Dragões E Serpentes - Draco E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 7
Tightrope.


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãofareinadadebom*AQUI ESTÁÁÁ, já já posto o próximo :3



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Sete)

Acordei ao lado de Draco. Fiquei um pouco quente ao me lembrar de suas brincadeiras na noite anterior. Eu casada com ele. Taí uma coisa que não daria certo.

Tecnicamente ele não estava exatamente ao meu lado. Ele tinha o corpo em cima do meu e usava meu peito como travesseiro. Parece ser desconfortável, mas eu amava dormir com Draco.

E ele ficava tão bobão dormindo, com a boca meio aberta e uma cara de pirralho.

Decidi dormir mais um pouco, mas minha mãe entrou no quarto como um furação, fazendo com que eu e Draco pulássemos com o susto.

– Ah Hermione, mas que susto. Achei que tivesse sumido!

Ela andou até mim e me abraçou. Draco resmungou alguma coisa e esfregou os olhos enquanto voltava a se deitar e escondia sua cabeça nas cobertas.

– Não senhor, vamos, seu pai chegará em casa logo e já está na hora do almoço! Dormiram demais por hoje.

Com um aceno de varinhas ela abriu as cortinas cegando a mim e a Draco. Eu e o loiro fizemos uma breve encenação de conde Drácula fritando no sol, que fez minha mãe rir. Nos trocamos e fomos almoçar, meu pai chegou logo em seguida com uma cara de exausto.

Lembrei-me da noite anterior e fiquei meio tensa. O pai de Crabbe me ameaçou, e ele não fez nada.

Afastei esse pensamento, não ficaria contra meu pai. Draco pelo visto pensava no mesmo, pois fez sua típica careta Malfoy de indiferença.

– Hermione, - meu pai disse sério enquanto levava um aspargo até a boca. – não quero mais que ande com o menino Potter.

– O que?! Por quê?

– Lúcio. – Narcisa repreendeu-o.

– Por que eu digo que não te quero com aquele traidor de sangue. Nem com o Weasley.

– Não sei se você sabe, pai, mas eu sou da grifinória. E a grifinória é como uma grande família, não posso simplesmente ignorar os dois.

– Você pode sair com pessoas das outras casa, não precisa dos Grifinórios.

– O que?! Como Sonserina por exemplo?! Eles me odeiam pelo simples fato de eu saber uma ou duas histórias trouxas.

– Não seja tão dramática, e termine sua comida.

– Estou sem fome.

– Hermione, essas pessoas, não são adequadas para você. Você ainda é muito jovem para entender.

– Também mataram os pais de Harry Pai. Ele é tão culpado quanto eu. Se o odeia tanto assim deveria parar de me ver por que eu sou exatamente como ele! – desafiei-o.

A boca do meu pai se transformou em uma linha. Meu irmão estava quieto ao meu lado. Não sabia se me defendia ou se trucidava Harry ao lado do meu pai. Eu sei que eu devia acatar as ordens de meu pai, mas eu simplesmente não conseguia aceitar tudo aquilo. Aceitava o silencio, a distancia, a frieza, mas pedir para que eu me isole é demais.

– Já basta. – Narcisa disse séria. – Não quero mais ouvir discussões nesta casa. Hermione olhe o jeito como fala com seu pai. E Lúcio, pelo amor de cristo, ela é uma criança!

– Desculpa mãe. – eu disse cabisbaixa.

O resto do almoço foi normal, exceto pelo clima entre eu e meu pai.

*

– Trouxa? – eu disse surpresa;

– Sim Hermione. Merlin, fale baixo! – Draco gritou num sussurro – Eu acho que é por isso que você é diferente, e porque meu pai acha que vão te fazer mal. Você é uma nascida trouxa. Seus pais deviam caçar bruxos ou algo assim, já ouvi falar de trouxas assim.

– Será Draco?

– Ou traidores de sangue.

Aquilo por um momento fez sentido. Não queria pensar sobre aquilo, estava cansada e chateada com meu pai.

– Não conte para ninguém - eu pedi.

