Tokyo Lovers escrita por BadWriter


Capítulo 5
Novatos


Notas iniciais do capítulo

Hey meu povo lindo, que saudade de vcs T.T
Eu venho mais uma vez pedir o perdão de todos pelo atraso, me desculpem mesmo ~le me escondendo atrás de uma moita enquanto me tacam pedra~
Mas agora tem capítulo novo e vamos logo com a leitura :D
Obrigada pelo carinho e paciência de todos vocês, espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/406192/chapter/5

Mais um dia se inicia na cidade e eu estava nem um pouco disposta a encará-lo. Mal dormi durante a noite por conta da minha mente perdida em pensamentos sobre o dia anterior. De um lado eu estava feliz pelo meu café de última hora com o Uzumaki e do outro, confusa com as atitudes do Kiba. Meu final de noite acabou não sendo tão ruim, pois achei que a Nakayama-san me daria um esporro daqueles por chegar tão tarde. Mas por sorte ela teve que ir embora mais cedo por conta de algum imprevisto... Pelo menos foi isso o que ela explicou no bilhete que havia deixado. Hanabi já estava na cama e meu pai só chegaria de madrugada. Só queria um banho quente e minha cama mais do que tudo. Enquanto arrumava meu material, tirei de entre meus cadernos o desenho que Sai tinha feito de mim e prendi-o no pequeno quadro de fotos acima da minha escrivaninha. Depois de uma ducha rápida, fui me deitar e acabei não dormindo.

***

Já na mesa do café, meu pai percebia que não tive uma noite muito boa pela minha cara emburrada e total falta de disposição para comer a torrada no prato.

– Ei Hinata, nossas olheiras estão combinando.

– Hã?

–Nossas olheiras, veja. – Meu pai apontava para o enorme espelho da parede atrás da mesa.

Comecei a olhar e comparar... Realmente, estavam idênticas.

– Meu Kami, pareço um panda!

– Acho que panda não se aplica muito bem a mim. – Meu pai falava um pouco sério.

Todos caímos na gargalhada, até a senhora Nakayama. Era engraçado ver aquele homem tão sério, vestido em paletó falando uma coisa dessas.

Tentei deixar meu pequeno mau humor matinal de lado e me focar em terminar o café até que meu pai veio me dar a pior notícia que eu poderia receber naquela manhã.

– Então Hinata...

– Sim pai.

– Você lembra do seu primo Neji?

– Aquele mal humorado, sem educação, rebelde sem causa? Claro que me lembro...

– Hinata, veja como fala.

Hanabi ria baixinho dos meus comentários e parou imediatamente assim que meu pai lhe encarou com um olhar de reprovação.

– O que tem ele? – Perguntei.

– Bem, agora ele mora aqui em Tóquio.

–Aham.

– E entrou na sua escola.

– Aham.

– E é da sua turma.

– Sim, claro.

– E você vai ter que recebê-lo hoje, no portão principal...

– Tudo be- Nani? Nani? Pera, pera, pera... Hahaha... Você está brincando né pai?

– Não estou não.

– Aquele infeliz? Na minha escola? Como assim? – Eu apenas surtava com aquelas palavras.

– Hinata, menos, por favor. Ele é seu primo.

– Meu primo que me odeia e nunca foi gentil comigo nesses 16 anos de vida.

– Ele pode ter mudado Hinata, já faz um bom tempo que não se veem.

– Pai, nos vimos no natal do ano passado e diga-se de passagem, foi o pior natal da minha vida graças a ele! Lembra dos meus presentes que ele fez o favor de destruir? E a implicância por eu ter que dividir o quarto com ele?

– Eu sei que ele foi mau com você filha, mas preciso que coopere comigo.

– Eu me recuso!

– Hinata, seu tio veio morar aqui em Tóquio porque o Neji foi expulso do seu colégio em Osaka e mais nenhum da região queria aceita-lo. Para ajuda-lo como irmão, eu sugeri que ele se muda-se pra cá pois consegui uma vaga para Neji em Konohagakure.

– Isso só pode ser brincadeira. Eu me recuso a receber esse marginal.

– Hinata, veja como fala do seu primo! Eu não só o coloquei em Konohagakure por ser um ótimo colégio, mas porque ele terá você como exemplo de uma pessoa correta e com juízo como ele deve ser. Por isso se comporte como tal!

