A Mutante em Forks escrita por James Fernando


Capítulo 39
Capítulo 38: Santuário


Notas iniciais do capítulo

E como eu havia dito, aqui esta mais um capítulo da Fase 2.5: Deus Ex Machina.

A Fase 2.5: DEUS EX MACHINA é uma fase de 5 capítulos que contará o passado de Sabrina, irmã mais velha de Bella e Nessie, além de mostrar alguns mutantes que se envolveram na batalha de São Francisco.

Os Nomes dos Capítulos serão:

Capítulo 37: Prólogo do Céu
Capítulo 38: Santuário
Capítulo 39: A Ascensão e Queda da Fênix
Capítulo 40: The Lost Canvas
Capítulo 41: O Rei dos Imutáveis

Sim, os nomes dos capítulos, pelo menos alguns, foram inspirados em Os Cavaleiros do Zodiaco.

Todos os capítulos dessa fase já estão prontos e serão postados 1 por sábado.

Fase 3:
Convergence is Coming



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POV: Narrador

Não tardou para o sol nascer entre as montanhas ao leste do pequeno e pacato povoado que ali tinha. Com apenas 248 habitantes, Clover Valley era conhecido como o povoado dos fazendeiros.

As terras que cercavam o pequeno povoado era rico em minerais, agricultura e animais.

Clover Valley era considerada por muitos como um santuário.

Para a população de Clover Valley, não havia nada melhor do que tomar uma boa caneca de café acompanhada por uma enorme fatia de queijo amarelo. Os forasteiros consideravam os queijos daquele pequeno povoado os melhores de toda a região, talvez ate mesmo além dos mares.

Durante a noite, os moradores e os viajantes se amontoavam na única taverna do local e comiam e dançavam como se fosse sempre aniversário de alguém.

O povoado tinha uma vista linda pra quem viesse pelo oeste, morros acima, pois além de poder ver o povoado próximo a um lago, logo atrás dele, talvez a quilômetros de distância, montanhas enfeitavam o cenário tão pacifico que emanava daquele lugar.

No vale vivia a família Brandon. Mary Alice Brandon junto com os pais e a irmã, Cynthia, nove anos mais nova.

O pai trabalhava comercializando pérolas, então como vivia muito tempo no litoral, passava pouco tempo com a família. A mãe de Alice ficava em casa cuidando das duas filhas.

Desde criança Mary já tinha o dom da vidência, mas não eram tão intensas e tão claras como depois de sua transformação. Eram mais "sensações ruins" do que realmente visões do futuro. No início seus pais achavam divertido quando a pequena Alice usava capa de chuva em um dia ensolarado e logo em seguida começava a chover. Eles diziam "Alice sempre acerta". "Vovó vai chegar daqui a pouco" ela dizia, e sua mãe punha mais um prato na mesa.

Com o amadurecimento, Alice via-se hesitante ao compartilhar suas visões, principalmente quando elas eram relacionadas as pessoas, pois sempre sentia-se ridícula quando errada (prever o tempo era fácil, mas prever o que acontecerá com alguma pessoa, depende total e exclusivamente de suas decisões. Se as pessoas mudavam de ideia, a visão mudava, ou não acontecia). Aos dez anos de idade, ela raramente falava sobre suas visões, pois as notícias dos seus estranhos dons se espalhavam muito rápido pela cidade, as crianças a tratavam com estranheza, diziam "Lá vai a filha esquisitona dos Brandon". Sua mãe, temendo a represália da sociedade, aconselhava a filha a guardar suas visões para si.

Aos dezoito anos, mesmo tendo controle sobre guardar suas visões, muitas vezes Alice não se continha, mas na maioria das vezes era ignorada. Como quando avisou uma amiga para não se casar com determinado homem e mais tarde, após o casamento, descobriu-se que a família do rapaz tinha histórico de insanidade mental. Invés de culpar-se ou culpar o marido, a amiga culpou Alice e a acusou de tê-la amaldiçoado. Outra vez, um dos primos favoritos de Alice planejava tentar a sorte no oeste e esta implorou para que ele não fosse. Seu primo morreu em um acidente na estrada, e os pais dele - tios de Alice - também a culparam e acusaram de ter agourado a viagem do rapaz. As pessoas começaram chamar Alice de bruxa e feiticeira.

