A Terapeuta escrita por Bellice


Capítulo 18
Capítulo XVIII


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me pelo atraso de uma semana, porém eu fiz o exame nacional do ensino médio no final de semana passado e não tive tempo para escrever.
Boa leitura.



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Capítulo XVIII

“Então não preocupe sua pequena mente bonita,

As pessoas jogam pedras em coisas que brilham,

E a vida faz o amor parecer duro.

As apostas são altas, a água é agitada,

Mas esse amor é nosso.

E eles não têm que especular se isto é errado!

Suas mãos são duras, mas estão no lugar das minhas.

Eu vou lutar contra a desconfiança deles e te dar fé.”

Ours – Taylor Swift

Ponto de Vista por Edward Cullen

–Certo. Emm e Rose estão indo para o endereço que você me deu. James também. –Eu revirei os olhos, enquanto observava Isabella dirigir. É claro que ele estava indo.

–Ele vai gostar de ver Tanya novamente, e feliz dessa vez.

–Ele vai gostar de ver você feliz também, Edward. Vocês são amigos há muito tempo.

–Vamos encarar os fatos, Bella. Eu fiquei solitário e um verdadeiro pé no saco por muito tempo, portanto, eu não tenho amigos. Ele foi meu amigo na nossa época de escola. E, merda, mesmo que eu e ele ainda levássemos em conta toda essa amizade que você diz que temos, não é como se ele não tivesse simplesmente namorado você antes! –Certo. Talvez eu estivesse sendo irracional, mas não importava. Bella era boa demais, mas havia de admitir o óbvio: James nunca aprovaria meu envolvimento com a mulher que ele ainda queria para si.

–Sim, Edward! Antes. Passado. Não namoramos mais. Qual o problema nisso? Eu nem conhecia você!

–Não é o ponto. Ele ainda quer você. Ainda têm esperanças que você volte para ele, Isabella. E nenhuma suposta amizade vai apagar isso.

–James não é egoísta. Ele se importa com você, se importa comigo. Tenho certeza de que ele não vai dar um chilique, Edward. Não seja tão...

–Tão o quê? Tão parecido com o Edward que você conheceu no início? Eu já sei que não sou bom o bastante para você! Não precisa ficar lembrando-me a todo o momento! Quer saber? Talvez nós nem devêssemos anunciar nada para ninguém. Talvez você devesse voltar para James. –Eu estava irritado, nervoso, e estava descontando em Isabella. Prova disso era que eu me arrependi de todas as palavras que cuspi em cima dela assim que elas saíram. Eu realmente não concordava com seu ponto de vista, mas nós poderíamos resolver isso civilizadamente. Porém, não. Eu sempre estragava tudo.

–Eu não acredito que você está fazendo isso, Edward! James é meu amigo, e seu também, mesmo que você ache que não. Não importa para mim se ele fizer um escândalo ou não, merda. Eu já disse que vou ficar com você, eu não dependo da aprovação dos outros e, você, mais do que ninguém, também já deveria ter passado dessa fase! Não aja como um babaca comigo. Eu não tenho culpa por suas frustrações do passado.

Isabella agora me olhava até com uma certa mágoa, e só assim percebi que estávamos parados. Em frente à casa da minha ex mulher. Tínhamos chegado, e eu passei praticamente o caminho todo brigando com a única pessoa que eu não queria machucar. Muito bem, Edward.

–Desculpe, Bella. –Ela não estava preocupada com o que os outros pensariam a meu respeito, afinal. Eu também não deveria me preocupar. Eu não deveria me irritar por James estar presente. Ele fazia parte das nossas vidas, querendo ou não. E não era má pessoa apenas por ter se apaixonado por Isabella. Quer dizer, quem não se apaixonaria? Até eu sofri desse mal.

–Tudo bem, Edward. –Bella pegou minha mão com as dela e a apertou de leve, sorrindo triste para mim. –Só... Evite agir assim, tudo bem? Você sabe que eu não tenho culpa, então não fale como se eu tivesse.

–Eu sei que não tem. –Assegurei. –Só tenho medo que você perceba um dia desses que está tomando a decisão errada em permanecer com um cara como eu.

