Dragões E Serpentes - Draco E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 19
Old Habits.


Notas iniciais do capítulo

*JUROSOLENEMENTEQUENÃOVOUFAZERNADADEBOM*

HO HO HO

FELIZ NATAL ATRASADO POMBINHAS ;)



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Dezenove)

– Você tem que estar linda! É a rainha. Aliás, me admira que ainda não tenha ficado com ninguém, mesmo boa parte dos homens estando louquinhos por você.

– Não sou esse tipo de garota. Na verdade... – eu respirei fundo. Deirdre era minha amiga, conhecia ela apenas há duas semanas, mas ela era minha amiga! – posso confiar em você?

– Claro né, eu durmo no mesmo quarto que você e nunca coloquei pó de mico nas suas roupas ou tentei te sufocar durante o sono. – ela disse revirando os olhos fazendo minha maquiagem.

– É que eu sou virgem...

A morena parou em minha frente, e assim ficou durante alguns segundos.

– Não.

– Sim.

– Não?!

– Sim! – eu disse rindo.

– Isso explica muita coisa. – por que as pessoas ficavam dizendo aquilo?

Deirdre tinha colocado uma calça colada que parecia ser feita para ser usada na academia e uma larga blusa colorida e psicodélica de revelava seu ombro. Ela trançou o cabelo. Eu fui com uma blusa tomara que caia justa e um macacão preto que há muito eu não usava por ser curto demais. Coloquei um sapatinho de boneca de salto e usei um dos chapéus de Deirdre. Eu amava chapéus.

Fiquei parecendo uma gangster prostituta. É, Rainha dos Feras.

Revirei os olhos, meus cílios estavam espessos e longos, um delineador perfeito e a boca vermelha escura, destacando-se do meu visual mafiosa italiana. E obviamente o risco de tinta verde na minha bochecha.

Fomos para a tal festa que estava sendo nos fundos do Bloco C.

Chegamos meio tarde, então boa parte das pessoas estavam bêbadas, Deirdre pelo visto tinha alguns amigos e foi conversar com um garoto que a chamava. Eu fui junto e no caminho vi que James estava simplesmente perfeito. Tinha uma blusa larga preta de manga curta que mostrava seus braços mais do que perfeitos, um jeans gasto que lhe caia muito bem e os cabelos caindo nos olhos, sedosos e perfeitos como sempre. Obviamente um grande grupo de pessoas estava ao seu redor, ele segurava uma ruiva estonteante pela cintura.

“Olhe mais um pouco, que o garoto vai cair morto por desidratação” o bicho felpudo roxo disse arqueando a sobrancelha.

“Não estava secando ele.”

“Mas é claro que não.”

Desviei o olhar, o grupo com quem Deirdre conversava era um grupo bem simpático, calouros. Todos muito bonitos e bem vestidos. Os garotos eram muito legais e as garotas... Bom, eu estava acostumada com garotas não gostando de mim.

Estávamos conversando sobre as provas de enfermagem, quando Blaise chegou até mim e me deu um selinho.

E onde tinha Blaise, tinha Draco.

Eu apenas troquei um olhar com o loiro. E qual não foi minha surpresa ao ver que ele estava acompanhado. Muito bem acompanhado. Tinham mais dois garotos com eles, dois veteranos do terceiro ano eu acho, e o total de cinco garotas. Uma mais linda que a outra. Agradeci por estar maquiada e de salto alto.

E eu achando as minhas roupas curtas. Doce ilusão.

Duas garotas estavam grudadas em Draco. Uma era morena, baixinha, e super peituda, tinha uma cara de inocente, mas qualquer um que olhasse mais atentamente poderia ver o jeito como ela empinava a bunda contra o quadril de Draco. A outra era loira, e assustadoramente parecida com minha irmã Daphne, inclusive seu olhar de desgosto à minha pessoa. Essa loira estava de braços dados com Draco e assim que notou que eu estava olhando diretamente para aquela cena, mordeu o pescoço do loiro, fazendo com que esse finalmente desviasse seu olhar de mim e olhasse com reprovação para a garota que simplesmente deu um sorrisinho.

– E vem me falar de pouca vergonha. – eu soltei antes que pudesse me conter.

