A Deusa E O Dragão escrita por Lady, Mereditth, Teylla


Capítulo 2
O inicio de tudo


Notas iniciais do capítulo

Booom, demoramos, pois é... -q
É por que era a Dessa quem ia fazer o capitulo e ela tem varias fics pra escrever também =w=.....
Mas enfim o cap saiu xD
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/406117/chapter/2

Capítulo 1

O inicio de tudo e a cerimônia

Por Teylla

Onde o mundo, é dividido entre a Luz e as Trevas...

Existiam Dragões que representavam o lado da Luz, e os Demônios, mais conhecidos como Orcs. Exterminarem esses demônios era o dever tanto dos Dragões, como dos magos e humanos.

Enquanto as trevas são feitas em forma de governo — sendo o Rei, a Rainha e suas filhas, Orcs classe S— . Contudo, não é apenas um Rei e uma Rainha, como na escuridão existem várias regiões, em cada parte existe os seus próprios Reis, e a maioria, com seus filhos muito poderosos.

Mas, existe um lugar, onde tem as pessoas mais poderosas de todas as regiões. Que é a Dark Moon, controlada pelo Imperador Jude Heartfilia, junto com sua Imperatriz Layla Heartfilia. Porém, sua única e preciosa filha, logo tomaria o lugar da mãe, como a Imperatriz das Trevas.

Lucy Heartfilia, assim como seus pais, era uma Orc classe SS. Os três eram conhecidos como semi-deuses ou aprendizes dos deuses. O que causava uma certa inferioridade entre os Reis e Rainhas das outras regiões.

Durante séculos, a rixa entre a Luz e as Trevas sempre existiu, causando muitos transtornos nas duas áreas. Muitas mortes, muito sangue derramando e infelicidades para as muitas famílias prejudicadas, tanto no lado bom como no da escuridão. Porém, em um certo período, a mais nova escolhida como Imperatriz, preferiu acabar com essas guerras que estavam ocorrendo, já não aguentava mais perder e nem derramar sangue dos demais, então ela se dirigiu ao conselho para avisar á todas as regiões, que a nova Imperatriz, irá trazer um período de paz e felicidade. Deixando de lado os confrontos após as diversas perdas dos dois lados.

Lucy abriu a porta dupla, e todos os presentes a olharam surpresos. “O que ela está fazendo aqui?” era o que todos estavam se perguntando, ela esbanjou um sorriso amistoso para eles e foi ao centro da sala, tendo á atenção de todos no local.

— Olá, meus queridos e mais confiáveis conselheiros — Lucy rodopiava no salão, com seu vestido roxo elegante, que farfalhava á cada passo que dava, sua voz era cordial.

— Imperatriz Lucy Heatfilia! O que está fazendo aqui... ? — Todos se levantaram de suas cadeiras para curva-se em sua direção.

— Ora, ora, não é necessário tanta formalidade, esse tipo de coisa... vocês sabem, eu não gosto — sorriu —, e aliás, conheço vocês desde pequena, então, falem comigo do jeito de sempre! — disse brincalhona.

— Claro que há! Se seis pais descobrem Srta. Lucy...

— Seremos degolados! — o conselheiro chefe se intrometeu.

— Que nada, papai e mamãe não fariam algo assim — riu deliciosamente —, Mas... não foi sobre isso que eu vim aqui. — disse em um tom decidido, ergueu a cabeça séria.

— O que houve? Nunca vim essa expressão séria em seu rosto Imperatriz... — o chefe dali perguntou confuso.

— Não me chame de Imperatriz ainda Dionísio, sabe que ainda falta algumas horas para eu me tornar uma de verdade — sorriu —, então, enquanto ainda falta tempo, chame-me apenas de Lucy, tudo bem? — disse amigável.

— Tudo bem... Lucy — Dionísio ao pronunciar o nome dela, se assustou com o sorriso enorme que se encontrava no rosto da loira —, mas, o que aconteceu?

Lucy ficou um pouco pensativa, e olhou para o relógio pendurado na parede e assustou-se com as horas, ficou um pouco hesitante para falar tudo o que tinha vontade, sua expressão ficou distante e fria por pouco tempo, logo depois, o sorriso voltou.

