Dragões E Serpentes - Draco E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 26
Go Tiger!


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

Gente, e essa semana Harry Potter na warner hein? ontem eu tinha prova de fisiologia E QUEM DISSE QUE EU CONSEGUI ESTUDAR?

HASDIUSHAD

Anywyas, já que gostaram taaaanto assim do cap anterior, vou postar outro.
Esqueçam ventilador, procurem o ar condicionado mais potente da região.

enjoy.



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Vinte e seis)

Abri os olhos e Draco ainda estava lá. Memórias da noite passada invadiram minha mente.

Depois de tudo, anos de briga, anos de preocupações eu estava com ele. Draco Malfoy era meu namorado, finalmente ele era meu. Ele ainda dormia, a franja de platina caindo sobre seu rosto, as feições de um anjo, serenas, felizes. Ele parecia o jovem Draco, e não o comensal Malfoy que ele tinha se tornado. Ele tinha o braço jogado ao redor da minha cintura e não pude evitar um olhar mais maldoso sobre seu corpo perfeito.

Harry e Rony iriam surtar quando descobrissem.

Lentamente saí de seu abraço, senti-me momentaneamente dolorida, espreguicei-me e liguei para o serviço de quarto pedindo café da manhã.

Ouvi o farfalhar dos lençóis e me virei a tempo de ver Draco levantar-se tenso da cama, olhando ao redor rapidamente, até cair seus olhos sobre os meus.

– Calma, estou aqui. – eu disse me sentindo culpada pela preocupação em seu rosto.

– Achei que tivesse ido embora.

Revirei os olhos.

– Só pedi comida. – eu disse correndo para voltar para a cama, me dando em conta rapidamente que eu estava nua no meio do quarto. Cobri-me com os lençóis. Não era um tipo de vergonha puritana ou algo assim, não. A verdade é que eu tinha vergonha de Draco. Minha cabeça ainda ficava confusa, e eu acho que nosso antigo relacionamento irmão-irmã nos deixava sem saber como nos comportar.

Draco corou rapidamente e limpou a garganta.

– Isso é muito estranho? – ele perguntou com franqueza – que dizer, sobre ontem, foi sério não foi? Você realmente...

– Sou sua namorada, Draco. – eu disse sorrindo, sentindo um revirar em meu ventre.

– Essa frase fica melhor sem complementos. – ele mordeu meu lábio rapidamente. – você é minha, simples assim.

Ergui-me até sua orelha, beijei seu pescoço rapidamente e sussurrei-lhe em segredo:

– Sou sua, Draco Malfoy.

Ele agarrou minha cintura e me puxou para ele, beijando-me profundamente, e por incrível que pareça ele já estava teso.

Sim, Harry e Rony tinham me falado sobre ela: Mornig Wood ... Se eu fosse um pouco mais menininha eu teria corado fortemente, mas não o fiz, apenas dobrei minhas pernas e ergui meu quadril, encaixando-me a ele.

Ele teve um momento de surpresa, e ficou apenas me encarando, sua testa encostada a minha.

– Por que ficamos separados todos esses anos? – ele disse me olhando sem sequer piscar, me segurava como se eu fosse evaporar a qualquer momento. – isso é um sonho?

– Não sei, e não sei. Mas eu não quero ficar longe de você nunca mais.

Ele tomou meus lábios e com uma gana agressiva me possuiu mais uma vez, fechou-me naquele universo em que tudo se resumia àqueles azuis e tempestuosos olhos cinzentos.

*

Depois que acabamos – com uma interrupção do serviço de quarto – Draco me levou para o banho. Quando éramos crianças eu lembro que tomamos alguns banhos juntos, mas nada parecido com aquilo.

Saímos do banho e fomos comer nosso café que permanecia magicamente quente.

Conversamos muito, era estranho como nos conhecíamos tão bem e ao mesmo tempo éramos completos estranhos. Eu tinha passado os últimos sete anos sendo inimiga de Draco.

– Então vamos aproveitar o feriado e voltar hoje, vamos fazer uma surpresa à mamãe! – eu disse sorrindo.

O sorriso de Draco então murchou pela primeira vez desde a noite passada. Ele vestia sua cueca Box preta e eu estava com sua camiseta social e minha calcinha. Um delicioso Clichê.

– Claro, você vai indo na frente.

Estreitei os olhos.

– Draco...

– Eu tenho esta luta...

– Draco! Os garotos da faculdade e James falaram sobre esse cara, pra que você quer lutar?

– Olha, eu achei que tinha te perdido, estava furioso. E é isso que eu faço quando estou furioso, venho para cá e extravaso. Eu nunca lutei assim antes, mas eu fechei com Tony, e nunca se volta atrás com o Maddox, ou ele vai te buscar no inferno... Ou te mandar para lá.

Ele andou até a cama e começou a juntas suas roupas do chão. Ah, mas se ele estava achando que eu ia desgrudar dele em qualquer momento em um breve futuro ele estava enganado.

– Eu quero estar aqui para ver.