Um garoto passou com doses de uma bebida verde, estava tão irritada que agarrei uma daquelas e virei em um só gole. Na verdade eu queria poder arremessá-la na cabeça daquele loiro irritante.

Por que eu estava irritada?

Mesmo com a música alta, Draco me ouviu e lançou-me seu sorrisinho prepotente.

– Eu sou homem, Greengrass. – ele deu de ombros. – homens são assim.

– Não Malfoy, nem todos os homens são ridículos e promíscuos.

E falando em promiscuidade, James do nada – sério, ele se teletransporta! – apareceu e se colocou ao meu lado.

– Está linda, Princesa.

Eu me irritei mais ainda. Virei outro shot da bebida verde. Há segundos ele estava se esfregando com uma ruiva e agora vem todo cheio de “Você está linda, Princesa”! Cretino.

– James! – eu disse irônica piscando mais lentamente do que o comum. – Mas era quem faltava. Estávamos falando dos homens, e de sua promiscuidade. – eu disse sorrindo.

– Nenhum homem presta, querida. – ele deu de ombros. Cara de pau! – resta as mulheres o trabalho de salvar a imagem da raça humana.

Céus, eu iria estrangular ele ali mesmo! Iria estrangular os dois!

– É a mais pura verdade. – Draco disse rindo enquanto apertava a loira contra si. – por isso as garotas são tão certinhas, contidas, sabichonas... – Draco disse claramente me irritando – alguém tem que manter a boa reputação.

Em um momento de pura ira, eu transformei toda aquela minha vontade de sapatear na cara dos dois em ousadia e ironia.

– Mulheres tem que ter boa reputação... – eu disse sorrindo inocentemente com o dedo no queixo, fingindo-me de pensativa. – assistam à isso. – mostrei aos dois o dedo do meio.

Eu agarrei o pulso de Deirdre e a puxei comigo, ela veio confusa.

– Assistir o que? – eu vi um vislumbre de receio nos olhos de Draco.

– Enquanto eu salvo a imagem da humanidade. – eu disse sorrindo passando a língua rapidamente nos lábios e logo em seguida mordendo o lábio inferior.

Há, o que o álcool não faz com uma garota. Ou melhor, com o bom senso dela.

Fui até o DJ e não me surpreendi ao ver Lino ali.

– Lino, eu estou tentando calar a boca de alguns idiotas, então, por favor, coloque uma música para mim.

Lino apenas sorriu e arqueou a sobrancelha.

– Como quiser minha rainha.

Deirdre logo compreendeu e nós três viramos uma dose para comemorar. O que exatamente eu não sei. Lino chamou uns amigos e disse algo para eles. A música parou e um momento de silencio se fez. Eu fui colocada no ombro de dois garotos e Deirdre nos ombros de outros dois, e fomos carregadas assim até um balcão no fundo do refeitório, ali eu já senti minha cabeça girar. Eu tinha bebido demais. Lino com um aceno de varinha colocou os holofotes em mim e Deirdre.

– Com vocês – a voz de Lino veio estridente – a rainha dos Feras! – ele gritou e a multidão o seguiu.

Todos, literalmente todos pararam para olhar. Dirigiram-me olhares, os garotos começaram a uivar e gritar, enquanto eu e Deirdre éramos erguidas até aquela espécie de balcão. Deirdre não era tímida e com uma sincronia absurda eu e ela começamos a dublar a música, a principio sem dançar. Era uma música trouxa que estava tocando horrores, mesmo no meio bruxo.

Baby, I’m preying on you tonight

Hunt you down, eat you alive

Just like animals, animals, like animals-mals

Maybe you think that you can hide

I can smell your scent from miles

Just like animals, animals, like animals-mals

Baby, I'm...

O ritmo da musica mudou, e agora eu e Deirdre mexíamos os quadris de um jeito que fez os garotos babar e as garotas simplesmente nos odiarem. Eu mantive meus olhos grudados em Draco, minha visão simplesmente tinha embaçado.

So what you trying to do to me
It's like we can't stop, we're enemies
But we get along when I'm inside you

Eu estava então remexendo a cintura descendo lentamente até me agachar no chão. Deirdre arremessou meu chapéu longe e então cantou passando os dedos em meus curtos cabelos.


