Dragões E Serpentes - Draco E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 3
Whises.


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*OI OIIIIEntonces, eu estava viajando e não consegui postar, gomen, gomen...Nossa, dois capítulos e já 21 reviews, 8 favoritos e 39 leitores *U* que alegria... Bom aqui está :3enjoy



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Três)

–PAIÊÊÊ! – eu pulei da cama e saí correndo pela casa.

Já era quase onze horas e ninguém tinha lembrado, ninguém tinha vindo me dar parabéns.

– PAI! PAI! PAI!

Cozinha. Nada. Quarto deles. Nada. Sala. Nada. Procurei em todos os mil cômodos de casa, e eles não estavam lá. Se eu fosse uma criança de cinco anos – e não uma quase adulta de seis – eu estaria prestes a chorar.

– Hermione! Venha aqui! – a voz veio do quarto ao lado do meu.

Hermione burra, se esqueceu de procurar no quarto do seu irmão. DÃÃÃÃH!



Corri escadas acima, e quase quebrei aquele vaso velho da mamãe. Cheguei em frente a porta do quarto do Draco, estava encostada.

Confesso que mesmo eu sendo uma quase-adulta meu coração martelava no peito e eu achei que fosse explodir. Não devia ter corrido tanto pela casa, agora minha garganta doía e estava seca.

– Papai?

– Vem cá Mione. – ele respondeu.

Abri a porta. Luzes estouraram, confetes voaram na minha cara – Draco engraçadinho, óbvio – e os quatro começaram a berrar ao mesmo tempo. Uma mistura de “Surpresa” da minha mãe e do meu pai, com “Viva a Mione” do Dobby e ainda um “Velha e Chatonilda!” do Draco.

E um montão de presentes!

Sim, mesmo sendo uma mocinha, eu tive um – como minha outra mãe não tão legal costuma dizer – faniquito.

Meu pai me esmagou num abraço e me ergueu superalto, depois minha mãe me encheu de beijos babados e mordidas, mesmo sabendo que eles não gostavam abracei Dobby, afinal o bolo provavelmente ele que tinha feito. E da minha cor preferida: roxo!

– Não sou Chatonilda, e você que é um bebê. – eu disse cruzando os braços para o loiro.

– Não sou bebê!

– Hermione, não chame seu irmão assim...

Eu apenas ri e abracei o chato.

– PIRRALHOSO! – gritei esmagando seu pescoço.

– CHATONILDA! – ele disse de volta.

Depois disso Dobby acendeu as velas – eu já disse que eram seis?! – e eles cantaram parabéns.

– Faça um pedido, quando for apagar a vela. – Minha mãe disse.

Fiquei olhando por alguns segundos o bolo roxo com pandas na minha frente e decidi o que queria. Eu queria três coisas, mas eu sabia o que mais queria.

“Quero ficar com a minha família assim para sempre. Que nem nos contos quero um final feliz.”



Eu soprei a vela, mas soprei de mau jeito, então assim que ela apagou voltou a acender.

– Não! Quer dizer que não vai se realizar?! – eu disse assustada. Queria ficar com a minha família mais que tudo.

– Não Hermione, quando a vela acende de novo você ganha outro pedido. – meu pai se abaixou do meu lado. – peça outro.

Eu então mentalizei meu outro pedido.

“Quero ser que nem todos das minhas famílias. Quero poder ir pra mesma escola que Draco e Daphne.”



E apaguei. Mas infelizmente, apaguei bem apagado. Draco pulou ao meu lado e me deu um beijo na bochecha. Draco estava quase do meu tamanho agora, ele ainda não era um quase-adulto que nem eu. Eu sentia falta dele.

Queria ter mais um pedido. Queria que meu terceiro pedido fosse atendido.

Eu passei a encarar a vela, Draco estava olhando para mim, as vezes parece que ele consegue ler meus pensamentos. Meus pais estavam falando alguma besteira de adulto, mas eu só conseguia ver aquele pavio queimado e totalmente apagado que Draco tinha passado o dedo lambido nele. Se não estivesse tão molhado...

Meu último desejo.

– Hermione? – mamãe, ou papai me chamou, mas parecia tããããão longe.

– Mione?

– Senhorita Granger...

– Só mais um – eu disse baixinho para a vela, e pedi com todas as minhas forças para a fada dos desejos.

E ela me atendeu!

O pavio escurecido se destrançou e de cada uma de suas extremidades uma faísca ascendeu e deu origem a um fogo grandão que quase queimou toda a vela e meu bolo de Panda. Meu pai e minha mãe gritaram de susto.

– WOOOW, pai você viu isso? – meu irmão riu.