– Isso está fora de questão, você estará em uma lareira de volta para Londres assim que acabarmos o café. – ele disse irredutível.

– Mas... – eu queria protestar, me sentia injustiçada.

– Tenha alguma fé em mim. – ele disse lançando-me um sorriso culpado – quando acabar eu largo as lutas, acho que não vou mais precisar de qualquer forma.

Ele se inclinou para me beijar, mas eu mordi o lábio e espalmei minhas mãos em seu peito, contendo-o.

– Eu também fechei com Tony. – eu disse me sentindo ligeiramente frustrada, com um tipo de vitória e pesar. Senti minha nuca esquentar ao me lembrar do que aconteceria caso eu perdesse.

Draco então pareceu lembrar-se do que eu tinha dito à ele na noite anterior, e eu creio que o mesmo calafrio que me percorreu, percorreu ele. Se Draco perdesse eu seria uma Dama Maddox, uma submissa de Tony.

E não, 50 tons de cinza nunca foi meu tipo de livro, muito menos quando o sádico em questão era um senhor baixinho barrigudo.

– Você vai sair daqui. Agora.

– Mas ele vai descontar em você, ele me viu dançando com você Draco!

– Isso não é um pedido! – ele alterou seu tom de voz e eu senti meu sangue ferver, ele podia ser o amor da minha vida, mas ele definitivamente não era meu dono.

– Você não manda em mim! – eu rebati o mais firmemente que pude. – Eu fechei com Tony, e nunca se volta atrás com o Maddox, ou ele vai te buscar no inferno... Ou te mandar para lá. – repeti suas palavras.

O rosto de Draco tornou-se sombrio e ele pareceu pensar por um momento ou dois, crispando os lábios cada vez mais desgostoso à medida que os segundos passavam.

– Você vai ficar do meu lado, o tempo todo, durante a luta vai tomar o lugar ao lado de Tony e quando ela acabar vai vir ficar comigo imediatamente.

– Tenho que jantar com ele ainda assim.

– Ele não disse nada sobre os jantar ser exclusivo entre vocês. – Draco disse com um sorriso que não alcançou seus olhos.

– Mas primeiro você tem que ganhar. – eu disse ligeiramente preocupada.

– Você nunca me viu lutar Chatonilda. Isso não vai ser problema.

– Como vai ser essa luta?

Draco ergueu os olhos e respirou fundo.

– Inconsciência.

Eu engoli em seco, tentando manter minha expressão serena.

– Melhor comer Pirralho, vai precisar de forças hoje.

Ele sorriu me puxando para seus braços.

– Será que nada na nossa vida nunca vai poder ser simples?

– Acho que não. – eu suspirei beijando seu ombro.

*

Conforme o tempo passava eu me sentia mais e mais nervosa, tinha vestido uma calça jeans escura de cintura alta e uma blusa com decote em V que deixava meu ombro a mostra, coloquei uma bota preta de salto que abraçava minha panturrilha e me deixava com um ar de mulher gato. Peguei o dinheiro de Tony e o guardei na cintura.

– Você não vai assim. – Draco disse saindo do banho com uma toalha ao redor da cintura e outra sobre os ombros, os platinados cabelos pingando cristalinas gotas. Ele parecia a imagem de Apolo trazendo o amanhecer atrás de si. Um Apolo rabugento e mandão, mas ainda assim, a imagem da perfeição.

Ele tinha passado umas horas fora, tinha buscado as coisas em seu quarto e trazido para o meu, além de ter resolvidos algumas questões sobre a luta eu creio. Eu fiquei longe dele mais ou menos umas cinco horas. E Merlin sabe como eu me senti sufocada e insegura longe dele. Finalmente estávamos juntos e eu não acho que fosse enjoar de ver seu lindo rosto tão cedo.

– Draco, não começa. Eu sou menor de idade, só me deixam entrar se eu for assim. – eu revirei os olhos finalizando minha maquiagem gatuna ao redor dos olhos.

– Como eu vou poder me concentrar em qualquer coisa, se vou estar o tempo inteiro preocupado em quem pode estar de olho em você?

– Vou estar com Tony Maddox, acho que isso me deixa ligeiramente à salvo. – eu murmurei irônica. – e se serve como motivação, pense que se não estiver concentrado o suficiente eu vou ter que passar um dia como uma Dama Maddox.

Antes que eu me arrependesse do que disse, Draco estava atrás de mim, tinha deslizado suavemente para o meu lado e agora agarrava meu braço, o maxilar trincado e o cenho tencionado.

– Eu não vou perder. E se algo acontecer, você não vai ser uma Dama Maddox. Você entendeu?

– Mas eu...

– Nem que para isso eu tenha que matar Tony. Pelos céus Hermione, que você não vai fazer isso.

– Tudo bem, tudo bem – eu disse para tranquiliza-lo, o aperto em meu braço era forte e me trancava a circulação. Era impressionante como eu parecia frágil perto de Draco. – não se preocupe, vai tudo dar certo. Foi apenas uma piada idiota.