You're like a drug that's killing me
I cut you out entirely
But I get so high when I'm inside you

Isso eu cantei olhando inteiramente para o loiro que estava logo na minha frente, de quarto engatinhei até quase encostar meu nariz ao dele, a alça do meu macacão caída deixando meu ombro desnudo.

Ele tentou me agarrar, mas eu então sentei em meus calcanhares, logo depois Deirdre me puxou para cima e dançava colada nela, com um sorriso largo no rosto, ela eventualmente mordendo meu queixo. Quanto mais eu cantava, mais meu pudor se esvaia.

Deirdre cantou mexendo os quadris com toda sua sensualidade cigana, ficando de frente para mim e colando seu quadril no meu enquanto lentamente mexíamos o quadril calma sincronizadamente.

Yeah, you can start over

You can run free

You can find other fish in the sea

You can pretend it’s meant to be

But you can’t stay away from me

I can still hear you making that sound

Taking me down, rolling on the ground

You can pretend it was me, but no, oh

Os garotos tinham abandonado as garotas e estavam todos no balcão esticando suas mãos para tocar minhas pernas ou nas da minha colega de quarto que dava um verdadeiro show.

– Greengrass, desce daí agora! – a voz furiosa de Draco me alcançou um olhar feroz e perigoso.

Eu apenas ri soltamente.

– Eu devo descer?! – eu gritei piscando para os garotos.

– NÃO! – foi unanime.

Eu apenas mordi meu lábio sorrindo.

“Gostosa!”

“Delícia!”

“Rainha Delícia!”

“Casa comigo!”

As garotas que tem problema de autoestima, um dia fiquem bêbadas e façam isso. Garanto que é bem interessante. Ou não, por que eu tenho certeza que pela manhã eu me arrependeria brutalmente disso tudo. James apareceu ao lado de Draco sorrindo abobado passando a língua nos dentes.

Falando em arrependimentos.

O refrão veio novamente, eu desci rebolando até o chão e me deitei de barriga para cima, Deirdre fez o mesmo sentando em minha cintura. Inclinei a cabeça para ver Draco e o vi socar um garoto que tentara passar a mão em meus seios, ao seu lado estava James, apenas me encarando. Agarrei a camiseta do loiro e puxei-o até que eu colasse minha boca no seu rosto.

– Diga meu nome. – eu sussurrei em seu ouvido.

Ele ficou vermelho, bravo, envergonhado. Mas não disse meu nome. Eu respirei furiosa e empurrei-o, em seu momento de desequilíbrio, ainda meio de cabeça para baixo, puxei James e lentamente passei a mãos pelos cabelos sedosos de James, puxando-o para mim e dando um beijo nada comportado nele, mordendo seu lábio, só para depois olhar para Draco. Gritos dos demais alunos explodiram ao nosso redor, eu sorri malvadamente, me levantando e ficando cara a cara com Deirdre. Cantava olhando diretamente para ele:

So if I run, it's not enough
You're still in my head, forever stuck
So you can do what you wanna do
I love your lies, I'll eat 'em up
But don't deny the animal
That comes alive when I'm inside you

E ao som da musica totalmente remixada eu senti os lábios dela nos meus enquanto eu beijava a minha colega de quarto. Oh Merlin eu estava louca. E no momento seguinte a grande explosão de testosterona, senti algo puxar meu pé enquanto eu caia na multidão masculina e algo agarrava minha cintura firmemente. Eu parecia um saco de batata no ombro de alguém. Virei a cabeça e imediatamente me deparei com aquela cabeleira loira quase branca que eu conhecia.

– Me põem no chão seu troglodita!

Eu gritei, alguns garotos tentaram me ajudar, mas Draco afastou todos com um aceno de varinha. Ele me levou para o quarto dele e trancou a porta, tentei sacar minha varinha; mas assim que consegui tirá-la do meu bolso, derrubei-a.

Droga! Dedos bêbados.

– Me deixe sair daqui. – eu disse mantendo minha voz altiva.

Eu estava totalmente tonta e não sentia minhas bochechas. Sem falar que eu estava com uma vontade insana de rir e beijar alguém. Desconfio que o teor de álcool daqueles shots seja mais alto do que eu calculei.

– Eu estou com muita vontade de te bater Greengrass. – ele disse sério. – te dar uma surra para você nunca mais fazer algo assim.