–Edward, você não é uma decisão errada. É o meu maior acerto. –Bella se inclinou para mim mesmo que estivéssemos dentro do carro, e, inicialmente, fez um carinho em meu rosto com uma de suas mãos, sabendo o quanto eu apreciava aquele seu gesto e o quanto este me acalmava. Depois, ela simplesmente se inclinou mais, passou os braços ao redor do meu pescoço e grudou seus lábios nos meus. Eu sabia que nós tínhamos que descer, mas tudo sumiu quando eu senti seu corpo tão perto do meu e seu gosto tão delicioso e centrado quando eu aprofundei o beijo. Sem pensar, puxei Bella pela cintura até ela praticamente cair sentada em meu colo naquele espaço minúsculo. Minhas mãos alisavam sua cintura sobre a blusa fina que ela usava, e quando o ar se tornou escasso, principalmente para ela, Isabella desceu seus beijos pelo meu pescoço, dando algumas leves mordidas aleatórias. Eu gemi, querendo mais do que tudo que estivéssemos em sua casa, e não na frente da minha antiga moradia.

–Bella... –Eu estava ofegante e minha linha de raciocínio estava se perdendo cada vez mais. Nós precisávamos descer. Ou voltar para a casa dela.

–Edward, eu quero tanto você. Tanto... –Antes que eu pudesse responder ao sussurro rouco de Bella, ela friccionou lentamente seu corpo sobre o meu, bem , onde eu mais precisava dela. Puta que pariu.

–Eu também quero você demais, linda. Mas... Porra... –Isabella não pareceu dar atenção a minha possível oposição, pois mais uma vez mexeu-se deliciosamente lenta sobre mim. Eu não pude evitar o impulso e, quase que inconscientemente, segurei-a com um pouco mais de força pela cintura e investi meu quadril contra seu centro, ao mesmo tempo que ela continuava a praticamente rebolar em cima de mim. Eu só queria poder tocá-la direito, sem aquelas roupas entre nós, sem nada, mas já estávamos nos arriscando demais fazendo uma espécie de sexo a seco em um carro parado na frente de uma residência. Eu me sentia um adolescente.

–Eu sei. –Minha namorada falou tão baixinho que eu quase não entendi. –Nós precisamos descer. –Isabella grudou sua boca na minha antes que eu concordasse com ela, então eu decidi aproveitar o momento e mandar a minha consciência para um lugar bem longe. Sem deixar de beijar minha linda namorada urgentemente, eu infiltrei minhas mãos sob a sua blusa, apreciando a maciez de sua pele. Ela gemeu meu nome ainda contra meus lábios quando eu comecei a fazer um pequeno carinho por sua pele, causando arrepios nela. Isabella estava toda quente, quente demais para que eu pudesse parar. Já fazia tanto, mas tanto tempo, e eu a amava tanto, e eu a achava tão linda, e tão gostosa...

–O casal vinte vai descer ou eu vou ter mesmo que assistir a esse showzinho de vocês? –A batida no vidro da janela do carro de Isabella seguido da voz alta fez com que nós dois paralisássemos. Merda, mil vezes merda. Me dando conta do fato que eu tinha levantado a blusa da minha namorada demais, eu a abaixei novamente, temendo que quem quer que tivesse nos flagrado olhasse demais para Bella. Eu queria muito que fosse o tal do Dérek, queria mesmo, porque aí seria dos males, o menor, no entanto, eu sabia que aquela voz era de James. Ele fora meu amigo durante todo o colegial, e fora namorado de Isabella, e agora ele tinha visto justamente o que não devia nem precisava ver. Droga.

–Bella, desça. –Pedi.

–Ah, meu Deus, não era para ele descobrir assim, Edward.

–Agora já é tarde para pensar nisso. Desça. Eu vou daqui a pouco, assim que me recuperar.

–Covarde. Vai me deixar nessa situação constrangedora sozinha! –Olhei para minha terapeuta louca descrente. Ela não queria que eu descesse no estado que eu estava, não é?

–E você quer que eu desça desse jeito e encara James, seus parentes e Tanya? Quer que todo mundo perceba o quanto eu estou louco, o quanto eu estou duro por você, Bella? Isso seria bem mais constrangedor. Desça. Eu digo depois que demorei para pegar as sacolas com as compras.

–Ah, agora eu entendi. –Isabella riu totalmente descarada, como se aquela situação tivesse algo de engraçado, como se ela não estivesse ainda sentada em meu colo e como se James não estivesse do lado de fora, ainda observando nós dois.