Eu me levantei, ainda com seu aperto em meu braço e beijei-lhe os lábios castamente. Aquilo pareceu acalmá-lo, e seu aperto transformou-se em um brando afago.

– Desculpe. – ele disse piscando algumas vezes. – eu passei tanto tempo não podendo te proteger, eu não sei como fazer isso do jeito certo com você... Eu sou estragado, um delinquente, um assassino.

– Tudo bem. – eu disse sorrindo – não precisa se preocupar com isso, eu te amo do jeito que você é. Desse jeito estragado, delinquente, assassino. Mas isso não é tudo Draco. Eu também amo como você é gentil, protetor, engraçado.

– Engraçado?

– Bom, você não é Fred Weasley, mas eu amo sua ironia ácida.

Ele riu e revirou os olhos.

– Tudo bem, mas posso fazer um pedido à você?

– Qualquer coisa.

Ele foi até onde as malas dele estavam e mexeu em algumas sacolas, voltou então com duas caixinhas. Uma vermelha de veludo. Mas não dessas comuns que tem por aí, era um veludo macio e trabalhado com detalhes de ouro branco. A outra era como se fosse rendada, preta e mais larga que a primeira igualmente bonita.

– São lindas. – eu disse observando as delicadas peças em minhas mãos.

Draco suspirou ruidosamente.

– Abra, o presente está dentro.

Pisquei e ri de mim mesma, por um instante hesitei. Se a caixa era deslumbrante, imagina o conteúdo dela em si.

Abri primeiro a caixa preta rendada, nela tinha um colar simples, uma gargantilha de prata serpenteada por uma cobra incrustada com pequeninos e quase imperceptíveis brilhantes que faziam parecer que a cobra reluzia e deslizava sobre a prata, e na da cabeça da cobra que pendia livremente, duas esmeraldas escuras e brilhantes pendiam. Quem olhasse a peça sem muita atenção nem notaria a cobra, apenas veria o metal retorcido da grossura de um mindinho e um pingente verde balançando entre a junção da clavícula.

– Draco...

– Por favor, aceite. Deixe-me cuidar de você, mimar você um pouco. – ele disse com um sorriso torto.

– Draco eu adoraria, mas... – a luz em seus olhos caiu consideravelmente. – hey, me escute. É só que eu sempre uso a mesma joia no pescoço, não sei se posso tirar ela. – mostrei a ele o colar que ele tinha me dado quando éramos crianças.

Draco voltou a sorrir e gentilmente me virou de costas para ele, eu pude ver nossa imagem no espelho em minha frente. Ele alto forte, eu perto dele parecendo de porcelana. Eu gostava daquela visão, era estranho me sentir tão vulnerável perto de alguém, mas era estranhamente bom. Desde de que me lembro fui forte, era bom deixar cuidarem de mim, só pra variar.

Ele gentilmente beijou meu ombro desnudo e tirou meu colar de conchas, simples e gasto pelo tempo, mas que nem por uma montanha de diamantes eu trocaria.

Ele colocou meu colar na caixa preta de veludo.

– Será apenas por esta noite, vamos dar um descanso à esta horrenda peça.

– Não é feia! – eu disse olhando feio para ele.

– Fico feliz que cuide dela com tanto carinho, mas sim Hermione, é horrenda. Se Voldemort tivesse que escolher entre definhar no meio de um coro vestido de vermelho e dourado cantando incansavelmente o hino da grifinória, ou esconder parte da alma no colar, ele escolheria o coro.

Eu ri e soquei-lhe o braço.

– Quando nos afastamos, na época em que saí com Harry e Rony para caçar Horcruxes, naquele tempo esse colar era a única coisa que me dizia que eu não estava louca, e única prova de que o meu irmão ainda estava lá, em algum lugar... Eu só tinha que salvá-lo. Ele me deu forças. E eu nunca, nem em um milhão de anos iria deixar Voldemort colocar aquelas mãos encardidas nele.

Draco claramente não gostava do assunto da época da guerra. Acho que aquela noite na sala com Bellatrix assombrava mais a ele do que a mim. Ele guardou meu colar de conchas e o colocou em cima da penteadeira. Pegou a peça que deve ter custado mil dinheiros e colocou em meu pescoço, os olhos da cobra brilharam pendentes no meio da linha do meu plexo solar, a cobra deslizando na metade do meu pescoço. Ri com o pensamento que o comprimento me lembrava duma coleira um pouco folgada.

– Tentando me domesticar, Draco? – eu disse sorrindo.

– Não – ele disse passando os dedos sobre a joia e roçando sua pele contra a minha. – Isso seria tolice, seria como tentar domesticar um dragão com coleiras de seda. Apenas queria que você me carregasse consigo, junto do peito. Eu desde sempre fui sua serpente.

– Você não precisa se preocupar com isso. – eu me virei e senti o peso de seus olhos tempestuosos sobre os meus. – eu não posso ser domada, mas meu coração é seu Draco, sempre foi desde que me lembro. E eu o vejo como a serpente que conseguiu se entranhar e se aninhar em meu coração, tornando-se parte de mim.

