com certeza não vai conseguir passar no sétimo! Precisa se concentrar mais, entendeu?

Ela respondeu que sim, abaixando a cabeça e anotando tudo num pedaço de pergaminho. Annie é branca com longos cabelos castanhos, assim como seus olhos. De estatura média, sempre com sua inseparável trança, é uma das minhas melhores amigas. Sua matéria preferida é Feitiços, e ela sabe tudo sobre o assunto! Pode ser um pouco avoada às vezes, mas é ótima em oferecer um ombro amigo para chorar, ou em comemorar algo com você. Ela tem um coração de ouro, e um cérebro incrível!

— Pessoal! - ouvi uma voz bem familiar ao longe. Um loiro alto, de olhos cor de mel, corre em nossa direção.

— Oi, Louis. - dissemos todas ao mesmo tempo, sem tirar os olhos dos livro e fazendo algumas anotações. Louis é um garoto de pele macia e voz tranquila que deixa as garotas derretidas, mas que não causa nada além de indiferença em mim. Meus pais resolveram que devo me casar com ele após minha formatura em Hogwarts, mesmo comigo não gostando da ideia.

— Olá, Stephanie! - disse ele , sorrindo. Levantei meus olhos da mesa e olhei o lufano parado à minha frente.

— Louis, eu tenho que estudar. Não sei se você lembra, mas as provas são semana que vem e eu não posso parar de estudar nem que seja por cinco segundos. Não me atrapalhe, tudo bem? - falei, lhe lançando um olhar bem frio e voltando a atenção para a mesa novamente. Minhas amigas apenas acenaram a cabeça, concordando comigo.

— Ah, para falar a verdade... - disse ele, tentando parecer indiferente com a minha frieza - eu vim te chamar pra... pro jantar! Que... já está sendo servido lá no salão principal! Poderíamos dar um passeio juntos depois, que tal? E aí, quem sabe nós...

— Céus, você me ouviu? - explodi, de repente - Eu preciso estudar, não tenho tempo para essas coisas! - minhas amigas continuavam a ignorá-lo enquanto guardavam suas coisas, se preparando para sair. Apenas suspirei pesadamente, entendendo que precisávamos ir logo embora antes que nos expulsassem e nos mandassem jantar. - Tudo bem. - continuei, mais calma - Já vou.

Os olhos de Louis se iluminaram.

— Posso te acompanhar?

— Ah... acho melhor eu continuar com a Emily e Annie. Depois a gente se vê. - Ele simplesmente abaixou os olhos e se dirigiu ao salão, enquanto eu guardava meus pergaminhos. Não é culpa minha se ele é muito sensível! Além do mais... ele é muito grudento! Tem vezes que fica insuportável...

Quando já estava distante, Emily comentou:

— Sabe que não precisa tratá-lo assim, não sabe? - Emily é, sem dúvidas, a menina mais confiável de toda a escola, e guarda segredos como ninguém. Claro, que quando a história é muito forte, ela sempre fofoca comigo e com a Annie, suas melhores amigas, mas aquilo era uma coisa só nossa! Ela tem cabelos negros e lisos, e só sai do nosso dormitório se eles estiverem devidamente presos em um rabo de cavalo alto. Anda sempre com um caderno e livro de poções nos braços, porque esta é sua matéria predileta. Além disso tudo, minha amiga tem uma pequena recaída pelo professor Snape, mas ele nunca lhe deu muita bola. Emily tem família francesa, assim como Annie e eu.

— Você sabe que eu não o suporto. Meu pai não poderia ter escolhido um pretendente pior. - respondi, meio emburrada.

Ah, minha nossa! Desculpem o fato de que até agora eu não me descrevi em nada.

Bem... Eu sou uma garota dedicada, sem dúvidas! Tenho cabelos um pouco encaracolados, na altura dos ombros, e dourados como o Sol. Possuo olhos castanho claro, os quais considero os mais lindos. Sou monitora da casa da Corvinal, a qual eu e minhas amigas pertencemos, e a defendo com toda a força! Sou bastante rígida com relação às regras escolares, e minhas notas são exemplares (me orgulho bastante do meu boletim). Então... gostaria de lembrar também que não sou perfeita. Apesar de todo o meu esforço para me tornar alguém normal, eu me apaixonei pela pessoa errada: um professor. Lupin é, sem dúvidas, o homem mais gentil e inteligente do mundo bruxo e, além de Emily, ninguém faz ideia do que sinto por ele.