Certo dia, Alice teve a visão mais aterrorizante de sua vida: viu sua mãe sendo assassinada por um estranho na floresta, a caminho da cidade. Então implorou para que a mãe não saísse daquele dia e ela a escutou. A mulher ficara em casa com as filhas, com as portas trancadas e com uma besta (um tipo de arco e flecha) carregada ao lado. O Sr. Brandon, voltou para casa dois dias depois, e encontrou a casa suja e sem comida, e sua mulher e filhas apavoradas. Sendo insistido pela esposa ele foi investigar na floresta, mas não encontrou nada. Furioso com "as malditas histórias de Alice", proibiu a filha de causar pânico novamente.

Entretanto, Alice continuou sendo atormentada por visões onde sua mãe era perseguida pelo homem. Ao contar aos pais, mais uma vez o Sr. Brandon ficou furioso com a história da filha. Ele insistiu para que a família mantivesse a rotina normal. Na ausência do pai, a mãe fazia de tudo para acatar os pedidos desesperados da filha, mas tinha que sair muitas vezes para comprar mantimentos, cuidar do pomar, mas sempre portando uma pistola carregada. Com o tempo a Sra. Brandon voltou a frequentar o círculo social a qual pertencia, visitando amigos e parentes, então esquecia-se de levar sua besta.

E foi em um desses dias ensolarados que Alice teve um mal pressentimento. Apesar do dia parecer como qualquer outro, sem sinal algum de chuva, ela sabia que algo estava errado. Que era o dia em que sua mãe seria assassinada.

Naquela mesma manhã ela acordou suando de um pesadelo onde o céu era coberto por nuvens de inverno, mas não era época de neve. Ventanias que surgiam do nada, e cessavam rapidamente. Uma nevoa estranha sob o enorme lago atrás do vilarejo.

O vilarejo em chamas. Pessoas desesperadas. Mortes sem sentido.

Em meio a fumaça, ela viu um par de olhos vermelhos. Ela sentiu medo. O mais puro pavor, mas aquilo não nada comparado ao que ela sentiu ao ver um par de olhos dourados surgir da fumaça. E conforme o dono daquele par de olhos dourados andava pela fumaça, os gritos dos aldeões eram assombrosos.

Ela imaginou que nada podia ser mais assustador do que os olhos dourados, mas estava enganada, pois acima do lago, em meio ao vapor, uma luz azul surgiu e dela um outro par de olhos dourados e esse lhe pareciam inocentes, indefeso, delicados, como de uma criança travessa, e isso lhe assustou muito mais que qualquer outro par de olhos.

Ela despertou sua família com seus gritos que pareciam estar rasgando sua garganta.

Ao contar de seu sonho para os pais, o pai dela ficou furioso.

Alice passou o dia tentando esquecer aquele pesadelo, mas a cada minuto que se passava, ela sentia que estava mais próxima do fim.

Por volta das quatro da tarde, Alice caminhou pelo vilarejo para compra pães do padeiro e um pouco de queijo.

Sua mãe tinha saído já fazia algumas horas. A casa do avô materno era no meio da floresta. A Sra. Brandon havia ido levar um pouco da sopa que havia feito mais cedo para o pai, já que a mãe havia morrido há duas décadas atrás de um resfriado.

Voltando para casa, no meio do caminho, Alice sentiu seu corpo arrepiar ao ser tocada pela fraca brisa gelada que passou por ela.

– Não... – ela disse sentindo as lagrimas escorrerem de seus olhos.

Ao olhar para o céu, ela viu nuvens se formarem sob Clover Valley.

Onde Alice estava, ela podia ver o lago perfeitamente, pois ele esta há apenas alguns metros de distância das casas.

Ela correu atravessando as casas e ficou de frente para o lago que tinha montanhas o enfeitando no horizonte.

Alice sentiu seu corpo ficar mais leve. Olhando para baixo, ela ficou pequenas coisas, como pedras, feno, coisas bem mais leves que ela, levitarem, assim como a água do lago.