Draco tinha fios platinados caindo em seus olhos e ele tocou meu rosto sutilmente como o deslizar silencioso e cuidadoso de uma serpente.

Não éramos irmãos afinal, mas até onde sei Dragões e Serpente mantém laços estreitos.

Muitas vezes se odeiam.

Muitas vezes disputam.

Muitas vezes tomam lados diferentes.

Mas estão definitivamente laçados um ao outro por elos que nem sempre são claros e muito menos lógicos. São elos fortes que resistem ao tempo, à dor e ao fogo, laços que não podem ser desfeitos.

Draco era a Serpente.

Eu, o Dragão.

Que quem tente ficar entre nós, morra queimado, eu tinha passado por muita coisa e não iriam tirá-lo de mim tão facilmente.

Voltei para a terra quando senti seus lábios nos meus. Rapidamente, mas intenso o suficiente para me fazer voltar ao meu corpo.

– Vai usá-lo hoje?

– Claro que vou. – eu sorri-lhe.

– Bom, agora deixe eu te mostrar o outro.

Mordi o lábio superior de modo nada sexy em expectativa.

– Você parece um Bulldogue quando faz isso. – ele riu e eu tive que sorrir, soltei o lábio.

– Draco, você não devia gastar seu dinheiro...

– Cala a boca Chatonilda, apenas me deixe estragá-la um pouco. Afinal, você estava lá quando o Velho Abraxas me fez o jovem bruxo mais rico de toda Inglaterra, eu preciso começar a gastar esse dinheiro.

Eu sorri. Mas meu sorriso morreu aos poucos assim que ele abriu a caixa. Era um anel prata e graças aos céus era discreto. Não que o colar não fosse, mas qualquer olhada mais atenta deixaria claro que aquela era uma joia fina, nada barata. O anel era simples, o aro de prata era como ondas que cresciam até envolver, como o mar envolve ilhas, uma solitária e brilhante esmeralda, da cor das que tinham no meu colar. Era simplesmente lindo.

Draco colocou em meu dedo anelar da mão direita, e com um aceno de varinha as ondas abraçaram meu dedo suavemente. Entre os Trouxas de alguns países, tem-se o costume de dar um anel de prata para simbolizar o compromisso, mas entre os bruxos isso era muito mais sério. Eu agora estava prometida à Draco, praticamente noiva, só não era mais sério pela presença da esmeralda ali que interrompia o fluxo da prata.

Dentro da caixa havia ainda um segundo anel, esse sim liso, sem pedra alguma, apenas o mesmo padrão de ondas do meu, tirei o anel e o ajustei ao redor da mão de Draco.

– Finalmente. – Draco suspirou em um sorriso. – isso deve servir até o casamento.

Eu apenas ri.

– Vamos com calma mocinho, casamento só depois de formada.

Draco apenas revirou os olhos dando um despreocupado balançar de ombros.

– É o que você acha. Vou dar um jeito de me casar com você antes do fim do ano. Quero você passando o natal como a Senhora Malfoy.

Eu ri. O loiro deixou a toalha cair e eu não pude deixar de corar, ele vestiu uma cueca despreocupadamente, completamente a vontade comigo ali, e eu me senti imensamente feliz.

Eu sempre sonhei em ser uma Malfoy, e eu finalmente seria. Talvez meus pedidos tenham sido atendidos, aqueles pedidos tão antigos, de uma garota para as velas de seu bolo. Eu estava com Draco, eu estava recuperando minha família, agora só me faltava o ‘felizes para sempre’.

Em poucos minutos Draco estava pronto, uma calça moletom larga, leve e preta, uma camiseta regata que deixava todos os seus salientes músculos a mostra. Isso com certeza é um mal de quem faz medicina, mas vendo-o ali, seus músculos perfeitos, eu pensei em como ele me seria útil para estudar as aulas de anatomia. E sinto muito, mas eu realmente penso em estudar. Quer dizer, olha aquele esternocleidomastóide que se salienta quando ele inclina os ombros para trás, e a clavícula tão bonita e saliente, seus músculos oblíquos abdominais...

Além de ser um Adônis ele ainda ia aumentar minhas notas de Morfologia.

Contudo, ao vê-lo alongar-se, senti uma pontada de ciúmes em pensar que ele atravessaria o hotel assim, mas nada disse. Agradeci quietamente em ser a única mulher lá presente.

– Vamos. Tony não gosta de esperar. – ele colocou o braço casualmente ao redor dos meus ombros. Pelo canto do olho vi sua aliança de prata resplandecer contra a luz do quarto.

Eu estava subitamente nervosa e empolgada, com Draco era sempre assim.

*

– Finalmente Malfoy! – o velho e gordo Tony disse sorrindo amplamente e abrindo os braços calorosamente.

Eles trocaram um de seus calorosos abraços de homens, e quando seus olhos pousaram em mim eu me senti nua. Mas obviamente não demonstrei. Eu tive os olhos de Voldemort em mim, Tony não me assustava.

– Bunny. – ele disse sorrindo beijando minha mão.