— Não diga isso, Phanie - Annie se manifestou enquanto caminhávamos pelos corredores até o Salão Principal - Louis será um marido maravilhoso e cuidará muito bem de você. Ele é sangue-puro, de família francesa, rico...

— Eu sei, eu sei! - interrompi - Mas eu não gosto dele. Custava me deixar escolher com quem quero casar? - dei fim a discussão. Elas sabem que eu nunca fui com a cara dele, por mais gentil que ele seja comigo. Por isso, quando ele se aproxima, elas se calam e deixam que eu cuide dele sozinha, mas nunca concordaram com a maneira que eu o trato.

Chegamos no Grande Salão, e nos sentamos na mesa enquanto conversávamos sobre como amanhã o dia seria puxado. Teríamos aulas de História da Magia, Feitiços, Poções, Herbologia e... Defesa Contra as Artes das Trevas.

"Calma, Stephanie" - pensei comigo mesma - "Grande coisa! Ele dá aula 4 vezes na semana, pare de ficar tão histérica!". Emily tentava inutilmente me acalmar enquanto eu tinha um "piripaque".

Certo. Sei que parece estranho o fato de eu me preocupar com o simples fato de amanhã ter aula dele. Mas ele passou os últimos três dias sem dar aula porque estava doente. E se ele ainda não estiver totalmente recuperado? Ele está sempre tão cansado, e ainda consegue disposição pra lidar com um monte de cabeças-ocas como nós!

— Agora, lembre-se de respirar fundo. Toma aqui esse copo de água e vamos conversar sobre isso no dormitório. Sem exagero, okay? - ela sussurrou pra mim e minha respiração continuava descompassada.

— Escuta, Stephanie - ela começou enquanto me conduzia pelo corredor vazio até o nosso salão comunal - Você se importa mesmo com ele? Quero dizer... Já faz um tempo que você me disse que estava apaixonada por um professor e eu levei na risada porque achei que era só uma paixonite adolescente boba, só para dar graça as aulas. Mas, Stephanie... você acha mesmo que está apaixonada de verdade por ele?

Senti apenas o meu desespero aumentar. Eu já sabia perfeitamente a resposta. Não estava apaixonada por ele. Eu o amava. Naquele momento, a única coisa que eu queria mesmo era ficar sozinha pra pensar um pouco.

— Sim, Emily... Eu tenho certeza. - respondi, nem um pouquinho entusiasmada - Ahn... será que você se importa de me deixar um pouquinho sozinha agora? Eu preciso pensar.

— O quê? Mas... aqui no corredor?

— Emily, por favor...

— Certo, mas tome cuidado. Não quero que ninguém veja minha melhor amiga nesse estado. - ela disse me abraçando e, logo em seguida, me deixando sozinha no corredor mal iluminado.

Assim que ela saiu da minha vista, o choro começou. Cambaleei até uma parede e me encostei, debulhando-me em lágrimas. Merlin! Nunca fui fraca desse jeito, mas esse é o efeito que ele causa em mim... De uma simples asma de preocupação, eu já estava chorando, preocupada com alguém que não me ama! Provavelmente, ele só me vê como a típica rata de biblioteca que faz de tudo pra agradar um professor... Ele nunca vai pensar em mim de outra maneira. E ainda tinha o boboca do Louis. Estou confinada a passar o resto da minha vida presa a ele, fingindo felicidade para quem quiser ver.

Escutei alguns passos apressados vindos em minha direção, e logo me apressei em disfarçar em disfarçar as lágrimas. Sou uma líder, não posso deixar que me vejam assim.

— Stephanie? Céus, você está bem? - Louis veio correndo em minha direção, e me abraçou fortemente (mesmo sem que eu mostrasse a mínima disposição para abraços).

— Sai daqui! - exclamei, me soltando daquele sufoco - Eu não preciso da sua preocupação!

— Eu só quero ajudar... - seu rosto parecia abalado ao dizer essas palavras.

— Então você bem que poderia começar parando de me encher o saco! gritei, e saí à passos apressados.

— Stephanie, espera!

Tarde demais. Já estava subindo para o meu dormitório, onde eu choraria até pegar no sono.


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Notas finais do capítulo

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