A Mutante em Forks escrita por James Fernando


Capítulo 34
Capítulo 33: Lua Nova - Parte 6


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui esta a parte final de Lua Nova, e assim a FASE 2: DEUSA DA GUERRA fica mais proxima do fim.
Quem acessa a página de minhas fics no FACEBOOK, sabe que algo grande esta por vir: FASE 3: CONVERGENCE.
Agora vamos ao capitulo...



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POV: Bella

Nós estávamos num corredor claro, pouco notável.

As paredes eram de um branco apagado, o chão era de carpete industrial cinza. Lâmpadas fluorescentes retangulares estavam espaçadas uniformemente por todo o teto.

Esse corredor parecia muito benigno depois da escuridão grotesca das paredes do esgoto, pelo menos é isso que um humano iria pensar.

Edward olhava obscuramente para o fim do longo corredor, na direção da figura pequena, com ombros pretos lá no fim, esperando no elevador.

Ele me puxou com ele, e Alice andou no meu outro lado, Nessie e Klaus vinham logo atrás. Klaus agia como um humano misterioso de sorriso convencido, mas no momento ele se controlava horrores para não meter a porrada em todos. É amigo, eu te entendo.

A porta pesada se fechou atrás de nós, e então houve o barulho de um ferrolho deslizando.

Jane esperou no elevador, uma mão segurando a porta aberta pra nós. A expressão dela estava apática.

Dentro do elevador, os três vampiros que pertenciam aos Volturi ficaram mais relaxados.

Eles jogaram suas mantas pra trás, deixando o capuz cair sobre seus ombros. Tanto Felix quanto Demetri tinham uma pele de um leve tom oliva – parecia estranho em combinação com a sua extrema palidez.

O cabelo preto de Felix era cortado curto, mas o de Demetri tocava os seus ombros. As íris dos dois eram vermelhas nas beiras, e iam escurecendo até que ficavam completamente pretas na pupila. Embaixo de suas capas suas roupas eram modernas, pálidas, e indescritíveis.

Edward nunca tirava os olhos de Jane.

O passeio no elevador foi curto; nós entramos numa área elegante que parecia uma recepção. As paredes eram cobertas de madeira, o chão era atapetado com uma cobertura grossa, verde. Não havia janelas, mas sim grandes quadros, de uma luz brilhante que retratavam a região Toscana e que estavam pendurados em toda parte como se fosse uma substituição.

Sofás de couro pálido estavam arrumados em grupos aconchegantes, e as mesas brilhantes sustentavam vasos de cristal cheios de buquês com cores vibrantes. O cheiro de flores me lembrou de alguns funerais que eu já fui.

– Típico... – disse Nessie.

No meio da sala havia um balcão alto, de mogno polido. Uma mulher ficava atrás dele.

Ela era alta, com uma pele escura e olhos verdes. Ela teria sido muito bonita em qualquer outra companhia – mas não aqui. Era humana. Provavelmente queria ser transformada.

– Há sempre uma idiota no meio... – Nessie parecia estar pensando em voz alta. Ela estava começando a irritar os guardas Volturi.

A mulher sorriu educadamente nos recebendo.

– Boa tarde, Jane. – ela disse.

Não havia surpresa no rosto dela quando ela viu a companhia de Jane.

Nem Edward, com o seu peito nu brilhando fracamente nas luzes brancas, e nem mesmo eu, quase horrível. Eu disse quase.

Jane acenou com a cabeça.

– Gianna. – ela continuou andando na direção de uma porta dupla que ficava na parte de atrás da sala, e nós acompanhamos.

Enquanto Félix passava pela mesa, ele piscou pra Gianna, ela deu uma risadinha.

No outro lado das portas de madeira havia uma outra espécie de recepção. O garoto pálido com um terno cinza perolado podia ser o gêmeo de Jane. O cabelo dele era mais escuro, e os lábios dele não eram tão cheios, mas ele era igualmente adorável. Ele veio nos receber. Ele sorriu, se aproximando dela.

– Jane.

– Alec. – ela respondeu, abraçando o garoto. Eles beijaram um ao outro nas duas bochechas.