— Desculpem-me, mas... Por enquanto, podemos fingir que eu sou aquela Lucy pequena? — sorriu ao se aproximar de seus amigos — Possa ser... que, após eu me tornar uma Imperatriz de verdade, mal, poderei ter tempo para ver vocês, e isso me deixará muito triste. — tentou afastar uma lágrima que ameaçava cair de seus olhos, e isso, comoveu as pessoas á sua frente, que se aproximaram também, abraçando-a. — Obrigada. — disse em um tom quase inaudível.

— Tudo bem Lucy... está tudo bem, você nunca deixará de ver a gente — disse Dionísio quase chorando também.

— Amo vocês, não se esqueçam disso o.k? — disse Lucy entre soluços

— Claro que não, você sempre será nossa pequena, amamos você igualmente — disse outro conselheiro que se controlava para não chorar.

Ainda faltava mais ou menos, quatro horas até começar a cerimônia, logo viraria Imperatriz das Trevas, e sua vida viraria um inferno com tantas coisas á cuidar. Mas, a primeira coisa que faria, seria acabar com essa rixa entre a Luz e as Trevas, sonhava desde pequena com isso, e por fim, conseguiria concretiza-lo.

No canto da sala, um homem barbudo, meio baixo e esquisito, observava com desdém a situação que ocorria em sua frente, riu amargosamente e dirigiu-se para seu lugar. Nunca gostara de Lucy, na verdade achava que era muito imaturo uma mulher controlar o reino mais poderoso das Trevas, achava que ela nunca saberia o que fazer, e colocaria todo o peso em cima dos conselheiros.

Se ao menos fosse um menino, ajudaria de bom gosto, mas os imprestáveis dos Heartfilias pensaram apenas em ter uma maldita menina pensou o homem acariciando sua barba.

Escreveu algo em seu papel e escondeu no bolso, pôs suas mãos no queixo e continuou a observar com desdém o abraço dos seus companheiros e da coisa loira.

Lucy estava muito feliz com tudo, estava se sentindo feliz novamente, estava com coragem de dizer o que queria falar antes, e diria depois da cerimônia. Com certeza sua segunda família entenderia e aceitaria essa proposta de braços abertos, se não se enganava, Dionísio havia perdido sua mulher e sua filha para um dos Dragões da Luz, e desde então, guardava rancor deles, apesar de que, sempre teve o desejo de também acabar com tudo isso, depois do ocorrido, tratou Lucy como sua filha, sempre fazendo tudo o que a mesma pedia, apenas para vê-la sorrindo.

Alguém bateu na porta, fazendo-os pararem de se abraçar rapidamente, recuperando a postura séria. Uma mulher muito bonita estava encostada na porta com um sorriso na face.

— Por que pararam? Eu não vim para atrapalhar esse momento tão bonito — sorriu carinhosamente.

— Canda! — Lucy abriu um sorriso enorme — Quando chegou? Por que não me procurou logo? — fazia várias perguntas, mas, também não era pra tanto, ela estava eufórica.

Lucy correu até a moça de cabelos castanhos e a abraçou carinhosamente, Canda acariciava as madeixas loira da garota.

— Bom, cheguei faz pouco tempo, e vi o palácio em uma agonia enorme, então fui até Layla perguntar o porquê de todo mundo está tão apressado. — Canda afastou Lucy um pouco e a segurou nos ombros para encara-la, abrindo um sorriso enorme — Parabéns! Soube que irá virar uma Imperatriz em pouco tempo.

— Sim! Estou tão nervosa que nem consigo respirar direito quando lembro. — Lucy riu.

— Não fique, um dia, você teria que virar de qualquer jeito, eu sei que se tornará uma Imperatriz maravilhosa! — disse carinhosamente, os olhos castanhos da loira brilhavam de alegria.

— Obrigada tia Canda! Estou muito feliz que tenha vindo nesse dia importante, onde você mora é tão longe dessa região, e não posso nem ir visitá-la por ser distante, o papai não deixa. — disse tristonha.

— O seu pai é um maluco psicótico, não ligue para ele — disse arrancando uma risada da loira e da maioria dos presentes.

— Isso é verdade, mas, acho que é apenas o jeito de cuidar de mim — disse pensativa.

