Dragões E Serpentes - Draco E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 25
Thats what you get for waking up in Vegas...


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*


Eis aos ssenhores e senhoras, ilustrissimos leitores, o primeiro capítulo que eu escrevi dessa fanfic. eu ia deixar a última parte para o próximo capítulo, mas fiquei tão feliz com os 40 mil acessos que deixei aqui mesmo.
hehe
Taradas de plantão, ventilador on, luzes off.

Aproveitem :)



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Vinte e cinco)

A Vegas bruxa era algo bem mais perigoso e divino que a Vegas trouxa. Muito mais chamativa, atraente e envolvente. Além dos jogos de azar os bruxos tinham verdadeira fascinação pelas lutas de Las Vegas. Duelos de todos os tipo, desde aqueles de xadrez, ou envolvendo mágica, até as sangrentas lutas ilegais por meios trouxas. Essas lutas podiam ser desde simples lutas livres até ringues clandestinos em que as pessoas jogavam armas e instrumentos para os lutadores se matarem. Essas lutas obviamente eram ilegais, mas eram as que mais envolviam dinheiro. Coisas dignas de Deep Web.

Tudo isso eu fiquei sabendo lendo um livro de um respeitável antropólogo bruxo enquanto voava para Las Vegas. Eu poderia Desaparatar, mas devido à distância interoceânica, eu fiquei com certo receio de estrunchar no meio da dorsal atlântica e virar comida de peixe.

Aquelas foram longas horas lendo cenários horrendos e imaginando as mais tenebrosas e sádicas mortes que Draco poderia sofrer. Não acredito. Eu ainda não acredito que Draco realmente se envolveu com esse tipo de coisa por pirraça.

Eu estava hospedada no cassino mesmo cassino que Draco estava – segundo as informações deque inútil Nariz Quebrado – o quarto tinha sido fornecido por um dos contatos de James, ele tinha me dado um quarto e tanto, com direito a uma banheira grande o suficiente para quatro pessoas. O quarto era de carpete bege, a cama tinha travesseiros macios e sedosos pretos que combinavam com os lençóis lustrosos negros que escorregavam pelos dedos. Na ponta da cama, dobrada havia um edredom também preto com detalhes em branco. Tinha alguns quadros nas paredes e uma mesa de vidro circular com duas cadeiras no canto perto do freezer. O banheiro era do tamanho do meu quarto de faculdade, com uma bonita e sedutora banheira.

– Uau. – eu exclamei por fim largando minha mochila no chão do quarto.

A idade para se ser de maior aqui em Vegas era de 21 anos, mesmo na Vegas bruxa, logo eu tinha falsificado minha certidão bruxa – algo como a carteira de identidade dos trouxas – e tinha pego algumas roupas com Deirdre. Eu fiz minha maquiagem como ela tinha me ensinado, carregando tons escuros nos olhos, meu cabelo ainda super curto ficou do jeito que estava, eu não podia fazer nada com ele. Coloquei um salto preto simples e um vestido vermelho escuro de cigana da Deirdre, ele caia em camadas até meus pés e tinha um decote em V nas costas que ia até quase a metade dela. Felizmente o decote da parte da frente era mais comportado.

Não importa o que eu fizesse, aparentemente aquele seria o ano que eu obrigatoriamente teria que me vestir vulgarmente. Acho que Merlin era algum tipo de tarado pervertido.

Conforme eu me direcionava para o corredor eu sentia as camadas do tecido cor de sangue roçar levemente na pele de minhas pernas, preparei meu espírito assim como nos velhos tempos de guerra.

Assim que as portas dos elevadores se abriram o mundo de cores e luzes piscou em mim. Mesmo sendo recém 13:00 o salão cheio de cores e fumaças coloridas fazia parecer que aquilo era um baile noturno. Um segurança pediu minha identidade e eu tive sucesso em passar por ele, ele mal conferiu minha idade, estava muito ocupado me comendo com os olhos.