– Agradeço seus elogios, mas isso jamais irá me convencer a recebê-lo ou ser gentil com ele.

– Já chega!!!

Meu pai se levantou da cadeira, socando a mesa com os punhos, derrubando tudo com o olhar mais assustador que vi na vida.

– P-pai...

– Silêncio! Não quero ouvir nem mais um pio seu. Isso é uma ordem Hinata! Você vai receber seu primo sim! Se recuse novamente e não verá sequer um feixe de luz vindo de qualquer rua de Tóquio!

Ele gritava como um general e aquelas palavras me doeram demais. Não pelo o que elas expressavam, mas da forma como foram ditas. A alegria daquela manhã tinha sido destruída pelas coisas tão fortes que meu pai falava e o silêncio tomou conta da casa inteira que em instantes foi quebrado pelos soluços e suspiros pesados de Hanabi.

De imediato o olhar de meu pai foi ao encontro do rosto de minha irmã que o olhava assustada e com os olhos cheios de lágrimas. Aquela cena foi como uma tapa na cara dele, que o acordou do seu transe de completa raiva. Ele se aproximou desesperado para o lado dela, estendendo sua mão como quem queria se desculpar, mas ela se afastou e correu para o quarto aos prantos.

– Hanabi... O que eu fiz? – Ele dizia de cabeça baixa e com os olhos pesados em lágrimas.

Olhei para Nakayama-san que estava encolhida e com um olhar tristonho enquanto lavava a louça. Aquela cena e aquelas palavras me deixaram magoada demais. Levantei-me em silêncio da mesa, indo escovar os dentes e pegar minha mochila.

Passei pela cozinha para me despedir da senhora Nakayama e quando segurei a maçaneta da porta para sair, meu pai chamou meu nome.

– Hinata... Me desculpe. – Ele se levantava do sofá na sala.

– Eu vou recebê-lo pai, já que essa é sua “ordem”. – Dei ênfase de propósito nas minhas últimas palavras e minha voz saiu mais séria do que pretendia.

Abri a porta e sai sem esperar qualquer resposta dele. Eu estava tão irritada com a sua atitude que nem ao menos quis ouvi-lo. Meu pai nunca agiu dessa forma antes e de repente ele perde a noção das coisas e fala aquilo tudo de uma forma tão feroz e assustadora, como se seu tivesse o ofendido da pior maneira possível.

***

No metrô minha cabeça estava a mil. Só de lembrar da discussão, meus olhos pesavam em lágrimas. Eu me recusava a receber o Neji! Eu odiava aquele garoto mais que tudo. Porque ele tinha que vir logo pro meu colégio? Eu sinto pena do meu tio por ter que sair de Osaka por conta das besteiras dele. Deve ser tão difícil para ele ter criado o filho sozinho, com tanto amor e carinho pra ele crescer e virar uma pessoa tão errada e rancorosa. O pior seria se ele fizesse amizade com a turma da Temari... Meu Kami-sama, isso não vai prestar!

***

O sinal tocava e enquanto todos os alunos já entravam para ás aulas, eu ainda estava lá fora esperando Neji chegar. Além de marginal ainda é folgado e nem se importa de se atrasar.

De repente um Range Rover preto de janelas escuras parou em frente ao portão principal e na mesma hora imaginei que seria ele chegando. Como suspeitado. Neji desceu do carro com os olhos cerrados e sínicos, vestindo sua velha jaqueta de couro e uma bandana escura na testa como já era de costume. O encarei, respirei fundo e fui cumprimentá-lo. Mesmo não querendo estar ali e com toda raiva do mundo, forcei um sorriso falso e tentei ser o mais receptiva e educada possível.

– Olá Neji, quanto tempo. Seja bem vin-

– Não enche chorona! Só me leve pra essa porcaria de sala.

Ele simplesmente passou direto por mim, mal sequer me olhou e me “cumprimentou” ao estilo Neji.

– Por que você sempre tem que ser tão rude com as pessoas? No mínimo poderia me agradecer por ter mofado de tanto te esperar e ainda ter me atrasado pra aula.

– Baka, para de falar sozinha e me leva logo pra aula. Mal vejo a hora de ir embora.

– Como você cresceu Hinata!

Olhei para o carro e logo vi que era meu tio que falava comigo no banco do motorista.

– Olá tio. Como foi de viagem?

– Muito bem, obrigado. Desculpe o atraso.

