O virgem de 19 anos escrita por AmndAndrade


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Ei! Eu não disse que postava outro?! HAUAHUAH quando vi que 17 tinham favoritado, então, foi o impulso de que precisava. Espero que gostem:



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É dezembro e é praxe que esteja quente. Mas na realidade, se existem cidades em que as quatro estações podem acontecer num dia, esta certamente é uma. Quando chego ao Juca, são onze da noite e Marcelo, Eduardo, Marcos e mais dois garotos da natação me esperam.

– Eu disse que era só passar o balaústre! – Marcos rosna enquanto eu esfrego os braços, com frio.

– Vou pular o esquenta – digo rapidamente antes que alguém mais queira me dar sermão.

Eles dão de ombros com certa satisfação e começam a descer a Avenida pelo Centro. Andamos por alguns minutos até que eles entrem numa rua escura e em seguida curvem mais uma vez. Não me assusto nem um pouco ao ver o tamanho da ladeira; limito-me a suspirar e iniciar a quase-escalada, sentindo meu corpo começar a se aquecer com o exercício.

Na esquina do Formigueiro, já dá para saber que é ali. Tem duas garotas sentadas na calçada e uma delas chora com uma garrafa de cerveja na mão, ao passo de que uma apenas afaga o seu cabelo. Passamos por elas sem dar atenção e entremos na casa barulhenta, que se sacode ao som de um arrocha.

Eu já disse que detesto arrocha? Pois bem.

Cumprimento alguns rapazes e algumas garotas mais atiradas passam a mão no meu bumbum quando eu me viro de costas. Entrego quinze reais a Marcos, já que é ele quem conhece os caras da república e saberá para quem pagar a minha entrada.

Observo o espaço em volta. Um sofá azulado com uma mancha que parece tão radioativa quanto a de minha casa foi encostado na parede, assim como uma mesa de centro e várias cadeiras. Em cima da mesa, três caixas de isopor recheadas de cervejas de várias marcas. Atrás de um balcão, na outra extremidade da sala, alguém remexe vários litros de vodka, refrigerante, cachaça e tequila, buscando alguma mistura inusitada – ou um vômito de cor diferente, se não for grosseiro dizer.

Em seguida agarro uma lata de cerveja, abrindo e tomando uns dois goles. Por enquanto eu prefiro ficar sóbrio, porque sei que as garotas estarão agindo como bêbadas perto de mim. De certa forma, é divertido.

Quando uma garota chega bem perto de mim por trás e me puxa, eu me viro pronto para agarrá-la, se ela for boazinha. Ainda são onze e quarenta e eu só bebi duas latas, então espero que ela esteja bem ruim para eu poder passar a mão onde eu quiser. Pelo menos isso eu posso fazer na frente de todo mundo. Antes mesmo olhar a garota, desço a mão até a base de suas costas. Luiza, porém, em empurra de leve, fazendo cerveja respingar em minha regata azul. Pisco um pouco confuso e um tanto embaraçado:

– Luli! – Puxo-a para um abraço, mas ela não corresponde. Continua me olhando feio até eu dizer: – ei, desculpa. Não tinha visto que era você.

Ela sorri um pouco, olhando a cerveja na minha mão.

– Eu sabia que você não tava bêbado de verdade. Só esperando as garotas fingirem, certo?

– Eu só vou dar perda total depois das três – digo, sorrindo. – E você? Veio fazer a alegria da rapaziada?

Ela revira os olhos.

– Pode calar a boca agora. – Seu olhar se perde num ponto da multidão. – Eu já volto.

Concordo com a cabeça e vejo-a sair, agarrando mais uma lata de cerveja enquanto continuo olhando o espaço. Não sei a razão, mas eu de certa forma queria que Vanessa estivesse ali para que pudéssemos conversar decentemente. É então que uma loira alta com camisa da Agronomia chega passa as mãos na minha coxa.

Eu sorrio rapidamente. Coloco a lata de cerveja entre as caixas de isopor e a puxo pela cintura, enquanto ela empina os seios e aperta meu bumbum com força. Prenso-a contra a parede e entrelaço a mão em seu cabelo, afastando a cabeça enquanto espalho mordidinhas em seu pescoço. Engraçado como essa caloura provavelmente vai amar a marca roxa que eu vou deixar. Bebi quatro latas, então não estou tão mal, já ela eu não sei. Ela coloca uma das coxas entre as minhas pernas e está quase totalmente apoiada quando sinto sua língua pedir passagem mais uma vez.

O gosto de vodka, cerveja e energético é ácido e provoca uma sensação gostosa de formigamento na minha garganta, quando ela desce as mãos até o meu equipamento e começa a desatar o botão da bermuda. Olho para os lados, em busca de algo que me impeça. Coloco as mãos nas suas para que ela vá mais devagar, até que entremos num quarto.