“Missão sutiã com enchimento: cumprida!” Eu e Algo trocamos um hi-five.

Fui para a parte de apostas do cassino. Consistia em várias mesas e homens conversando, bebendo e rindo, outros mais sérios, dançarinas vestidas com poucos centímetros de pano passavam com bebidas e petiscos em bandeja, e se revezavam para dançar em plataformas espelhadas distribuídas ao longo do cassino. Entre tudo isso haviam os balcões de apostas, que gerenciavam as apostas legais e algumas das ilegais.

Procurei por Draco em todos os Balcões, ninguém sabia nada sobre nenhuma luta dele, alguns pareciam até mesmo nervosos de falar sobre aquilo. Finalmente um senhor me disse para procurar o velho Tony, e me apontou uma mesa no canto do salão.

Mais aos cantos haviam mesas localizadas em cantos sombrios com bruxos de segurança e diferentes homens manejando pelo o que eu vi as apostas realmente altas. Visualizei então o senhor gordo, vestido em um elegante terno branco com vários anéis nos dedos, ria estrondosamente e tinha nos lábios um charuto cubano que meu pai Hugo costumava fumar com os companheiros de Poker dele. O homem de careca lustrosa assustadoramente me lembrou o vilão de um filme trouxa: Cão de Luta.

Seria ele quem me levaria até Draco.

Agradeci ao senhor que tinha me dado a informação, respirei fundo e vesti meu personagem sexy e místico, torcendo para dar certo. Assim que me aproximei da mesa um bruxo GIGANTE trajado em negros tecidos me barrou.

– Pois não? – ele disse sério.

Ele não me intimidaria em situações normais, mas não pude deixar de notar que o ser em minha frente era ninguém menos do que um dos capangas que tinha capturado eu e Harry na floresta do Galeão quando estávamos caçando Horcruxes. Um comensal! Oh merda. Até em Las Vegas?

Agradeci silenciosamente a James por ter cortado meu cabelo, o homem pareceu não me reconhecer.

– Quero falar sobre apostas.

– As apostas em cachorrinhos são do outro lado. – ele disse debochadamente.

– Eu não quero apostar em cachorrinhos. Prefiro arriscar meus palpites em homens musculosos trocando socos até a morte. Com licença. – eu disse tentando desviar dele.

Ele agarrou meu braço firmemente.

– Não é assim que funciona, docinho.

– Grayback! – a voz do homem gordo chegou aos meus ouvidos antes que meu impulso de quebrar o braço dele prevalecesse.

Grayback? Ele era parente de Fenrir Grayback, o lobisomem? Oh, merda dupla.

Em um momento o homem de muitos anéis e poucos cabelos estava do nosso lado. O aperto do gigante em meu braço não estava mais lá.

– Isso são modos de tratar uma dama? Perdoe meu cão senhorita...

– Bunny, Bunny Klein.

– Senhorita Klein, Sou Antony Maddox... – ele beijou minha mão – junte-se a mim, vamos tomar um drinque.

Lancei meu melhor sorriso carismático e passei pelos ‘cães’ do tal homem.

– Aceitarei o convite Antony.

– Chame-me de Tony – ele disse puxando a cadeira para que eu me sentasse. Homens ainda faziam isso? Para alguém que eu achei ser tão perigoso, ele estava se saindo muito gentil. Mas bem, mafiosos também sempre foram carismáticos e elegantes. – então, a senhorita quer apostar? É a primeira vez?

Eu observei enquanto o homem falava e se sentava em minha frente.

– Bom, meu pai sempre aposta, ele pede palpites para mim, ele costuma dizer que eu sou boa nisso. – eu sorri dócil. – Mas sim, essa é a minha primeira aposta por minha conta.

– E acha que por que seu pai disse que você teve sorte algumas vezes, quer se meter nisso?

– Apostas me fascinam, o que posso fazer?