– Não! Claro que não. Não importa seu sangue jamais vou expor você assim desse jeito. – ele sorriu – Quer ir lá fora comigo? As jabuticabeiras estão carregadas.

Eu sorri.

– O último a chegar é a mulher do padre!

Eu saí correndo enquanto o loiro surpreso tentava me atrapalhar.

*

– Hermione. – meu pai disse entrando no meu quarto. – o que está fazendo?

– Lendo um livro. – disse emburrada.

Ele se aproximou de mim e sentou-se ao meu lado na minha cama.

– Gilderoy Lockhart – ele lê em voz alta. – sua mãe adora ele. A outra mãe, Âmbar.

– Sim. – eu concordei – passei a me entender mais com ela depois que comecei a ler os livros dele. Temos um assunto agora. – eu sorri lembrando de como ela parecia uma adolescente apaixonada ao mencioná-lo.

– Você gosta?

Eu fiquei levemente corada.

– Queria que ele tivesse a minha idade. – eu ri. – as vezes eu imagino que somos eu e ele nos livros sabe pai? Ele viveu tantas aventuras e sempre salvou as donzelas em perigo e...

E então eu notei o que ele estava fazendo. Eu me distraí e esqueci que estava brava com ele. Pigarreei e me ajeitei.

– Vamos querida, adoro quando você me conta essas coisas. – ele riu.

– Pai... Eu vou continuar sendo amiga de Harry. – disse sem rodeios.

– Eu não aprovo.

– Bom o senhor também não aprovou que me machucassem quando eu era bebê, mas aconteceu do mesmo jeito. – assim que disse me arrependi. Isso soava como se eu o culpasse. E a minha comparação foi estúpida.

– Não aprovo nada que te coloque em risco. – ele disse sério estreitando seu olhar frio.

– Pai Harry nunca me machucaria.

Ele suspirou.

– Tudo bem, mas prometa que não vai se arriscar por ele! Não vai correr riscos! E se algo der errado vai se afastar dele.

Crispei os lábios e franzi o cenho.

– Hermione prometa, ou eu juro pelos ossos de meu pai que te mando para estudar na frança!

– Dumbledore me deu uma bolsa, eu pediria a ele para morar no castelo!

– Hermione Jean Malfoy! – ele disse raivoso sem pensar direito.

Apertei mais ainda os lábios, mas senti meu peito borbulhar um pouco quando ele me chamou assim. Ele nem se deu conta que errou meu nome. Cruzei os dedos em falsa promessa e decidi ceder. Ele só estava preocupado comigo.

– Tudo bem pai. Minha segurança virá acima da segurança do Potter.

– Acima da segurança de qualquer um! Prometa. – ele estava realmente bravo.

– Mas você e Draco...

– Qualquer. Um. Prometa!

– Eu prometo. – eu disse revirando os olhos.

Ele sorriu e eu descruzei os dedos.

– Merlin você é teimosa!

– Eu fui criada por Malfoys. – eu disse rindo. – está bravo comigo por eu ser da Grifinória? Eu não queria ser...

– Eu não ficaria bravo com você mesmo que se casasse com o Potter... Mentira, nessa caso eu ficaria furioso e te mandaria para França. – ele refletiu mexendo em seus cabelos – mas bem, não foi algo que teve escolha, Draco me contou. E eu simplesmente não posso ficar bravo com a minha princesinha.

Ele se levantou e ficou em pé na cama, me olhando. Pareceu-me tão cansado, as linhas marcando seu rosto e seus olhos azuis exaustos.

– Quer ler comigo pai?

Ele sorriu e balançou a cabeça. Fui para o lado dando-lhe espaço em minha cama. Ele me abraçou.

– ... E com a varinha firme entre os dedos me protegi da enorme baforada de lava que o terrível dragão escaldava ensandecido aos quatro ventos... – eu continuei a leitura.

Senti-me mal por mentir para meu pai. Mas eram meus amigos. Também eram como uma família, e eu protegeria minhas famílias. Dane-se o que dizem, protegeria todas elas.


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Notas finais do capítulo

...continua...*malfeitofeito*