As nuvens acima do lago, estavam em uma espiral que lhe pareciam ser o fim do mundo.

Raios dentro da espiral de nuvens ressoavam por todo o vilarejo.

E o que ela menos esperava aconteceu. Coisas começaram a cair de dentro da espiral de nuvens. E entre essas coisas haviam pessoas.

Uma taça de prata encrustada de diamantes vermelhos caiu do buraco no céu como uma estrela cadente e passou há alguns centímetros de sua cabeça. Por pouco ela não estava morta.

Uma dessas pessoas, ela observou sendo cuspida do buraco em direção a floresta, mais precisamente onde sua mãe estava.

– NÃO! – ela gritou disposta a correr para salva-la.

Mas não teve tempo, pois ao ouvir um estrondo, ela se virou para o céu acima do lago. Um raio azul caiu do buraco e se chocou contra a superfície do lago liberando uma enorme onda de energia que empurrou para longe tudo do epicentro do choque.

Alice não teve tempo nem de reagir, pois seu corpo foi arremessado quase na altura das casas e ela caiu dentro do vilarejo toda machucada, com uma perna quebrada, sangue escorrendo da cabeça e sem conseguir se levantar.

No entanto, seus dons de vidência estavam agora muito mais apurados e poderosos. Ela conseguiu ver tudo o que estava acontecendo no vilarejo.

A Sra. Brandon andava apressada pela floresta, pois teria que começar a preparar o jantar, quando estacou no lugar quando a sua frente algo caiu da nuvens derrubando as árvores.

– V-Você esta bem? – ela perguntou ao homem que ali havia caído do céu e que agora tentava se levantar.

Ele a olhou. Sra. Brando engoliu o gritou de assombro. Os olhos dele eram vermelhos.

– Não, mas irei ficar depois de uma boa refeição. – ele disse e sem dar tempo da Sra. Brandon gritar, ele desapareceu em um vulto e reapareceu agarrando a mãe de Alice e mordendo seu pescoço.

Diante de todo o vilarejo, caiu do buraco do céu em torno de sete pessoas de olhos vermelhos.

Do raio que caiu e se chocou contra o lago, surgiu um homem de olhos dourados. Ele estava em pé sob a superfície do lago.

– Zakiel! – alguém gritou no céu. A voz era de mulher, ou melhor, uma jovem.

Zakiel se virou para o céu e viu a menina que não devia ter mais que uns doze anos sendo lançada do buraco para longe, além das montanhas.

Zakiel voou com o corpo envolta de raios azuis em direção da menina e desapareceu da vista do vilarejo.

Próximo de Alice, que ainda estava viva, porem deitada com os olhos fora de foco, mais alguém caiu do buraco e se chocou contra a casa ao lado a destruindo.

O vilarejo estava um caos. As casas estavam em chamas. As sete pessoas de olhos vermelhos andavam causando o terror por tudo e se alimentando do sangue de qualquer um que cruzava seu caminho, e em breve Alice estaria no caminho deles.

Da rua, há alguns metros de distância de onde Alice estava, dentro da fumaça, um homem surgiu. Ele usava um sobretudo preto e seus olhos eram vermelhos.

Dos escombros da casa, um homem se levantou. Ele devia ser uns dois ou três anos mais velho que Alice.

Ele tinha os olhos dourados. Seu cabelo era um castanho meio avermelhado e com uma barba por fazer.

– Droga, parece que acabamos nos dando mal... – o jovem disse.

Ele olhou em volta.

– Em que fim de mundo viemos parar? – ele caminhou pela rua em meio a fumaça ficando há alguns metros de distância de Alice.

Alice estava caída entre o homem de olhos vermelhos e o homem de olhos dourados.

– Zorak? – o jovem disse. – Nossa, como o mundo da voltas, não é mesmo? Realmente pensei que nunca mais iria te ver, mas que sorte, não é mesmo? – sua voz era cheia de sarcasmo e cinismo, carregado de uma ameaça iminente.

– Braynni! – Zorak disse em alerta. Ele estava nervoso. Alice sentiu que ele estava com medo.