–Acho que você deva apostar com outro bruxo. Eu apenas lido com apostas... Pesadas. Em todos os sentidos. – Eu pisquei uma vez sem entender. – Docinho, minhas lutas não são limpas, não há damas nas minhas lutas. Nem cavalheiros, apenas velhos assassinos e alguns sádicos de plantão.

– Eu seria então sua primeira apostadora mulher, isso sim é excitante! – eu disse sorrindo.

– O lance mais baixo é um e cinco.

Por um momento eu iria dizer que quinze galeões não eram problema, mas mordi a língua. Aquilo parecia ser uma das gírias que seu pai usava com os amigos no poker.

– Galeões? – eu perguntei ao invés disso.

– Exato. Quinze mil galeões de ouro docinho, apenas as apostas pesadas.

Respirei sorrindo casualmente não demonstrando os gritos vindos de minha carteira, aquilo era algum dinheiro. Abracei-me mentalmente feliz em não ter feito piadinha alguma sobre ser apenas 15 galeões.

– Isso também não seria problema. – dei de ombros, de fato, com a Gorda herança de meu avô, 15 mil não fariam falta... Quem diria que chegaria o dia que 15 mil não faria falta para Hermione Granger. – o que são Crucios quando se está morto? – eu disse aquele ditado tão comum entre comensais e aurores.

Ele riu em alto e bom som.

– Bunny, Bunny, gostei de você. Vamos fazer o seguinte então – ele se inclinou na mesa com o charuto entre os lábios e colocou sua mão sobre a minha, um sorriso divertido em seus lábio e em seus olhos. – aposte zero e cinco em um lutador, vou deixar começar com pouco. E no dia da luta fique comigo. Eu sou o dono dos ringues, fique ao meu lado e eu te escoltarei para que não se machuque.

Lutei contra o impulso de tirar minha mão de baixo da dele, ao invés disso, com a outra mão eu passei meu dedo rapidamente sobre um anel com um robusto rubi em seu dedo anelar, deixando minha pele chocar-se com a dele.

– Isso seria fabuloso. Mas eu tenho uma exigência. – ele disse sorrindo maliciosamente. – se você perder, passará um dia como uma Dama Maddox para aprender a controlar seu tom presunçoso. Vai ser divertido ver isso. – ele disse rindo, eu o acompanhei lançando-lhe um olhar como se estivesse ligeiramente ofendida. – e se ganhar, deve jantar comigo e usar o seu dinheiro apostando todo ele em alguma luta minha.

– Justo. – eu sorri. – mas, me responda, o que exatamente é uma Dama Maddox?

Ele sorriu mais, dessa vez o sorriso não alcançou seus olhos. Ele fez um barulho, como se estivesse chamando um gato, e então uma mulher com trajes minúsculos apareceu, os olhos baixos sem olhar para ele, apenas um sorrisinho afetado no rosto.

Antonny Maddox após uma tragada de seu charuto jogou as cinzas entre seus seios. A mulher pareceu nem ter notado.

– São as minhas submissas. Será um desafio fazer algo com alguém como você, tão irreverente... – ele acenou e a moça saiu de perto.

Engoli em seco. Eu? Uma submissa? Bem, aquilo era culpa de Draco que não respondia as minhas cartas e de James que se recusava a me falar onde diabos seria a luta de Draco com o famoso Troglodita de Vegas.

– Fechado? – Tony disse sorrindo como um maníaco em frente à sua vítima.

Enchi meu peito e dei minha melhor risada confiante.

– Céus homem, com certeza, quero todas as minhas fichas em Draco Malfoy.

Ele riu alto e ergueu uma sobrancelha.

– Tem certeza? Ele vai enfrentar o MadDog.

MadDog? Cachorro louco? Ó céus, era bom Draco acabar com ele, eu não queria me tornar uma submissa.

– Apenas jogue minhas fixas, eu nunca erro. – soei confiante e arrogante. Aquilo pareceu divertir Tony.