Seus olhos pousaram sobre meu anel, logo em seguida em meu colar.

– Tony! – respondi o mais sorridente que pude.

Seus olhos viajaram entre mim e Draco, ele viu seu braço em meus ombros protetoramente.

– Você é rápida hein garota. Gosto disso, adoraria tê-la como sócia nas minhas apostas. Veio aqui procurando o rapaz e já o laçou, apenas baseado nas histórias do seu pai.

Eu dei de ombros e joguei o saco com os galeões para Tony, que com ótimos reflexos agarrou o dinheiro. Ele era canhoto.

– Quem sabe Tony, quem sabe. Sabe como são as mulheres, me dê um clip de papel e a tampa de uma caneta e eu te entrego uma bomba.

– Bom estamos esperando meus homens informarem quando MadDog chegar e vamos para lá. Draco sempre se atrasa um minuto ou dois, é sua marca registrada. Assim como a de MadDog é ser um assassino. É melhor não dar mole garoto, mesmo sendo uma luta até a inconsciência MadDog não costuma poupar os adversário.

Eu sorri, escondendo meu nervosismo, eu simplesmente mataria esse cara se ele tentasse fazer alguma coisa com Draco.

– Por que esse cara é tão sanguinário? – eu disse pegando um licor com a moça que passava com drinques – algum trauma na infância? Roubaram seu carrinho predileto ou algo assim?

– Ele é um lobisomem. Um dos sanguinário, talvez você conheça Fenrir Grayback, Draco trabalhava com ele.

É claro que eu sabia quem era Grayback, ele tinha simplesmente devorado as entranhas de Lilá Brown e de alguns outros amigos meus.

– Acho que já ouvi falar dele. – eu dei de ombros.

– Ele era um dos de Voldemort, MadDog é seu filho. Aliás sobrinho do meu fiel segurança... O rapaz é insano e sanguinário como o pai, mas admito que me dê lucros. E você minha cara, o que acha disso? – ele disse interessado em mim, seu rosto subitamente próximo ao meu, senti o aperto de Draco em meus ombros. Maddox estralou os dedos e apontou para Draco, e então duas de suas submissas seminuas estavam massageando o ombro dele quase que pornograficamente.

– Eu? – eu disse sorrindo, não cedendo as provocações do homem de finos ternos. – eu não me incomodo com política. O que é bem, o que é mal? De anjos e demônios todos temos um pouco. – eu dei de ombros.

Draco estava com sua máscara de frieza, mas conhecendo-o como eu conhecia-o não estava nem um pouco confortável.

– Justo. – Maddox disse medindo minhas palavras. – Você é uma peça e tanto senhorita Klein, pena que já pertença à coleção dos Malfoy, gostaria de tê-la em minha estante.

Eu apenas soltei um dos risos que Gina costumava soltar quando estava encabulada.

– Antony! – eu disse me fazendo de tola. – ainda podemos, no entanto, jogar um carteado qualquer hora.

– Será um prazer. – um dos seguranças veio falar com Tony, que acenou brevemente e com outro estralar de dedos tirou as mulher de perto de Draco. Senti meu corpo relaxar quase que imperceptivelmente. – MadDog está lá.Vamos.

Atravessamos o cassino e saímos no ar frio da noite, entrando na limusine que nos esperava. era uma limusine magicamente ampliada, então todos fomos em uma. Draco me puxou para sentar no seu colo, eu teria ficado corada, mas eu estava no personagem, então me limitei a sorrir e cruzar minhas pernas.

Ele me puxou para um beijo e vi pelo canto de olho uma expressão sombria assumir o olhar de Tony. Talvez eu não devesse chamar tanta atenção.

– Não deixe ele encostar em você. Prometa. - Draco murmurou com sua testa na minha.

– Prometo. Se concentre na luta, eu vou estar bem, estou com a minha varinha e qualquer coisa eu vou Desaparatar para a Vegas trouxa. Mas isso não vai ser necessário, você vai ganhar, eu vou jantar com Tony, e tudo vai acabar bem.

Draco levou sua mão para a minha nuca, puxando-me para si enquanto a outra mão percorria livremente minha coxa, ele me beijou como se estivéssemos sozinhos entre quatro paredes.

– Até que essa vida de crimes é legal. – eu sorri maliciosamente.

Ele apenas riu e revirou os olhos.

Assim que chegamos no local da luta eu me contive para não grudar no vidro do carro como uma criança surpresa. Era um desses típicos becos de filmes, com um prédio velho e abandonado. Eu de repente tinha caído em um de meus filmes de ação.

E Draco era meu cão de luta.

Descemos do carro, Draco nunca soltando minha mão tinha a pose de um felino ao meu lado, os olhos calmos e letais de uma cobra, parecia mil vezes maior que eu com sua regata branca deixando seus músculos a mostra. Entramos no local e Draco me protegia com um braço ao meu redor. Havia diversos bruxos e outras criaturas – até um centauro eu vi pelo canto de olho. As únicas mulheres que haviam eram algumas que andavam de biquíni e se deixavam ser pegar por homens de colocavam alguns Sicles na parte de cima de seus trajes.