Canda apertou a bochecha da loira, deixando-a rosinha.

— Não faça essa cara deprimente, hoje é um dia feliz! Veja o sol que está fazendo lá fora — Canda apontou para a janela — Hoje, é o dia em que se tornará independente, criará suas próprias regras, sem ninguém mandando em nada, principalmente em você! — disse alegre.

— Sim... — Lucy sorriu ao olhar o sol pela janela, seu coração novamente se encheu de alegria, carinho, amor e paz, era aqueles pequenos momentos que faziam-na se sentir assim — Depois da cerimônia, virei novamente aqui, tenho uma ideia maravilhosa para compartilhar com vocês, uma que trará a paz definitiva entre as Trevas e a Luz! — disse espirituosa, todos a encararam confusos, mas, assentiram do mesmo jeito, afinal, sabiam que seria era algo bom, Lucy havia sido criada por eles também.

— Sinto muito em acabar com esse momento maravilhoso que estamos tendo, mas, eu me esqueci de avisar, sua mãe está te esperando no escritório principal Lucy! Talvez, para começar as preparações de hoje, quem sabe? — a dona de cabelos castanhos sorriu, o vestido amarelo que usava, valorizava bastante seu olhar, deixando-o mais alegre possível.

— Sério? Realmente... — Lucy encarou o relógio — Oh deus, estou atrasada! Muito atrasada! Mamãe me queria lá ás quatro!

Todos riram de Lucy.

— Acho que foi exatamente por isso, que ela me mandou aqui — disse Canda, ainda segurando um riso.

— Aigoo, por que não me disse isso antes? — fez uma cara chorosa — Eu que serei degolada! Ela odeia quando me atraso...

— Com motivos não é Srta. Lucy? — disse Dionísio se fingindo de durão, Lucy o encarou e abaixou a cabeça.

— Sim... — assentiu envergonhada.

— Ora essa — Canda riu e olhou para Dionísio carinhosamente que observava seriamente Lucy.

— O que fazer? Você tem que correr — disse Dionísio em um tom autoritário.

— Eu sei... — Lucy ergueu a cabeça para olhar todo mundo — Podem me dar um abraço pela última vez? — perguntou sorrindo

Dionísio ergueu a sobrancelha, como se fosse negar o pedido.

— Claro, venha cá! — disse e assim que Lucy se aproximou, todos foram até ela abraçando-a carinhosamente e apertando-a como se fosse seu último abraço com ela.

O rapaz barbudo que estava observando tudo riu novamente com a situação, em um tom amargo e revirou os olhos cansadamente.

Lucy corria em disparada pelo corredor com sua tia atrás, os vestidos farfalhavam, fazendo um barulho estressante. Seguraram um seus vestidos um pouco para não tropeçarem e continuaram correndo até chegar á uma porta ampla e dourada. Pôs sua mão tremula em cima da maçaneta e respirou fundo, contou até três e a girou.

Layla estava encarando a janela, com suas mãos entrelaçadas nas costas, ao ouvir passos dentro do escritório virou-se com um sorriso, aparentemente calmo, “aparentemente”.

— Lucy... — disse calmamente — Por onde estava? — perguntou, ainda aparentemente calma, deu uma pausa antes de prosseguir, dando lugar a outro sorriso cínico — Por quê Diabos, demorou tanto? Você quer morrer? — gritou com raiva, fazendo um vaso em cima da mesa se despedaçar no chão.

Canda riu desesperadamente, amava quando sua irmã dava surtos, era muito engraçado. Lucy a olhou com uma expressão de repreensão.

— Desculpa mamãe, estava fazendo meus hm... — deu uma pausa antes de continuar — últimos preparativos — sorriu.

— Últimos preparativos? Que preparativos? Você não me avisou nada sobre isso — disse ficando mais calma, largou-se em uma das cadeiras do escritório e respirou fundo, seu vestido vermelho estava apertando-a bastante.

— Bom mamãe... Veja bem... — fingiu estar pensando.

— Tudo bem, tudo bem! Só vá para seu quarto, uma equipe está lá para te aprontar, principalmente a costureira, então vá logo. — disse olhando para a janela.