– Então está fechado, cliente. Amanhã a noite, me encontre às 23:00 na frente do cassino e iremos para a luta. Minha primeira cliente mulher, isso será interessante.

– Certamente que vai!

Tony sorriu novamente malicioso e se inclinou em minha direção, determinado a dizer alguma coisa, quando senti um aperto forte em meu ombro e bruscamente me levantando da cadeira. Vi-me mergulhada em olhos cinzentos.

– O que é isso?!

Draco. Oh merda, o que ele estava fazendo ali? E por que ele não apareceu cinco minutos antes. Eu poderia ter sido poupada do meu terrível trato com Maddox.

– Bunny! – Tony exclamou – o que deu em você Malfoy?

– Bunny?!

[N/A: Bunny em inglês também pode significar Coelha/coelhinha]

Draco ficou repentinamente raivoso e eu vi o momento que ele apagaria aquele charuto na testa de Tony.

– Senhor Malfoy! – eu disse com um ar de fã – meu pai sempre apostava em você! Sou Bunny Klein, prazer. – eu estendi minha mão.

– Ah, desculpe, te confundi com uma garota que eu conheci. – ele disse ainda com um olhar de: O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?!

– Bom, chega de apresentações, eu e Bunny estávamos no meio de negócios. – Tony estava não mais sorridente, parecia uma criança que tinham lhe roubado o doce.

– Negócios? – ele ergueu uma sobrancelha – ela é mulher.

– Não seja grosseiro Malfoy, ela é nossa primeira cliente mulher... Ei o que está fazendo?

– Vou tirar esta dança com a senhorita Klein. Eu adoro esta música.

Ele estava me arrastando para a pista de dança, onde estava tocando o lento som de Sting, o cantor trouxa: Moon over Bourbun Street.

Draco segurou minha cintura firme, furioso, e começou a se embalar no ritmo da música. Seu toque em minha cintura, seu peito sobre o meu, seu queixo repousando em minha têmpora, atrevi-me a arriscar acariciar como se acidentalmente seu braço musculoso escondido em baixo do branco tecido de sua camiseta.

Lembrei-me da noite que tínhamos passado juntos, ele tão perto de mim, seu beijo tão quente e firme, fora delicado, sua agressividade que se tornara puro afeto e carinho. Meu peito se contraiu e eu não pude evitar o suspiro que irrompeu no fundo de minha garganta. Ter ele ali comigo finalmente colocava fim àquelas duas semanas horríveis. Semanas que eu passei sem ele.

*

Ela suspirou em meus braços, quase como um choro. Mesmo aquilo não me aplacou.

Muito embora todas as lembranças daquela noite tenham vindo à tona. O jeito como ela era atrapalhada, sexy sem querer, sexy sem saber. Seus dedos estavam firmes em meu braço e tudo que eu queria era inalar profundamente seu perfume, sentir seus lábios nos meus, fazê-la minha.

Estapeei-me mentalmente. Ela não me via desse jeito, e eu estava com raiva dela, por tudo. Ainda estava magoado com ela, ela era uma ferida inflamada que eu sempre esbarrava em algum lugar. Ela ia acabar me matando.

– Que negócios ele estava falando? Você está louca? Não devia estar aqui.

– Você sumiu! – ela disse acusadoramente, e ela tinha os olhos chorosos.

Ela parecia uma mulher madura com toda aquela maquiagem e sensualidade. Trinquei os dentes para isso, não queria ninguém cobiçando ela, principalmente Tony.

– Você me mandou sumir, esqueceu? – eu disse estreitando meus olhos.

– Eu estava triste. Eu te mandei várias corujas.

– Por que eu não queria que você me achasse. Responda minha pergunta: que negócios você fez com o Maddox? – eu disse ciente me meu tom enfurecido.

– Eu queria achar você. – ela soava magoada. – Eu fiz James me contar onde você estava. Disseram que você estava tentando se matar, que estava fazendo loucuras idiotas. – ela estava chorosa, não conseguia manter sua máscara se maturidade. Ela não olhava para mim, apenas escondia o rosto em meus ombros. – eu queria descobrir onde você estava, ver se estava bem. Esse foi o único jeito.

