Tokyo Lovers escrita por BadWriter


Capítulo 6
Jantar Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Heey everybody, como estão?
Acho que desta vez não demorei tanto pra atualizar a fic ^^
O capítulo está bem simples comparado aos anteriores, mas espero que gostem.
Boa leitura ;)



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Que dias confusos são esses pelos quais estou passando? Porque a vida ficou tão turbulenta de repente? Eram somente esses tipos de perguntas que eu me questionava em pensamentos durante a viagem até em casa.

A volta ao lar foi mais calma do que imaginei, além claro, das implicâncias do Neji do porque eu estar no banco do carona e não ele. Lembrei-me de mandar uma mensagem ao Kiba avisando que não poderia passar em sua casa para deixar os trabalhos quando chegávamos à portaria do prédio.

***

– Uau! – Não tínhamos palavras melhores para descrever o incrível banquete de dar água na boca que a Nakayama-san havia preparado para aquela noite.

– O que foi? Exagerei na comida? – Ela perguntava com seus olhinhos arregalados atrás dos óculos.

– Imagina. Está tudo incrível! – Elogiava.

– Pedi para que ela preparasse suas melhores especialidades – Meu pai se pronunciava exibindo os deliciosos pratos.

– Não precisava disso tudo Hiashi. – Hizashi falava tímido.

– Nada mais digno que um bom jantar de boas vindas.

– Onee-chan, só estávamos esperando vocês para jantar. Venha, já estou morrendo de fome. – Hanabi me puxava para a mesa.

– Só espere um minuto que eu vou trocar de roupa e lavar as mãos ok?

– Hai!

Pedi licença e fui para o quarto. Mal olhei para o meu pai, ainda estava irritada com ele e suas grosserias. Abri o armário e escolhi um vestido de alça, florido e bem simples. Me troquei e quando fui lavar as mãos, escutei alguém bater na porta.

– Hinata? – Reconheci a voz de meu pai.

– O que foi? – Perguntei séria.

– Posso entrar?

Respirei fundo, soltando o ar dos pulmões pesadamente e autorizei sua entrada. Escutei a porta se abrir quando me sentei na borda da cama, virada de costas para ele, evitando qualquer contato visual. Senti o colchão afundar quando ele sentou-se ao meu lado e automaticamente me afastei.

– Filha... Me desculpe. Sei o quão chateada você ficou comigo pelo o que eu te falei de manhã, mas você tem que entender o meu lado também.

– Que lado? O que você vira um ogro e sai gritando com os outros?

– O lado em que eu me importo com as pessoas que eu amo. Eu fui rigoroso sim, mas porque você foi teimosa e não me deu ouvidos. Eu errei por ter gritado com você, mas você também errou por não me escutar e querer questionar sem ao menos me deixar terminar de explicar as coisas, negando compreender a situação.

Mantive-me quieta e escutei meu pai respirar forte.

– Você pode ao menos olhar pra mim?

Olhei-o de canteiro e aos poucos fui virando para olha-lo nos olhos.

– Eu sei que sou um pai ausente e não passo o devido tempo com você e sua irmã, mas eu te amo e nunca quero te magoar minha filha. Nunca se esqueça disso. Se eu falei daquele jeito com você, foi porque eu quero o seu melhor. Quero que mostre ao Neji a pessoa incrível que você é. Alguém para ele se espelhar.

Meu pai segurou gentilmente minha mão sobre a cama e esperou paciente qualquer resposta minha. Ele tinha razão no que falava. Tomar o pouco tempo disponível que ele possui só para ajudar o irmão foi algo admirável da parte dele e eu poderia ter escutado o que ele tinha a dizer. Serei madura em admitir que eu o desrespeitei e poderia ter sido mais paciente.

– Me desculpe também pai. Eu sei que fui teimosa e te desrespeitei, mas você me magoou com aquele esporro desnecessário... Você sabe disso.

– Sim, eu sei. Não deveria ter exagerado, mas a sua teimosia me tirou a paciência. Agora venha aqui e me dê um abraço.

Fiquei surpreendida com o pedido, mas logo o fiz.

– Eu te amo filha.

– Também te amo pai.

Não pude conter algumas poucas lágrimas que logo foram enxugadas pelo meu protetor.