Braynni sorriu como se reencontrasse alguém de anos atrás. Como se fosse um parente querido.

Zorak se preparou para se tele transportar usando as trevas, mas Braynni movimentou a mão como se apertasse um ovo para quebra-lo.

O tele transporte falhou e Zorak estava em pé agindo estranho. Era como se seu corpo estivesse preso a cordas invisíveis. Como se ele fosse uma marionete nas mãos de Braynni.

– Não tão rápido, ainda temos muito do que tratar! – disse Braynni sorrindo como um psicopata.

O som de mais alguém sendo cuspido do buraco no céu chamou a atenção de Braynni.

– Olha só, minha irmã mais velha acabou de chegar. Acho que agora só falta o meu irmãozinho mais novo. – disse Braynni com seu sorriso de que ama derramar sangue.

A tal irmã foi lançada contra a montanha mais próxima. Uma explosão de proporções épicas se alastrou por toda a montanha e floresta ao redor deixando tudo em cinzas.

Alice viu Zorak tremer de medo.

– Vamos ver... Zakiel foi o primeiro a chegar, seguido por Lirianne, depois eu, logo em seguida Karinne. Agora só falta Klann.

Alice se lembrou do sonho que teve mais cedo antes de acordar. Dois homens de olhos diferentes na mesma rua, e logo em seguida, sob o lago, mais uma pessoa surgiu. Ela se lembrou do medo que sentiu.

Ela queria correr, queria ir ate os braços de sua mãe, mas não podia, pois ela estava morta, assim como seu pai e sua inocente irmã. Ela já não tinha razão para viver, mas mesmo assim ela não queria que tudo acabasse ali.

Foi quando ela teve um pequeno vislumbre de um par de olhos vermelhos que se tornaram dourados, mas ela não teve medo, pelo contrario, ela queria se aproximar. Ela sentiu que amava o dono daqueles olhos.

Futuro. O seu futuro. Ela o queria.

Todos os destroços do vilarejo, inclusive a água do lago, tudo começou a flutuar.

– Hmm... parece que ele finalmente chegou. – disse Braynni. – Não liga não, ele sempre gostou de causar uma boa entrada...

Ele disse sem libertar Zorak de seus fios invisíveis.

Um raio azul partiu o céu.

A taça prateada encrustada de diamantes vermelhos, estava flutuando próxima de Alice. Dentro dela, havia os restos de um liquido vermelho.

– Hmm... não foi essa taça que foi usada para vocês beberem a tal poção que os transformou em vampiros? – Braynni perguntou para Zorak, mesmo ele já sabendo a resposta.

Alice sentiu seu corpo ser puxado para o céu, assim como todas as pessoas do vilarejo e das redondezas, incluindo Braynni que o fez perder o controle sobre o corpo de Zorak.

Zorak tentou fugir, mas seu poder das trevas não funcionava.

Próxima a entrada do buraco que parecia não ter fim, Klann caia. Ele era um jovem de uns dezoito anos, de olhos dourados e muito lindo.

Ele caia de costas para o lago e encarava furiosamente a espiral.

– Vocês acham que venceram? – ele exclamou contra a espiral. – Nunca estiveram tão errados. Guardem as minhas palavras: Eu retornarei e tomarei aquilo que é meu novamente!

Ele estendeu a mão para a espiral.

– Não importa quantos anos passem, mas Terra-Vida me pertence e eu pegarei novamente o que é meu! E quanto a vocês suas bruxas, criaram essas criaturas imundas para me deterem, mas ainda sim falharam e por isso eu lhes amaldiçoo a vida eterna. E quanto a você, Katrina, acha que finalmente se livrou de mim? Pois bem, eu lhe permito esses três segundos de gloria, pois assim como você baniu meus irmãos e a mim para esse mundo, eu lhe exilo de Terra-Vida e lhe sentencio a viver a sua recém adquirida vida eterna nesse mesmo mundo em que você me mandou.

– Não! – alguém gritou. Era uma mulher que estava sendo cuspida pela espiral no céu.

– E o mesmo vale para vocês, traidores da coroa. Lobos e lobisomens que ousaram a se voltarem contra mim.

