Dragões E Serpentes - Draco E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 16
Kings and Queens.


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

Buenas Noches!!!

Bom, informo que só postei agora devido a quantidade de Crucios que eu levei em minha breve vida como escritora.

E vocês devem ter mais fé em mim... Eu posso atrasar MESES, mas eu nunca abandono uma fanfic. O capítulo de hoje vai para a Keemi, que eu fiz sofrer tanto quanto vocês.
MEU PEDIDO DE DESCULPAS FICA AQUI PARA TODAS QUE SE SENTIRAM ABANDONADAS T_T

Bom, o Draco voltou para socorrê-las: Light off, Ventilators on.

enjoy.



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Dezesseis)

Oh merda! Merda, merda, merda!

Eu estava atrasada. Saí correndo, coloquei o jaleco branco que tinham nos dado e corri pelos corredores com um pedaço de bolacha na boca. Deirdre ao meu lado xingando Deus e o mundo. Eu devo confessar, me sentia orgulhosa vestida de branco, os cabelos presos... meu olhar de sabe tudo era algo para me orgulhar agora.

Felizmente chegamos antes do professor. Ficamos em uma mesa logo atrás de Blaise e Draco.

– Oi princesa, atrasada? – Blaise disse esticando-se em minha mesa.

– Esqueci de trazer meu despertador. Sabia que tinha esquecido algo. – eu resmunguei abrindo meu material.

– Amanhã eu te acordo.

– Valeu Blas. Ah, Deirdre esse é Blaise Zabini. Blas essa é Deirdre...

– Holanda. – ela disse sem seu sorriso típico. De modo frio até eu diria.

“Minha companheira de quarto é doida, ignore ela.” Eu quis dizer.

– Nos conhecemos? – Blaise notou sua frieza. – eu já te dei um fora?

– Minha irmã me falou sobre você.

– Hm. Não me lembro dela, eu creio.

– Amane Holanda Spyce. Cabelos pretos, olho verdes, muito baixinha.

Ela parecia furiosa, mas Blaise estava genuinamente perdido.

– Não foi a pirralha que foi se declarar para você? – Draco disse sem olhar para mim ou para Deirdre.

– Ah, sim... – ele Blaise estalou os dedos – Eu me lembro dela. Corvinal certo?

– Você riu dela. – Deirdre disse séria. – ela me contou.

– Desculpe, é que... Bem ela é muito estranha...

– Então desprezou os sentimentos dela e riu dela?! – Deirdre nem de longe parecia a cigana saltitante e alegre de ontem. – quanta maturidade!

– Eu tentei me desculpar, mas ela saiu correndo. Eu não pretendia magoa-la...

– E eu não vou pretender te mandar para a enfermaria. – Deirdre fechou as mãos em punho.

Eu segurei seu braço e Blaise deixou de apoiar-se em minha mesa, afastando-se da garota. Por um minuto pensei em Daphne. Ela nunca socaria um garoto por mim. Fora Astória ninguém das minhas famílias faria coisa alguma por mim. Remexi-me e meu olhar caiu sobre Draco que curiosamente me encarava. Carrancudo. E por um instante foi como se ambos quiséssemos muito falar algo, tivéssemos o discurso pronto e na ponta da língua, mas de tanto pensar, a coragem sumisse e apenas ficássemos ali, nos encarando, cada qual mais magoado com o outro.

Eu queria que fosse assim. Na realidade, eu era a magoada, Draco simplesmente me odiava.

Sacudi a cabeça, não importava.

– Escreverei uma carta pedindo desculpas. – Blaise disse. – Por favor, eu não quis magoar sua irmã.

Deirdre analisou-o.

– Sinto muito, de verdade. Vou inclusive mandar um presente para ela.

– Ela gosta de Araras.

– Vou mandar uma de pelúcia para ela.

Franzi o cenho e pisquei algumas vezes para Blaise. Céus, onde ele arranjaria isso?

–Jure. – ela disse.

– Eu juro.

Ela revirou os olhos e vendo que ela não mais espalharia as tripas de Blaise pela sala, eu a soltei. Ela inclinou-se para Blaise que recuou incerto.

Ela voltou a revirar os olhos.

– Jure. – ela então levou dois dedos e fez um ‘X’ sobre o coração.

