Dragões E Serpentes - Draco E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 24
Wrecking Ball


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

achei que eu tivesse postado, mas não postei @__@

Mas antes de corrigir isso, eu queria compartilhar uns numerozinhos com vocês...
40 MIL ACESSOS, MAIS DE 400 LEITORES, MAIS DE 400 REVIEWS E 107 FAVORITOS. SEUS LINDOS, MARAVILHOSOS, A QUANTIDADE DE CRUCIO MENTAL QUE VOCÊS ME DÃO DEVE SER REALMENTE PODEROSA...

AMO VOCÊS



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Vinte e Quatro)

“Hermione, você deveria fazer um workshop sobre como reciclar seu papel de trouxa” Algo disse revirando os olhos.

Eu sei, eu sei.

Draco era um idiota e tinha me magoado de um jeito brutal, mas tinha algo naquela história que não fazia sentido. A noite que passamos juntos ficava retornando à minha cabeça e quanto mais eu pensava sobre todos os nossos momentos, mais eu sabia que aquilo não tinha sido uma simples brincadeira. Eu decidi então sentar e conversar, nem que para isso eu tivesse que amarrá-lo em um poste e fazê-lo me escutar até que todos os males entendidos se desfizessem. Até que eu e Draco parássemos de gritar um com o outro e aprendêssemos a escutar.

Infelizmente a ideia de Draco para a semana tinha sido um pouco diferente, ele decidira que simplesmente iria brincar de Bilbo Baggins, usar o maldito anel e ficar invisível. Ele tinha simplesmente... Evaporado. E então eu pensei na pessoa que com certeza saberia onde ele estava, e mesmo correndo o risco de dar de cara com Lúcio Malfoy eu girei em meus calcanhares e desaparatei imediatamente.

– Você sabe!

– Não sei Hermione, eu juro.

– Mãe, se você nãobesso, você estaria subindo por essas paredes! – eu disse esfregando o rosto. Eu estava exausta, como não conseguia dormir por causa de Draco simplesmente ficava estudando de madrugada.

– Ele... Mandou uma carta. Disse que está bem, mas não disse onde está.

– Carta? Ele... Falou sobre mim?

– Hermione, talvez seja melhor você dar um espaço pra ele.

– Espaço? Eu venho dando espaço pra ele desde que ele tem quatorze anos. O que ele disse? – eu indaguei.

– É melhor você não...

– Eu estou te implorando – eu peguei suas mãos.

Ela suspirou e abaixou os olhos, então se remexeu sentada em sua cama e puxou um pergaminho dobrado de baixo do seu travesseiro. Ansiosamente peguei o papel como se fosse um pedaço do próprio Draco ali. Era o máximo dele que eu via em semanas.

Oi mãe, eu estou bem, não se preocupe.

Não pretendo dizer onde estou, pois eu sei que você acabaria contando pra quem não deve. Discuti com o Pai – de novo – mas dessa vez eu realmente quero me afastar, aconselho-te a fazer o mesmo, você está casado com um hipócrita nojento.

Não dê noticias minhas nem a ele, nem a Hermione. Você disse que eu nasci pra ficar com ela, bom, você se enganou. Nós não falamos a mesma língua mãe, não duvido que nos amemos, mas não sabemos fazer isso sem nos destruirmos, e alem do mais eu não sou o único na vida dela, tem o outro Pobretão de cabeça vermelha. Eu não sei dividir mãe, você sabe que eu não sei. Não podemos ficar juntos, não agora pelo menos, por isso quero me afastar. Quem sabe se eu amadurecer, se ela amadurecer, se o Pobretão pegar um vírus mortal e morrer.

Mãe, eu estou cansado de me machucar, entenda, por favor, e me deixe desaparecer por uns tempos. Quem sabe eu não acho uma garota legal onde estou, uma garota de uma família boa para te dar uns netos puro sangue.

Eu mando noticias.

Até mais.

Draco.

Eu fechei a carta e entreguei pra ela. Senti meu peito doer por saber que ele ia tentar seguir em frente pra valer dessa vez. Meu peito doeu ao imaginá-lo com filhos de outra mulher. Doeu-me saber que ele se importava com a família, e que escolheria uma pessoa com ‘sangue puro’.

