Dragões E Serpentes - Draco E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 1
Secrets.


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

.

Olá, aqui estou eu com a minha Dramione, vou postar um capitulo só para dar uma ideia do que vai ser.
hm, Secrets One Republic, foi a música que me inspirou para esse capítulo e saibam que só vou poder me dedicar à esta Dramione quando a minha outra fic (http://fanfiction.com.br/historia/226406/Consequencias_-_Fred_E_Hermione/) acabar xD

Bom, mas por hora, sejam bem vindos :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/406588/chapter/1


Um)


.

– Lucio, comensais ataram fogo em um bairro perto do Canal Basin, em Sheffield. – a voz de Yaxley era fria e soava através da bolinha brilhosa que flutuava em minha sala. – você e Hugo terão que resolver isso antes que a Polícia trouxa se meta.

Bufei em frustração.

Narcisa estava em minha frente. Os cabelos platinados trançados para o lado, ela usava aquela sua linda camisola branca e tinha em sua testa um vinco de preocupação.

– Lucio...

– Não tenho escolha. – eu disse ríspido. – sinto muito.

Andei até ela e beijei sua testa, acariciando sua enorme barriga de oito meses e meio. Era noite de 04 de junho de 1980. Uma brisa fresca entrava pela janela, a janta ainda não estava pronta e eu e Narcisa estávamos na sala olhando pela janela e comentando sobre o céu estrelado. Eu coloquei minha capa e minha máscara de comensal.

Acho que ser o braço direito do Lord não é só maravilhas.

– Volto em alguns minutos. – eu disse segurando minha bengala.

– Tome cuidado.

Sorri por baixo da máscara, mas ela não viu. Concentrei-me no vilarejo que já tinha ido algumas vezes, e senti meu corpo se repuxar em direção ao umbigo e em um impulso grande e aflito fui sugado para dentro de mim e cuspido naquelas ruas úmidas do centro-norte do país.

– Lucio.

– Hugo. – cumprimentei meu colega.

Hugo Greengrass era um adepto recente. Era meu braço direito, acho que é o que posso chamar de amigo. Não tinha grande valor para o Lord, mas era confiável e leal a mim. Sua família era exemplar, sangue puro há vinte e sete gerações. Tinha estudado comigo em Hogwarts. Era monitor chefe da Sonserina em meu primeiro ano no colégio, protegeu-me quando Siruis Black tentara com mais alguns amigos da Grifinória me jogar no lago com a Lula.

Não que isso tenha alguma importância.

– Já falei com os policiais trouxas. Um feitiço Confundus resolveu o problema.

– Certo. E o que houve?

– Deixe-me mostrar. – ele disse adentrando as casas e aprofundando-se no bairro.

Era um bairro residencial, tinha inúmeras casas em chamas e outras explodidas, e ao final da rua, em uma casa de dois andares dois comensais bêbados riam alto executando um homem trouxa. Suspirei.

Aproximei-me, Hugo ao meu lado.

– Novato! – eu disse irritado.

O Jovem perdeu o sorriso assim que viu minha máscara.

– Por sua causa, eu deixei minha mulher em casa sozinha. – eu disse sacando a varinha.

– S-senhor, nós não... Perdoe-nos.

– Não. – eu com um sacudir de varinhas amaldiçoei-o – Avada Kedavra!

Hugo fez o mesmo com o outro rapaz.

– P-por favor... – o trouxa disse sangrando mal se aguentando em pé. – eu tenho uma filha...

– Avada Kedavra. – Hugo murmurou acertando o homem trouxa que caiu no chão com um baque surdo

De dentro dos escombros da casa um grito abafado de desespero ecoou.

Troquei um rápido olhar com o homem de cabelos curtos e escuros. Entrei na frente, apagando um sofá chamuscado. Caída atrás do sofá tinha uma mulher encolhida.

Hugo bufou irritado.