Eu ri e ergui uma sobrancelha mordendo o lábio virando-me de costas para ele empinando minha bunda passando os dedos sobre ela.

– Bata – eu disse debochadamente.

“Eu não acredito que você fez isso... eu peço demissão. EU ESTOU FORA!” Meu bom senso gritava louco em algum lugar dentro da minha mente trôpega.

O que eu não esperava, era que ele realmente batesse. Com um grito de surpresa senti minha bunda esquentar e arder onde ele tinha dado o tapa, aquilo me irou!

– Você não é nada meu! – eu praticamente gritei. – o que te importa? Volte para a as suas vadias gostosas!

– Você me importa! Não quero você fazendo esse tipo de coisas!

– Só por que eu sou mulher? Só você garanhão Malfoy pode ser promiscuo e desejado por todas!

– Não tem nada a ver com isso, pare de ser teimosa!

– É isso que eu digo! – eu disse raivosa e ofegante. – você me xinga, me magoa, é um completo imbecil, e do nada age como um pai super protetor, e vem me salvar. Você me deixa confusa, você é um completo imbecil Draco!

– Você é uma completa imbecil Greengrass...

– PARE COM ISSO! É HERMIONE! MEU NOME É HERMIONE, ME CHAME DE HERMIONE!

Eu gritei irritada sentindo meus olhos arderem e meu queixo tremer.

– Você está bêbada, é melhor você tomar um copo de água e ir deitar.

– Para Draco. Eu te conheço desde sempre, você nunca usou essa máscara comigo, e agora eu pareço ser a única pessoa que você se preocupa em usá-la. Você simplesmente me enterrou, me esqueceu, e eu ainda me magoo com isso. Eu já devia ter aprendido, eu já devia ter me acostumado.

– Você não sabe de nada. Nada.

Ele andou até mim. Como ele tinha feito aquele dia no corredor.

–Pare Draco. – eu espalmei minhas mãos em seu peito. – eu posso estar diferente, com roupas curtas e maquiagem na cara, mas eu sou a mesma sangue ruim de sempre. Fique longe de mim eu não preciso disso, você me magoa assim.

– Eu te magoo?! – ele disse bravo. – você está falando como se eu fosse um James da vida, me aproveitando de você.

– E não está?

– Você acha que eu estou fazendo isso para te comer? Por que você colocou umas roupas curtas e todos os garotos estão caídos por você, você acha que eu te quero como troféu? É isso que acha?

Eu fiquei brava, ele falava de um jeito que me fazia parecer a vilã da história.

– É exatamente isso, você provou isso quando tentou me comer outro dia!

– Mas o que eu fiz de errado?! Eu disse alguma coisa que te ofendeu? Por que para mim você simplesmente agiu como uma doida que saiu bufando sem motivo algum!

– Sem motivo algum? – como ele podia ser tão babaca e insensível? – certo, apenas me deixe ir embora.

– Para ir lá aos braços do seu amado JJ? – ele cuspiu em ironia. – ele sim só quer te comer!

Eu o empurrei.

– Por que você tem que ser tão idiota? – empurrei-o novamente, mas dessa vez ele segurou minhas mãos em seu peito e me encarou furioso.

A neblina de álcool estava realmente densa e eu não sabia mais o que falava. Agora eu estava pensando em meu pai. Meu antigo pai: Lucio. Tudo que eu sempre quis quando era pequena, meus desejos de ficar com eles para sempre como uma família feliz. Eu realmente amava eles, mesmo depois de todos esses anos.

Em um movimento de raiva e frustração tomei os lábios do loiro raivosamente, que meio surpreso tentou resistir.

– O que... Greengrass...

Eu parei de beija-lo.

– Diga meu nome. Como você sempre dizia quando éramos crianças. – eu disse de olhos fechados passando meus braços ao redor de sua cintura e mergulhando meu nariz em seu pescoço. O cheiro dele era tão bom!

– Hermione. – ele disse me abraçando também.

– Eu te odeio Draco, eu realmente quero queimar suas sobrancelhas e te dar um soco... Mas eu me preocupei tanto com você, eu nunca tive tanto medo, achei que iria morrer, achei que tivesse te perdido naquela maldita guerra... – eu olhei diretamente em seus olhos – Eu senti tanto a sua falta.

