O capítulo de hoje é em homenagem a chuva. Não estava mais aguentando o calor! :)

Dojo

–Kurenai-sensei. Temos uma coisa para lhe contar. –Kiba chegou gritando.

–A Hinata já me contou sobre o Naruto! –Ela afirmou calma.

–Como? –Kiba perguntou.

–Pelo celular! Ou achou que só porque eu fico aqui uma parte do tempo eu não saia?

–Sim! –A Kurenai-sensei ficou com uma cara de poker face.

Se você não está entendendo bulhufas, deixa que eu explico: Eu, Shino e Kiba, estávamos no colégio interrogando o Naruto, mas descobrimos que infelizmente ele está com amnésia. E por algum motivo estranho ele só se lembra de mim!

–Onde vocês deixaram o Naruto? –A sensei perguntou.

–Aqui. –Shino foi atrás de uma pedra e puxou o Naruto que estava vedado.

–Por que a venda? –A sensei perguntou novamente.

–Achamos que como ele se esqueceu de tudo, era melhor fazer isso caso ele descobrisse. Assim evitaríamos dele contar algo. –Quem respondeu foi o Kiba.

–Hinata? Hinata você está aí? –Naruto tentou me procurar.

–Por que ele só se lembra de você, Hinata? –E mais uma vez a Kurenai fez uma pergunta.

–Eu não sei! –Respondi. –Só quem pode nos dizer é o Naruto. Mas acho que isso não vai adiantar muito agora.

–A senhora consegue desfazer essa amnésia? –Shino perguntou segurando o Naruto para ele não sair correndo

–Tem a maneira rápida e a demorada. Qual vocês preferem?

–A rápida! –Kiba falou com um pequeno sorriso imaginando o que seria.

–Shino, me passa esse pedaço de pau do seu lado. –Ela falou esticando a mão.

–NÃO. Digo, não tem uma maneira menos dolorosa? –Eu não podia deixar que batessem no Naruto.

–Ter tem, mas vai demorar muito até que eu descubra o que deram para ele. –A sensei falou, um pouco séria, mas logo ficou mais relaxada. –Quem vai tomar conta dele até lá?

–A Hinata! –Shino disse rápido.

–Por quê? –Claro que o Kiba não ia deixar, né. Mas eu não o culpo! Se você tivesse um pacote de bala Halls na escola, dividiria com alguém? Claro que não!

–Calma Kiba. –Tentei acalmá-lo. –Se formos parar para pensar, não é uma ideia tão ruim assim.

–… –Kiba ficou ali pensando. –Se ele te agarrar eu quebro a cara dele!

–Então está decidido. A partir de hoje a Hinata está responsável pelo Naruto! –A sensei falou indo pegar uns frascos. –Eu vou tentar desenvolver o antídoto agora. Estão liberados por hoje!

–Hinata? –Naruto me chamou.

–Fala.

–Por que seus amigos me sequestraram? Você faz parte de uma gangue?

–Não. –Disse um pouco nervosas pela pergunta. –Trouxemos você aqui, pois está doente! –Tirei a venda dele. –E eu vou tomar conta de você até melhorar! –Dei um sorriso.

–Doente? Mas eu me sinto bem!

–Não é isso, baka. –Kiba falou e Naruto ficou um pouco irritado. –Qual o seu nome?

–Naruto Uzumaki, dã.

–E onde você mora? –Ele perguntou de novo.

–Onde eu moro? –Naruto ficou um pouco pensativo mais não respondeu.

–Viu?! Você está com amnésia.

–Então onde eu vou morar, dormir, e comer, enquanto não melhorar?

–Aqui! –A Kurenai falou vindo na direção dele.

–Ele não pode dormir no dojo. –Foi Shino que falou.

–E não vai! –Ela deu um sorriso malandro.

Casa da Hinata

–Mãe meu amigo pode ficar aqui por uns dias?

–Que amigo é esse Hinata? –Minha mãe gritou da cozinha.