— O.k mamãe! Estou indo — Lucy esbanjou um sorriso enorme e foi até sua mãe, dando-lhe um beijo na face, olhou para sua tia com um sorriso carinhoso também e saiu do escritório rumo ao seu quarto.

— Ela cresceu bastante não acha Canda? — Layla perguntou com o olhar distante.

— De fato minha irmã... Está mais madura — Canda concordou, sentando-se em uma poltrona em frente à janela.

— Acha que ela será uma boa Imperatriz? — perguntou sem encarar a irmã.

— Acho não, tenho certeza — olhou de relance —, aliás, ela será uma ótima Imperatriz, assim como você foi maninha — deu um riso contagioso.

— Sua boba — disse olhando-a.

— Só estou falando a verdade Layla, apesar de eu ser a irmã mais velha, nunca tive vocação para Imperatriz e você sabe, na verdade nunca tive vontade de me tornar uma, sempre achei tão... chato, é muito complicado para mim falar essas coisas sabe... — disse com um olhar triste em sua face — A mamãe ficou tão desgovernada quando eu disse que não aceitaria subir no trono, aquele segredo guardado á sete chaves, deve ter sido o motivo disso, não acha? —perguntou sorrindo fraco.

— Talvez irmã... Eu não gosto nem de lembrar dele... É tão vergonhoso... — respondeu.

— Vamos esquecer isso, hoje é o dia mais importante para minha sobrinha, não devemos falar de coisas tristes e sim de coisas alegres! — disse Canda alegre.

— É verdade, ainda não consigo acreditar que esse dia chegou, lembro-me dela tão pequenina, com aquele sorriso dela... — disse fitando o chão.

— Sim, lembra do primeiro desenho dela? — riu

— Como não esquecer? — perguntou.

— Tinha sido algo tão assustador, demorei horas tentando entender que era eu, você e o Jude. — fez uma cara azeda e Layla deu uma risadinha — É verdade! Você sabe muito bem, ela me fez com uma verrugona no rosto, até hoje tento entender de onde ela tinha tirado aquilo — fingiu-se estar ofendida.

— Eu te entendo completamente irmã, ela era uma criancinha, deve ter visto de algum dos empregados daqui e achou atraente — disse brincalhona.

— Que engraçado Layla! — disse revirando os olhos — Minha bela face, nunca terá um verruga — olhou para o lado com um bico.

— Ora, ora Canda, que vergonha! — pôs a mão na boca — Parecendo uma criancinha, lembre-se que você é mais velha que eu, me dê algum exemplo! — disse enquanto ria da expressão indignada da irmã.

— Eu não te digo nada Layla — deu língua para sua irmã que ria sem parar.

A porta atrás delas, foi aberta abruptamente, as duas viraram para trás rapidamente surpresas.

— Srta. Layla, precisamos de você! — uma das empregadas que estava cuidando da comida, apareceu na porta.

— Oh, tudo bem, estou indo. — disse Layla se levantando.

— Tudo bem irmã, irei lá ver como Lucy está indo — sorriu e se levantou também.

— Então vamos — disse Layla.

Canda virou para a esquerda, indo em direção ao quarto da Lucy e bateu devagar na porta, logo ouviu um “entra” de sua sobrinha, abriu a porta com um sorriso no rosto, ao ver como ela estava linda, parecia uma princesa dos contos de fadas.

— Está linda Lucy! Parece com uma princesa — disse Canda alegre.

— Ora tia, eu sou muito mais importante que uma princesa, serei uma Imperatriz — Lucy brincou com sua tia, que deu uma risadinha.

Canda sentou-se em uma cadeira e ficou olhando a costureira terminar os últimos reparos do vestido azul da loira.

— Pronto! Está ótimo! — disse a costureira erguendo-se, enquanto enxugava uma gota de suor em sua testa.

— Já terminou? — Lucy fez uma expressão surpresa — Uau! Não é a toa que a senhora é uma das costureiras mais cobiçadas entre todas as regiões! — olhou — tentou — todo seu vestido, e viu que estava perfeito, sorriu para a costureira que parecia estar muito feliz.

— Obrigada Imperatriz Lucy, muito obrigada! Estou lisonjeada com o seu elogio! — sorriu toda abobada e Lucy ficou surpresa.

