Dragões E Serpentes - Draco E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 8
Treason.


Notas iniciais do capítulo

*Jurosolenementequenãovoufazernadadebom*Esta aíenjoy :]



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Oito)

Pulei da cama cedo, hoje era meu grande dia, iria mostrar ao testa rachada que eu também era capaz. Queria só ver a cara dele!

Flint foi me acordar, mas eu já estava pronto, vestido e com minha Ninbus 2001 nos ombros. Eu estava brigado com a Hermione. Discutimos na Kingscross, ela preferiu viajar com Harry e Rony e discutimos. Ainda não consegui falar com ela, já que aqueles dois palermas estão sempre colados nela.

A verdade era que eu simplesmente não conseguia falar com ela. Toda vez que ela falava de Harry ou de Rony eu me sentia traído e ficava realmente com muita raiva dela. Não conversávamos mais, apenas traçávamos xingamentos.

Assim que chegamos no campo, o sol já estava alto e vários grifinórios treinavam no alto em suas vassouras. Não pude deixar de sorrir.

Assim que notaram sua nossa presença os grifinórios desceram em nossa direção.

— Que é que está acontecendo? — perguntou Wood, franzindo a testa, enquanto cortava o ar em nossa direção. Harry, Fred e Jorge o acompanharam.

— Flint! — berrou Wood para o nosso capitão. — Está na hora do nosso treino! Levantamos especialmente para isso! — Pode ir dando o fora!

Marcos Flint era ainda mais corpulento do que Wood. Tinha uma expressão de trasgo astucioso quando respondeu:

— Tem bastante espaço para todos nós, Wood.

Angelina, Alicia e Katie tinham se aproximado também. Não havia mulheres no time da Sonserina. Com um olhar de superioridade ficaram encarando os nossos jogadores. Apenas revirei os olhos, eu era o mais novo de meu time e os corpulentos sonserinos me escondiam.

— Mas eu reservei o campo! — disse Wood, praticamente cuspindo de raiva. — Eu reservei!

Flint sorriu.

— Ah, mas tenho um papel aqui assinado pelo Profº. Snape. "Eu, Profº. Snape, dei ao time da Sonserina permissão para praticar hoje no campo de Quadribol, face á necessidade de treinarem o seu novo apanhador.”

— Vocês têm um novo apanhador? — perguntou Wood, distraído, ainda não tinha me visto. — Quem?

*

Os dois times se olhavam com tensão enquanto eu e Rony corríamos o mais rápido que podíamos para lá. O garoto Colin, fã de Harry também corria desajeitado atrás de nós.

— Vocês têm um novo apanhador? — perguntou Wood, distraído. — Quem?

E por trás dos seis jogadores grandalhões surgiu diante deles um sétimo, menor, com um sorriso que se irradiava por todo o rosto pálido e fino. Era Draco Malfoy! O que aquele Pirralho estava fazendo ali?! Por que ele não tinha me contado aquilo?! Senti meu sangue subir.

— Você não é o filho do Lúcio Malfoy? — perguntou Fred, olhando Draco com ar de desagrado.

Eu me retraí ao escutar o tom de Fred em relação ao meu pai. Eu não podia defendê-lo.

— Engraçado você mencionar o pai do Draco — disse Flint enquanto o time inteiro da Sonserina sorria com mais prazer. — Deixe eu mostrar a vocês o presente generoso que ele deu ao time da Sonserina.

Os sete mostraram as vassouras. Sete cabos polidos, novos em folha, e sete conjuntos de letras douradas, formando as palavras Nimbus 2001, reluziam sob os narizes dos jogadores da Grifinória, ao sol do amanhecer.

— Último modelo. Saiu no mês passado — disse Flint displicente, tirando um grão de poeira da ponta de sua vassoura com um peteleco. — Acho que bate de longe a série antiga das 2000. Quanto às velhas Cleansweep, varram o placar com elas.— e sorriu de modo desagradável para Fred e Jorge, que seguravam esse tipo de vassoura

Nenhum dos jogadores da Grifinória conseguiu pensar em nada para dizer naquele instante. Draco exibia um sorriso tão grande que seus olhos frios estavam reduzidos a fendas. Eu naquele instante acho que me tornei uma Grifinória por completa. Odiei aqueles sonserinos prepotentes e tinha tanta coisa pra berrar para aquele loiro aguado que fiquei simplesmente estarrecida.