Essa mulher definitivamente iria ser a minha morte!

(...)

Quando eu entrei na casa de Tanya, o silêncio reinava no ambiente. O clima estava tenso, e eu senti vontade de pegar Isabella pelo braço e arrastá-la o mais rápido possível de volta para nossa casa.

–Edward! Deixa eu te ajudar com essas sacolas! –Tanya foi a primeira a se aproximar de mim, sorrindo e piscando sutilmente. Eu retribuí ao sorriso, tendo total consciência de que ela tinha entendido o que estava acontecendo ali, mesmo que ninguém tivesse dito diretamente a ela. Não ainda.

–Não precisa. Eu acordei cedo esta manhã e preparei a massa e o molho da lasanha, e a montei também. Você só precisa pré-aquecer o forno e daqui alguns minutos colocá-la lá dentro.

Tanya até parou no meio do caminho parecendo meio chocada com algo, enquanto eu segui normalmente até a cozinha, tirei as bebidas que havia trazido das sacolas e também a lasanha que estava em uma forma pronta para ser assada.

Eu pedia mentalmente para que ela não perguntasse o motivo de eu ter simplesmente feito a lasanha na casa de Bella. Quer dizer, Tanya disse que lavaria a louça, e tudo bem, esse era o plano original. Porém, eu tinha que dar um jeito de não perder tanto tempo longe de Bella, ainda mais com James ao redor como um urubu. Então, a protestos de Bella acusando-me de u paranoico obsessivo e possessivo, eu preparei tudo em casa, pronto para não desgrudar de Bella nesse dia. Ponto para mim. Viu, Bella? Dois podem jogar esse jogo.

–Você acordou cedo? De bom humor? Eu não conheço você mais, acho que conheci outro homem extremamente parecido com você fisicamente apenas. –Eu ri para ela, feliz que o clima estivesse relativamente calmo entre nós dois. Ainda não era exatamente a amizade perfeita, mas com o tempo, acho que voltaríamos aos velhos tempos. Quer dizer, Tanya não parecia ter nenhum rancor por tudo que a fiz passar, e eu já havia percebido há um tempo que não era culpa dela as minhas frustrações pessoais.

–As pessoas mudam, graças a Deus. Eu não sei como você não me matou com um travesseiro em algum momento de todos esses anos enquanto eu dormia. –Tanya riu novamente e inesperadamente, me deu um abraço.

–Eu fico feliz que esteja apaixonado por alguém depois de tanto sofrimento, Edward. Você merece isso mais do que ninguém, sabe? É uma pessoa ótima, sempre foi, mesmo quando desistiu da vida. –Tanya me lançou um sorriso triste, antes de, ainda me abraçando, abaixar a voz para que ninguém da sala escutasse. –James gosta dela ainda, mas ele também tem afeto por você. Seja lá o que ele viu lá fora, deixou-o meio transtornado, pois nem me cumprimentou direito. Boa sorte para ajeitar isso.

Eu não sabia como Tanya descobriu sobre mim e Bella em questão de segundos, mas também, não importava. Acho que não seria difícil de descobrir, afinal, por que eu levaria minha suposta terapeuta para a casa da minha ex esposa e ainda convidaria os familiares dela? Não fazia sentido nenhum se não estivéssemos envolvidos de outra forma que não a profissional.

–Obrigado. Acho que não será fácil, mas ele terá de entender. Não é como se eu soubesse que eles tinham uma história antes de eu me apaixonar por ela.

–Vá lá e tente arrumar essa situação. Daqui a pouco o Derek chega, e suponho que a irmã e o cunhado dela também. –Concordei. –Vá. Eu cuido da lasanha.

Ah, claro. Agora que estava na parte fácil ela cuidaria de nosso almoço. Mereço. Algo me dizia que ela e Bella se dariam muito bem. Concordando, segui para a sala, onde Bella e James estavam. Os dois estavam sentados no sofá de dois lugares do cômodo, mas não se falavam. O clima ainda estava tenso, e eu não sabia como iniciar o assunto, nem se deveria esperar pelos parentes de Bella e pelo namorado de Tanya.

–James, eu...

–Você não precisa me dizer nada, Isabella. Eu vi o bastante lá fora. –James praticamente gritou com ela, e eu percebi quando minha namorada se encolheu minimamente no sofá percebendo o tom de voz dele. Não era do feitio de Bella calar-se, mas eu sabia que essa não era uma situação normal. Ela estava envergonhada. Porém, isso não dava a ele o direito de falar com ela assim.