— Ainda não sou sua Imperatriz, então me chame apenas de Lucy tudo bem? — disse docemente — E apenas disse a verdade.

— Então... Obrigada Lucy — disse.

— De nada! — respondeu educadamente.

— Srta. Lucy! Deixe-me ajeitar sua maquiagem, acabei borrando um pouco — uma mulher disse desesperada.

— Oh, tudo bem! — Lucy sentou-se em frente a sua maquiadora que logo ajeitou o lugar onde estava borrado.

— Agora sim você está pronta! — disse sorrindo.

— Sim! E estou muito linda graças a vocês, muito obrigada! — disse.

— O prazer foi todo nosso, e bom, estamos indo Lucy, temos que nos arrumar para ver sua cerimônia! — disse a costureira.

— O.k, espero vocês lá! — acenou para todas elas e elas fizeram o mesmo.

Canda aproximou-se de sua sobrinha com um sorriso nos lábios e sentou-se no lado da mesma, abraçando-a.

— Está muito nervosa não é? — perguntou.

— Sim... Acho que nunca fiquei tão nervosa na minha vida! — disse dando uma risada nervosa.

— Deixa eu te contar um segredo, sua mão ficou igual a você, no dia da cerimônia, estava tãão nervosa que mal conseguia falar direito, tinha sido muito engraçado aquele dia. — disse Canda, se deliciando com a lembrança maravilhosa que estava tendo.

— Sério? — perguntou com os olhos esbugalhados.

— Sério — respondeu olhando-a —, além dela não conseguir falar direito, ela mal conseguia se locomover, estava dura demais, estava tensa com toda a pressão que colocavam nela.

— Nossa... A mamãe ficou nervosa? — Lucy parecia bastante surpresa.

— Sim, nem parece não é? — disse divertida — Ela aparenta ser bem estressada, mas, ela por dentro é como uma manteiga derretida.

— Então, acho que entendo minha mãe agora, parece que meu coração vai sair pela boca.

— Não é? Eu agradeço a deus, por não ter me submetido a ser uma Imperatriz. — disse.

— Tia, antes da mamãe, a senhora que seria a Imperatriz não é? — perguntou. — Digo... se a mamãe não tivesse sido a Imperatriz, você que teria se casado com o papai não é?

Canda ficou estática, seus lábios ficaram pálidos por pouco tempo.

— Sim, e você talvez fosse a minha filha! — riu e derrubou Lucy na cama fazendo cócegas nela — Você teria o cabelo castanho que nem o meu.

Lucy abraçou sua tia carinhosamente.

— Você já é como uma mãe pra mim tia, sei que sempre posso contar com você!

A moça de cabelos castanhos a olhava carinhosamente — Claro que pode Lucy, sempre que precisar, eu estarei aqui.

— Eu sei disso tia!

— Muito bem, sua mãe me pediu pra te levar para cerimônia, assim que estivesse pronta, então... vamos? — perguntou.

Lucy respirou fundo e ergueu a cabeça.

— Vamos!

— Tem certeza? — perguntou.

— Claro que sim, mas antes tia, me responda uma coisa.

— O que? — perguntou arqueando a sobrancelha.

— Quem será o meu Imperador? — sorriu.

— Sobre isso... Acho que você terá que escolher Lucy, assim que você por os olhos no rapaz se apaixonará, então... Eu não posso te responder isso minha querida — disse carinhosamente.

— Entendo. — sorriu e dirigiu-se até o corredor com sua tia.

Layla ordenou aos seus empregados á começar a colocar as comidas no lugar destinado e se dirigiu até o lugar onde seria a cerimônia, estava lotado, muitas pessoas se entretinham em suas próprias conversas, ela saiu do lugar e foi para o corredor, onde deu de cara com Lucy e Canda.

— Tudo pronto? — Layla perguntou sorrindo.

— Sim! — Lucy afirmou meio nervosa.

— Não fique nervosa minha filha, é tudo rápido, acredite em mim! Será fácil, assim que você piscar os olhos terá acabado — Layla piscou —, você está linda!

— Sério mãe? Obrigada! — agradeceu.