Klann parou de cair e ficou em pé, como se pisasse no próprio ar.

Do buraco, vários homens e mulheres começaram a cair, alguns estavam se transformando de homem para lobo e outros de lobo para homem. E alguns não era nem lobo e nem homem, era uma mistura dos dois. Eram lobisomens que andavam em duas patas. Entre os lobisomens e lobos, caiam mulheres e homens que eram bruxos.

– E quanto a vocês, pessoas desse novo mundo. Eis minha boa e única ação por vocês. Como eu trouxe os vampiros, bruxas e lobisomens para esse mundo, lhes darei algo para protege-los. Meu sangue...

Klann fechou as unhas na palma da mão e deixou escorrer sangue que se acumulou no ar formando uma esfera de sangue. Ele soprou sob a esfera lançando um vapor gélido nela.

– E minha magia se unem. – a esfera de sangue flutuou acima dele.

Todos que caíram da espiral estavam flutuando sem controle algum do próprio corpo, assim como os destroços e pessoas do vilarejo.

– De sangue para sangue. De pai para filho. De avô para neto. Através de gerações, apenas uma parcela de humanos, aqueles que não foram mudados pelos anjos azuis, eu lhes mudo. Eu lhes permito mudar para algo magnifico. Algo esplendido. Eu lhes permito se tornarem mutantes.

Klann liberou uma onda de energia jogando tudo que estava flutuando no ar para longe dele.

Quando seus olhos se encontraram com os de Alice, segundos antes dela receber uma gota do sangue de Zorak que teve seu braço perfurado por um pedaço de madeira em alta velocidade e respingou sangue para os lados. Sangue que continha veneno. Veneno que transforma humanos em vampiros da espécie de Zorak que é o original da espécie dos vampiros de pele pálida e olhos vermelhos. Klann leu os pensamentos de Alice e viu um pedaço do futuro que ela previu.

– E como eu não serei traído por você, Klann? E como que saberei que você não quer a manopla com as gemas para você?

– Não me compare a seres inferiores como você, Thanos. Fracos como você vivem atrás de mais poder, tudo para se sentirem superiores. Eu não preciso de brinquedos. Eu não sou fraco. Mas você tem razão, confiar é para os tolos. Que tal assim, faremos um acordo. Você terá a sua manopla com todas as tais pedras, e assim você poderá massacrar centenas de civilizações pelo espaço ou o que for que você queira fazer. E eu só lhe peço algo em troca.

– E o que seria isso, Klann?

– Algo bem simples pra falar a verdade, porém é algo que eu aguardo por dez mil anos nesse universo...

Ele perdeu a concentração por um segundo ao ouvir o som do estrondo de raios acima dele. A espiral estava se fechando ao mesmo tempo em que uma esfera era cuspida em alta velocidade tendo ele como alvo.

Alice sentiu todo o seu corpo arder. Ela berrou de dor. Sua cabeça parecia que ia explodir.

– Me desculpe, mas eu preciso terminar de ver. – Klann disse sem realmente se importar com o que iria acontecer com Alice.

Ele fez Alice parar de ser lançada para longe e a trouxe para perto dele, sem parar de ver todo o futuro que ela previu.

Quando Zakiel chegou nesse mundo, Alice foi arremessada longe e bateu a cabeça com força. A energia liberada pelo choque do raio atingido o lago, ativou algo dentro de Alice e assim despertou o seu poder de clarividência.

Mas por causa da forte pancada na cabeça, o cérebro dela sofreu grandes danos, e ao ter o veneno de vampiro de Zorak ingerido, ela começou o processo de transição, ao mesmo tempo em que teve sua cabeça vasculhada por Klann, o que resultará na perda total de sua memoria assim que ela despertar como vampira.

– Interessante. Parece que seus antepassados receberam a visita de anjos azuis. – Klann comentou. – O futuro esta ficando cada vez mais interessante.

A esfera preta que voava em alta velocidade como um meteoro, foi parada a uns trinta centímetros da cabeça de Klann apenas com a força do pensamento dele, ou melhor, ele nem chegou a piscar.