– Tudo bem.

– Tenho que ir agora, estou atrasado com alguns compromissos, mas nos veremos no jantar hoje a noite ok? Até mais Hina-chan!

– Jantar? Ah... Ok, até a noite!

Meu tio saiu disparado enquanto Neji adentrava no colégio com uma pressa inútil. Mas que jantar é esse que eu não fazia ideia de que iria acontecer?

Tive que deixar minhas dúvidas de lado e correr atrás dele como uma idiota para levá-lo até a classe. Nosso único contato durante o caminho até a sala eram olhares de desprezo que trocávamos um com o outro. Eu ainda acho que isso é um pesadelo e eu vou acordar a qualquer momento.

Obviamente a aula já havia começado. Bati na porta e escutei o professor autorizar nossa entrada.

– Atrasada como sempre não é Hinata? – Via um sorriso brincalhão se formar embaixo da máscara descartável do Kakashi-sensei. – Entrem, por favor.

– Gomenasai sensei. – Desculpava-me me reverenciando. – Mas hoje a culpa não foi minha e sim do bak- quer dizer, do meu primo que acabou se atrasando e tive que espera-lo para recebê-lo.

– Esperou porque quis sua baka!

Quase toda a turma riu do fora que Neji me deu e aquilo me deixou furiosa.

– Não seu marginal! Te esperei obrigada porque você não tem a mínima capacidade de encontrar uma simples sala de aula sozinho. Se dependesse de mim você nem colocaria seu pezinho podre em Tóquio!

–ÔÔÔÔH! – Toda turma gritou em unisom.

– Sua-

– Já chega vocês dois! – Kakashi interrompia nossa pequena discussão. – Hinata, sente-se e tente acalmar um pouco os ânimos enquanto eu apresento seu primo para turma, por favor.

– Tudo bem, gomen sensei.

Nem ao menos dei atenção a turma durante a briga e só agora fui perceber que a maioria dos alunos me encaravam. Fiquei totalmente constrangida e fui correndo me sentar na primeira carteira livre que avistei.

– Bom dia pra você que acordou de bom humor! – Ino sempre com suas brincadeiras matinais, mas eu não estava no clima.

– Não enche Ino. Não estou pra brincadeira agora.

–Nossa! Hoje você acordou pra dar patada nos outros hein!

Ela ficou irritada com meu fora sem intenção e voltou sua atenção para o professor.

– Bom dia Tenten, nem falei com você... Tenten? Oi?

– O-oi... Hina...

Tenten estava distraída com alguma coisa a sua frente. Segui seu olhar que ia direto a cara emburrada do Neji.

– Por que essa cara de boba pro meu primo?

– Ele é tão gato... Sua família só tem gente bonita Hina! Queria ser uma Hyuuga também.

Não acredito! Tenten está mesmo caindo de amores por ele? Com tantos meninos no colégio ela foi se interessar logo por ele?! Isso só pode ser piada.

Apenas me joguei sobre a mesa, ignorando totalmente a apresentação de Neji à turma. Ouvir qualquer coisa sobre ele era a última coisa que eu queria hoje. Noite perdida em pensamentos, pai revoltado, primo marginal na minha turma e Tenten fissurada por ele. Não vejo como meu dia piorar.

***

Eu não queria ter sido tão rude com Ino, mas estava muito chateada naquele momento. Por causa das provocações do meu primo e a discussão com meu pai, estava com a cabeça a mil e acabei agindo daquela forma com ela.

No vestiário, enquanto me trocava para a aula de educação física, lembrei que não falei com o Naruto hoje e isso pegou muito mal, ainda mais por ontem estarmos conversando tão alegremente naquela cafeteria e hoje eu chego dando esse “show” pra turma inteira sem ao menos ter dado um “Oi” a ele.

Entrei na quadra totalmente desanimada. Estava nem um pouco disposta a fazer qualquer atividade que fosse naquela manhã.

*PIIII*

– Bom dia alunos! Quero ver o espírito da juventude em vocês nas atividades de hoje! Vamos, vamos! Deixem de preguiça e comecem dando 15 voltas completas pela quadra! – Gai sensei sempre chegava com toda animação do mundo para suas aulas, assoprando aquele apito freneticamente e gesticulando com a mão para que todos começassem a correr. – Lee, por favor, faça as honras guiando o caminho aos seus colegas na frente deles!