Depois ele olhou pra nós.

– Eles te mandam buscar um e você volta com três... e meio... – ele notou, olhando pra mim, Nessie e Klaus. – Bom trabalho.

Ela sorriu – o som radiante de deleite como a gargalhada de um bebê.

– Bem vindo de volta, Edward. – Alec o saudou. – Você parece de melhor humor.

– Marginalmente. – Edward concordou com uma voz plana. Eu olhei para o rosto de Edward, e me perguntei como seria possível ele estar com um humor pior antes. Ao que parece, antes de eu me mudar pra Forks, Edward tinha ido pra Volterra.

Alec gargalhou, e me examinou quando eu me colei ao lado de Edward. Tenho que manter o disfarce.

– E essa é a causa de todos os seus problemas? – ele perguntou, ceticamente.

Edward só sorriu, sua expressão depreciativa. Depois ele congelou.

– Dibs. – Felix chamou casualmente atrás de nós.

Edward se virou, um lento rosnado se construindo no fundo do seu peito. Felix sorriu – a mão dele estava erguida, com a palma pra cima; ele curvou o dedo duas vezes, convidando Edward a ir em frente.

Alice tocou o braço de Edward.

Paciência. – ela avisou pra ele. Eu que o diga.

– Aro ficará agradado em te ver novamente. – Alec disse, como se nada tivesse acontecido.

– Não vamos deixá-lo esperando. – Jane sugeriu.

Edward acenou com a cabeça uma vez.

Alec e Jane, de mãos dadas, guiaram o caminho para outro grande corredor ornamentado – será que isso ia acabar? Estou cansada, com fome, muita fome, e isso esta contribuindo ara me deixar cada vez mais estressada.

Eles ignoraram as portas no final do corredor – portas inteiramente coberta de ouro – parando no meio do corredor e deslizando um painel para expor uma porta normal de madeira. Não estava trancada. Alec a segurou aberta pra Jane.

Eu queria gemer quando Edward me puxou para o outro lado da porta. Era o mesmo quadrado ancião de pedras, como a ruela, e como os esgotos. Ficou escuro e frio de novo.

A antecâmara de pedra não era muito grande. Ela se abriu rapidamente pra uma sala mais clara, cavernosa, perfeitamente redonda como uma enorme torre de castelo... que provavelmente era exatamente o que ela era.

Dois andares acima, longas janelas jogavam finos retângulos de luz do sol no chão de pedra abaixo. Não havia luzes artificiais. Os únicos móveis na sala eram enormes cadeiras de madeira, como tronos, que ficavam em espaços desiguais, esguichadas pelas paredes arredondadas. Bem no meio do círculo, em um pequeno declive, havia outro buraco. Eu me perguntei se eles usavam aquilo como saída, como o outro buraco na rua.

A sala não estava vazia. Várias pessoas estavam reunidas numa conversa que parecia relaxada. O murmúrio de vozes baixas, suaves, era um gentil zumbido no ar.

Enquanto eu observava, um par de mulheres pálidas com vestidos de verão parou em um ponto de luz, e, como se fossem prismas, a pele delas mandaram reflexões de arco-íris nas paredes. Tudo bem, eu confesso, essa história de vampiro brilhar é meio ridícula.

Eu estava entre Edward e Nessie, e Klaus entre Nessie e Alice.

No meio da sala havia uma pessoa toda ensanguentada, mas ainda viva. Regan estava de joelhos, mal se aguentando, e dois vampiros seguravam seus braços. Uma fúria tomou conta de meu corpo, mas assim como Nessie, me mantive no personagem.

Regan estava um caos, muito machucado para se curar rapidamente. Nossos olhos se cruzaram e sabendo de minhas peculiaridades, ele sabia que eu estava usando em nosso favor o fato de eu parecer humana.

Todos os rostos notáveis se viraram na nossa direção quando o nosso grupo entrou na sala.

A maioria deles estavam vestidos com calças e camisas acima de qualquer suspeita – coisas que não se destacariam nas ruas lá em baixo.

Mas o homem que falou primeiro usava um longo robe. Ele era de um preto cor de piche, e se arrastava no chão. Por um momento, eu pensei que o seu cabelo longo, muito preto, fosse o capuz da sua manta.

