Dragões E Serpentes - Draco E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 4
Wounds.


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*HOHOHO COMEÇOU A TORTURA MUAHAHAHAHAai gentem... Nossa, já avisando aos leitores lindos que essa Fanfic vai rumar para a Faculdade ok? então eu vou pular bastante coisa da escola... .-.enjooooy ♥



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Quatro)

– PAIÊ! – eu corri pela sala – cadê meu maiô?

– Querida, por que não usa o biquíni que Narcisa te deu?

– Biquínis saem muito fácil, não consigo nadar direito.

– Bom, pergunte à Loriel.

– LOLI!

– Não berra Hermione. – a chata da minha irmã passou pelo corredor.

Em pouco tempo meu pai Lucio viria me buscar. Iríamos para a praia comemorar o aniversário de nove anos de Draco. Íamos pra casa de praia na Itália passar uma semana.

Eu ainda não estava na mesma escola que Draco, não sei por que cargas d’água meus pais não me transferiam logo. Mas tudo bem, quando eu fizesse onze anos ia para a mesma escola que aquele pentelho e tudo ficaria bem. Às vezes queria poder morar com eles também. Não que eu não goste dos Greengrass, mas os Malfoy são minha verdadeira família.

Peguei meu maiô com Loli e terminei minha mala.

– Você vai dar isso pro Draco? – Daphne estava escorada na minha porta com o presente dele entre os dedos, segurando-o como se fosse um quilópode.

(Minha professora tem pavor desses bichos (tipo lacraias e centopeias), e deu uma aula inteira sobre eles, mesmo a gente ainda estando na quarta série.)

– Você tirou do embrulho! – eu disse brava – me devolve isso Daphne!

– Eu conheço Draco, ele não vai gostar. Eu dei meu presente ontem sabe, ele adorou.

Minha irmã estudava no mesmo colégio que ele, e todo dia fazia questão de esfregar isso na minha cara. Insuportável.

– O que você deu pra ele?

– Uma goles autografada pelos batedores da Irlanda.

É aquele era um presente legal.

– Que legal. Agora me devolve.

– Você ainda vai dar esse colar ridículo pra ele? Não deve ter custado nem um galeão.

– Eu comprei com o meu dinheiro.

– Ah, comprou dos trouxas? Francamente Hermione...

– Daphne, deixe sua irmã em paz. – meu pai apareceu na porta.

Ela apenas revirou os olhos e jogou o colar para mim. Logo em seguida a caixinha dele.

– Querida, os Malfoy estão vindo e... O que houve?

– O presente da Daphne é muito mais legal.

Meu pai deu a sua típica risada alta que parecia uma trovoada. Ele sempre ria de coisas que não eram engraçadas.

– Vem aqui docinho. – ele me pegou no colo e colocou o colar dentro da caixinha e com um aceno de varinha fez um laçinho nele. – Draco vai adorar.

– Como sabe?

– Por que eu sou um pai. Não te ensinam na escola os dons adivinhatórios que se ganha quando se é pai?

– Paaai. – eu revirei os olhos.

– Draco te adora querida. Ele vai adorar tudo que você der pra ele.

– Tem certeza?

– Ora, eu sou ou não sou um pai? Olhe você, por exemplo, odeia jóias e colares, e ainda assim você não tira esse colar que ele te deu nem pra tomar banho.

Aquilo era verdade. Daphne uma vez fez a brincadeira de esconder meu colar enquanto eu dormia. Foi a única vez que chorei na frente da minha família.

– Certo.

– Querido! Os Malfoy! – minha mãe chamou lá de baixo.

Pulei do colo do meu pai e coloquei a mochila nas costas, saí correndo feito louca, deslizei pelo tapete e quase atropelei Astoria.

– Cuidado mana banana. – ela disse se agarrando na minha blusa.

– Draco tá ai. – eu disse sorrindo – é aniversário dele hoje.