– Juro. – ele repetiu o ‘X’

Ela sorriu.

– Vocês têm problemas. – Draco murmurou revirando os olhos.

Deirdre me encarou.

– Essa coisa insuportável chama-se Draco Malfoy.

Draco me lançou uma careta.

– Malfoy... – ela disse.

– Sim. Malfoy. – Draco lançou seu pior olhar de ‘cuidado com o que vai dizer’ e fez uma carranca.

– Seu pai foi um comensal. – Deirdre disse sem tato algum, como se estivesse mencionando algo de valor fático.

– E?

– E nada ué. Só sei isso sobre você.

– Saiba que Draco é um tremendo imbecil. – avisei-a.

– E você sabe tudo? Continua insuportável?

– Cara de fuinha.

– Despeitada.

– Seboso.

– Cabelo de palha!

– Bom dia, senhoras e senhores! – uma voz estridente soou na sala calando todos ali presentes – Sou seu professor de anatomia, Khal McGonagall e vou passar os próximos cinco anos com vocês. Por tanto, nem tentem arrumar confusão comigo ou eu transformo a vida de vocês em um inferno. Duvidas?

Eu permaneci quieta. Ele era parente da minerva? Bom pelo óculos quadrado eu diria que sim. Mas ele me intimidava, quer dizer, quem seria louco de falar com um cara desses?

– Professor? – Deirdre chamou do meu lado.

“Soque ela! Rápido, arranque a língua dela, antes que ele escute e venha falar com vocês!”

– O que é? – ele virou-se e apoiou-se em nossa mesa.

Ele encarou ela longamente e depois me encarou. Quase desmaiei. Esse cara era mil vezes pior que o Snape.

– É verdade que abre alunos nas suas aulas?

O cara intimidador deixou escapar um riso inconveniente entre os lábios.

– Só os que me irritam. Acontece às vezes senhorita...

– Spyce. Chame-me de Deirdre. – ela disse com seu sorriso mongol. Eu tinha quase certeza que ela se drogava.

Eu estava quase desmaiando.

– HÁ! QUE FIGURA! Talvez abramos você um dia senhorita. – ele riu e deu continuidade a sua aula em um tom de voz desnecessariamente alto.

E ELA CONTINUOU SORRINDO!

Céus, essa menina era doida.

Pensando bem, estou com saudades da Di-Lua.

***

Tivemos aula de Anatomia, Poções I – o que indicava que teríamos Poções II, III e sabe-se lá quantas mais! – Feitiços de Cura Básicos (FCB) – QUE DE BÁSICOS SÓ TINHAM O NOME! – Fisiologia I, Fitologia I, almoçamos na cantina do nosso Bloco, e a tarde tivemos aula faixa de Biofísica, Bioquímica, e encerramos com mais duas aulas faixa de Introdução à medicina, uma aula teórica sobre o blá blá blá da ética medicinal.

É, Segunda feira era o dia mais apartado da semana.

Em todas as outras semanas eu tinha organizado minhas cadeiras de modo que quarta, quinta eu tinha a última aula livre, na terça eu tinha dois horários livres: O primeiro – amém sonequinha extra – e o posterior ao almoço. Sonequinha dupla da terça! E sexta eu só tinha duas aulas.

Na segunda eu tinha exatamente Quatro aulas com Deirdre, Cinco com Baile , e Oito com a Doninha imprestável. Terça eu tinha três aulas com eles, as mesmas por sinal.

Ufa, dez aulas por dia. Isso era exaustivo.

Estava com Deirdre voltando para nosso Bloco, eu não tinha deito amizade com mais ninguém, apenas ela... Mas até que estávamos nos dando bem, ela falava muito sobre muitas coisas, mas naquele momento tudo que eu conseguia pensar era no quão perto o jantar estava.

Mas então algo aconteceu.

Seres encapuzados passaram correndo ao nosso lado, erguendo a mim e Deirdre do chão como se fôssemos sacos de batatas. Consegui pegar minha varinha e me joguei no chão, caindo dos braços de meu raptor.

Comensais?! O que faziam aqui?!

Segurei minha varinha firme.

– Hermione! – Deirdre gritou sendo segurada por dois caras.

Estuporei um e petrifiquei o outro. Ela acertou um chute alto no queixo de outro. Um chute excelente na verdade.