— Ah, olha ali — disse Flint. — Uma invasão de campo.

Ele disse apontando assim que eu e Rony chegamos perto. Na verdade eu já estava perto, corri assim que vi Draco, mas ele só notou minha presença agora que dei um passo realmente ameaçador em sua direção. Draco me viu pela primeira vez e me lançou seu olhar teimoso e prepotente. Ah se eu estivesse sozinha com esse pirralho, ia dar uma surra tão grande nele...

— Que é que está havendo? — perguntou Rony a Harry. — Por que vocês não estão jogando? E que é que ele está fazendo aqui?

Olhava para Draco, reparando nas vestes de Quadribol com as cores da Sonserina que o garoto usava.

— Sou o novo apanhador da Sonserina, Weasley — disse Draco, presunçoso. — O pessoal aqui está admirando as vassouras que meu pai comprou para o nosso time.

Rony olhou, boquiaberto, as sete magníficas vassouras diante dele.

— Boas, não são? — disse Draco com a voz macia, eu odiava quando ele fazia isso. Costumava tratar Dobby assim. — Mas quem sabe o time da Grifinória pode levantar um ourinho e comprar vassouras novas, também. Você podia fazer uma rifa dessas Cleansweep 5; imagino que um museu talvez queira comprá-las.

O time da Sonserina dava gargalhadas. Eu me irritei e achei minha voz, me dirigi diretamente para o loiro.

— Pelo menos ninguém do time da Grifinória teve de pagar para entrar — eu disse com aspereza. — Entraram por puro talento.

O ar presunçoso de Draco pareceu oscilar. Estávamos no meio de uma daquelas nossas discussões em que só paramos quando um realmente machuca o outro.

— Ninguém pediu sua opinião, sua sujeitinha de sangue ruim. — xingou ele.

Eu senti novamente como no dia em que ele me machucou sem querer. Perdoei-o daquela vez, ele não tinha controle sobre a magia. Mas dessa vez eu simplesmente me calei, senti-me terrivelmente traída. Eu tinha contado para ele, e só para ele minhas suspeitas de ter pais trouxas ou traidores, é algo sério, são meus pais biológicos, ninguém pode saber sobre isso. Todos já me ridicularizam por ter estudado com trouxas e ser diferente da minha irmã, mas agora ele dizer isso?! Ele era meu irmão! Devia me proteger não me jogar aos lobos! Tivesse ele me apunhalado cem vezes, não estaria tanto quanto doía agora.

Seu olhar vacilou assim fechei minha boca e franzi a testa.

Houve um tumulto instantâneo em seguida às suas palavras. Flint teve que mergulhar na frente de Draco para impedir que Fred e Jorge se atirassem contra ele. Alicia gritou com voz aguda:

— Como é que você se atreve! — e Rony mergulhou a mão nas vestes, puxou a varinha e gritou:

— Você vai me pagar! — e apontou a varinha, furioso, para a cara e Draco, por baixo do braço de Flint.

Um estrondo muito forte ecoou pelo estádio, e um jorro de luz verde saiu da ponta oposta da varinha de Rony, atingiu-o na barriga e o atirou de costas na grama. Sua varinha estava quebrada.

Ver Rony caindo e todo time da Grifinória partindo para a briga por mim me fez sorrir tristemente. E eu entendi.

Os grifinórios cuidarão de você quando os Malfoy caírem e lhe faltarem.”

Acho que de todas as casa de Hogwarts a única que me aceitaria do jeito que eu era, e nunca teria vergonha de mim, ou tentaria me esconder era a Grifinória. Quem diria que o chapéu seletor não estava Caduco. Engoli em seco e me voltei para o ruivo caído.

— Rony! Rony! Você está bem? — eu disse dando as costas aos sonserinos.

Draco não cuidaria de mim, ele não era minha família.