– Mesmo?

Minha irmã adorava Draco.

Desci com ela e meu pai para baixo, e corri destrambelhada para abraçar meu pai.

– Mas você está ficando cada vez maior! – Ele disse me apertando.

Abracei minha mãe e ela me encheu de beijos e apertou meu nariz.

Draco ainda era mais baixo que eu, e tinha seu típico olhar de desinteresse. Pulei no pescoço dele, estava morrendo de saudades.

– Pirralho, feliz aniversário!

– Chatonilda. – ele disse deixando escapar um sorriso. – cala a boca que eu tenho a sua idade.

Eu ri.

– Então, está tudo aí Hermione? Não esqueceu nada? – Minha mãe Âmbar disse vindo até mim e ajeitando meus cabelos.

– Tudo certo.

– Bom, divirtam-se. Draco parabéns. – ela deu um beijo em Draco.

Astória também deu um beijo em Draco e desejou feliz aniversário. Tori quase desmaiou quando Draco a levantou num abraço.

Fomos de pó de Flu.

Eu amava nossa casa de veraneio. Ficava em Pantelleria, na parte norte da ilha, perto das piscinas naturais nas cavernas. Era lindo, o sol era forte e a água cristalina. Atrás da nossa casa tinha algumas dessas cavernas. Não eram bem cavernas, eram rochas furadas que na maré cheia ficavam cheias de água formando as piscinas mais lindas, azuis e cristalinas do mundo.

– Mãe, podemos ir às piscinas?! – Draco gritou assim que chegamos.

Ele era assim. Sempre que tinha mais alguém agia feito um nojento, mas quando ficávamos em família ele era um grande bebezão.

– Claro Querido. Dobby, leve-os até lá, e cuide para que não se machuquem.

Ela nem bem terminou a frase eu saí em disparada para colocar meu maio.

Fui descalça mesmo, só com minha toalha e o presente de Draco escondido nela. Assim que chegamos lá, fomos brincar de mergulhar até as grutas ali perto, demos um mergulho no mar, brincamos de pega-pega com Dobby e depois ficamos assando nas pedras ao sol.

– Draco. –eu chamei-o

Ele se virou para me olhar e eu entreguei-lhe a caixinha.

– Feliz aniversário. Não é tão legal quando uma goles autografada pelos seus batedores prediletos, mas...

Ele nem me deixou terminar a frase pegou o pacote da minha mão e começou a abrir afobado.

– Você realmente me comprou um presente, que legal, não precisava!

Ele viu o colar que eu tinha comprado. Era simples, um colar de contas preto com um pingente muito pequeno de concha.

– Ah, onde eu estava com a cabeça, esquece, isso parece de menina, deixa pra lá...

Eu tentei tirar da mão dele, mas ele me olhou bravo e recolheu o colar junto do peito.

– Cala a boca Chatonilda, eu gostei.

– Mentiroso.

– Eu gostei mesmo! – ele disse se sentando. – vamos, coloque em mim, por favor.

Coloquei o colar nele, o pingente ficava caído no meio do seu peito.

– Agora temos colares de irmãos. – ele disse pegando meu colar que estava caído dentro do maiô. – Merlin, esse colar é horrível. – ele disse olhando para o meu colar. – não sei como ainda usa ele.

– Do mesmo jeito que você usa essa coisa feia aí – eu indiquei o colar que eu tinha acabado de dar.

Nadamos mais um pouco e Dobby nos levou para casa para comer.

Foi a semana mais perfeita da minha vida... Ou quase isso.

***

Voltamos no outro sábado à noite e eu fui dormir nos Malfoy. Draco veio dormir no quarto comigo, mas dessa vez sem barraca e sem história. Ele deitou ao meu lado e ficamos conversando, eu e ele tostados de tanto sol, a pele queimada ardia enquanto um dava tapas no outro só pra deixar a marca da mão.