– Você irá dormir por nove mil e novecentos e vinte anos, irá acordar em 1920. Acho que é o suficiente. Eu voltarei por você, Alice Cullen, pois essa sua habilidade é muito especial.

Alice foi envolvida em um casulo de energia psiônica. Ela estava em transição. O tempo parou dentro do casulo e Alice entrou em um sono profundo.

Alice flutuou ate o lago, e Klann a escondeu no fundo dele.

A espiral acima de Klann havia se fechado, mas o céu que estava entrando na noite, ainda permanecia coberto por nuvens.

A esfera flutuou ate a mão de Klann. Era uma esfera de diamante preto.

– Agradeço por ter esperado eu terminar de tratar de negócios, Sr. Juiz. – Klann disse sem movimentar um musculo. Acima das nuvens, uma luz dourada resplandecia. – Sabe, é interessante o fato de que você exista em todos os universos, assim como seu chefe, mas não exista no universo que eu nasci. Por que seu chefe criou aquele universo sem a existência de outras entidades cósmicas?

– Eu não procuro saber aquilo que não me convém. – alguém respondeu acima das nuvens.

Era um ser de extremo poder, Klann constatou.

– Então você não esta ciente de que sem nenhuma entidade cósmica, além de seu chefe, meus irmãos e eu nos tornamos os mais poderosos, abaixo apenas de seu chefe?

– Estou bem ciente disso, Ele me pôs a par de tudo a respeito de seu universo. É um Universo Imutável. O passado não pode ser alterado ou reescrito. Tudo o que acontece nele se torna fixo, nada além Dele pode mudar. Logo, vocês e seus irmão não podem ser mortos e nem ter seus passados alterados, não por mim e nenhuma outra entidade cósmica, e nem mesmo a manopla do infinito pode fazer algo a respeito, somente Ele tem o poder necessário. Mas também estou ciente de que eu posso não ter o poder para te matar ou apagar a sua vida das estrelas, mas posso muito bem lhe dar uma surra.

– Hmm... isso é verdade e completamente frustrante. – disse Klann se virando para as nuvens. – Estou ciente de que eu e meus irmãos somos um grande desequilíbrio cósmico. Então, que tal irmos direto aos negócios, Sr. Tribunal Vivo?

[...]

Em uma aldeia próxima de Clover Valley, um jovem ferreiro. Não devia ter mais que trinta anos, batia o martelo na futura espada.

Seu nome era Liam Vaughan.

Liam era um homem de longos cabelos loiros e olhos azuis. Saldável pelo trabalho árduo que tinha. Ele sempre chamava a atenção das mulheres solteiras, algumas comprometidas também, da aldeia e dos vilarejos vizinhos.

Pego de surpresa com o teto de madeira e feno de seu local de trabalho desabando sobre ele, teve seu abdômen perfurado pela lâmina fervendo em brasa que ele moldava.

Com algum esforço, ele conseguiu se rastejar e escapar de alguns escombros que caiam.

Ele rolou pelo chão e caiu deitado de costas no chão, olhando o céu coberto por nuvens.

Ele não acreditava no que testemunhava. No céu, inúmeras coisas passavam voando como estrelas cadentes, inclusive pessoas.

Um pedaço do teto caiu sobre ele o prendendo, e sem forças para se livrar, ele se deixou ser dominado pela dor e cansaço.

No pedaço do teto que ainda estava de pé acima dele, ele ouviu algo metálico atingir o teto. Na beirada do teto, ele viu uma taça prateada com pedras vermelhas girar e ficar com a boca na beirada, bem acima dele.

Com os olhos pesados, ele viu algo vermelho ameaçando cair da taça. Era uma gota.

Se perdendo na inconsciência, Liam ouviu mais alguma coisa cair no teto. Era pequeno, mas foi o suficiente para fazer aquela gota de liquido vermelho cair seguida da taça.

Caiu bem em sua boca, e sem forças para repudiar, ele engoliu o liquido vermelho. A taça atingiu sua testa o fazendo perder a consciência.

[...]

Os anos foram se passando, e o mundo começou a se encher de mutantes, vampiros e lobisomens.

Eram sete espécies de vampiros, mas apenas a espécie de pele pálida de Zorak se propagou como uma peste.