*

Eu tinha ido longe demais, e agora ela nunca me perdoaria. Franzi meus lábios.

Eu iria ficar longe dela, por que a única coisa que sabíamos fazer é brigar. E por um instante eu daria tudo para ser aquele Weasley pobretão e de inteligência questionável.

***

A partir daquele dia eu era Greengrass e ele era Malfoy. Nos tratávamos pelo sobrenome, e sempre que nos víamos brigávamos, ele se tornou um completo idiota e disse para Harry e Rony – quando eles estavam disfarçados de Crabbe e Goyle – que queria que se alguém tivesse que morrer, ele queria que fosse eu. Eu e ele tínhamos tomado um caminho sem volta.

Harry e Rony desconfiavam que ele era o herdeiro de Sonserina, achavam que meu pai Lúcio tinha aberto a Câmara Secreta há 50 anos atrás. Eu sabia que não era possível, isso significaria que meu pai era um assassino. E meu pai não era isso.

Mas conforme eu estudava e lia, eu me preocupava mais e mais. Cada vez mais o dia em que meus pais e o pai de Crabbe estavam na sala com capas pretas. Eu tentava não pensar sobre isso, mas estava ficando cada vez mais difícil.

O que eu devia fazer?!

E então, fui conversar com a única pessoa que certamente saberia o dizer.

*

– Não sei o que te dizer, senhorita Greengrass. – ele me olhou por cima dos oclinhos meia lua. – talvez se me explicasse com mais detalhes...

Eu tinha resumido o meu drama para Dumbledore, mas sem revelar os envolvidos.

– Senhor, eu só quero saber o que devo fazer. Que lado se deve tomar quando duas pessoas que você ama se odeiam? Quer dizer, qual o certo?

Dumbledore alisou suas longas barbas e saiu de trás de sua mesa e colocou sua mão em meus ombros.

– Tente conciliar os dois.

– É impossível. E um dos que eu amo – pensei em Draco e meu Pai – eu não tenho certeza se...

– Está lutando do lado certo. – ele completou.

E me olhou de um modo estranho, como se eu fosse um fantasma.

– Ame os dois, mas dê apoio ao lado mais fraco. Esteja lá por ele, independente de tudo! Você me entende? – ele disse rapidamente alarmado. – Entendeu Lílian? Quando ele precisar de você, esteja lá por ele!

– Lílian? – eu disse confusa.

Dumbledore fechou os olhos rapidamente e voltou para trás de sua mesa e deu um suspiro triste.

– Sabe minha jovem, um dia eu cometi o erro de aconselhar alguém, alguém que me lembra muito você, à sempre fazer o que é certo, ficar do lado da luz.

– Eu devo me corromper pelos que eu amo senhor?

– Não! – ele disse rapidamente. – Mas você apenas não deve deixar de amá-los por que estão corrompidos. Ajude aqueles que precisam de você.

Certo. Eu estaria lá por eles. O fuinha nojento do Draco estava mais do que bem amparado, meu pai já era um adulto certo? Harry era quem não tinha família, Harry era o lado mais vulnerável da corda, certo? Eu ficaria do lado de Harry.

– E não se esqueça de que nem tudo é o que parece, não é por que se sorri, senhorita Greengrass, que realmente se está feliz. Não é por que se veste a mascara da força, que você não esteja quebrado por dentro, Lílian. – ele engoliu em seco e balançou a cabeça – senhorita Greengrass. – ele se corrigiu.

Eu sorri.

– Essa Lílian deve ter sido alguém especial.

– Me lembra muito você, senhorita Greengrass. – ele sorriu enigmático. – agora retorne para seu dormitório, o toque de recolher já soou há tempos. Pedirei para que seu monitor venha buscá-la e acompanhá-la na volta.

– Obrigada. Até mais professor.

– Até mais Hermione.


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Notas finais do capítulo

TCHAAANS, por hoje é só pessoal, espero que tenham gostado e me desculpem por serem mais curtos E_E e obrigada por todos os comentário e pela recomendação (VIVIANEBRAGA SUA LINDAAA º^º) ♥ LEITORES LINDOS QUE EU AMO ♥.*malfeitofeito*