– Crianças, se aquietem que já é tarde. – minha mãe disse entrando no quarto.

Apagou as luzes e nos deu beijos de boa noite, assim que ela saiu, eu e Draco continuamos conversando mais um pouco. Mas eu estava exausta, puxei a ponta do cobertor e me enrolei indo parar bem ao lado de Draco.

– Por que você faz isso?

– Isso o que?

– Um casulo com o cobertor.

– Não sei, sempre fiz isso. Deixa-me tranquila, parece que os monstros não podem me pegar.

– Monstros não existem. – Draco riu.

– Existem sim. – eu disse em tom de segredo – prometa que não vai rir.

– Prometo.

– Acho que foram os monstros que fizeram essas cicatrizes em mim. – eu tirei meu braço para fora do casulo.

– Meu pai disse que você quebrou alguns copos quando era bebê. – ele disse.

– Não, eu tenho cicatrizes na nuca, copos não fariam isso.

– Então monstros existem?

– Sim. Mas eles não podem mais nos pegar.

– Por que?

– Temos nossos colares. Eles são amuletos poderosos. – eu disse inventando.

O loiro e eu rimos.

– Hermione?

– Hm.

– Você acha que somos mesmo irmãos? Quer dizer, só pode ter um pai e uma mãe. Quais são seus pais de verdade.

Eu não sabia aquilo, só sabia que queria muito ser uma Malfoy.

– Não sei. Não me contam, acho que os Greengrass me adotaram. Quer dizer, todos tem olhos claros, são altos e eu não tenho nada a ver com eles. Sem falar que eles nem tem fotos de quando eu era pequena. E minha mãe não gosta muito de mim.

– Então você é mesmo minha irmã? – ele abriu um sorriso.

– Acho que não.

– Por que?!

– Por que Papai e Mamãe gostam de mim. Quer dizer, eu também não tenho nada a ver com vocês. Vocês são todos muito loiros e de cabelo escorrido e eu... Bem.

– Mas o que tem a ver eles gostarem de você?

– É que minha única chance de ser sua irmã, seria se ou papai, ou mamãe me tivesse fora do casamento.

– Se você fosse bastarda?

– Sim. Mas eles nunca me assumiriam, e me tratariam tão bem quanto tratam.

– Não somos irmãos?

– Não de verdade... Mas estaremos sempre juntos.

– Sabe Hermi, eu te amo... Como se você fosse minha irmã sabe, de sangue.

– Eu também Pirralhoso.

Ele riu.

– Chatonilda. Promete que vamos sempre estar juntos. E quando eu crescer eu te adoto e você vai ser uma Malfoy de verdade.

– Melhor não Draco, não quero sujar nossa família, sabe, talvez eu não seja boa o suficiente para ser uma Malf...

– Ora, mas que absurdo! – ele me interrompeu bravo. – DOBBY!

Ele se sentou na cama e segundos depois o elfo estava no quarto de Draco.

– Hermione é filha de quem?

O elfo ficou verde.

– Dos Greengrass jovem Malfoy.

– Sabemos que não. – ele insistiu.

– Jovem senhor Malfoy, eu não devo... Dobby será castigado...

– Chega Draco. Boa noite Dobby, desculpe acordá-lo.

– Mas...

– Não me importa Draco. Lucio é meu pai, e Narcisa minha mãe. Eles sempre fazem o melhor pra mim, se não querem que eu saiba sobre meus verdadeiros pais, então eu não devo saber.

– Sendo assim, Dobby, tem como a Hermione virar uma Malfoy?

– Bom, tem... Ou o senhor Lúcio adota a garota ou...

– Ou? – Draco quase levantou o elfo pelas vestes.

– Ou alguém da família Malfoy deve se casar com a senhorita Greengrass.

Draco olhou para mim, e eu analisei a ideia por alguns instantes.

– Eca! – dissemos juntos.