– Agora vamos descer porque estou faminto.

– Hai.

Saímos do quarto e fomos direto a mesa, onde todos nos aguardavam para se servirem.

– Nossa, que demora! Eu aqui morrendo de fome e vocês enrolando. – Neji reclamava como sempre.

– Neji, que comportamentos são esses?! Respeite seu tio e sua prima! Eles nos recebem em sua casa e é assim que você agradece?

– Quando eu falo que ele é e sempre será um insuportável você não acredita. – Cochichei pra que somente meu pai escutasse.

– Realmente... Que garoto abusado. – O famoso olhar sério de meu pai pairou em seu rosto e assim permaneceu.

Nos sentamos na mesa e começamos a nos servir.

– Itadakimasu! – Todos agradeciam a comida juntos antes de nos deliciarmos com aquele banquete.

O jantar seguiu tranquilo. Todos aproveitavam a refeição e pareciam maravilhados com cada prato que experimentavam até que meu tio puxou assunto.

– Então Neji, já agradeceu seu tio por ter conseguido uma vaga em Konohagakure pra você?

– Não.

– E por que não agradece agora?

– Porque estou comendo. Será que pode me deixar em paz?!

– Neji!

– Tudo bem Hizashi. – Meu pai o interrompia com um olhar severo para Neji. – O que achou do colégio Neji?

– Já estive em melhores.

– Eu garanto que não. – Rebatia meu pai.

Neji jogou os hashis no prato, cruzando os braços e encarando o velho Hyuuga como quem queria desafia-lo.

– Me diga então, o que de tão magnífico esse colégio tem?

– Além de ser o melhor colégio de Tóquio, com professores qualificados e uma educação exemplar, boa parte dos melhores empresários, políticos e empreendedores dessa cidade se formaram lá.

– Nossa! Mudou minha vida. Legal essa sua propaganda ai. – Neji debochava.

– Propaganda não, experiência própria. Se eu tenho uma boa casa, um emprego descente e estou prestes a virar o presidente de uma das maiores empresas tecnológicas de Tóquio, foi graças a educação e dedicação que adquiri lá. Você deveria se ajoelhar diante de seu pai e agradece-lo por me pedir uma vaga num colégio de elite como este. Continue pensando assim que o seu futuro será debaixo de uma ponte ou até pior que isso. – Meu pai respondia na forma mais calma possível.

Neji ficou sem resposta. Todos se calaram e encararam meu pai que voltava sua atenção à refeição. Eu juro por Kami-sama que minha vontade era de subir naquela mesa, apontar para o Neji e gritar bem alto o bom e velho “Se ferrou, otário!”, porém preferi manter a ideia nos meus pensamentos férteis. Só pude dar um sorriso sarcástico enquanto Neji me olhava, borbulhando de raiva.

***

Os pratos vazios e sujos na mesa eram retirados pela Nakayama-san, enquanto meu pai e meu tio conversavam assuntos variados na sala. Falavam alguma coisa sobre a empresa e os comportamentos do Neji, que se encontrava jogado no sofá assistindo qualquer programa besta que passava na TV. Enquanto os homens da casa descansavam do jantar, levei Hanabi para dormir em seu quarto. Penteava seu cabelo ao pé da cama e reparava como ela se mostrava muito calada e pensativa.

– Hanabi, está tudo bem?

– Sim onee-chan...

– Tem certeza? Sinto que está me escondendo alguma coisa...

– Não estou não.

– Você sabe que nunca consegue me esconder algo por muito tempo. Ainda está triste pelo que o papai fez de manhã não é?- Perguntei ao lembrar dela correndo pro quarto carregada em lágrimas após os gritos dele.

– Sim... Um pouco.

– Ele te pediu desculpas depois?

– Pediu sim. Quando você saiu, ele veio no quarto chorando até mais que eu, me pedindo mil desculpas, disse que não queria ter me assustado e que me amava muito. Prometeu ser um pai melhor e disse que nunca mais faria isso.

Eu não sabia que minha atitude de deixá-lo ver o quão revoltada eu fiquei, sem ao menos o deixar fazer qualquer pedido de desculpas abalaria tanto ele a ponto de chorar mais que minha irmãzinha. Ignorei o pensamento por um tempo e voltei minha atenção a ela.