–James, nós chamamos você aqui para contar sobre nós dois. Não era para você ter visto o que viu, e eu realmente sinto muito por isso, mas mesmo assim, procure entender. Eu não me apaixonei por ela por sua causa. Quando aconteceu eu nem ao menos sabia que vocês dois tiveram algo, pelo amor de Deus!

–Procurar entender? O que diabos você quer que eu entenda? Eu fiquei muito tempo ouvindo você dizer que seu trabalho era tudo para você, Isabella. Eu sempre tive que me conformar em ser colocado em segundo plano, e eu juro que não conseguia entender esse seu amor insano pela profissão, mas até admirava, sabe? –Ele riu, sem humor nenhum. –Contudo, agora percebo o motivo de você sempre viver mais lá do que em casa. Com quantos pacientes você fodeu, Isabella? Sim, pois não venha me dizer que você e Edward foi um acaso! Hein, quantos? Quantos enquanto você ainda estava comigo?

–Como você pode pensar uma coisa dessas sobre mim? Eu sempre fui sincera com você, James. Nunca faria nada do tipo! Eu e Edward foi um acaso sim, pois eu me apaixonei por ele também, me envolvi mais do que deveria, e eu sei que foi antiético, mas não traí ninguém! Se você não entende que nós dois forçamos a barra tentando ser mais do que amigos, sinto muito, mas foi o que ocorreu. E, por favor, se é para ser grosseiro comigo, pode ir embora daqui. Eu pensei que você compreenderia. De todas as pessoas, eu pensei que você entenderia, mas vi que estava errada. Vá embora.

Isabella levantou-se abruptamente do sofá e, antes que eu pudesse perguntar a ela se estava tudo bem, ela simplesmente passou voando por mim. Foi até a porta da casa de Tanya e a escancarou, olhando séria para James. Não sei quem estava mais surpreso com toda aquela determinação de Isabella, eu ou James. Porém, ele evitou olhar para nós dois e, sem ao menos se despedir de Tanya, saiu dali.

Eu a observei fechar a porta lentamente, ao mesmo tempo que se encostava nela e suspirava parecendo cansada. Merda, não era para ser assim.

–Sinto muito, Bella. Eu sei que James é importante para você.

–Eu sei que ele é importante para você também, mesmo que você não admita.

Por mais que eu negasse, Bella estava certa. James fora uma parte importante da minha vida, uma parte que não dava para simplesmente esquecer. E por mais impossível que fosse, eu esperava que, um dia, ele entendesse o que eu e Bella tínhamos e pudesse lidar com isso da melhor possível. Ele também merecia encontrar alguém que gostasse verdadeiramente dele, assim como eu gostava de Isabella.

–Ele é. Só dê um tempo a James. Aposto que ele vai se arrepender de ter falado todos esses absurdos para você, Srta. Obcecada por trabalho. –Ela sorriu por mim e, finalmente, desencostou-se da porta, vindo até mim e me abraçando carinhosamente.

–Eu sei que ele vai. –Ela afirmou. –Às vezes falamos coisas que não pensamos realmente em um momento de raiva. Porém, tudo se ajeita depois que o calor do momento passa.

Sorridente, dei um beijo casto na testa de Isabella. Aquela mulher não podia ser de verdade! James provavelmente ofendeu a coisa que ela mais amava na vida, o trabalho, e ela nem parecia tão raivosa como eu ficaria se estivesse na mesma situação. Ao contrário, ela entendia. Porra, ela entendia! E eu sabia que, quando James se desse conta das burradas que disse e viesse pedir desculpas, ela o perdoaria sem pensar duas vezes. Essa era a minha Bella.

–Uh, James sempre foi brigão nos tempos do colégio. Até arrastava Edward para algumas brigas, não é? –Tanya aparentemente resolveu sair da cozinha, pois veio até nós e, sem cerimônia, abraçou Isabella. –Eu devo muito a você, mulher! E você realmente precisa me ensinar a fazer alguns milagres.

–Posso contar alguns segredos para você, Tanya. E eu disse que ajudaria você aquele dia no consultório, não disse? –As duas sorriram. –Tudo bem que eu não sabia que ajudaria desse jeito, mas o resultado meio que foi positivo, não?