– Jane, minha querida, você retornou! – ele falou, evidentemente deliciado. A voz dele era só um suspiro suave.

Ela caminhou em frente, e o movimento fluía com uma graça tão surreal. Mesmo Alice, que sempre se movimentava como se estivesse dançando, não podia se comparar. Quanta frescura.

Eu fiquei ainda mais aturdida quando ele andou em frente e eu consegui ver o rosto dele.

Não era como os rostos sobrenaturalmente bonitos que o cercavam (já que ele não se aproximou de nós sozinho; o grupo inteiro se convergiu ao redor dele, alguns seguindo, outros andando na frente dele de maneira alerta como se fossem guarda costas). Eu não conseguia decidir se o rosto dele era bonito ou não. Eu acho que as feições dele eram perfeitas. Mas ele era tão diferente dos vampiros ao seu redor quanto eles eram diferentes de mim. A pele dele era translucidamente branca, como pele de cebola, e parecia igualmente delicada – era um contraste chocante com o cabelo que cercava seu rosto.

Os olhos dele eram vermelhos, assim como os das pessoas ao seu redor, mas a cor era nebulosa, leitosa.

Ele deslizou pra Jane, pegou o rosto dela em suas mãos de papiro, e a beijou levemente diretamente nos lábios, e depois deu um passo pra trás. Isso não é pedofilia?

– Sim, Mestre. – Jane sorriu; a expressão a fez parecer uma criança angelical. – Eu o trouxe de volta vivo, assim como você desejou.

– Ah, Jane. – ele sorriu também. – Você é um conforto tão grande pra mim.

Ele virou seus olhos nebulosos na nossa direção, e o sorriso dele brilhou – se tornou estático.

– E Alice e Bella, também! – ele se alegrou, batendo suas mãos magras uma na outra. – Essa é uma feliz surpresa! Maravilhosa! – ele chamou nossos nomes informalmente, como se nós fôssemos velhos amigos passando pra uma visita inesperada.

Parece que alguém se esqueceu de sair do armário... – mais uma vez Nessie pensou em voz alta. Tive que comprimir os lábios para não rir. Todos na sala ouviram o que ela disse.

O sorriso dele vacilou, mas rapidamente ele ignorou o que Nessie disse. Bom, pelo menos isso serviu para me fazer se acalmar um pouco. Enquanto ele estiver focado em nós, isso dará tempo para que Regan se cure, pelo menos suficiente para andar por si só.

Ele se virou para o nosso acompanhante grosseiro.

– Felix, seja bonzinho e diga aos meus irmãos que nós temos companhia. Eu tenho certeza de que eles não vão querer perder isso.

– Sim, Mestre. – Felix balançou a cabeça e desapareceu pelo caminho por onde havíamos vindo.

– Você vê, Edward? – o estranho vampiro se virou e sorriu para Edward como se fosse um avô afetuoso dando uma bronca. – O que eu te disse? Você não está feliz que eu não te dei o que você queria um ano atrás?

– Sim, Aro, eu estou. – ele concordou, apertando seu braço na minha cintura.

Ok, estou boiando aqui, do que eles estão falando?

– Eu adoro um final feliz. – Aro suspirou. – Eles são tão raros. Mas eu quero a história toda. Como isso aconteceu? Alice? – ele virou o olhar para Alice com olhos curiosos, mistificados. – Seu irmão parecia pensar que você era infalível, mas aparentemente houve algum erro.

– Oh, eu estou longe de ser infalível. – ela deu um sorriso deslumbrante. Ela pareceu perfeitamente tranquila, exceto por suas mãos estarem curvadas em bolas em seus pequenos punhos. – Como você pôde ver hoje, eu causo problemas com a mesma frequência que os conserto.

– Você é muito modesta. – Aro chiou. – Eu vi algumas de suas incríveis façanhas, e eu devo admitir que nunca observei nada como o seu talento. Maravilhoso!

Ele esta mais por fora do que achei. Sem querer desmerecer Alice, mas existem talentos superiores ao dela, como o meu, por exemplo.