– Eles brotam em todos lugares, são como pragas. Avada... – mas dessa vez eu não permiti que ele finalizasse o feitiço.

A mulher estava terrivelmente ensanguentada, roupas rasgadas, rosto chamuscado e sujo de fuligem. Ela tinha cortes pelo corpo, e quando ergueu seu olhar para mim pude ver um profundo e gigante corte em sua garganta. Ela chorava olhando para o corpo do homem caído logo atrás de nós.

Mas não foi nada disso que me chamou atenção.

Ela tinha em seus braços uma criança.

– Por favor... D-daqui...- quanto mais ela falava mas ela sangrava – a 10 dias... ela faz nove meses... P-por favor... N-não me... mate.

– Senhor? – Hugo disse ainda apontando a varinha para a mulher.

– Não. – eu disse me abaixando perto da mulher de cabelos volumosos e castanhos.

O bebê tinha sido maltratado, mas apenas com alguns cortes. Se eu tivesse visto isso tinha matado aqueles comensais mais lentamente.

Não pude evitar os paralelos, pensei em Narcisa em casa, grávida. Não poderia matar as duas. Mas a mulher estava muito mal, nada a poderia salvar. Não sei como ainda estava viva.

– Eu vou cuidar dela. – eu disse ajeitando os cabelos da mulher para longe do rosto.

– M-minha... He... – ela tentou dizer algo, mas estava muito cansada, seus olhos quase fechando. – ...Mione.

Ela tossiu mais, e então seus olhos aos poucos se esvaziaram e o abraço feroz que protegia a criança afrouxou. Era uma criança trouxa, mas eu não era um monstro para matá-la. Tinha os olhos castanhos e cabelo também castanho, seus cílios eram longos e sua boca estava cortada. Não chorava, apenas me encarava desafiadoramente. Parecia estar me acusando com seus grandes olhos. Lindos olhos.

– Senhor? – Hugo disse não entendendo.

– Não vou matá-la. – eu disse simplesmente. – ache os registros dessa criança, e dos pais dela. Mione... Nome estranho. – eu disse pegando a criança nos braços e limpando com o polegar um corte em sua bochecha.

Após alguns instantes de hesitação, Hugo me obedeceu. Como disse antes, eu tinha sua total lealdade. Eram dentistas trouxas. Não importa na verdade, mas descobri que o nome não era Mione. O nome dela era Hermione Jean Granger.

Eu não sabia ao certo o que estava fazendo, mas sabia que aquilo era certo.

– Hugo, não houveram sobreviventes, certo? – eu disse preparando-me para aparatar.

– Certo. – ele confirmou.

– E como está Daphne?

– Bem, vai fazer Um ano mês que vêm. – ele quebrou o ar carrancudo e sorriu.

Hugo e sua mulher, Âmbar tinham uma filha.

– Mande meus comprimentos a Narcisa. – ele disse sorrindo. – e boa sorte com a Menina. E por favor... Não a mate, se precisar fale comigo, eu dou um jeito.

– Certo. – eu me inclinei para a frente e desaparatei daquela cena deplorável que eu nunca conseguiria esquecer.

***

– O QUE SIGNIFICA ISSO? LÚCIO O QUE VOCÊ FEZ?! – Narcisa disse assim que viu a pequena em meus braços.

– Eu não consegui matá-la... – eu disse tentando tirar a mão da pequena que estava dentro da minha máscara.

Achei estranho ela não se assustar comigo.

– MATÁ-LA? – Narcisa estava vermelha de raiva. Levantou-se da poltrona e veio em minha direção furiosa. Achei que fosse morrer.

Ela tirou a garotinha dos meus braços e sorriu-lhe rapidamente, só para depois voltar a me fuzilar com seus olhos azuis.

– Chega Lúcio! Não acredito que chegou a tal ponto de matar os pais de um bebê. Pra mim chega.

– Não! – eu disse momentaneamente nervoso – eu não os matei, eu tentei salvar a mãe dela! Narcisa... – eu disse caminhando até a mulher de olhos verdes.