Ela se juntou a mim e nos começamos a duelar com os comensais. Céus eles eram muitos, mas eram de baixa qualidade.

Quer dizer, eu tinha reflexos de guerra. Esses aí pareciam garotos.

– O que querem? – eu disse tentando ver uma saída.

– Vocês, Calourinhas. – alguém disse atrás de mim.

O hálito de álcool era algo óbvio.

Com reflexo acertei-lhe uma cotovelada no nariz.

– Greengrass! – a voz de Draco me alcançou.

Ele estava atrás dos encapuzados. Nunca fiquei tão feliz em vê-lo. Mas ele estava coberto de tinta e ovo, tinha farinha pelo cabelo. Era o único não encapuzado.

Ah... Não eram comensais...

– São veteranos... – eu disse para Deirdre que literalmente tremia atrás de mim.

– Temos um gênio entre nós! – o garoto que eu tinha acertado a cotovelada no rosto.

Ele não estava nem um pouco feliz, tinha erguido parte do capuz e eu pude ver que de seu nariz o sangue escorria lentamente.

– Corre. – eu puxei Deirdre pela mão e com um feitiço tirei dois Veteranos da nossa frente.

Eu sinceramente não queria nenhum trote.

Corremos, mas eles correram atrás de nós. Finalmente chegamos ao quarto, entramos e trancamos a porta com feitiços e chaves.

– Você está bem? – perguntei a garota que lacrimejava ofegante.

– Eles puxaram meu cabelo. – ela se queixou. – tá doendo.

Larguei meu material escolar em cima do pufe e andei até ela. Ela tinha vergões no braço de onde a tinham segurado.

Eu abri a boca para confortá-la, mas um estrondo ocorreu e a porta se abriu.

SÉRIO MESMO? TINHAM USADO BOMBARDA NA MINHA PORTA?! Tenho mais do que certeza de que isso é contra as regras!

– Calourinhas. – era o garoto Nariz-Quebrado.

Ele estava me irritando.

– Vocês não podem fazer isso! Saiam! – eu disse séria com minha varinha em punhos.

Eles riram e entraram no nosso quarto, eu ia começar a realmente machucar os garotas, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Deirdre precipitou-se em tentar correr e foi pega.

– Ou vem com a gente, ou levamos ela e vai ser bem pior.

– Venha logo Hermione. – Draco disse, para minha total surpresa. Ele estava com eles?!

Bufei irritada pelo nariz.

– Largue a varinha Princesa.

Larguei minha varinha. Ah, eu iria quebrar a cara desse bastardo doninha cara de fuinha.

Vieram até mim e colocaram um capuz na minha cabeça. Estava com algum tipo de substancia, pois no momento seguinte eu caí dormindo no quinto sono.

***

– Calouros! – eu senti um jato de água na minha cara.

CARALHO QUE FRIO!

Abri os olhos, assustada. Draco em pé junto dos seres encapuzados, estava com quase nada de tinta e usava um manto junto com os veteranos, seu rosto indiferente. Deirdre estava ao meu lado meio chorosa e queixosa. Eu tentei identificar onde estávamos. Impossível. Muito escuro. Era um lugar fechado.

– Bem vindos à UMB. – quem dizia era o garoto que eu tinha acertado. – graças a duas Calourinhas, este ano vamos pegar mais pesado.

Houve um murmúrio geral.

– Vamos eleger um Calouro e uma Caloura para serem os nossos Reis Feras pelo resto do mês.

Deus, isso não me cheirava bem.

– Venha, você. – ele apontou para Blaise, que estava atrás de mim.

Blaise levantou. Os garotos encapuzados rasgaram sua camiseta e deixaram-no apenas de calça jeans.

Pensamente desnecessário: céus, ele era bonito. E que tanquinho!

“Foco Hermione, foco!” Algo disse me estapeando.

“Certo, certo, desculpe.”

– E você! – o infeliz de nariz quebrado agarrou o braço da Deirdre.

– NÃO! – ela gritou tentando se segurar em mim.

Eles vieram puxar ela, e ela gritava tentando se esconder atrás de mim.

– Parem, por favor! – eu pedia. – Eu vou no lugar dela!

Um silencio rápido se fez. Os veteranos começaram a rir.