– Quais foram os termos? – eu disse sentindo meu sangue ferver. Se algo acontecesse a ela a culpa seria minha, e eu tinha certeza que Tony tinha intenções bem sujas com ela. Tony Maddox nunca deixava mulheres apostarem, ele as considerava burras demais para isso.

– Se eu ganhar, vou ter que jantar com ele e o dinheiro que eu ganhar da luta eu tenho que apostar em outra luta dele... – ela hesitou olhando agora para os sapatos.

Agarrei suas bochechas e a fiz olhar para mim, ciente que eu estava sendo agressivo e provavelmente isso deveria estar doendo.

– Continue. – eu ordenei entre dentes.

– Se eu perder vou me tornar uma Dama Maddox por um dia.

Eu senti meu sangue ser drenado do rosto e das pernas e ir todo para o estomago. Senti-me mal, achei que fosse cair. Damas Maddox eram as pobre coitadas que serviam aquele doente sádico pervertido.

– O que você apostou? – minha voz saiu um fiapo.

Ela ficou subitamente corada. Era raro vê-la ficar velha. Não pude evitar um palpitar estranho no peito, ela fica linda desse jeito.

– Q-que você ganharia a próxima luta.

Eu suspirei, isso não seria fácil. Se ela ainda tivesse apostado no MadDog eu poderia deixar ele me vencer e garantiria a segurança dela. Por que ela tinha que ser tão impulsiva? Por que?

A música estava no final.

– Vá para o seu quarto e me espere lá, vamos conversar sobre isso. Qual o número?

– 530.

– Vá direto para lá, não fale com mais ninguém, entendeu?

You’ll never see my sheed or hear the sound of my feets,

While there’s a moon over Bourbon street.

– Sim. Prometa que vai, prometa que não vai sumir. – ela disse deixando que eu a deitasse no ar finalizando nossa dança.

O som do saxofone e do clarinete diminuiu até que o silencio gradativo chegou.

– Prometo.

A próxima musica começou, uma balada mais animada. Suspirei cansado e irritado enquanto ela dava as costas e com um último aceno para Tony seguia seu rumo para os elevadores.

– Ah Hermione. – eu sussurrei. – o que eu vou fazer com você?

*

As batidas da porta me fizeram saltar. Desde que eu chegara no quarto eu só conseguia pensar na nossa dança, o corpo dele tão perto do meu, parecia perfeito. Senti-me ridiculamente feliz.

Abri a porta e lá estava o loiro, os cabelos cumpridos caindo nos olhos, bagunçados. Ele tinha sua blusa branca ligeiramente aberta, cheiro de cigarro, álcool, maçãs. Cheiro de cassino e cheiro de Draco, que combinação perfeita.

– Você demorou.

– Tenho uma reputação por aqui. De qualquer forma, vamos, faça suas malas, você vai sair daqui.

– Vamos agora, ou amanha? – eu disse empolgada. Eu tiraria Draco dali.

– Não. Você vai, eu vou ficar, não posso simplesmente faltar uma luta.

Eu pisquei incrédula. Ele sempre fazia isso comigo, sempre me dava baldes de água fria.

– Se você vai lutar com o MadDog, eu vou ficar aqui e assistir.

– Não vai não. Você não vai ver Tony Maddox nunca mais, não te quero perto dele.

– E eu não te quero perto do Cachorro Louco. Coincidência não é? – eu disse sarcasticamente sentindo a raiva crescer dentro de mim novamente.

– Vá pra casa Greengrass.

– Aqui é Klein. Bunny Klein. – eu disse desafiadoramente.

– Vá para casa, Klein.

Senti meus olhos ficarem mareados, mas não chorei. Por que era tão difícil com ele? Por que ele sempre me machucava?