Ela tinha lágrimas nos olhos.

– E-eu... Lúcio...

– Tudo bem. – eu a abracei. Essa história de gravidez a tinha deixado sensível. – vamos dar um jeito.

Ela limpou as lágrimas e se recompôs. Fomos até o quarto de Draco. Quem diria que quem inauguraria todas aquelas coisa não seria o herdeiro dos Malfoy, e sim uma sangue-ruim.

Seu corpinho estava repleto de cortes, alguns maiores e outros menores que pareciam ter sido feitos a mão, assim que a água morna os molhou a pequena perdeu sua singular tranquilidade e começou a chorar e fazer a cara mais insuportável do mundo. Ela estava sentindo dor. Narcisa não conseguiu acabar de dar banho na pequena, se horrorizou e em prantos foi esperar sentada na cômoda ao lado do berço de Draco.

Ficamos eu e a Mione.

– Não queria que seus pais morressem. Sinto muito. – eu disse encarando seus olhos chorosos.

Ela ao ouvir minha voz diminuiu o choro e a careta de dor.

Asclépio ­– eu murmurei e um fio arroxeado saiu da ponta da minha varinha e começou a fechar os cortes na pele da pequena.

Acho que ela se esqueceu da dor por alguns momentos, pois ficou brincando com o fio roxo, enlouquecida com sua textura e apaixonada pelo brilho do feitiço. Brinquei um pouco com ela e acabei de lhe dar banho. As feridas estavam fechadas e a água da banheirinha tingida de vermelho. Infelizmente ela tinha ficado com inúmeras cicatrizes.

Assim que saí do banheiro com a pequena enrolada em uma das toalhas que seria de Draco, Narcisa deu uma risada baixa do outro lado do quarto.

– Você vai ser um bom pai. – ela disse sorrindo.

Acho que ela tinha me visto brincar com ela durante o banho.

Narcisa vestiu a garota com um macacão verde e a colocou no berço prateado de Draco. A pequena agarrou o lençol e rolou na cama, tapando sua cabeça.

Eu e Narcisa rimos.

Ficamos ali até que a garota cansou-se de embrulhar a cabeça no lençol e foi dormir com o dedo na boca. O dia ameaçava raiar, e os primeiros pássaros cantavam.

– O que vamos fazer Lúcio? Não podemos ficar com ela. O Lord nunca permitiria.

– Ela ficará conosco, por hora. Acharei um lugar seguro para ela.

– Vamos adotá-la? Sermos pais à distância. – ela disse sorrindo acariciando os cabelos da menina.

Eu apenas sorri. Esses hormônios. Mas não a contrariei. Até por que senti certa empatia pela garota. Eu realmente sentia como se fosse seu pai. De certa forma, eu me sentia culpado pela morte dos seus pais, ela agora era minha responsabilidade.

– Você vai ser pai. – ela disse arregalando os olhos.

– Veremos isso mais tarde. – eu disse me levantando.

– Não... Lúcio...! – ela disse com a mão na barriga, olhei para o chão encharcado e entendi: Sua bolsa havia rompido.

– DOBBY! – Eu gritei ligeiramente apavorado. – MEU FILHO ESTÁ NASCENDO! TRAGA-ME UM CALMANTE! – eu sacudi a cabeça – NÃO, PRIMEIRO NOS LEVE ATÉ O HOSPITAL, DEPOIS TRAGA-ME O CALMANTE, E CUIDE DA MIONE!

Eu ia ser pai. Pela segunda vez em menos de 6 horas.

***

Meu filho era lindo. Tinha o cabelo platinado, e a boca de Narcisa. Olhos eram azuis iguais aos meus. Meu primogênito. Draco.

E minha filha bastarda. Hermione.

