A Terapeuta escrita por Bellice


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

E aí, gente?
Nossa, 13 comentários, nem acredito! Vocês são demais! *o*
Bem, espero que gostem do segundo capítulo da história ;)
Boa leitura! *-*



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Capítulo II

“A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa, nem medir o que se diz.”



George Eliot







Com meus 23 anos nas costas, eu ainda não entendia como pessoas acabavam com a felicidade delas próprias. Por mais que eu tenha estudado sobre isso boa parte da minha vida, o fim do amor me intrigava mais do que tudo.







Eu vi isso de perto em minha infância, quando minha mãe simplesmente se mudou comigo para longe de meu pai. E quando falava dele, seus olhos lacrimejavam e ela os apertava com força, como se estivesse sentindo dor. E ela estava.





Tempos mais tarde apenas, descobri que machucado de amor também dói, e quase sempre, mais do que os físicos. Um ralado no joelho é facilmente cicatrizável, mas um coração quebrado nunca mais será o mesmo. Ele até pode ser colado de volta, mas não voltará a ser a mesma coisa, pois as rachaduras continuam lá, doendo. Lembrando a você todo o dia o quanto aquilo pode ser devastador.





Por isso, eu escolhi essa profissão. Era bom poder ajudar os outros a verem que nem tudo está perdido. Nem sempre o amor está acabado, quase sempre as pessoas é que desistem do relacionamento cedo demais.





Esse não era o caso de Tanya e Edward, no entanto. Porém, mesmo assim, a vontade ajudá-los (mesmo que individualmente), ainda estava lá, mais presente agora do que nunca, passada uma semana que praticamente expulsei o Sr. Cullen de meu consultório.





Eu ainda pensaria numa maneira de conversar com os dois individualmente, mas como? Como eu faria para Edward me ouvir e tentar melhorar? Uma batida em minha porta me tirou de meus pensamentos.





–Sim, Jenna?





–Tem uma moça na sala de espera que deseja falar com a Srta. Disse que é urgente.





–Deixe-a entrar, Jenna. –Sorri para a minha secretária, que logo saiu assentindo, indo buscar a tal moça. Eu não estava com nenhum pouco de cabeça para atender ninguém, mas era meu trabalho. E eu o faria direito. Sempre.





A surpresa foi tamanha ao ver Tanya entrar em meu consultório, que eu até levantei da minha cadeira e fui para mais perto dela, não acreditando que ela própria veio a minha procura. Eu pensei que teria que bolar muitos planos para fazê-la se livrar da vigia de Edward para vir aqui sozinha, mas pelo visto me enganei.





–Tanya! O que posso fazer por você? –Ela estava meio abatida, exatamente como na semana passada. Seu rosto estava inchado e seus olhos vermelhos, sem falar nas olheiras enormes que quase formavam uma bolsa embaixo deles. Pelo jeito ela havia chorado muito, além de não ter conseguido dormir.





Ela estava realmente sofrendo. Edward não estava nem aí. E mais do que nunca, eu me vi necessitada de fazer alguma coisa para que aquela moça a minha frente voltasse a ser feliz, como deveria ser.





–Eu preciso de ajuda, Doutora Swan. Eu preciso de muita ajuda. E eu sei que você não tem nada a ver com isso, mas eu não sei mais a quem recorrer. Eu não tenho amigos, eu... –E ela se desatou a chorar de novo. Meu peito se apertou. Eu odiava ver gente chorando. Odiava.





–Hey, venha aqui. –A sentei na poltrona e me ajoelhei perto dela, pegando suas mãos. Ela finalmente olhou para mim. –Eu vou ajudar você, Tanya. Eu sei que você merece ser feliz. Mas pra te ajudar, eu preciso saber mais sobre a sua vida. Sobre Edward. Sobre esse ódio e esse vazio que ele tem dentro dele. –Ela estremeceu.





­–Edward e eu nos casamos à força. –Franzi o cenho, confusa com aquela informação. Será que eles tinham um filho?





–Você estava grávida?