Antes que eu pudesse refletir sobre isso ele entrou e bateu a porta atrás dele.

– Inferno, isso pode esperar. – ele me levantou do chão e me deitou na cama, ficando em cima de mim apoiando-se nos cotovelos ao meu lado. – como você pôde me mandar embora? Por que você é tão complicada? Por que você faz questão de me machucar? Você me dispensa e depois vem atrás de mim, toda preocupada. O que você quer?!

Eu quis responder com algo esperto e irônico, mas eu estava surpresa e ele estava tão próximo que eu estava ofegante, consciente do peso dele sobre mim, cada linha do seu rosto perfeito. Ele parecia ter saído de um manga shoujo, sua boca entreaberta, seus olhos de longos cílios que protegiam lindas e azuis Iris, seu cabelo fazendo cócegas no meu rosto.

– Quero ser mais que sua irmã, mais que sua amiga, mais que rival, mais que colega. Não quero que seja como antigamente, esconder de todos que eu sou sua. Não quero que você seja frio comigo só por que tem pessoas olhando. Quero que você se importe comigo, como eu me importo com você, quero te proteger, não deixar nada de ruim te atingir. Quero poder te abraçar sempre que eu quiser, quero parar de brigar com você a cada cinco minutos.

– E-eu... – ele gaguejou surpreso.

– Quero que você me chame pelo meu primeiro nome. Que seja gentil como na minha primeira vez, que seja assim comigo sempre. Que você consiga dizer para mim o que eu sempre disse pra você.

– Hermione. – ele disse sério, como uma promessa silenciosa. Senti meu peito se aquecer.

O loiro acabou com a curta distancia entre nós, me beijando lentamente, quase que me torturando, e parou o beijo. Meu corpo protestou contra.

– Eu quero proteger você, mas não mais de longe, quero estar do seu lado sempre que você precisar. Quero que você cuide de mim, quero poder gritar aos quatro ventos que você é minha, quero parar de brigar com você, quero que você me abrace sempre que quiser, quero ser mais do que seu irmão, colega, inimigo ou qualquer outra coisa. Mas que quero que você saiba que eu me importo com você, mais do que tudo na minha vida. Você sempre foi a pessoa mais importante na minha vida, a única garota que eu já amei ou vou amar. – ele deu um selinho em meus lábios, eu suspirei audivelmente. Indiretamente ele tinha admitido que me amava. Ele não fazia isso desde que nós tínhamos 12 anos.

– Draco eu...

– Ah, Hermione. – ele disse como se tivesse esquecido as chaves sobre a mesa. Passando a ponta dos longos dedos pelos meu rosto, firmando cada mão ao redor do meu rosto. – Eu te amo. Desculpe não ter deixado isso claro nesses últimos anos.

Eu pisquei quase que chorosa, meus lábios tremeram. Ele tinha dito.

– Diga de novo. – minha voz foi um sopro.

– Eu te amo. – ele disse, eu ainda tremia meus lábios. – Ah sua tola. Eu te amo, eu te amo, eu te amo. Eu te amo mais do que tudo Hermione Jean Greengrass.

Eu o puxei para mim, como alguém que se afoga e puxa para o ar, desesperadamente, minha língua invadiu sua boca, logo ele estava passando sua mão pela minha cintura mais firmemente enquanto ele me beijava profundamente agressivamente insanamente.

Ele se separou por um momento mordendo meu lábio.

– Desse jeito fica difícil eu ser sempre carinhoso. – ele disse ofegante

– Esqueça isso. – eu disse sorrindo – eu amo você. Mesmo quando você está agressivo. Na verdade acho isso sexy.

Ele riu. Divertido, calmo, em uma paz que eu não via em seus olhos desde os 10 anos.