– Entende agora por que eu não queria que você viesse? – Tony gritou por cima do burburinho da multidão.

Eu ia responder, mas então um homem do nada agarrou minha blusa, tirando a manda caída fora do lugar, transformando-a em uma blusa de uma manga só. Nem tive tempo de gritar, Draco estava em cima do homem, socando-o repetidas vezes e empurrando-o para longe de mim. Draco estava descontando toda sua raiva no coitado.

– Draco... – eu disse delicadamente colocando minha mão em seu ombro.

Ele largou o homem que aos tropeços cambaleou para longe.

– Você se machucou, Lobinha? – ele disse preocupado.

Neguei com um aceno.

– Quer sair daqui?

– De jeito nenhum! Eu estou no covil da máfia, não perderia isso por nada. Agora se guarde para o MadDog.

Draco apenas revirou os olhos, os dedos de sua mão direita esfolados de tanto socar o homem, vieram até meu rosto acariciando-o rapidamente. A peça de prata brilhando lindamente

– Draco! – Maddox gritou – Venha logo!

Draco me colocou em sua frente, fechando os braços ao meu redor e foi andando comigo assim até onde tinha um circulo vazio. Logo acima desse círculo uma espécie de palanque, como se estivéssemos em uma arena medieval menor. O lugar em si era sujo e cheira a suor, sangue e álcool, era sombrio e me dava arrepios. De medo ou excitação eu não sei.

Draco me subiu no palanque me colocando ao lado de Tony.

– Fica aqui. – ele disse sorrindo-me e me beijando.

Do outro lado do circulo um monstro quase uma cabeça maior que Draco se ergueu. Ele tinha literalmente seus dois metros e pouco. Seus músculos pareciam que iam estourar sobre a pele e em seu rosto a mesma loucura animal que tinha no rosto do pai.

– MadDog Grayback! – Tony urrou com a voz magicamente ampliada. – enfrentará hoje a serpente desafiante: Draco Malfoy!

O povo explodiu em gritos e assobios, palavras impossíveis de serem compreendidas.

– ACABE COM ELE, TIGRE! – Eu gritei deixando minha feminilidade de lado. Vi Draco sorrir de canto de boca, mas não olhou para mim, seus olhos fixos no lobisomem em sua frente.

Tony ergueu uma sobrancelha para mim.

– Sempre quis dizer isso. – dei de ombros.

– Aquela é sua namorada? – Ouvi Maddog gritar e apontar para mim – eu vou fazer uma visita pra ela depois, entregar seu cadáver pessoalmente.

– MEU NAMORADO VAI QUEBRAR A SUA CARA SEU PINCHER!

Eu gritei tão alto que os que estavam mais próximos viraram-se para mim, e depois observavam atentamente Maddog. Acho que ele não era acostumado a receber ameaças. Ou xingamentos de meninas com menos de 1,70 de altura.

– Vamos ver a coragem dela quando eu estiver sozinho com ela num quarto. – ouvi ele debochar, um sorriso insano nos lábios.

Draco riu debochadamente.

– Você realmente devia ter ficado quieto, por que agora, eu vou te matar.

– O primeiro que cair inconsciente perde. – Tony disse pura e simplesmente – Massacre!

Ele gritou e um gongo soou, uma das gostosas de biquíni tinha batido em um gongo perto do tatame que não era um tatame.

Draco mergulhou para o lado, nem bem o gongo tinha silenciado-se enquanto MadDog se jogava contra o loiro. Em questão de força, era óbvio que o lobisomem era insanamente mais forte, mas Draco era muito mais rápido e habilidoso. Eu nunca tinha visto Draco lutar, ele não tinha expressão, não andava, ele deslizava, rápido e preciso como uma serpente, ágil e astuto.

Com uma sequencia de ganchos nos rins de Grayback jr., Draco aproveitou sua vantagem e com uma joelhada precisa esmagou o joelho do monstro em sua frente, claramente danificando mais ainda sua locomoção.

Mas qual não foi minha surpresa quando Grayback levantou-se e se jogou em cima de Draco, arrastando-o pelos cabelos no chão. Feito isso ele agarrou os platinados cabelos de Draco e segurou-o de joelhos no chão, enquanto descia seu pesado punho repetidas vezes no rosto do meu loiro. Seus olhos não tinham foco, ele apenas urrava e socava Draco.

– Draco! – eu gritei mal podendo conter o desespero.

E então lá estava Draco, apoiando seu pé no chão e puxando-se contra o aperto implacável em seus cabelos, deixando que Grayback arrancasse-lhe um tufo e tanto de cabelos. Draco com um jogo de pernas simplesmente incrível derrubou o monte de músculos em sua frente, mesmo caindo junto, Draco tinha a vantagem, acertou-lhe o nariz com a planta da mão, e a quantidade de sangue que brilhou no rosto de MadDog foi tanta que me perguntei se Draco não tinha arrancado o nariz dele.