–Não. Nossos pais eram muito amigos. Nossas mães não conseguiam engravidar, então fizeram a promessa de que se conseguissem gerar duas vidas e essas fossem um menino e uma menina, eles nos casariam assim que completássemos 18 anos. E então, bem... Estamos casados, não estamos? – Tanya sorriu amargamente para mim.





Eu estava chocada com tal história. Essas duas eram loucas ou o quê? Casaram duas pessoas apenas por uma promessa idiota, mantendo Edward e Tanya infelizes por todo esse tempo? Meu Deus!





­–Então, é por isso que Edward ficou desse jeito? –Ela negou.





–Não. Apesar de tudo, Edward entendia nossos pais. Abriu mão de estudar em Harvard para morar comigo aqui. Ele tentou me fazer feliz. Porém eu não tinha me conformado, entende? Eu o tratava mal, o ignorava. –Lágrimas rolavam abundantemente pelo rosto de Tanya e eu já estava mal por Edward. Pelo jeito ele havia sofrido tanto...





–E o que mais? –Eu sabia que pelo rosto pesaroso de Tanya, ainda havia algo que ela estava me escondendo.





–Então, teve um aniversário de casamento dos meus pais. Eu bebi muito, dancei demais... Acabei vendo um antigo primo meu e o beijei por puro impulso. Edward viu. Não brigou comigo, mas vem feito o pior desde então: me ignorado. Um dia eu estava apenas cansada da vida infernal que levo e fui a um parque perto da nossa casa, chorando. Conheci Dérek lá, nos apaixonamos e eu o amo agora, mas Edward se tornou uma pessoa má e acha que só quero ficar com esse homem para lhe fazer sofrer, mas não é verdade. Só Deus sabe o quanto eu me arrependo de ter tratado Edward mal.





Então, no fundo, Edward era um cara bom. Era um cara bom, ao qual aconteceram coisas ruins, o tornando amargo desse jeito. Mas ainda havia esperança! E se eu o mostrasse novamente os motivos para viver e sair da escuridão que ele se encontrava?





–Tanya, eu vou ajudar vocês. Estou me metendo em problemas, mas eu nunca ficaria em paz se não os ajudasse. –Pela primeira vez, vi Tanya realmente sorrir. Ela se levantou e me deu um abraço apertado.





­–Obrigada, Doutora Swan. Obrigada mesmo. Agora, eu preciso ir. Edward já deve estar achando que fugi.





–Ele não sabe que está aqui? –Tanya negou. Eu fiquei mais intrigada ainda. ­–Então por que não fugiu com Dérek? –Ela fechou os olhos e balançou a cabeça, quase que na saída de minha sala.





–Edward é uma boa pessoa, apesar de tudo. Quero vê-lo bem, também. Ele não merece que eu simplesmente fuja, já que ele poderia ter feito isso esses anos que o tratei mal, mas não o fez.





Concordei, sem saber o que dizer de Edward pela primeira vez. Não é que aquele turrão estava ganhando a minha mais sincera admiração?





­–Okay, Tanya. Venha aqui quando puder novamente, sim? –Ela acenou positivamente. ­–E ah, é Bella.





­–O quê? –Tanya me encarou confusa.





­–Meu nome, pode me chamar de Bella. Meus amigos me chamam assim. –Lhei lancei um tímido sorriso, ao qual ela ligeiramente retribuiu. Tanya com certeza entendeu que poderia ver em mim uma amiga, sempre que precisasse.





–Então até mais, Bella.





Assim que Tanya saiu, eu peguei meu telefone e fui procurar na ficha de Edward Cullen seu telefone.





Afinal, eu tinha uma missão a cumprir. E missão dada para Isabella Swan, é missão cumprida.





Custe o que custar, levando o tempo que precisasse. Tanya e Edward seriam felizes nem que fosse a ultima coisa que eu fizesse!




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Notas finais do capítulo

E aí, o que que acharam da aproximação dessas duas e um pouco da história do Edward?
Mereço reviews? Recomendaçãozinha básica? HAHA
Beijão e até o próximo (que virá na sexta que vem)!
Adoro vocês ♥
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