Voltamos a nos beijar, rolamos na cama até que eu fiquei deitada em cima dele, ele escorregava suas mãos pela minha cintura, agarrava minha bunda, provocava minha nuca, acariciava meu rosto, apertava minhas coxas. Eu arranhava-o, agarrava seus braços sentindo seus músculos perfeitos e definidos, tinha ciência de como Draco era maior que eu, meu toque mais agressivo parecia fraco diante sua muralha de perfeitos músculos, enquanto seus mais gentis afagos ainda me pareciam firmes. Em pouco tempo uma pilha de roupas se formou no chão.

Eu estava apenas de calcinha, ele apenas com a Box preta. Ele escorregou minha calcinha, mortificando-me de vergonha. Beijou então minhas pernas, subindo seus beijos. E subindo, e subindo...

– Draco! – eu chamei envergonhada quando me dei em conta do que ele ia fazer.

Agarrei seus cabelos e fiz com que ele me olhasse.

– Você está corada. – ele disse sorrindo bobamente.

– Mas é óbvio que estou! Tire sua língua daí!

– Você é mais inocente que eu pensei.

– E você mais pervertido que eu pensei! – eu disse sentindo meu rosto queimar.

– Hermione, apenas me deixe fazer isso, confie em mim lobinha.

Eu me derreti em sua voz baixa, chamando meu nome, me dando apelidos.

Ele voltou a beijar minhas coxas, enquanto eu senti meu ventre remexer-se inquieto e minha respiração aumentar conforme ele colocava sua boca mais perto... Quando dei por mim senti sua língua morna e macia lá. E qual não foi minha surpresa ao sentir aquele calor se irradiar e subir pelo meu ventre enquanto eu sentia um prazer quase doloroso.

Tinha sido bom fazer sexo com Draco da primeira vez, mas eu estava muito dolorida, então a dor chata tinha estado lá o tempo todo. Dessa vez não, era puramente e simplesmente prazer. Como uma exponencial, meu prazer aumentou, eu senti espasmos comaçarem lentamente e crescerem, eu precisava de mais, mais, precisava liberar aquilo. Meu corpo se contraiu e eu agarrei os cabelos sedoso do loiro de baixo de mim, quando estava quase lá, Draco parou de fazer o que estava fazendo e meu protesto foi audível.

Ele apenas riu-se e veio me beijar novamente, senti meu gosto na boca dele. Eu passei minhas mãos na barra da cueca dele, ansiosamente puxando-a para baixo e sentindo a ereção já formada entre minhas mãos, acariciando-a desajeitada.

Draco aprofundou o beijo e voltou a me deitar na cama. Ele separou-se de mim rapidamente e pegou minhas mãos, me obrigando a parar de... Fazer o que eu estava fazendo nele. Ele tirou a ultima peça de roupa finalmente.

– Você é tão ingênua – ele disse com algo que me pareceu devoção.

Antes que eu pudesse responder ele me beijou novamente, dessa vez mais apaixonadamente, como se eu fosse o próprio ar que ele respira. Gentilmente ele passou a acariciar meu clitóris com um dedo, enquanto aos poucos introduzia outro dentro de mim. Foi bem mais fácil que da primeira vez, mas ainda assim doeu um pouco.

Suspirei alto.

– Avise se doer. – ele disse se colocando entre as minhas pernas.

Aos poucos ele introduziu seu membro dentro de mim, era vezes maior que seu dedo e a dor também foi maior. Com certo custo ele enterrou-se dentro de mim e ficou assim, minhas paredes latejando ao seu redor, ele não se mexeu esperando que eu me acostumasse.

– Achei que não doeria mais. – eu disse abrindo os olhos que fechei sem notar.

– Você precisa de um pouco de pratica, tempo para seu corpo se acostumar comigo. – ele disse com a testa apoiada na minha, sorrindo. – mas não tenha pressa.

Ele disse aquilo, mas estava com os olhos escuros de desejo. A dor era menor, não passava de um incomodo comparado a dor da primeira vez. Elevei meus quadris grudando-me à ele, ele trincou os dentes e soltou o ar pesadamente.

– Sua vez. – brinquei.