O Lord não podia suspeitar sobre Hermione, ninguém podia, então pedi férias de um mês para comemorar. O Lord me concedeu. No fim eu e Narcisa concordamos: não poderíamos ficar com a criança. Então eu pedi ajuda ao único que poderia me ajudar: Hugo Greengrass.

– Ficar com ela? – ele disse com sua típica falta de interesse.

– Sim. Eu e Narcisa queremos criá-la, mas precisamos que diga que é sua filha, se nós aparecermos com ela, o Lord vai querer checar seu sangue. Mas como você é mais imparcial, o Lord sequer saberá da existência dessa criança.

– Certo. – ele disse simplesmente.

– Fácil assim? – Narcisa questionou.

– Sou leal à família de vocês. É o mínimo que posso fazer.

– Âmbar? – questionei.

– Não será um problema. Viremos aqui de amanhã para acertar os detalhes. – Hugo disse simplesmente. – Parabéns pelo garoto, ele é lindo.

E sem mais cerimônia girou nos calcanhares e sumiu. No dia seguinte ele e Âmbar vieram até nossa casa e mesmo com a mulher desgostosa, fizemos o voto perpétuo.

– Nunca dirão que Hermione é uma Nascida trouxa, vocês serão os pais dela, ela será considerada um aborto. A partir de agora ela saiu do seu ventre Âmbar. Ela é Hermione Jean Granger Greengrass.

– Sim. – o casal disse ao mesmo tempo.

Hermione não gostou muito deles, fez cara de choro, mas Dobby adiantou-se e pegou a pequena no colo. Ficou então decidido que a garota moraria com eles, mas passaria as férias conosco em segredo.

***

Estava passando pela sala, Draco tinha recém feito três semanas, estava aprendendo a ficar sentado. A garota de 9 meses tinha se acostumado comigo e com Lúcio e não acordava mais chorando de noite. E nessas três semanas ela não tinha dito sequer uma palavra.

Sorri ao ver meu marido descontraído, já de pijama no tapete felpudo brincando com os dois. Eles estavam deitados lado a lado, Hermione continuava usando as roupinhas de Draco, estavam de barriga para cima e Lúcio rugia abrindo os braços e mordendo a barriga de ambos, que choravam de tanto rir.

– Me ajuda aqui Mione! – Lúcio disse fazendo cócegas em Draco.

Hermione rolou, daquele jeito engraçado que costumava rolar e engatinhou até Draco, ajudando Lúcio a fazer cócegas no loiro.

Lúcio deu uma risada aberta. A risada que eu há anos não o escutava dar.

– Ajuda Papai! – a garota disse ainda rindo e fazendo cócegas no loiro com suas mãozinhas pequeninas passando desajeitadamente na cara dele.

Lúcio não estava esperando por aquilo. Confesso que nem eu. Ouvir a voz dela foi... Bem, não sei explicar. Fez tudo parecer ridículo. Status, sangue-puro, comensais, ódio.

Lúcio encheu os olhos de lágrimas, mas respirou fundo para não chorar.

– Ajuda ela, Papai. – eu disse fazendo barulho, ele se ressaltou ao me ver, e logo limpou os olhos.

– Você estava aí. – ele sorriu.

Eu andei até ele. Hermione continuava no trabalho de tentar matar meu filho de tanto dar risada, mas depois de um tempo se cansou em jogou seu corpo em cima do loiro, encostando barriga com barriga, mexendo no tapete. O loiro mexia fascinado em uma das cicatrizes no braço da morena.

– Agora é oficial. Você é Papai. – eu sorri.

Ele me puxou e eu me sentei do lado dele.

– Faremos dar certo.

– Sim. – eu sorri feliz.

Acho que Lúcio Malfoy, braço direito daquele nojento mestiço Voldemort, estava amando uma sangue ruim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Entonces, sentiram o clima? sentiram?
Bom, por via das dúvidas vou postar mais um daqui a pouco... Porque... bem, porque eu quero e porque eu posso u_u
.
*malfeitofeito*