— Claro, vem cá — Abriu os braços e se aproximou de Lucy, dando um abraço apertado e carinhoso em sua filha — Eu te amo — acariciou as madeixas loiras da menina.

— Eu também te amo mãe. — disse ao abraçar mais forte sua mãe.

— Queridas! — Jude se aproximou e abraçou sua mulher e sua filha — Estão prontas? — perguntou.

— Sim — responderam em uníssono.

— Então, vamos? — perguntou Canda sorrindo.

— Claro — disse Lucy.

Ao adentrarem o espaço da cerimônia, quase não enxergavam direito, estava tudo escuro e se não fosse pela visão noturna que tinham, não iriam enxergar nada, apesar de que, Canda tropeçou em uma pessoa sem querer e logo se recompôs. Layla a segurou e ajudou-a a chegar no lugar certo.

Jude pôs sua filha no meio do salão e logo todas as luzes acenderam, deixando um lugar mais claro e fácil de enxergar, Lucy olhou todos os detalhes possíveis de onde estava. As paredes douradas, estavam decoradas com flores e fitas, as mesas tinham um jarro de flores no centro, o chão brilhava mais que tudo, estava tudo muito quieto. Olhou os quatro pedestais decorados de branco e azul, e ficou surpresa com a delicadeza dos mesmos.

E então, logo começaram os cochichos das pessoas.

— Silêncio! — alguém gritou da multidão. — Estamos aqui hoje, para coroar a Lucy como a nova Imperatriz das Trevas, depois de muitas votações, foi decidido que ela seria a nossa mais nova “comandante”, então, por favor, silêncio para nossa cerimônia.

Todos os presentes ficaram quietos, e logo depois, tudo se apagou novamente, deixando apenas o lugar onde a nova Imperatriz estava, acesso. Uma fumaça preta e branca, vinha de baixo, parecia que estava saindo do subsolo, logo Lucy estava flutuando envolta á fumaça, o cheiro forte fazia algumas pessoas tossirem. Layla apenas assistia tudo com um sorriso

Começou.

Jude e Canda, assim como Layla, estavam orgulhosos de Lucy. Ela estava suportando bem a situação em que se encontravam, mas logo se assustaram ao vê-la ainda flutuando, virar-se para frente, com os olhos totalmente brancos.

— Trevas e Luz guerreiam por um motivo falso, sangues da luz e das trevas são derramados, o final chegará, trazendo sacrifícios dolorosos, cores mortas voltarão á banhar os céus e as terras, mas uma filha de um fruto proibido salvará tudo e trará a paz de volta, o culpado por todos os sofrimentos será morto e as pessoas serão vingadas. Mas, nem isso, será capaz de trazer a felicidade desejada — disse Lucy inconsciente.

— Ela está... falando em latim? — Layla perguntou surpresa.

— Ela está recitando uma profecia! Uma profecia! — disse uma pessoa na multidão, fazendo todas as outras ficarem surpresas.

Lucy após terminar de falar, desabou no chão e toda fumaça sumiu. Jude correu até sua filha levantando-a, ela mexeu os olhos antes de abri-los totalmente, encarou todo mundo que estavam fitando-a surpresos.

—Minha filha! Você está bem? — Jude perguntou desesperado.

— O-o que aconteceu? — perguntou confusa.

— Nada demais, vamos continuar a cerimônia.

— Claro — Lucy levantou-se com um sorriso, estava se sentindo confusa.

Uma criança se aproximou com uma coroa na mão, Jude pegou-a e a pôs na cabeça de Lucy que sorriu.

— Viva a mais nova Imperatriz das Trevas! — gritavam felizes, outros aplaudiam, deixando a loira envergonhada.

— Parabéns minha filha, você foi espetacular! — Layla se aproximou com um sorriso no rosto.

— Obrigada mamãe — Abraçou-a.

— Tem algo que você deseja? — Jude apareceu ao lado de Layla.

— Sim... Vamos todos para o Conselho, tenho algo importante a dizer — disse Lucy séria.

— Claro — Layla concordou sorrindo.

Lucy se curvou e saiu do salão em direção ao Conselho, juntamente com seus pais e sua tia, estava tudo calmo no corredor — o que era estranho —, ao chegar abriu a porta dupla, deixando a mostra várias pessoas com roupas pretas segurando alguns papéis.