Alice deu uma olhada pra Edward. Aro não perdeu isso.

– Me desculpe, nós não fomos apropriadamente apresentados, fomos? É só que eu sinto que já te conheço, e eu tenho a tendência de me apressar. O seu irmão nos apresentou um ano atrás, de uma forma peculiar. Veja, eu e o seu irmão dividimos um talento, só que eu sou limitado de uma forma que ele não é. – Aro balançou a cabeça; o tom dele estava invejoso.

– E também exponencialmente mais poderoso. – Edward adicionou secamente. Ele olhou pra Alice enquanto ele rapidamente se explicava. – Aro precisa de contato físico pra ouvir os pensamentos, mas ele consegue ouvir muito mais do que eu. Você sabe que eu só posso ouvir o que se passa na sua cabeça no momento. Aro ouve cada pensamento que a sua mente já teve.

Alice levantou as delicadas sobrancelhas, e Edward inclinou a cabeça pra ela. É claro que Alice já estava ciente disso, mas Aro não sabia, pois a ultima vez que ele tocou Edward (isso soou tão gay), foi a um ano, ao que parece. Alice apenas esta entrando no papel.

Aro não perdeu isso também.

– Mas ser capaz de ouvir á distância... – Aro suspirou, fazendo um gesto na direção dos dois, e a troca que havia acabado se passar. – Isso seria tão conveniente.

Aro olhou por cima dos ombros. Todas as outras cabeças se viraram na mesma direção, incluindo Jane, Alec e Demetri, que estavam silenciosamente ao nosso lado. Eu já sabia que Felix estava de volta com outros dois homens, os irmãos de Aro, assim como Klaus, já que nossos sentidos são exponencialmente superiores aos de qualquer um, ate o momento.

Klaus, Nessie e eu fomos os mais lentos pra se virar. Felix estava de volta, e atrás dele flutuaram outros dois homens com robes pretos. Os dois homens pareciam muito com Aro, um deles até tinha o mesmo cabelo preto. O outro tinha um cabelo cor de neve – o mesmo tom de cor da pele dele – que se encostava aos ombros dele. Os rostos deles três tinha a mesma pele, fina como papel.

O trio da pintura que Carlisle tem em sua casa estava completo, exatamente o mesmo de trezentos anos atrás quando o quadro foi pintado.

– Marcus, Caius, olhem! – Aro sussurrou. – Bella está viva afinal, e Alice está aqui com ela! Isso não é maravilhoso?

Dar mais pinta que isso é impossível... – Nessie murmurou entre os dentes, aparentemente esquecendo que eles podiam ouvi-la. Ate parece.

Pelo canto do olho, notei que Aro mais uma vez se controlou para não pular no pescoço dela.

Nenhum dos dois parecia escolher maravilhoso como a primeira palavra que vinha na mente deles. O homem de cabelos escuros parecia extremamente entediado, como se ele já estivesse de saco cheio do entusiasmo de Aro. O olhar do outro estava ácido por baixo do cabelo cor de neve.

– Quem é Bella? E por que eu deveria me importar com o fato dela estar viva? – Caius perguntou, o vampiro de cabelo cor de neve.

Ninguém de fato estava ciente do que realmente estava acontecendo. Aro só sabia que por alguma razão, Edward achou que eu morri, então ele veio pra Volterra, mas ao invés de ter uma audiência, decidiu se revelar sem conversar com ele antes. Era o que ele sabia, pois foi basicamente o que os guardas Volturi descobriram ao ouvir e testemunhar tudo mais cedo.

A falta de interesse não mudou o divertimento de Aro.

– Vamos ouvir a história. – Aro quase cantou na sua voz plumosa.

O vampiro ancião com o cabelo branco se afastou, deslizando na direção de um dos tronos de madeira. O outro parou ao lado de Aro, alcançou sua mão, no começo eu pensei que ele fosse segurar a mão de Aro. Mas ele só tocou a palma de Aro brevemente e depois colocou a sua mão de lado. Aro ergueu uma sobrancelha preta. Ele estava deixando Aro ver seus pensamentos.

Eu me perguntei como a sua pele de papel não se rompeu com o esforço.