Ele então me tomou os lábios e eu, em um impulso de luxúria joguei minhas pernas ao redor da sua cintura, pulando nele. Ele bateu minhas costas contra a parede e passou suas mãos pelas minhas pernas enquanto beijava meu pescoço. Eu estava feliz, como há muito não me sentia, tudo que eu sabia era que o loiro na minha frente era perfeito. Ele era tão forte, musculoso, sua voz baixa e rouca enquanto ele repetia “Hermione”.

Quando dei por mim estávamos caindo na cama, em um único movimento ele tirou sua camiseta e voltou a me beijar.

– Durante todo esse tempo, eu fiquei simplesmente doente com a ideia de outros caras te tocando.

Aquilo me fez rir.

– Fora os beijos, nenhum conseguiu grandes façanhas.

Ele parou de me beijar e segurou minhas mãos que corriam agora pela parte interna da sua coxa e perigosamente tocavam a ereção formada. Tive que fazer uma anotação mental sobre o tamanho daquilo, teria que ver mais tarde se esse tamanho era normal...

– Hermione, você nunca dormiu com ninguém?

– Não né. – eu revirei os olhos. Estava com muito sono.

– Mas você disse que era experiente.

Eu ri abertamente abrindo os olhos que tinham se fechado sem meu consentimento e sentindo algo parecido com rubor.

– Não queria que você ficasse se achando.

Ele então passou as mãos pelo rosto, e me olhou longamente com seus olhos acinzentados. Ele então suspirou e quando voltou a me beijar não estava nem um pouco sedento ou algo assim. Foi algo... Terno? Ele estava sendo carinhoso?

Certo, não me deixem mais beber.

– Ah Chatonilda...

Ele dizia, mas sua voz estava tão longe... Não entendia nada do que ele falava apenas o apertava contra mim. ele era como qualquer um desses outros vícios. Ele me matava, aos poucos, mas ainda assim eu sempre voltava para ele. Será que debaixo de todo meu ódio eu amava ele? Seria muita ironia.

*

Ela estava completamente bêbada, tinha as bochechas rosadas e os olhos meio caídos, ficava linda assim. Quando a vi beijar James e depois aquela amiga dela, algo dentro de mim estourou. Todos os meses para esquecer ela e tirá-la totalmente de minha vida. Todo meu esforço para transformá-la em uma inconveniente ex-colega... Foi tudo para o inferno. Ela era minha, e só minha! E nem todo o tempo do mundo me faria esquecê-la.

E agora ali estava ela, deitada em baixo de mim com um sorrisinho no rosto. Ela era tão linda.

E era virgem! Céus eu tinha sido um babaca, isso explica a sua reação há duas semanas, e por que desse jeito dela. Isso explicava muita coisa na verdade. James devia saber disso. Maldito!

– Ah Chatonilda...

Ela estava cansada, respirava serenamente.

– Draco. – ela disse meu nome e meu coração deu um pulo no peito. – seu grande Pirralho.

Eu me levantei e a despi - sem malícia, eu não curto necrofilia - coloquei uma camiseta minha nela e não pude deixar de ruborizar ao ver suas formas tão perfeitas. Não perfeitas como a de uma modelo revista, mas perfeitas de um modo quase aconchegante, os seios não eram grandes, a pele era pálida devido a todas as horas de bibliotecas e ainda assim marcada pelo sol dos meses de caça as Horcruxes. Acariciei por velho hábito algumas de suas cicatrizes, eu não fazia isso há anos. Mas o que mais gostei foi de vê-la usando a minha camiseta. Perfeita. Para que ela não se sentisse mal quando acordasse também coloquei uma calça moletom nela e a deitei em baixo das cobertas, ela agarrou a ponta do edredom e fez seu típico casulo. Ela ainda fazia isso!

Eu tive que sorrir. Meus próprios olhos pesavam e o álcool era nebuloso em minhas vistas. Deitei-me ao seu lado, ela se aninhou em mim bocejou e piscou.

– Boa noite Chatolina.

Ela olhou para mim, piscou seus longos cílios e sorriu bobamente.

– Boa noite Pirralhoso.

E dizendo isso caiu no mais profundo dos sonos.


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Notas finais do capítulo

he he he

ps: desisti de mudar o nome da fanfic devido a alguns reviws IUDFHOSIHFSIU