MadDog acertou uma cotovelada desajeitada no lábio de Draco, meu aperto no peito aumentou enquanto seu lábio inferior inchado apresentava um corte que descia quase até seu queixo. MadDog não parou por aí, ele agarrou a cabeça de Draco entre os dedos como se fosse beijá-lo, mas ao invés disso jogou sua própria cabeça contra a dele. De novo. E de novo.

O homem cruelmente lançava-me alguns olhares antes de descer sua cabeça pesadamente para esmagar o crânio de Draco. As mãos de Draco estavam diminuindo o aperto, eu precisava fazer algo. E então com um impulso impensado eu esperei que ele olhasse novamente para mim, e assim que o fez levantei minha blusa rasgada mostrando ao lobisomem meu sutiã preto rendado.

O desespero é o pai das ideias idiotas.

Socos e chutes são eficazes, mas não são os únicos jeitos de se nocautear um homem.

Assim que MadDog me encarou sem entender, foi a chance de Draco.

– Vai Tigre! – eu urrei me sobrepondo à multidão insana, minha blusa já tinha escorregado novamente ao seu lugar que a devida moral cristã lhe impôs.

Ele se pôs em pé, o supercílio direito inchado em tons quase roxos e o sangue fluindo pelo seu olho, de modo que ele só podia usar a visão do olho esquerdo. MadDog pareceu se lembrar de Draco mas era tarde. O loiro acertava-lhe repetidos socos no estômago do brutamonte, tirando-lhe o ar, deslizou ao redor dele como se fosse uma cobra montando em seus ombros como uma criança sobre nos ombros do pai e com um movimento impiedoso torcendo-lhe o pescoço.

Todos seguravam sua respiração.

E então os olhos de MadDog se reviraram em branco e o lobisomem caiu com um estrondoso baque no chão. Assim se iam quase insuportáveis 20 minutos de luta.

– Draco Malfoy vence! – Maddox rugiu. – Amanhã às 23:00? – ele se voltou para mim.

– Fechado. – eu nem mesmo olhei para ele.

Eu e mais a multidão de homens bêbados gritamos em comemoração, alguns ainda embravecidos por terem apostado em Grayback, homens recolhendo seu corpo inerte e sem vida do tatame. Agarrei minha varinha e pesquei a varinha de Draco que estava em algum lugar ali em cima.

Draco virou-se para me procurar, mas eu já estava pulando do palanque e me jogando em direção a ele, ele tinha os ombros e as costas raladas por ter sido jogado no chão, ele tinha a camiseta branca ensanguentada e suja de terra, a pele pálida com uma brilhante camada de suor, ele em sua postura de felino ombros largos e peito largo, cuspiu um bocado de sangue antes de me agarrar em seus braços, minhas pernas ao redor de sua cintura, e me dar seu melhor sorriso tingido de escarlate.

Beijei-o, aquilo tudo era tão empolgante, tão excitante. O gosto salgado e metálico em minha boca pouco importava, ele estava ali comigo, e estava terrivelmente sexy assim coberto de sangue.

– Isso foi muito, muito sexy. – eu disse sorrindo.

– Não mais do que você vindo pular em mim, assim toda descabelada e em roupas justas.

Ele sorriu-me de modo sedutor e brutal.

– Vamos pro hotel. – eu disse com a voz baixa em seu ouvido.

Senti-o beijar meu pescoço rudemente, mordendo forte, e tive que me concentrar muito para mentalizar o hotel, pois tudo que vinha em minha mente era a imagem daquela camiseta branca do loiro colada em seus músculos pelo suor e pelo sangue.

* Blue jeans

No elevador Draco me prensou contra a parede e me beijava intensamente, nada delicado, sentia minhas entranhas se contorcendo em antecipação, enquanto ele fazia movimentos nada discretos com seu quadril colado ao meu.

Foi uma eternidade até chegar ao quarto. Nem à cama chegamos, apenas caímos no carpete. O sangue estava começando a ficar seco em sua blusa e já tinha manchado a minha blusa cinza. Apenas tirei-a e arranquei a regata de Draco, ele tirou os sapatos e voltou a me tomar, mas antes que ele me deitasse e me dominasse eu sorri maliciosa e me impus, ficando por cima dele, baixando sua calça, lenta e tortuosa.

Ele apenas me olhava tentando tomar fôlego, seu rosto e seu lábio ainda estavam machucados, mas acho que estávamos tão eufóricos que não nos preocupávamos com isso.

Ele estava completamente pronto quando desci o resto de seus tecidos, fiquei em pé e lentamente escorreguei meu jeans, quanto mais tentávamos recuperar o fôlego, mais ele se esvaia. Inclinei meu corpo bem em frente a Draco, nunca deixando-o me tocar, assim que me livrei da calça jeans arranhei seu abdômen definido, eu e ele estávamos manchados com um pouco de sangue e isso era totalmente bizarro mas eu não me importava. Quando dei por mim estava fazendo algo que nunca achei que fosse ser capaz de fazer. Eu estava fazendo sexo oral nele, eu não fazia ideia de como se fazia isso exatamente, mas eu tinha alguma base teórica devido aos relatos de Gina, Harry e Luna.