Edward rosnou muito baixinho, e Alice olhou pra ele, curiosa.

– Obrigado, Marcus. – Aro disse. – Isso é muito interessante.

Marcus não parecia interessado. Ele deslizou pra longe de Aro para se juntar a Caius, sentado contra a parede.

Dois vampiros atendentes seguiram silenciosamente atrás dele – guarda costas, como eu havia pensado antes.

Eu podia ver que as duas mulheres com vestido de verão foram ficar ao lado de Caius da mesma maneira. A ideia de vampiros precisando de guarda costas era extremamente ridícula pra mim, mas talvez os vampiros anciões fossem tão frágeis quanto à pele deles sugeria.

Aro estava balançando a cabeça.

– Incrível. – ele disse. – Absolutamente incrível.

A expressão de Alice estava frustrada. Edward se virou pra ela e explicou de novo numa voz rápida e baixa.

– Marcus vê a essência das pessoas, ele sabe quando alguém é especial. Ele está surpreso pelo fato de Bella, Klaus e Nessie serem especiais, mesmo não sabendo o que os fazem especiais.

Aro sorriu.

– Tão conveniente. – ele repetiu pra si mesmo. E então ele falou pra nós. – É um pouco difícil surpreender Marcus, eu lhes asseguro.

– Deu pra perceber... – comentei. Eles já estão cientes de que somos diferentes.

– É tão difícil de entender, mesmo agora. – Aro meditou, olhando para nós três. Não foi nem um pouco difícil imaginar o que ele estava pensando. Se somos especiais, logo, também seriamos vampiros especiais, e ele gosta de vampiros especiais trabalhando pra ele. – Como é possível? Ela é exatamente igual à Anabella. Diga-me, Bella também é apelativa pra você, ela também é La tua cantante?

Aí tem coisa.

– Só de me lembrar do quanto ela é apelativa pra você... – Aro gargalhou. – Eu já fico com sede.

Edward ficou tenso.

– Não fique perturbado. – Aro o assegurou. - Eu não represento perigo pra ela. Mas eu estou tão curioso, sobre uma coisa em particular. – Ele me olhou brilhando de interesse. – Posso? – ele perguntou ansiosamente, levantando uma mão.

– Pergunte a ela. – Edward sugeriu numa voz plana.

– É claro, que rude da minha parte! – Aro exclamou. – Bella. – ele se dirigia diretamente a mim agora. – Eu estou fascinado que Anabella era a única exceção para o impressionante talento de Edward, é muito interessante que uma coisa assim ocorra! E você, acontece o mesmo?

Nesse exato momento eu senti meus poderes retornar. Droga, mas é claro, Zorak quer manter certas coisas em segredo, então ele vai ficar manipulando meus poderes. Isso também quer dizer que ele esta por perto e ouvindo toda a conversa que aqui esta acontecendo. Infelizmente, eu concordo que algumas coisas Aro não precisa saber.

Localizei Ashley rapidamente. Ela esta segura com Elvira e Katrina nos arredores da cidade. Informei Elvira do que esta acontecendo.

Regan, você esta bem? Perguntei em pensamento. Fiz uma linha segura com nós todos.

Com alguns ossos quebrados, algumas hemorragias internas, mas tirando isso, vou ficar bem. Ele respondeu.

– Sim. – respondi para Aro.

Ai, Reg do meu coração, o que fizeram com você? Perguntou Nessie, mas sem dar bandeira.

Um pouco de tortura, privação de sono, de sangue... respondeu Regan como se não fosse nada.

Coloquei-o a par de tudo o que estava rolando.

– Incrível... – disse Aro batendo as mãos. – Eu estava imaginando, já que os nossos talentos são similares de tantas formas, se você seria gentil de me deixar tentar, pra ver se você é uma exceção pra mim, também?

Por mais quanto tempo teremos que fingir? Perguntou Klaus se segurando ao máximo para não rosnar.

Só mais um pouco... disse Alice. Regan estará curado em torno de cinco minutos. Os poderes de Bella estarão broqueados assim que Aro terminar, e assim estaremos vulneráveis a Jane. Se tentarmos algo agora, Azazel, que esta com a pedra, se tele transportará para o raio de alcance e assim anulara os poderes de Bella. Temos mais chances com Regan em condições de se proteger sozinho.