–Muito mais do que positivo. –Respondi.

Antes que pudéssemos dar continuidade a conversa agradável que Tanya havia começado, a campainha tocou. Minha ex esposa foi atender a porta toda animadinha, de certo sabendo que era o seu amor. Revirei os olhos, ao mesmo tempo que sorria também. Eu seria um eterno idiota se tivesse ficado mais tempo prendendo Tanya a mim, ainda mais quando estava tão claro para todos que ela amava aquele homem.

–Oi, vida. Demorou, está tudo bem? –Eu observei Bella olhar com certo desdém a cena dos pombinhos na porta e segurei o riso. Então, ela não gostava de apelidinhos vergonhosos, uh? Eu iria dar um jeito nisso. Outra hora, talvez.

–Está sim, mas eu tive uma reunião de última hora no trabalho e me atrasei, meu bem.

–Ah, sim. Tinha esquecido que hoje era dia de semana, desculpe. É que as coisas andaram tão atribuladas por aqui que pareceu até um almoço de família com direito a barraco e tudo.

Eu e Bella rimos, enquanto Tanya fechava a porta e conduzia seu namorado até a sala.

–Derek, esse aqui é meu amigo de infância e ex marido, Edward. Edward, esse é Dérek, meu namorado e provavelmente meu futuro marido agora que você assinou a lei áurea e me deu a alforria. –Eu revirei os olhos, me controlando para não mandar Tanya à merda. Ela sempre fora cheia dessas piadinhas.

–Prazer, Derek. E sinto muito por qualquer dano que causei a vocês dois. –Estendi a mão para ele, que a apertou no mesmo momento.

–Imagina, Edward. Eu entendo o seu lado, cara. E Tanya, a mais prejudicada nisso, te perdoou, então por que eu não perdoaria? O prazer é meu.

Eu fiquei paralisado por alguns segundos, apenas me dando conta da bondade e bom humor em que Derek estava levando a situação passada. Ele parecia ser um bom cara. Um homem legal, do tipo que Tanya merecia. Sorri, feliz. E não é que tudo estava se ajeitando mesmo? Bella tinha razão ao dizer o quanto a vida era maravilhosa quando sabíamos vivê-la.

–Derek, essa é Isabella, a terapeuta que Edward contratou para consertar nosso falido casamento e, ao que tudo indica, a namorada dele agora. Isabella, esse é Derek.

–Prazer, Isabella. E obrigado, se me permite dizer. –Minha namorada sorriu, parecendo envergonhada por tantos agradecimentos em um dia só, mas concordou com a cabeça.

–O prazer é meu. E me chame de Bella, por favor. Todos os meus amigos me chamam assim.

Eu não tive tempo de fazer uma piadinha sobre eu não ser apenas amigo de Isabella e mesmo assim chamá-la de Bella, pois a campainha voltou a tocar. Suspirei, tenso.

Tudo bem, deveriam ser os parentes da minha namorada. Como eles reagiriam quando Bella contasse que estava namorando um paciente fodido? Provavelmente, não muito bem.

–Oh, querida! Vejo que pela sua cara de animação Edward voltou para casa, sim? Já era tempo! Estou com saudades no meu filhote e Carl também.

–Não estamos atrapalhando algum momento íntimo entre vocês, não é? Sei como é difícil segurar o marido, filha.

Eu congelei no lugar, sem saber o que fazer. Meu pai e minha mãe vieram para uma visitinha e, aparentemente, meu ex sogros também. E porra, Isabella e Derek estavam aqui, olhando para mim e para Tanya, respectivamente, em busca de ajuda. O que eles queriam que nós fizéssemos? Era a hora da verdade.

Definitivamente, esse seria um verdadeiro almoço em família.

E sem dúvidas haveria uma briga.

De quem foi essa ideia de reunir todo mundo mesmo?


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Notas finais do capítulo

E aí, vocês esperavam pelos papais de Tanya e Edward aparecendo assim? HAHAHAHAHA
Não me matem!
O próximo vem em breve!
P.S: A fic recebe 10 comentários por capítulo e, no entanto, há exatas 268 pessoas acompanhando a história. Sério, gente, não desvalorizem o trabalho de quem escreve. Não custa deixar um comentário do que está achando.
E muito obrigada a todas que comentam sempre, vocês me motivam a continuar!