–Sou eu, senhora. –Naruto foi até a cozinha junto de mim. –Eu sinto muito por está pedindo isso assim do nada, sendo que não nos conhecemos, mas é porque meus pais tiveram que viajar e a Hinata ofereceu sua casa para eu não ficar sozinho! –Ele deu aquele sorriso colgate que só ele dá.

–Qual é o seu nome? –Minha mãe perguntou.

–Naruto! –Ele respondeu.

–Como você é educado, e eu sei que a Hinata tem esse bom coração, você pode ficar! –Minha mãe terminou de falar e Naruto me abraçou para comemorar. –Mas você vai ficar dois metros de distância da Hinata. Sem agarramentos! –Ele me largou na hora.

–Sim senhora. –Ele respondeu.

–E pode me chamar de tia. –Ela voltou a cozinhar. –Estão com fome? –Fizemos um “uhum”. –Que bom, pois estou terminando de fazer Ramen.

–Ramen. –Naruto deu um sorriso.

Outro dia no colégio

–Oi gente. –Falei com Kiba e Shino.

–Oi. –Eles responderam em uni som.

–Me responde uma coisa, Hinata. –O Kiba falou.

–Sim?

–Por que o Naruto está abraçado com você?

–Sabe o que é... Ele pensa que nós somos namorados. –Respondi um pouco corada.

–Ele dorme na sua casa e pensa que é seu namorado? –Ele já estava ficando com raiva. –Tudo tem limite na vida! E ele já passou desse limite.

O sinal bateu interrompendo a nossa conversa.

–Vamos Hina, a gente vai se atrasar para a aula! –Naruto disse me puxando.

–Podem ir na frente, depois eu alcanço vocês! Naruto, você fica.

–Por quê? –Ele perguntou.

–Você nem faz ideia de onde fica a sala de aula!

–Eu to de olho em você, Naruto! –Kiba lançou um olhar mortal para o Naruto, e o mesmo se escondeu atrás de mim.

–Vamos Naruto? –O chamei para irmos para a sala de aula, mas o mesmo não estava mais ali. –Naruto? –Virei o corredor para procurá-lo e o vejo entrando no armário do faxineiro. –Ei não entra aí. –Ele não me escutou e entrou, então fui atrás dele.

–Hina, por que está no banheiro dos homens? –Naruto me olhou confuso.

–Que mané banheiro dos homens, aqui é o armário do faxineiro!

–Por isso que aqui não tem vazo! –Ele disse olhando as coisas.

–Não sei se você ficou com amnésia ou ficou burro!

–O quê? –Ele perguntou.

–Vamos antes que sintam a nossa falta! –Me virei para poder sair, mas vi que a porta estava fechada. –Ué? Eu deixei aberta! –Tentei abri-la, mas em vão. –Acho que estamos trancados.

–E isso é ruim? –Ele disse me olhando bem perto, bem perto mesmo e me virei porque já estava corando.

–B-bem… Vamos perder aula e- –Fui interrompida pelo abraço dele.

–Pelo menos estamos juntos! –Ele disse no meu ouvido.

–S-sim... Quer dizer... –Por Kami, eu estou corando muito.

–Hinata.

–Sim?

–Aishiteru! –Acabou eu corei de vez. –Tudo bem? –Ele ficou na minha frente. –Você está vermelha. Está doente?

–E-eu... N-não! –Respondi colocando a mão no rosto.

–Se não é isso, então… –Ele foi tirando a minha mão. –... Você está... –Nossos olhos se encontraram. –... Corada. –Eu devo ter atirado pedra na cruz. (Momento Amor à Vida)

–É por quê... –Mais uma vez eu fui impedida de falar. Mas dessa vez... Por um beijo. Um beijo calmo, que logo foi se aprofundando para algo melhor. Nos separamos por falta de ar. –A-aishiteru. –Ele deu um sorriso e voltamos a nos beijar assim que recuperamos o ar perdido.

–Eu queria ficar assim para sempre! –Ele afirmou.

Lado de fora

Os corredores estavam vazios, quer dizer, exceto por uma menina. Uma menina com um cabelo loiro caindo em um dos olhos.

–Que voz é essa? –A menina perguntou procurando a fonte das vozes. –Esses são...

Continua...