Depois de alguns instantes notei o quão sem fôlego estava, e notei que Draco estava muito quieto, assim que abri os lábios e ergui minha cabeça para observar o loiro qual foi minha surpresa ao vê-lo mais sedento do que antes.

– É assim? – eu perguntei com um sorriso torto nos lábios.

Draco então perdeu o resto de controle que ainda tinha, e eu sabia que meus minutos de tortura ao loiro tinham chegado ao fim, ele agarrou minha nuca e me rolou pelo chão, seus olhos mais escuros e intensos que o normal, e seu peito movimentando-se amplamente.

Ele com uma habilidade quase desumana tirou meu sutiã e minha calcinha.

E então em um movimento rápido ele me tocou os lábios enquanto afundava-se em mim. Dessa vez não doeu nada, eu apenas gemi em seus lábios, mordendo-os, ele se retraiu em dor, dei-me em conta que tinha reaberto o machucado em seu lábio, beijei-o delicadamente, como um pedido silencioso de desculpas.

Ele movimentava-se mais firme, agarrava-me quase me machucando, mas aquilo apenas fazia com que as ondas de prazer tornassem-se em choques que literalmente me faziam estremecer. Suas mãos firmes puxavam meus cabelos e minhas unhas vorazes afundavam-se em sua pele, eu levava minha pelve se encontro a dele e nossas testas apenas permaneciam encostadas, eu sequer conseguia abrir os olhos tamanha era a intensidade daquilo tudo.

Não sei quanto tempo passamos naquela luta suavemente divertida, aquela rude e brusca graciosa dança, mas quando acabou eu estava exausta, meu corpo tinha sentido o máximo de prazer três vezes, Draco duas. Ele estava semi-morto em meus braços, ambos suados e pegajosos com aquela mistura de suor e sangue. Pensei na primeira vez que eu fiz sexo com Draco, parecia outra pessoa. O carinho e o cuidado extremo definitivamente não pertenciam ao assassino em meus braços.

Eu me levantei, sentindo meu corpo doer, tirei o colar que Draco tinha me dado e coloquei-o ao lado da cama. Minha serpente. Eu sorri para a joia e fui até o banheiro, enchi a banheira, com sais e perfumes, logo uma cortina de vapor se formara em todo o banheiro, abrindo meus poros e me deixando tão relaxada que eu era capaz de dormir ali mesmo.

Mas não o fiz. Andei até o loiro que dormia no carpete, algumas feridas reabertas. Céus o que eu tinha na cabeça? Draco machucado e eu forçando-o daquele jeito. Ele deveria ter descansado.

– Venha meu Tigre. – eu disse ajudando-o a se levantar, seu olho estava quase fechando agora, o sangue seco em seu rosto, sua boca com o corte gigante. Ele retraiu-se na água quente, a água ardendo em seus machucados, murmurei feitiços de cura, ele apenas repousava com os olhos fechados na banheira, vez ou outra tentava resmungar algo. Quando terminei de cuidar dos seus machucados entrei com ele na banheira e tirei a maior parte da sujeira, troquei a água e mais vapor veio, levando o cheiro de sangue, aos poucos, embora.

Finalmente eu e Draco estávamos limpos, foi outra batalha conseguir vesti-lo ele mal se aguentava sentado. Levei-o para cama, estava congelando, tinha secado-o e vestido, mas eu ainda estava nua em pelos.

Quando finalmente deitei Draco na cama ele segurou meu braço, seu olho esquerdo sonolento e o direito ainda inchado.

– Aqui. – ele disse pegando uma camiseta que estava do lado dele. Era uma blusa preta de mangas cumpridas de malha que ele tinha usado mais cedo para ir pegar nosso almoço.

Ele desajeitadamente tentou vestir a camiseta em mim, assim que ajudei-o ele me puxou para junto dele, nos tapei enquanto ele finalmente piscava mais e mais lentamente, os olhos mal se mantendo abertos.

– Você está bem? – sua voz era rouca e cansada. – eu, eu acho que me excedi hoje...

Eu delicadamente beijei seus lábios, cuidando para não machucá-lo novamente.

– Não fale nada. Apenas vamos dormir. Eu estou ótima Draco, nunca estive mais feliz. – eu sorri, meus próprios olhos se fechando.

– Espere até o dia do nosso casamento. – ele riu fraco e fechou os olhos.

Sorri. Acomodei-o em meus braços e caí em um sono que mais se parecia com um coma, tendo plena ciência de que em menos de duas horas o sol estaria se levantando. Meu peito martelou fortemente, mal contendo-se no peito, nem sei exatamente como eu estava me sentindo, tudo que eu sei foi que eu dormi com o amor da minha vida nos meus braços.


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Notas finais do capítulo

Então? curtiram os capítulos a La ScarFace? IUADSHIOASHDIUAH

Espero que sim... em breve tem mais

*malfeitofeito*