Aos trancos e amassos, vamos empurrando um ao outro até um corredor, tropeçando em vários casais e bêbados. Quando ela joga a cabeça para trás, checo o relógio mais uma vez: uma e quinze da madrugada. Então será assim, numa madrugada de sexta-feira, que eu finalmente acabarei com todos os meus problemas.

A garota é voraz, audaciosa. Não para de tentar enfiar as mãos entre as minhas pernas, apesar de eu tentar tirá-las toda vez. Sinto o gosto da mistura de bebidas mais uma vez, quando me decido. Com ela me beijando, tateio as paredes do corredor até sentir uma maçaneta, bem atrás de mim.

Quando entramos no quarto, ela termina o serviço com a braguilha da bermuda. Ela me dá liberdade para que eu tire sua camisa e é o que eu faço. Na realidade, ela espera que eu tire mais, muito mais. É só quando ouço um grito vindo do canto que paro de baixar seus shorts. Estamos ambos paralisados, horrorizados com a voz que rosna:

– Que diabos você está fazendo aqui, Caio? – Vanessa diz da cama, tentando atar o sutiã por trás enquanto um cara que reconheço da minha turma me encara. Ele está com os olhos bem apertados e eu sei que não tem a ver com descendência asiática. Tem a ver com cachaça mesmo.

Ele tenta puxá-la mais uma vez, mas ela empurra o garoto com tanta força que este cai da cama, cambaleante. Ela consegue atar o sutiã, abotoar os shorts e passar as mãos entre os cabelos para ajeitá-los, ainda que o ato quase não tenha o efeito desejado.

Quando ela se levanta e totalmente, o garoto evidentemente bêbado a agarra pela cintura, puxando-a para si.

– Mas que merda, Tiago! Não vai rolar! Me larga! – Ela luta contra as mãos do garoto, que insistem em segurar sua cintura.

A garota loira está meio tonta, mas agora se apóia na parede, olhando para mim e para o outro casal diversas vezes. Sua expressão passa de confusão a enjôo em poucos segundos.

– Me solta! – ela grita, distribuindo socos regulares em seu braço. Não, ela não está tão bêbada.

A loira toca meu ombro e tenta dizer qualquer coisa, mas para abruptamente e coloca uma mão sobre a boca e a outra sobre a barriga.

– Ela disse pra soltar – digo baixo, mas na voz mais firme que posso. O garoto aperta mais os olhos, como que finalmente notando minha presença. Um segundo depois, volta a puxá-la enquanto ela berra qualquer coisa.

Enquanto sigo para puxá-la do aperto do garoto, um som e um cheiro me atraem para o lado. A garota loira segue vomitando pelo corredor, arrastando-se por qualquer parede. Suspiro; típica festa de república.

Quando coloco a mão no ombro do garoto, não é necessário muito esforço para que ele caia, bêbado. Encaro Vanessa por alguns segundos. Ela está tremendo e seus olhos estão marejados. Consciente, absolutamente consciente.

– Por que fez isso? – diz, com certa surpresa.

– Eu só quis ajudar! – Tento me defender.

– Eu não pedi a sua ajuda.

– Vai embora – digo, quando ela me olha. Consigo perceber um lampejo de dúvida e ódio em seus olhos.

– Você não manda em mim!

– Nem você mesma consegue mandar! – grito. – O cara quase te estupra aqui e você aí, fazendo ignorância comigo que só quis ajudar!

– O nome disso não é estupro, Caio! É diversão! Coisa que você não conhece, seu virgem!

Embora me esforce, não consigo entender o motivo de tanta raiva assim. Continuo olhando para ela com cara de idiota até que ela grita mais uma vez:

– Vai perguntar para a prostituta oxigenada que você tava trazendo para cá – rosna, irritada. – Ela com certeza vai te ensinar tudo! – E sai, pisando duro.

Analiso sua fala por alguns segundos. Vanessa estava... Com ciúmes? É isso? Pela posição em que o garoto agora está deitado na cama, imagino que ele vá dormir por ali mesmo. Suspiro, observando a cama de casal e os lençóis embolados no chão, fazendo companhia a algumas peças de roupa. Checo o relógio de pulso e constato que são duas e quinze. Bom, não são três da manhã, o que quer dizer que eu ainda tenho tempo.

Então saio do quarto, preparando-me para dar perda total em mim mesmo.         


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Notas finais do capítulo

Será que a Vanessa tava com ciúmes?! Hummmmmmmmm HAUAHUA
o que acham? E o capítulo? Espero reviews, favoritos... E quem sabe uma recomendação? HAUAHUH Beijoooo