– Hermione... – minha mãe tentou afagar meu braço.

– Ainda não faz sentido – eu disse ficando de pé. – eu estou bem – foi meu sorriso falso mais dolorido. – eu vou voltar pra faculdade mãe. Acho que chega dessas coisas por hoje.

– Querida... Eu sinto muito... Mas vocês realmente só se machucam.

Eu assenti. Ela me abraçou e eu apenas aceitei seu abraço por incontáveis minutos. Por fim voltei para o meu colorido quarto de faculdade, minha cabeça girando, contudo, dessa vez eu não me sentia vazia ou arrasada.

Era diferente.

Parecia que algo não fazia sentido, eu estava confusa, eu conhecia o Draco, eu sabia que aquilo não fazia sentido, suas decisões de se afastar de mim foram completamente sem justificativa. Por um instante ponderei se talvez ele realmente não quisesse manter a linhagem dos Malfoy pura. Seria a única explicação minimamente plausível.

A porta escancarou-se e minha colega serelepe me tirou de meus pensamentos.

– Hermione! – ela sorriu – Não te vi na janta, você quer...

– Não, obrigada... Fui jantar com a minha mãe.

– Ah sim. E que cara de preocupada é essa? Rony tem te incomodado de novo? – ela disse se atirando no pufe.

– Não... – eu me sentei ao seu lado. – É Draco.

– De novo ele? – ela disse quase brava. – me deixa louca o jeito como ele te maltrata, com o jeito pomposo achando que é seu dono.

Ela tinha largado as coisas em qualquer canto e colocou uma música da Miley Cirus para tocar, como se já não fosse o suficiente ainda colocou provavelmente a mais depressiva da artista. Deirdre realmente não tinha nascido com o dom do Simancol.

– Pois é... E não é como se fizesse sentido. Eu amo ele, e eu sei que ele gosta de mim, mas ele tem esses momentos... Não parece nem que é ele.

Deirdre ajeitou-se no pufe até ficar de frente para mim e arregalou os olhos.

– Você gosta dele? Desde quando?

Eu dei risada.

– Desde sempre eu acho. Eu sei, é chocante, mas o que eu posso dizer? Como diria Bonnie: Amor e ódio são dois chifres da mesma cabra.

Nós rimos, e eu comecei a contar para Deirdre sobre a minha historia e a de Draco, sem cortes ou edições, sem preocupações com a reputação dos Malfoy ou qualquer coisa, eu confia em Deirdre de um jeito que eu sabia que não deveria. Ela ria e fazia comentários desnecessários, contava alguns casos dela também e eu mal vi o tempo passar.

Finalmente, estávamos no pufe, comendo amendoins e bebericando bebida de limão quando eu contei da noite da festa e como foi ter o beijo interrompido pela minha mãe. Deirdre dava gargalhadas, mas então ela me interrompeu e arregalou os olhos.

– Ele queria ficar com você de manhã!

– Sim, eu acho que sim. – eu disse rindo sem entender.

– E então você surtou de culpa pelo seu namorado e de nervosismo em rever o Malfoy Pai e deixou Draco sozinho com a mãe sem definir nada, nem dar explicações.

– Sim – eu confirmei, agora sem entender – eu não queria forçar nada, nós poderíamos resolver com calma nossa situação depois. Quis dar um espaço pra ele.

– Ah meu deus! – Deirdre largou o pote de amendoim e derramou-os pelo tapete. – eu sei por que ele bancou o louco! Hermione eu sei!

– O que houve? – eu perguntei agora preocupada – do que você esta falando?

– Hermione, ele veio completamente radiante te procurar aqui depois que você saiu, e eu fiquei com raiva porque achei que ele estava se gabando por ter te tirado do palco, sendo possessivo... Ele perguntou por você... Ah eu sou uma idiota!

– O que você disse Deirdre?!

– Eu disse que não que fosse da conta dele, mas você tinha ido ver seu namorado.

Eu espalmei a mão na cara. Isso já seria ruim normalmente, mas se tratando de Draco Malfoy, isso era trágico! Ele achava que eu estava me divertindo com ele, mas que no fim não terminaria com Rony.