Ele sorriu malvadamente e começou a tirar-se de mim. Senti um prazer torturante com a expectativa do que ele faria depois. Ele lentamente me penetrou novamente, dessa vez deslizando fácil, eu estava mais do que lubrificada e senti apenas uma onda intensa de prazer.

Aos poucos ele começou a fazer isso mais rapidamente, e com uma intensidade que ele não tinha usado da primeira vez, ele me observava divertido, eu estava com vergonha, mas sentindo um prazer muito entorpecente para conseguir fazer qualquer coisa que não controlar os baixos gemidos que escapavam de meus lábios.

– Eu te amo. – consegui sussurrar.

Ele me penetrou profundamente, pressionando todo seu corpo contra meu. Gritei rapidamente com o choque de prazer que me preencheu.

– É assim que me sinto toda vez que você diz isso. – ele me beijou enquanto passava suas mãos pelos meus seios, eventualmente descendo seus beijos para eles.

Eu estava sentindo muitas coisas ao mesmo tempo, estava certa que morreria daquele jeito. Gentilmente fiz com que girássemos na cama, e foi minha vez de ficar em cima. Puxei-o em um beijo, fazendo com que ele ficasse sentado, enrolei minhas pernas ao seu redor enquanto ele me fechava em seus braços e eu me concentrava em rebolar, mexendo os quadris em movimentos circulares, aos poucos Draco não conseguia mais me beijar, ele ofegante apenas apertava os olhos e eu me surpreendi quando um gemido se formou no fundo de sua garganta. Meus olhos pesavam e eu mordia o lábio para não gritar.

– Draco. – eu disse seu nome aflita, ofegante.

Ele então me agarrou e me girou, me jogando na cama novamente, dessa vez me penetrando diversas vezes, repetidas e firmes, não me machucavam, mas eram fortes e as vezes ele se enterrava em mim e eu mexia o quadril, fazendo com que ele fizesse pressões dentro de mim, que simplesmente estavam me deixando louca.

As ondas apenas se intensificaram quando Draco passou a massagear meus peitos gentilmente e mordiscar meu mamilo e dar chupões em meu pescoço, as ondas de prazeres eram continuas e me engoliam me jogando contra um paredão de sensações e quando dei por mim, não pude reprimir o grito rouco que escapou pela minha garganta quando eu praticamente explodi em fortes e prazerosos espasmos.

Algumas estocas depois senti mais uma onda vir, torturante, eu estava exausta, mas ela veio, tão devastadora quanto a primeira; Draco me beijou enquanto vinha junto comigo e desabava todo o peso de seu corpo em mim.

– Não vá embora, nunca mais. – eu disse acolhendo Draco em meus braços, sentindo suas costas fortes sob meus dedos.

– Nunca. – ele disse ainda ofegante.

Ele então se levantou inverteu as posições, quando saiu de dentro de mim respirei senti um último espasmo de prazer secundário, deitando-se nos travesseiros e me puxando para deitar em seu peito, ele acariciou meus cabelos e beijou o alto da minha cabeça, abraçando-me como seu eu fosse me fundir a ele.

– Namora comigo? – ele pediu com a voz séria.

Com um movimento de pernas trouxe até nós o edredom preto com detalhes brancos e nos cobri, deitei-me de frente para ele, dei-lhe um demorado selinho enquanto nossas pernas enrolavam-se. Ele ainda me olhava, aguardando a resposta.

– Claro que sim. – eu disse sorrindo.

Ele bocejou e me puxou para perto, me aconcheguei em seus braços.

– Boa noite Chatonilda.

Eu ri novamente com o apelido.

– Boa noite meu Pirralhoso.

Ele riu e beijou novamente meu cabelo. Dormi o melhor sono de toda a minha vida.


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Notas finais do capítulo

E AI? QUE ACHARAM?

E ISSO É SÓ O COMEÇO. FÃS DE AL PACCINO, PREPAREM-SE