— Srta. Lucy, como foi? — Díonisio guardou os papéis que estavam em sua mão na escrivaninha.

— Foi ótimo — sorriu — Mas, eu tenho algo a dizer para todos vocês, então, por favor, escutem com atenção! — esbravejou.

Todos se assustaram com o que a loira falou e pararam de fazer o que estavam fazendo, viraram-se para encara-la ansiosos.

— Eu... irei para o lado da Luz — disse Lucy, deixando todos surpresos.

— O QUÊ? — todo mundo gritou em uníssono.

— É isso... Irei acabar com a nossa rixa, e tentar trazer a paz novamente para as Trevas — disse contente.

— L-Lucy... você acabou de ouvir o que disse? — Canda perguntou indo até ela.

— Sim titia, não se preocupe, eu ficarei bem — confortou-a.

Layla e Jude se entreolharam e concordaram, Lucy havia crescido, eles não podiam mantê-la presa no castelo para sempre.

— Como estão todos sabendo, irei amanhã para o lado da Luz — disse.

— Mas já Lucy? — perguntou Layla preocupada.

— Sim mamãe, amanhã — disse sorrindo.

— Irei preparar os guarda-costas — Layla saiu da sala, impedindo a filha de contestar.

— Adeus mamãe, adeus papai, tia Canda, Díonisio e todos do conselho, eu voltarei — acenou dentro da carruagem, seu vestido longo impediu-a um pouco de ficar na posição que estava, mas não desistiu.

Ufa... Eu estou muito nervosa, como as pessoas da Luz são? Será que me aceitarão?

Lucy não teve muito tempo para ficar feliz, algumas horas depois, podendo se considerar na metade do caminho, sentiu a carruagem virar e logo após ouviu gritos e barulhos de espada, se desesperou por ver que não tinha como sair dali.

— Imperatriz Lucy, fuja! — alguém de fora gritou.

Lucy tentou ver o que estava acontecendo mas não conseguiu, viu uma brecha na carruagem e se rastejou até sair da mesma, olhou para as pessoas que estavam guerreando e correu ao sentir que suas pernas logo ficariam bambas se permanecesse ali, porém, para o seu azar, um dos capangas a viu e começou a correr atrás dela.

Estava machucada por conta do baque da carruagem ao cair, e estava se sentindo uma inútil por deixar as pessoas que vieram protegê-la daquele jeito, e não ter feito nada para ajudar a não ser correr.

Sentiu alguém pular em suas costas e virou-se desesperadamente.

— Te peguei Imperatriz! — um homem gordo riu com desdém.

— Sai de cima de mim, seu idiota! — chutou seu órgão genital e saiu debaixo dele, correndo desesperadamente enquanto ele se contorcia no chão.

— Vadia — ouviu-o gritar — Eu vou te pegar!

Ao ouvir a última frase, Lucy estremeceu, quem será as pessoas que vieram atacá-los?

Nunca pensei que as pessoas que moram na Luz, fossem tão agressivos.

Entrou na floresta e se assustou ao ver o homem na frente dela.

— Agora, você não me escapa! — o rapaz enfiou uma faca na barriga de Lucy, fazendo-a cair no chão.

— Ora, ora, que nada cavalheiro você fez agora em rapaz? — Uma figura masculina duas vezes mais alta que o homem gordo, estava parado atrás do mesmo, Lucy não conseguia enxergá-lo direito por estar preocupada com sua ferida.

— Quem é você? — perguntou o homem gordo.

— O seu pior pesadelo — disse e empurrou o rapaz na árvore, fazendo um grande barulho, foi até o mesmo e encheu-o de socos e pontapés — Isso foi só para você aprender a ser cavalheiro, idiota — Foi até Lucy e rasgou um pedaço de sua capa, amarrando-a na ferida da loira, e a carregou — Não se preocupe, ficará segura comigo.

— Quem é você? — Lucy perguntou assustada, ela estava com medo, já que, estava ferida e não podia fazer nada.

— Eu? — riu — Sou um mago da Luz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, o proximo é comigo (Lady).
Por favor, deem sua opiniao a respeito do cap.

Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Deusa E O Dragão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.