Milhares de anos se passaram, e logo surgiu uma oitava espécie de vampiros.

Diferentes da nova espécie de vampiros e da espécie de Zorak, as outras espécies de vampiros e os irmãos Imutáveis escolheram agir discretamente, assim como as bruxas.

As bruxas que vieram do outro mundo a força por causa de Klann, não envelheciam e nem morriam, pois ele assim ordenou. Mas os descendentes delas, herdaram os poderes bruxos, mas não a imortalidade.

Ao testemunharem seus filhos e netos morrerem, mas eles ficarem para trás, as bruxas começaram a provar do inicio da vingança de Klann, exceto Katrina.

Katrina se escondeu usando feitiços, enquanto planejava um jeito de se livrar de vez de Klann. E ela achou. Uma prisão. E a chave era a esfera de diamante negro.

[...]

Mais algumas centenas de anos se passaram, e Klann estava preso, e a localização de seus outros irmãos era desconhecida.

O ano já era 1500. Renée e Charlie haviam se conhecido e ambos, ainda humanos, tiveram Sabrina Swan.

Sabrina descobriu ser mutante logo cedo. Ela podia ler os pensamentos de qualquer um. E foi com 21 anos que Sabrina conheceu Zorak, a única pessoa que ela não conseguia ler os pensamentos.

Um romance surgiu entre os dois.

Meses se passaram.

Ela sabia que seu pai desaprovava, assim como sua mãe, o que era raro. Mas ela estava cega de amor.

Em uma tarde, em um vilarejo no interior da Inglaterra, onde viviam, a família Swan foi convidada para o baile no castelo do duque, o castelo de Zorak.

Em ultima hora, Renée não pode ir, pois estava doente. Ela fez o marido ir para cuidar da filha.

Naquela noite Zorak mostrou sua verdadeira face. Ele jamais amou Sabrina, estava interessado apenas em seus poderes. Ele a mordeu.

Os convidados foram servidos como refeições paras os vampiros de pele pálida. Charlie Swan foi mordido.

Vendo que o pai seria morto, Sabrina despertou completamente seus poderes. Jogou Zorak e todos os vampiros contra as paredes.

Os vampiros começaram a se transformarem em estatuas, como se Sabrina fosse a própria Medusa, mas ao invés de pedra, eles estavam se transformando em diamante.

Ela correu ate o pai, o ajudou a se levantar, e ambos fugiram do castelo.

No castelo, ela havia lido os pensamentos dos vampiros e sabia no que ela e o pai estavam se transformando e ela o contou.

Eles não foram para casa, mas ficaram nos arredores, em caso de Zorak ir atrás de Renée.

Dias se passaram, Renée ficou boa, mas preocupada com o sumiço de sua família.

Ao saber que a mãe pretendia ir ate o castelo de Zorak descobrir o que havia acontecido, os dois não viram outra opção além de se apresentarem e explicar o que aconteceu.

Sabrina e Charlie haviam se alimentado de sangue de animais antes de irem ver Renée.

Demorou para ela aceitar o que havia acontecido, mas cinco dias depois ela e Charlie se tocavam, e beijavam, mais nada, pois ele temia perder o controle.

Dias se passaram, ate dois meses desde aquele dia se passou. Eles haviam se mudado, pois sabia que Zorak iria atrás deles.

Em uma noite de lua cheia, Sabrina saiu para caçar deixando os pais sozinhos. Renée e Charlie foram para cama sem conseguirem se segurarem mais.

Depois do ato, Charlie se viu quase mordendo o pescoço da mulher. Ele se recriminou e não voltou a tocar nela.

Duas semanas depois, Renée descobriu estar gravida. Quatro dias depois descobriu estar gravida de algo anormal.

Um mês depois, Renée parecia ser uma gravida de seis meses. Sabrina disse que era uma menina.

– Ela vai se chamar Renesmee. – disse Renée deitada na cama com uma aparência horrível.

– Nessie... – Sabrina sorriu.

Sabendo que a gravidez era de risco para Renée, assim que Nessie nasceu, Charlie a transformou.

Charlie e Renée se descobriram como mutantes também, assim como sua mais nova filhinha.