– Você aceitou as desculpas dele?

– Aceitei, mas ainda fiquei com um pouco de medo dele.

Respirei fundo, terminando a trança nos longos cabelos negros da pequena que deitou na cama me encarando com os olhos tristonhos.

– Hanabi, não fique triste. O papai não é uma pessoa malvada. Ele ama muito nós duas e faz tudo pela gente não é?

Ela balançava sua cabeça um pouco escondida pela coberta confirmando que concordava com o que eu falava.

– Pois então. Ele se estressou comigo porque eu o respondi e não queria receber nosso primo no colégio e com isso ele acabou dando todos aqueles gritos. Mas não quero que você fique com medo dele, pois ele não é nenhum monstro, tudo bem?

– Hai... - Ela deixava a impressão de querer me perguntar algo mais.

– O que foi?

– Ele também se desculpou com você onee-chan?

– Sim. Nós conversamos antes do jantar e fizemos as pazes, está tudo bem agora. Não precisa se preocupar ok? - Acariciava seu pequeno rosto delicado.

Um sorriso alegre se formou nos pequenos lábios da minha protegida que me abraçava forte.

– Onee-chan, posso te contar um segredo?

– Claro que sim.

– Eu não gosto do nosso primo Neji. Ele é mal educado e fica olhando todo mundo de cara feia. – Ela sussurrava, fazendo bico e olhando para os lados como quem vigia se alguém está por perto.

Ri daquela cena. Hanabi era sempre tão engraçada quanto a Ino.

– Eu também não gosto dele e espero que ele volte pra Osaka, de onde ele nunca deveria ter saído. Por enquanto teremos que suportar ele para ajudar nosso tio e o papai, por isso tenha paciência viu? - Falava enquanto dava um toque rápido com o indicador na ponta de seu nariz.

– Tudo bem. - Indagou meio emburrada.

Brincamos e conversamos mais um pouco e logo ela caiu no sono. Apaguei a luz do quarto e a olhei dormir tão calma antes de fechar a porta e sair.

Vi meu tio e meu primo que já se encontravam na porta para ir embora, acompanhados pelo meu pai quando cheguei à sala.

– Pensei que já estivesse dormindo Hina-chan. Já estamos indo embora. Obrigada pelo jantar e por nos receber em sua casa. - Meu tio se reverenciava para eu e meu pai ao mesmo tempo.

– Não tem de que. Volte sempre tio. - Me reverenciava, assim como meu pai fazia o mesmo.

– Agradeça a seu tio e sua prima pelo jantar Neji.

Ele olhava o pai com cara de tédio e logo imaginei que ele falaria algo do tipo "Eu não tenho que agradecer nada." ou "Vamos embora logo!", mas acabei sendo surpreendida.

– Arigato Hiashi-san. Arigato Hinata-san. - Ele se reverenciava.

Olhei surpresa para meu pai que mostrava um olhar de aprovação sobre a ação de Neji. O reverenciei também, perplexa com o que acabará de acontecer. Logo eles saíram e quando a porta se fechou eu não pude deixar de questionar aquela cena.

– O que foi isso? Quem era aquele Neji? Era outra pessoa, só pode!

– Digamos que eu tive uma boa conversa com seu tio em relação ao meu sobrinho. Pedi desculpas por ter falado daquela forma na mesa, mas não retiro o que disse de forma alguma. Ele precisava de um toque pra saber que não é assim que as coisas funcionam. Depois seu tio falou um pouco com ele e acho que seu primo compreendeu um pouco as coisas e espero que ele melhore.

– Depois dessa cena, não sei mais no que pensar, só pagando pra ver se ele realmente vai mudar.

***

A semana pareceu voar desde aquele jantar. Os dias passavam despercebidos e a rotina era quase a mesma. Depois do colégio, passava na casa do Kiba para deixar a matéria como prometido. Conversávamos um pouco e depois ia pra casa. Era tudo sempre monótono e as coisas só eram diferentes quando conversava com o Naruto na sala ou no recreio. De alguma forma começávamos a criar uma amizade e aquilo me fazia feliz. Algumas vezes encontrava Sai e seus desenhos extraordinários no jardim dos fundos e as conversas eram sempre longas até o que o intervalo permitia. Dia vai e dia vem, até que na quinta-feira fui surpreendida pela abordagem da famosa rosada na hora da saída, junto a Ino e Tenten.