Sem tirar os olhos do fogo segurei a mão do meu irmão.

“Quero ficar pra sempre com meu irmão Chatolino Pentelhoso, e vou cuidar dele sempre.”



Assoprei a vela. Bem a tempo! Mais um pouco que eu demorasse e a cera da vela caía no meu bolo de panda.

– Você viu pai?! A fada do desejo me deu meu terceiro desejo!

– Wooow, que irado! Pai, eu também vou ter três desejos?! Pai?

Mas meu pai e minha mãe não acharam tão legal. Eles simplesmente ficaram ali, com cara de bocó me olhando como se tivesse um cabrito na minha cabeça usando um tutu. Acho que eles estavam ficando velhos já.

– Olha Hermione, meu presente pra você Chatonilda!

***

A pequena se distraiu com o presente do loiro – um colar de conchas que eu achei horrível, mas pelo visto tinha encantado os dois. Não que os gostos estéticos deles fossem minha prioridade no momento, longe disso.

– Narcisa... Você... – eu disse olhando para a mulher boquiaberta em minha frente.

– Lúcio, ela acendeu a vela. – ela finalmente desviou os olhos da morena.

– Eu sei. Narcisa, como...?

Mas nesse momento Narcisa estava chorando, tinha um sorriso tão grande que parecia me obrigar a sorrir também.

– É uma Nascida-Trouxa! Lúcio, ela é uma Nascida trouxa! – ela ria-se, aliviada.

Eu por um momento também me senti assim. Respirei fundo. No fim meus temores foram vãos. Ela era uma bruxa. Não suspeitariam nunca mais. Mesmo quando o Lord voltasse, ela era uma legítima Greengrass, seu sangue, para todos os efeitos, quase tão puro quanto o meu!

– Acho que devemos cancelar sua matrícula na Colyton Grammar School. eu disse mantendo a compostura. – Vou ligar para o Hugo, para tratar desse assunto.

– Aham. – Narcisa disse descrente – até parece que você não está louquinho para espalhar para Deus e o mundo que ela é uma bruxa.

– Ora Narcisa francamente. – eu disse revirando os olhos.

***

– Vamos Pirralhoso, coloque logo isso. – eu disse já impaciente.

– Calma Chatonilda. – ele disse ainda tentando colocar o colar em mim.

– Mas que modos são esses vocês dois? – Minha mãe cruzou os braços emburrada.

– Ela começou. – Draco foi logo me entregando.

– Desculpa mãe.

– Consegui, deixa eu ver Mione.

Eu fiquei de frente para Draco. Ele era tão baixinho.

– Ficou bonito?

– Sim.

Abracei-o.

– E o bolo de sorvete não vai comer?

Fomos comer bolo de sorvete, e brincamos a tarde inteira, mesmo meu pai e minha mãe não tendo me dado tanta atenção – o que deveriam, pois era meu aniversário – foi um dia legal. Quer dizer, Draco teve que fazer tudo o que eu mandei.

– Mãe, hoje eu posso dormir com a Hermione na cabana? Por favoooor? – meu irmão disse assim que eu saí do banho.

– Pode. – minha mãe beijou o alto da cabeça dele e me entregou meu pijama.

Vesti-me enquanto Dobby fazia a nossa cabana de lençóis por ordem da mamãe. Assim que ficou pronto eu e Draco entramos lá para dormir.

– Hoje eu posso ler a história mãe? – eu pedi, afinal queria que Draco visse como eu já estava lendo bem. Eu tinha treinado essa história com Astória umas cinco vezes.

– Claro querida, tudo que você quiser.

Ela era muito grande para a cabana, mas ainda assim se espremia lá dentro.

– E eu também posso ouvir essa história? – a voz do meu pai quase me matou do coração.

– Pode né pai, mesmo você tendo me abandonado no meu aniversário.

– Ora querida, fui atrás do seu presente.

– Mais um presente? Eu não queria mais presentes, queria que você passasse o dia comigo.

Meu pai quase destruiu a barraca de Dobby, mas conseguiu entrar.

– Oh céus, isso está apertado. Impendo Stellato – meu pai acenou sua varinha e então minha barraquinha ficou enooorme. Sem brincadeira, ficou quase do tamanho do meu quarto, enfiei a cabeça pra fora e vi que ela ainda tinha o mesmo tamanho por fora.

– Nããão pai. – meu irmão reclamou – assim estraga nossa cabana. Cabanas são pequenas, pras pessoas ficarem perto.

– Ah, me desculpe – meu pai acenou a varinha novamente e a cabana reduziu mais de metade do seu tamanho.