Quinhentos anos se passaram, e agora a família Swan estava de mudança para São Francisco, onde cada vez mais os jornais diziam sobre a eminente guerra entre humanos e mutantes.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Quem assiste Agents of S.H.I.E.L.D., sabe o que quer dizer anjos azuis, não é mesmo?

Mudei um pouco a história de Alice. Me digam o que acharam.

Como nos filmes dos X-Men eles apenas dizem que os mutantes são frutos de mutação genetica atráves dos tempos, não vi problema em dar um inicio para a especie mutante. Sim, o sangue de Klann é capaz de dar poderes. Então, ele é ou não é poderoso?

E o que acharam de as bruxas, mais os vampiros e lobisomens passarem a existir na Terra por causa de Klann que os trouxe de outro mundo a força para o nosso mundo?
(Lembrando que a história de Silas e copia original de Elena de TVD foi em torno de uns 7 ou 8 mil anos atrás, e o que aconteceu nesse capítulo foi há 10 mil anos).

E, finalmente, o que acharam desse pequeno vislumbre que Alice teve do futuro entre Klann e Thanos (principal vilão do filme Vingadores parte 1 e parte 2)?

A história dos Vingadores seguirá como nos filmes, assim como do Quarteto Fantástico e do Homem-Aranha.

POR FAVOR, assistam o trailer da fic, ele é bem simples, mas acho que transmite um pouco da fic: https://www.youtube.com/watch?v=HxVoQmbyHG4

Fãs de Bella/Edward, não me crucifiquem, pois eu não faço ideia de com quem a Bella vai ficar, talvez sja com o Edward, ou Damon, ou Klaus, talvez ate mesmo o Scott/Ciclope, ou talvez com nenhum, assim como na vida, a fic é cheia de imprevistos, tudo pode acontecer.

Os Imutáveis são totalmente originais. Pra quem não sabe, estou escrevendo uma fic sobre eles intitulada: Os Imutáveis: O Reino dos Dragões. Então podem considerar mais uma categoria para a fic kkk
Link da fic: http://fanfiction.com.br/historia/569608/Os_Imutaveis_O_Reino_dos_Dragoes/

Convergence is Coming.
Avante, Avengers!

VEM AÍ: https://www.facebook.com/jamesfernandofanfics/photos/a.615183518520396.1073741828.615152185190196/804451799593566/?l=553ae97805

https://www.facebook.com/jamesfernandofanfics/photos/a.615161505189264.1073741827.615152185190196/804888276216585/?l=48a38cef74

Eles estão a semanas de terminar o ano letivo (nos Estados Unidos, o ano letivo começa em setembro e termina - acho que - em junho). Eu decidi fazer uma mudança na gravidez de Hayley. Ela vai demorar mais do que o normal, nove meses, para ter o bebê.

ATENÇÃO!!! Assistam The Vampire Diaries e The Originals pois não vai demorar muito para Bella e compania começar a sentir os efeitos colaterais do que aconteceu nas séries.

Gente, passem nas minhas outras fics: "Arte e Desejo"; "A Filha de Zeus em Forks"; "Uma Super Garota Nada Normal (antiga A Mulher de Aço em Forks)";.

Leu? Comente. Gostou? Divulgue. Amou? Recomende.

Pagina oficial da fic no facebook: James Fernando - Fanfics
https://www.facebook.com/jamesfernandofanfics

Meu exemplar do livro que publiquei acabou de chegar, e modestia parte, ficou incrivel. E se não gostarem da capa, existe mais três disponiveis no site. O livro contém magia, aventura, ação, mistério, suspense, mutantes (não os x-mens), dragões, vampiros, uma guerra a caminho. Eu arrisco afirma que pode ser uma mistura de Harry Potter, Percy Jackson, Dragon Ball (no sentido das lutas), e é claro, o nascimento de um romance.
https://clubedeautores.com.br/book/146998--O_Ladrao_de_Vidas#.UpFurMRwrKp

Proximo capitulo ate sabado, sexta, terça ou quarta, não sei, mas pode acabar sendo postado antes.

Ate o proximo capitulo...