– Olá meninas, tudo bem? Então, queria convidar vocês para o luau que estou organizando para esse final de semana. Só vai o pessoal da nossa turma e poucos de outras classes e garanto que será bem legal. - Sakura nos entregava panfletos coloridos, com detalhes havaianos por toda parte.

– Luau?! Eu adoro luau! São tão lindos e românticos... Com certeza eu estarei lá! - Os olhos de Ino brilhavam ao ler o papel.

– Controle-se... Se controle. - Tenten cutucava a loira com o cotovelo, distraindo Sakura com um sorriso duro.

– E onde será o luau? - Perguntei por fim.

– Na praia Kawarago, na cidade de Hitachi, em Ibaraki. Não queria fazer o luau nas praias artificias aqui de Tóquio porque acho mais bonita uma praia de verdade. Sei que parece longe, mas a viagem de carro daqui até lá é de 2 horas somente. Vamos de manhã bem cedinho para poder organizar tudo e voltaremos um pouco depois do anoitecer. Estou vendo com o Sasuke se o irmão mais velho dele nos leva e se quiserem, podem vir conosco.

– Obrigada pelo convite, parece ser bem divertido. Verei com meu pai se posso ir e te dou uma resposta até lá ok?

– Tudo bem. Me ligue depois pra me dar uma resposta. Tenho que ir agora, até mais meninas. - A rosada anotava seu número rapidamente em uma folhinha de bloco, me entregando antes de partir.

– Até mais. - Respondemos em uni som.

– Nós com certeza vamos nesse luau, vai ser tudo de bom gente! Vocês sabem que as festas que a Sakura organiza são sempre in-crí-veis e não podemos perder por nada essa oportunidade! - A animação de Ino era visível.

– Nunca fui a um luau, gostaria muito de ir. A fogueira, o pôr do sol, as ondas quebrando no mar... Lugar perfeito para relaxar e tirar ótimas fotos. Vou levar a minha câmera, faz tempo que eu não uso ela. - Indaguei.

– Também nunca fui, mas pra tudo tem uma primeira vez não é mesmo? Também quero ir nesse luau. - Tenten se pronunciava.

– Então hoje vamos nos organizar e falar com nossos pais o quanto antes possível.

– Hai! - as meninas concordavam.

***

Temari POV

Na saída, Tayuya, Karin e eu observávamos de longe as garotas que mais detestávamos saindo de Konohagakure.

– Estão rolando rumores de que a tal da Haruno está organizando um luau em Ibaraki... Está sabendo disso Temari? - Tayuya perguntava irônica, jogando uma pedra pro alto e pegando novamente, repetindo incansavelmente a ação.

– Estou sim... E parece que as engraçadinhas que ferraram com a gente foram convidadas. Graças a elas nós ganhamos suspensão e eu estou de castigo sem poder sair por uma semana - Bufava de raiva.

– Queria tanto ir nesse luau... Os melhores pretendentes estão indo pra lá, inclusive o Sasuke-kun. - Karin ajeitava seus óculos recostada em uma das árvores próximas.

– Mas nós vamos convidadas ou não.

– Enlouqueceu Temari?! Acha que vai conseguir enrolar a sua mãe e fugir pra lá? Hahaha, você é uma comédia mesmo! - Tayuya zombava.

– Cala essa boca! Eu faço o que eu quero e invento qualquer desculpa esfarrapada pra minha mãe, isso é o de menos. De qualquer forma nós vamos pra lá!

– Tudo bem, mas... Como vamos e quem vai nos levar? - Questionava Karin.

– Isso eu resolvo depois, o que não me falta são contatos. Acha que sou popular entre os garotos atoa?

– Você não presta mesmo garota...

– Em breve eu vou arrancar esse sorrisinho bobo da cara dessas garotas. Se elas acham que vai ficar por isso mesmo... Queridas, elas estão muito enganadas. Vou armar o plano perfeito pra acabar com elas de uma vez só. Podem esperar pacientes meninas, pois em breve o colocaremos em prática. Não é atoa quando dizem que vingança é um prato que se come frio!


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?
Deixem seus reviews ;D



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