– Certo... Tragam a Katniss ali – O garoto Nariz-Quebrado disse. Os outros riram.

Draco me puxou bruscamente, de relance vi Deirdre grudar em um outro calouro e se esconder atrás dele. Realmente tive um pouco de pena dela, e quis poder quebrar novamente o Nariz daquele garoto irritante.

– Vai ser divertido, Katniss. – Draco disse sorrindo.

– Você me paga, bastardo. – eu disse ameaçadoramente.

– Esse não sou eu. É você. – ele disse me colocando na frente de Blaise.

Nariz-Quebrado andou até mim com um sorriso gigantesco.

– Princesa. Se você não tivesse sido tão teimosa...

– Como anda o seu nariz? – eu disse com um sorrisinho cínico.

E com um gesto de varinha ele murmurou “Diffindo”.

Eu esperei a ardência, mas ela não veio. Quando estava começando a achar que ele tinha errado abri os olhos e vislumbrei meus cabelos lentamente caindo no chão. Afoguei um ganido.

Meus cabelos!

Eu estava agora com eles curtos na altura da orelha.

– Muito compridos ainda, cortem mais. – Nariz-Quebrado sorriu.

Vários veteranos vieram até mim, Draco entre eles.

Com tesouras cortaram meu cabelo.

– Já basta. – Draco disse a um Veterano que chegava com uma máquina de barbear.

O veterano ia responder, mas Nariz-Quebrado deu uma risada estridente.

– Assim está ótimo!

Eu estava com vontade de chorar, mas não choraria na frente daqueles platelmintos.

– Ué. Nessa altura todas as garotas já estão chorando. – Nariz quebrado se aproximou. – Vai ver não é garota.

– Pode ser. – eu disse séria – pergunte à sua mãe que ela te conta.

– Greengrass! – Draco me repreendeu.

Nariz-Quebrado olhou para Draco e depois para mim.

– Se conhecem? – ele riu. – Então, meu caro Calouro, Veja se a nossa amiga é mesmo amiga. Verifique se nossa rainha não é um rei. Veja se ela tem peitos.

Eu senti meus músculos congelarem e em minha frente o loiro arregalou os olhos e deixou a boca cair-se entreaberta.

Esse cara é doente.

Os veteranos riam, todos podres de bêbados.

– Tudo bem, eu verifico isso. – Nariz-Quebrado deu de ombros.

– Não. – Draco disse irritado colocando-se em minha frente.

Nariz-Quebrado sorriu, acendeu um cigarro e o colocou entre os lábios. Um silêncio então se fez. Olhei para Draco com meu melhor olhar de “Faça isso e eu te mato”.

Mas isso não o impediu, ele realmente colou seu corpo ao meu e colocou a mão em meus seios. Tentei empurrá-lo, mas em um piscar de olhos o garoto com o cigarro na boca estava ali.

– Vamos Fera, seja homem! – e dizendo isso colocou a mão sobre a mão de Draco fazendo com se ele espalmasse a mão sobre meu peito.

Quis chorar de novo, mas não o fiz. Draco vacilou no seu olhar indiferente.

Cinco longos segundos se passaram até que o cara resolvesse que estava bom de me humilhar, por enquanto.

– O veredito? – Nariz-Quebrado perguntou.

– São pequenos, mas são verdadeiros. – Draco disse dando de ombros.

PEQUENOS? ESSE DEPRAVADO ME MOLESTA E AINDA DIZ QUE MEUS PEITOS SÃO PEQUENOS?!

Todos riram e eu tive vontade de socar a cara de todos ali. Queria ir embora, queria ir Pra casa e nunca mais por os pés nesse campus.

– Bom, bom, sendo nosso rei e rainha aptos para seus cargos, vamos as tarefas reais. Todo Calouro e veterano deve se dirigir a eles como Rei e Rainha. – Nariz-Quebrado rui, tentando se equilibrar sem derramar o conteúdo do copo que haviam lhe entregado. – a Rainha usará roupas curtas e decotadas por um mês completo. Caso se recuse, deverá ficar nua na frente da sala do reitor.

– O que?! – eu disse furiosa – eu sequer tenho roupas curtas!