– Assim. – eu disse sorrindo e ajeitando as cobertas que o loiro me havia roubado. – Que magia legal pai. Um dia eu vou fazer ela?

Meu pai deu um sorriso tão grande que quase mostrou todos os dentes.

– Vai sim. Vai sim. E agora, antes que a senhorita brigue comigo, não quer saber qual seu presente?

– Qual é?

– Consegui te colocar na mesma escola que Draco. Vocês vão estudar juntos daqui alguns anos.

Sorri, larguei meu livro e fui correndo abraçar meu pai. Ele as vezes era meio carrancudo, e brigava muito com Draco, além de as vezes ser malvado com Dobby. Mas ele era o melhor pai do mundo. As vezes até melhor que meu outro pai Hugo.

– E essa história, nós vamos ler ou não? – minha mãe disse me abraçando e beijando minha bochecha.

– Tudo bem! – voltei para de baixo das cobertas, e tive que arrastar Draco de volta para o seu lugar do meu lado. Ele também estava esmagando meu pai com abraços e beijos.

Li a história da Pequena Sereia. Ela não era a minha princesa favorita, mas era uma sereia. E Draco amava tudo que viesse do mar então achei que ele fosse gostar dessa história.

A sereia que se apaixona pelo mundo que não é o seu, e faz um trato com a bruxa do mar – a asquerosa Úrsula – para que ela tenha pernas por três dias para poder finalmente ir à terra e ficar perto do príncipe Erick, o garoto que ela gosta. Mas em troca disso ela perde sua voz. E a bruxa se disfarça de garota e usando a voz dela, conquista o príncipe e quase se casa com ele. Bem a tempo ela consegue desmascarar a bruxa e depois de uma enorme briga a bruxa é derrotada. Mas nesse meio tempo ela virou uma sereia e está separada do príncipe novamente.

– Eles não vão ficar juntos? – Draco nesta parte estava pouco ligando para a morte da bruxa, estava desesperado pela situação do casal.

– Calma Pirralho. – eu disse revirando os olhos.

Li então a parte que o pai dela lhe dá pernas, e então, ela vai viver com ele na terra, e os dois são felizes para sempre.

– Fim. – eu fechei o livro. – gostou? – eu perguntei pro loiro que estava quase chorando.

– Gostei. Apesar de que eu acho que ele é que devia ter ido pro mar. Não tem nada demais aqui na terra.

– Certo, mas isso é história pra outro dia. – Minha mãe disse. – os dois agora na cama, pois amanha será um dia longo.

– Boa noite – meu pai deu um beijo em Draco e depois em mim. – e feliz aniversário.

– Boa noite queridos. Amo vocês. – e minha mãe também deu nossos beijinhos de boa noite.

– Boa noite. – eu e Draco dissemos.

Os dois saíram do quarto e apagaram as luzes. Segurei a ponta do cobertor e puxei sobre a minha cabeça, rolando até Draco em meu casulo.

– Mas que mania. – ele revirou os olhos no escuro – Você gostou mesmo do colar? Minha mãe disse que é feio.

– Mamãe não sabe nada de moda Draco. Eu amei meu colar. É o mais lindo de todos.

– Feliz aniversário Hermione.

Fiquei em silencio, o loiro na minha frente ainda me encarando no escuro.

– Hermione?

– Hm.

– Quando a gente crescer, vamos poder ficar juntos né? Quer dizer, você não vai mais morar com os Greengrass vai?

– Acho que não, vou morar perto do mar.

– Podemos ter uma casa.

– Sim.

– Hermione?

– Sim Pirralho.

– Você quer tentar ir pro mar comigo? Tipo, você vira uma sereia e eu um... sereio.

– O certo é tritão. E sim, acho que vai ser legal. Eu e você, e todo o mar será nosso.

Ele riu com a ideia.

– Quero crescer logo.

Eu sorri e no meio do mar de edredons tentei achar a mão dele, mas acabei apertando sua barriga, o que deu inicio a uma guerra de cócegas. A qual eu perdi – sempre perdia.

Fiquei atravessada em cima dele descansando de tanto rir, minha cara enterrada nas cobertas e ele ainda rindo mexendo nas marcas do meu braço.

– Por que você tem isso?

– Não sei.

– Dói?

– Não.

Após alguns instantes assim, tentei de novo: me enrolei no edredom e me fechei em meu casulo ao lado do loiro, apenas olhos e nariz de fora.

– Boa noite.

– Buenas. – o loiro respondeu rindo.

Dessa vez eu achei a mão dele, e fui dormir literalmente “mais feliz que pinto no lixo”.


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Notas finais do capítulo

TCHANNNS daqui a pouco mais um, pra recompensar a demora xD