– Hai! - Lee obedecia todo animado, batendo a mão na testa como um soldado. Ele adorava as aulas do Gai e o admirava muito, assim como o sensei o considerava seu aluno de ouro. – Minna, vamos lá!

Quando corria com a menor disposição, vi Ino disparando na minha frente com um olhar de quem não estava pra assunto. Eu precisava me desculpar pelo desentendimento mais cedo. Tentei alcançá-la, mas parecia que quanto mais me aproximava, mais ela corria querendo me evitar.

– Ino, precisamos conversar. – Pedia, totalmente sem fôlego quando finalmente a alcancei.

– Pra você me dar patadas novamente? Não, obrigada.

– Olha me desculpe. Não foi por intenção, mas você nem imagina como começou o meu dia. Briguei com meu pai e ainda tive esse caos com meu primo na sala.

– Mas isso não é motivo para chegar daquele jeito e falar daquela forma comigo.

– Eu sei Ino, mas veja pelo meu lado. Eu nunca fui de fazer isso com você antes, mas naquela hora eu me sentia como se fosse explodir a qualquer momento. Por isso evitei sua brincadeira. Me desculpa mesmo!

Ino se manteve em silêncio por um instante, como se estivesse pensando em algo e logo se pronunciou.

– Você sabe que não consigo ficar chateada com você... Mas tudo bem, não é motivo para ficarmos brigadas. Sabia que tinha acontecido alguma coisa com você. Eu te conheço bem e sei que não é assim.

– Arigato Ino-chan.

– Confesso que foi divertido ver você correndo igual doida pra tentar me alcançar.

– Então me evitou de propósito só pra que eu corresse desesperada atrás de você?!

– Claro. Um castigo básico pela sua birra. – Ela tinha um sorriso maldoso entre os lábios. – Quero que me conte tudo o que aconteceu mais tarde ok?

– Ok. Também tenho ótimas novidades pra te contar...

–Aah, quando você fala assim já fico logo curiosa.

– Eu sei, mas só no intervalo eu te falo.

***

Depois da aula turbulenta de educação física, veio o tão esperado intervalo. Como prometido, contei todos os bons e estranhos momentos do dia anterior e a minha discussão com meu pai para Ino, que ao mesmo tempo em que ficou animada, se sentiu preocupada quanto ao desentendimento matinal que tive em casa.

– Poxa Hina, que chata essa situação com seu pai.

– Nem me fale.

– E o seu primo Neji, ele sempre foi assim?

– Pelo menos desde que eu o conheço ele sempre agiu desta forma comigo. E eu jamais dei motivos para essas crueldades que ele faz. Mas não é só comigo que ele é assim. Já o vi fazendo isso com os poucos amigos que ele tinha, com meu tio e até com meu pai.

– Nossa! Mas até com a mãe ele é assim?

– Bem... Assim como eu ele perdeu a mãe muito cedo e como qualquer outra criança, ficou muito deprimido e solitário. Mas com o passar do tempo ele acabou se recuperando e voltando a ser o menino que era antes. Porém quando chegou lá pros seus 12 anos, ele mudou completamente e começou a ser uma pessoa revoltada com tudo ao seu redor. Nenhum psicólogo que meu tio o levou conseguiu mudar esse jeito dele. E agora ele está tão impossível a ponto de ter que se mudar de Osaka para tentar se restabelecer aqui em Tóquio.

– É bem complicada a situação dele... Mas será que ele realmente superou a morte dela? Vai que o motivo dele ser assim seja pela falta da mãe, de alguém que lhe daria um amor e carinho maternal único. Você também não sabe o que ele passou todos esses anos.

– Eu sei, mas... Isso não justifica ele ser assim.

– Nesse caso eu concordo com você.

A conversa foi longa e o tempo parecia não passar. Todo aquele falatório me deu uma sede enorme e logo fui à busca do bebedouro mais próximo. Enquanto me saciava, uma voz familiar falava comigo.

– Bom dia brigona.

Quando olhei vi que era Naruto, recostado na parede com as mãos no bolso da calça e um olhar sonolento.

– Bom dia – Respondi sem jeito pelo comentário.

– O dia começou bem animado não acha?

– Nem me fale.

– Aquele é seu primo?

– É sim, infelizmente.

Naruto gargalhou do meu comentário e logo andamos sem destino pelo corredor.

– Vocês sempre brigam assim?