– Mas tudo bem – ele completou – Nós nos casamos e você vira uma Malfoy... Ou então eu vou ver se consigo te adotar.

Eu ri.

– Não precisa Draco, não me importo com meu sobrenome. Apenas prometa que vai estar sempre do meu lado.

– Prometo. Mesmo se brigarmos, mesmo que eu morra. Eu sempre vou estar do seu lado.

Prometemos de mindinho. É eu sei, foi uma promessa séria. Se nós quebrássemos ela nossos mindinhos cairiam de nossas mãos reza a lenda. E isso somado ao meu desejo de seis anos. Bom acho que eu teria Draco para sempre comigo.

***

– SEU IDIOTA!

– Vai chorar vai? Criançona!

Eu e Draco estávamos brigando, e pelo visto meus pais não estavam em casa já que apenas Dobby veio tentar apartar a briga. Todo por que esse pirralho retardado acabou com a minha pasta de dente e não quer emprestar a dele.

– Hermione, temos outras pastas, não briguem por causa disso.

– Cala a boca elfo idiota! – Draco empurrou Dobby.

Aquilo me deixou em nervos!

Ajudei Dobby a levantar e empurrei o loiro.

– Seu idiota! Você não pode fazer isso!

– Posso sim, ele é o elfo da minha família, eu faço o que quiser com ele!

– Você é um monstro Draco!

– Cala a boca! Esqueça o que eu disse, eu nunca me casaria com você, você só sujaria o nome dos Malfoy, você não faz parte daqui!

Aquilo me magoou, pegou bem na ferida.

– Você é mau, eu nunca, nem em um milhão de anos me casaria com você, por que tudo que eu sinto por você é pena! Te odeio Draco...

Mas então na metade da frase minha voz morreu e uma onda de dor passou pelo meu corpo, rápida, mas realmente machucou, quando vi estava no chão.

O garoto ainda estava vermelho de raiva, mas olhava assustado para mim.

– E-eu...

– Você fez isso? – eu disse me levantando.

– Senhorita Hermione! – Dobby veio me acudir

– D-desculpe, eu não...Você começou. Mereceu. – Draco disse na defensiva.

Minha visão embaçou, mas eu não chorei. Nunca chorava.

– O que está acontecendo aqui?! – meu pai entrou pela porta como um furacão. Provavelmente Dobby tinha mandado uma mensagem à ele ou algo do tipo.

Draco do vermelho passou para Branco, ficando mais pálido que seus cabelos.

– O que houve? – meu pai repetiu.

Minha mãe chegou logo depois mais confusa do que sei lá o que.

– Quero ir pra casa. – eu disse mantendo a compostura.

– Mas você está em casa. – Minha mãe realmente estava perdida.

– Minha casa de verdade. Com meus pais de verdade. – minha vista estava ardendo mais que tudo, mas eu me recusava a chorar. Mal conseguia falar, tamanha era a sensação de ter uma maça entalada na garganta.

Minha mãe não era tão durona quanto eu, ela saiu do quarto com os olhos marejados. Na hora quis me desculpar, e ir atrás dela. Mas Draco tinha razão, eu não era daquela família.

– O que você fez Draco?! – pela primeira vez na vida, meu pai gritou com Draco.

– E-eu...

– Lúcio. – eu disse com frieza. Ele se assustou ao ver seu nome em minha boca. Nunca o chamava pelo nome. – por favor, me deixe em casa. Draco não fez nada.

Meu pai retomou sua compostura.

– Certo, certo. Sua mochila está pronta?

Confirmei.

– Hermione... Eu... – Draco começou a falar, mas eu simplesmente saí da sala.

Acho que eu tinha alguma coisa dos Malfoy no fim das contas.


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Notas finais do capítulo

NHOM NHOM NHOM ELES SÃO LINDOS NÉ *u* hohoho viu nem demorei pra postar u_u.*Malfeitofeito*



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