– Então melhor providenciar. – ele disse como se estivéssemos falando de coisas banais que se tem que comprar na próxima ida ao mercado. – o rei deverá cumprimentar sua rainha com um beijo nos lábios, sempre. E deverá também arrecadar até o fim do mês 300 galeões para dar a festa de iniciação dos Calouros. E ambos, sempre, deverão estar com um risco de tinta na bochecha para lembrar a todos que vocês são os reis dos Feras. Os mais bestiais dessa universidade. Em acordo?

Eu olhei para Blaise na minha frente. Ele estava sem camisa e tinha seus lindos cabelos negros ajeitados para trás.

– Podemos negociar as roupas da minha rainha? – Blaise disse sereno colocando as mãos ao meu redor.

– Não. E fique feliz por eu não exigir roupas que mostrem a barriga. – Nariz-Quebrado riu. – agora faremos o voto perpétuo com esses termos.

Esse cara era louco! Mas eu já estava a ponto de colapsar.

– Por um mês? – eu disse séria.

– Um mês.

– Fechado. – eu disse. Blaise assentiu.

– Confesso que estou decepcionado. Sem lágrimas da rainha e eu nem tive que persuadi-los a aceitar. Tudo bem.

Fizemos o voto perpétuo, mas a tortura continuou. Jogaram poções na gente que faziam crescer escamas e muco em nossas peles, junto com tinta e feitiços que nos deixavam sem voz. Eu estava exausta, não tinha jantado, quando estava prestes a colapsar, sem condições de continuar protegendo Deirdre, Blaise segurou meu braço e foi nos puxando para fora daquele lugar. Só quando a concentração de calouros diminuiu é que notei que Blaise estava sendo guiado para longe dali por ele.

Assim que chegamos a um corredor vazio eu praticamente voei em cima do loiro.

– SEU IDIOTA! – empurrei-o com toda minha força. Ele bateu a cabeça em uma espécie de armário no corredor.

– Ei! – ele reclamou.

– Você está morto, Malfoy. Espere só até eu pegar minha varinha. Seu cretino, bastardo!

Eu o socava e o chutava até que finalmente Blaise me ergueu e me tirou de cima dele. Mas eu levei um tufo de cabelos loiros comigo.

– Eu te salvei sua Sangue-ruim! Não fosse por mim você estaria totalmente careca, provavelmente estuprada e ainda estaria lá!

– Oh muito obrigada! Pelo menos só fui molestada, meu cabalo foi quase raspado e eu fui torturada e humilhada. Bem, muito obrigada Malfoy! – cuspi em ironia.

– Da próxima vez não vou te ajudar, Greengrass!

– Fique longe de mim Malfoy!

– Gente... – Deirdre disse com a voz fraca e lágrimas nos olhos. Metade do seu rosto eram escamas com tintas azuis e vermelhas.

Assim que as atenções se voltaram para ela soltou um soluço e desabou no chão, tendo convulsões. As escamas agora estavam com um tom infeccioso.

– Deirdre! – gritei preocupada.

Draco se adiantou e pegou a garota nos braços, correndo pelo corredor como se ela não pesasse mais do que uma garrafa de coca-cola. Chegamos à enfermaria, e qual não foi minha surpresa ao perceber que estava super movimentada. Vários calouros passavam mal.

– O reitor tem que terminar com essas festas dos Veteranos. Tono ano é a mesma coisa! – um enfermeira reclamava.

– Por favor, eu falei com a que parecia ser a chefe dali. Minha amiga não está bem, acho que ela é alérgica, eu não sei o que fazer!

– Estamos sem espaço garota. – ela disse rispidamente. – pense nisso da próxima vez que forem sair para farrear.

E sem me deixar falar deu as costas e foi cuidar de uns garotos que estavam em coma alcoólico. Bufei irritada.

– Não tivemos escolha! – eu gritei para ela. – sua Bruxa Velha, preste atenção em mim! – eu disse frustrada. Deirdre agora tinha leves espasmos.

– Suma daqui garota, antes que eu te dê uma detenção! – sério, ainda tinham detenções na universidade?! – deixe sua colega em uma cadeira, cuidaremos dela daqui a pouco.

Eu bufei e saí da enfermaria lançando um olhar a Blásio e Draco, que sabiamente me seguiram. Fomos até o bloco dos Professores – na puta que o pariu.

– Socorro! – eu comecei a gritar. Algum professor tinha que escutar – SOCORRO! SOCORRO!