Garoto burro, ele achou que eu faria isso?! Ele não precisava de espaço, nos tivemos espaço demais, esse foi o problema. Não me surpreenderia se ele passasse o resto da vida se embriagando na Sibéria.

– Eu nunca vou achar ele. – eu murmurei. – ele me odeia.

Deirdre então agarrou meus ombros e me chacoalhou.

– Eu amo o Carma! – ela disse. Eu quis estapeá-la.

– O que?

– Eu destrui seu romance, é verdade, mas eu posso te ajudar!

– Você por um acaso implantou um GPS na bunda dele como pegadinha?

– Não. – ela sorriu – mas eu sei quem sabe onde ele está.

Senti meu peito queimar em excitação, Deirdre levantou-se correndo e me puxou porta a fora as duas de pijama, as duas de pantufa, as duas esbaforidas.

– Draco faltou três lutas agendadas... – Deirdre falava ofegante enquanto descíamos as escadas correndo – e James nunca fica sem pagamento, ele com certeza sabe onde o Draco vai estar.

***

– Vegas? James, eu realmente não estou de brincadeira...

– É sério. – James estava encostado no corredor do ginásio, encontramos ele lá bebendo com uns amigos. Sério, aquele rapaz nunca estudava? Ele ainda tinha fígado?

– O que diabos ele iria fazer em Las Vegas? Gastar a herança em caça níqueis e paquerar meninas trouxas? Isso é ridículo.

– O que? Não! Ele não foi para Vegazinha... Aquela cidade cópia ridícula trouxa. Ele foi para a Vegas bruxa, fica perto de lá, onde os trouxas acham que tem um grande deserto sem mais nada por perto...

– Ainda não entendo...

– Ah querida, ele voltou a lutar para o Tony Maddox, parece que eles vão fechar um contrato. Draco vai pegar as grandes lutas.

Eu pisquei, aquilo parecia muito mais sério do que brigar com alguns meninos da faculdade, Deirdre gargalhou.

– Aquela fuinha? Lutando em Vegas?! Vai voltar numa cadeira de rodas. – Deirdre ria-se, até que notou como eu a olhava em tom de desaprovação. Seu sorriso murchou um pouco – desculpa Mi.

Suspirei.

– Apenas me diga como encontrá-lo.

Foi a vez de James gargalhar.

– Você acha que eu vou te dar o endereço dele? Vai por mim, você não quer se meter em Las Vegas princesa...

Foi a gota da água. Eu juntei James pelas vestes e o esmaguei contra a parede, meu humor estava reduzido a zero e cada segundo de conversa fiada era um segundo a mais longe de Draco, ele podia estar apanhando nesse exato momento.

– James. – meu tom era baixo e frio – eu sou amiga íntima do ministro de magia de Londres, se você não quer que eu mande uma coruja para ele e conte sobre as atrocidades que você faz nos trotes e como gerencia lutas ilegais em uma faculdade financiada pelo ministério da magia e em como o reitor, seu pai, acoberta tudo isso, eu sugiro que você me passe o endereço completo do Draco agora, e reze para ele estar bem, por que se não estiver eu vou culpá-lo por não tê-lo impedido de cometer essa loucura! – eu agora gritava. Ele mantinha um sorriso cretino na cara, mas não era mais tão escancarado.

– Tem papel e caneta? – ele indagou erguendo as mãos em rendição.

Sim, Miley Cyrus, você foi que nem uma bola de demolição querendo quebrar as paredes do seu amado e se ferrou, sim, você idolatrou ele e se ferrou tanto que teve que desistir pra parar de se machucar. Sim, Miley, você acha que deveria ter dado mais espaço, mais compreensão e conversa... Pois bem, você não é apaixonada por Draco Malfoy. Eu tinha dado espaço pra esse cabeça de bagre, espaço suficiente pra ele tirar conclusões precipitadas e machucar nós dois. Chega de espaço, meias conversas e amabilidades. Eu ia atrás desse imbecil e não sobraria pedra sobre pedra. Eu iria para Vegas.

E eu iria como uma maldita bola de demolição.


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Notas finais do capítulo

*MALFEITOFEITO*