– Só quando nos encontrávamos em Osaka. Mas agora ele estuda aqui, então as perturbações serão constantes.

– Te entendo perfeitamente...

– Como assim?

– NARUTOOO!

Um grito eufórico surgiu do nada do corredor, fazendo com que eu desse um pulo com o susto que tomei. Bem ao longe só conseguia enxergar um ser loiro com par de chiquinhas enormes chegando cada vez mais perto.

– Essa é a minha perturbação constante. – Naruto me respondia com o olhar mais desanimador que vi em seu rosto.

A garota simplesmente voou em cima dele, abraçando-o e apertando suas bochechas freneticamente.

– Ni-san, onde você se meteu o dia todo? Tentando me evitar né? Por que você sempre foge de mim?

Ni-san? Naruto tinha uma irmã? Analisando melhor a menina, vi que eles eram realmente idênticos. Ela era um Naruto de chiquinhas.

– Porque acha que fujo de você? AAH, ME SOLTA! – Naruto esperneava com ela, tentando afastá-la.

– Ni-san, não fale assim comigo!

Apenas observei aqueles dois se embolando sem entender absolutamente nada, até que a loira notou minha presença.

– Me desculpe, nem me apresentei a você. Me chamo Naruko Uzumaki e sou a ni-chan do Naruto-kun. – Ela me cumprimentava risonha enquanto soltava o irmão.

– Prazer Naruko, me chamo Hinata Hyuuga.

– Hinata? Ah, então você é a Hinata? – Seus olhos brilharam ao falar meu nome.

– Sim... Por quê? – Olhei para Naruto em busca de algum sinal para tentar entender o motivo da total empolgação da loira ao repetir meu nome, mas apenas vi sua cara tensa encarando-a.

– Naruto-kun não para de falar de você desde o encontro de vocês na cafeteria ontem, não é ni-san?

– Naruko... CALA A BOCA!- Naruto se contorcia de nervoso.

– Porque não me falou que ela era tão fofa? – Ela me analisava por inteira.

– PARA! – Ele faltava pouco sair correndo pelo corredor.

Corei como nunca com aqueles comentários. Não sabia o que dizer até que o sinal tocou.

– Relaxa ni-san, eu gostei dela. Prazer em te conhecer Hinata-chan, até mais. – A loira se despedia já correndo para a sala de aula.

– D-Desculpe minha irmã, ela é escândalos assim mesmo. - Naruto estava vermelho como um pimentão.

– T-tudo bem...

– Então... Eu já vou indo pra sala.

– Tudo bem, daqui a pouco eu vou e... – Apontava para qualquer lado, ainda desnorteada do que tinha acabado de acontecer.

– O-ok.

Andamos apressados em direções opostas naquele corredor, acompanhados de toda vergonha do mundo até que lembrei que tinha algo a falar com ele. Respirei fundo, tomei coragem e o chamei.

– Naruto!

Ele parou de imediato, se virando para mim.

– Obrigada pela tarde de ontem e me desculpe sair tão apressada.

– Tudo bem. Passar à tarde com você foi muito bom. Eu que agradeço.

Trocamos um breve sorriso e continuamos nosso caminho.

***

Na saída do colégio, vi o carro do meu tio parado em frente ao portão principal e assim que ele me avistou, deu duas buzinadas de leve e me chamava até lá.

– Oi tio, venho buscar o Neji? – Perguntava pela janela do carona.

– Na verdade vim buscar vocês dois. Entre.

Fiz cara de desentendida e ele logo percebeu.

– O jantar na sua casa hoje Hinata, esqueceu? Estou indo daqui direto pra lá.

– Ah sim, o jantar...

Já tinha esquecido completamente esse tal jantar que meu pai fez o favor de não avisar que teríamos hoje. Sentei no carona e esperamos Neji chegar. Logo a porta traseira foi aberta e Neji se esparramava no banco.

– Como foi o primeiro dia filho?

– Nada demais. Vamos logo que estou cheio de fome.

– Curto e grosso como sempre. – Meu tio reclamava enquanto ligava o carro e saíamos.

Um jantar inesperado para encerrar as loucuras de um dia nada agradável, era só o que faltava. Tentei relaxar enquanto me recostava no banco. Peguei meus fones, liguei a música e deixei o pensamento longe enquanto aguardava somente o melhor para esta noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Deixem seus reviews ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tokyo Lovers" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.