E então da porta atrás de saiu um monstro de olhos sonolentos e pijama listrado.

– O que infernos...?

Sorri aliviada, não podia ser ninguém melhor.

– Professor Khal! Por favor, minha amiga está passando mal.

– Ah, esses veteranos. – ele deu uma olhada em Deirdre. – entrem, e tentem não sujar tudo de tinta.

Entramos. O quarto dele era beeeem maior que o nosso, na verdade era um verdadeiro apartamento.

– Coloquem-na na mesa.

Eu tirei algumas coisas da mesa e Draco e Blaise a ajeitaram sobre a mesa de vidro. Ela agora tinha espasmos rígidos e intensos.

– Ora segurem a língua dela, entes que ela engula. – o professor disse mexendo em alguns frascos. – por que não foram à enfermaria? E por que vocês parecem uns peixes fora d’água?

Ele tentou fazer uma piada? Sério mesmo?

– Os veteranos jogaram alguma coisa na gente. – Draco disse simplesmente. – e a moça da enfermaria...

– É uma velha asquerosa, não quis atender a Deirdre, negligenciou nos a maldita! – eu disse raivosa.

– Deirdre... Ah, a senhorita Spyce... Céus isso está realmente feio. Sabe eu e alguns professores temos tentado acabar com essas festinhas, mas o reitor é das tradições antigas.

– Eu vou ter uma conversa com esse cara. – eu disse mal-humorada.

O professor passou por nós e começou a derramar alguma coisa na pele dela que aos poucos foi voltando ao normal. Depois ele pegou outro líquido amarelo cremoso que parecia ouro líquido e fez a garota beber. Parecia-me familiar.

– Poção revitalizante dos Weasley. – ele disse dando de ombros – os garotos são meio geniais.

Revirei os olhos.

– Dois patetas. – eu disse lembrando que eu ajudara a desenvolver a formula daquela poção. Antes de mim, sempre que eles davam aquela poção para Lino testar, o coitado ou passava semanas sem dormir ou ficava semi-petrificado.

– E isso é a poção do Ladrão. – ele mostrou o líquido incolor que parecia água.

Nunca tínhamos estudado aquela poção em Hogwarts, mas algo me soava familiar...

“Chamou?” Algo disse curioso.

“Não você, algo na poção.”

“Ah ta.”

– Retira feitiços e poções do organismo...

– Usam isso nas Quedas do Ladrão em Gringotes. – eu disse me lembrando. – remove até a maldição Imperius...

– É, eu sempre tenho um frasco ou dois comigo... Como sabe sobre isso senhorita?

Eu pigarreei.

“Invadi Gringotes quando eu tinha 17 anos, pude tirar alguns conhecimentos dessa façanha.”

– Li em um Livro.

– Sei. Livro curioso, gostaria de ler qualquer dia.

– Sim senhor.

– Nhãããm... – Deirdre murmurou abrindo os olhos. Sua pele estava normal, apenas manchada com um pouco de tinta.

– Que susto que nos deu!

– Nhãããm. – ela murmurou novamente e caiu em um sono profundo.

– Bom, amanha ela estará melhor e pronta para mais. Se não forem mais encher minha paciência eu quero dormir.

– Muito Obrigada Professor. – eu disse sorrindo.

Dessa vez Blaise a pegou no colo.

Os garotos me ajudaram a colocar Deirdre na cama.

Mas que excelente primeiro dia, tudo que eu queria era passar uma vida universitária de nerd, sendo uma irritante sabichona. Acho não era apenas o cargo de Defesa Contra as Artes das Trevas que estava amaldiçoado, eu também estava. Amaldiçoada a nunca mais ser uma invisível e comum irritante sabe tudo.

– Até amanha, Rainha. – Draco disse saindo do quarto – vou adorar ver você com roupas decotadas.

Quis socá-lo, mas apenas tinha forças para gemer em desespero. Murmurei chorosa enquanto os garotos me deixavam sozinha com minha colega de quarto semimorta. A porta bateu, assim como minha cabeça contra a parede.


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Notas finais do capítulo

OI LINDEZAS, CHICAS CALIENTES DE MI CORAZÓN!!

vou postar mais um agora, por que eu estou me sentindo MUITO culpada ;A;

Beijin.
*Malfeitofeito*