Ou, eu posso simplesmente transforma-los em pó. Disse Nessie. Aumentando a gravidade a um ponto em que os desintegrasse.

Ou a Bella desintegra todos agora, com um estalar de dedos. Disse Regan.

Sim, isso seria fácil, mas depois teríamos que arcar com as consequências. Vampiros idiotas saindo do controle, matando indiscriminadamente. Respondi. Além do fato da cidade estar cheia de idiotas que seguem Zorak, somente esperando uma oportunidade para atacar. Jane e Alec são um empecilho para todos nós, incluindo a trupe de Zorak.

Bella tem razão. Disse Alice. Vamos tentar resolver isso tudo com o mínimo de baixas para o lado dos Volturi.

Eu me virei de volta pra Aro e ergui a minha mão lentamente na minha frente. Ele estava tremendo. Me segurei para não revirar os olhos

Ele deslizou pra mais perto, e eu acredito que ele pretendia fazer a expressão dele ser tranquilizadora. Mas as feições de papel dele eram estranhas demais, muito alienígenas. O olhar no rosto dele era mais confiante do que as suas palavras haviam sido.

Aro se aproximou, como se fosse pra apertar minha mão, e pressionou a sua pele de aparência insubstancial na minha.

Seus olhos fumacentos sorriam para os meus, querido, eu posso estar parecendo uma mendiga toda descabelada e com meu vestido de baile encharcado e amassado, mas ainda sou muita areia para essa sua carriola cor-de-rosa.

O rosto de Aro se modificou enquanto eu observava. A confiança desapareceu, e primeiro se transformou em dúvida, depois em incredulidade antes que se acalmasse numa máscara amigável.

– Muito interessante. – ele disse enquanto soltava a minha mão e voltava pra trás.

Aro continuou a se afastar com uma expressão pensativa. Ele ficou quieto por um momento, seus olhos passando rapidamente por nós cinco. Então, abruptamente, ele balançou a cabeça.

Bom, imagino eu que Zorak vai anular meus poderes novamente, mas estranhamente isso não aconteceu ainda.

– A primeira. – ele disse pra si mesmo. – Eu me pergunto se ela é imune aos nossos outros talentos... Jane, querida?

– Não! – Edward rosnou com a palavra. Alice agarrou o braço dele com uma mão de restrição. Ele a sacudiu.

Pensei que meus poderes iriam ser anulados novamente... comentei em pensamento para os outros.

Isso é estranho... o futuro que eu previ era certo, mas estranhamente se obscureceu. Alguma coisa mudou. Disse Alice.

Usei minha telepatia para ver o que estava acontecendo. Foi como se um campo de força se formasse ao nosso redor. Minha telepatia só estava tendo um alcance dentro do castelo. Fora dele era tudo escuro.

A pequena Jane sorriu alegremente para Aro.

– Sim, Mestre?

Edward estava realmente rosnando agora, o som rasgando e escapando de dentro dele, ele estava olhando pra Aro com olhos violentos. Nunca imaginei que Edward fosse tão bom ator.

A sala inteira havia ficado imóvel, todo mundo olhando pasmo de descrença, como se ele estivesse cometendo algum tipo de falha social grave. Eu vi Felix sorrir esperançosamente e dar um passo á frente. Aro olhou pra ele uma vez, e ele congelou no lugar, o seu sorriso se transformando numa expressão mal humorada.

Depois ele falou com Jane.

– Eu estava imaginando, minha querida, se Bella é imune a você.

Caius se moveu na minha direção, com suas acompanhantes, para observar.

Jane se virou na nossa direção com um sorriso angelical.

Senti um calafrio. Foi como se uma bufada de ar me atingisse por trás e trazendo consigo a sensação de perigo. Eu senti medo e não fui a única, Alice e Klaus também sentiram, deu pra perceber e assim nós três ignoramos Aro e sua trupe. Virei-me lentamente para trás, não havia ninguém além dos guardas Volturi. A porta da sala estava fechada.

Senti uma coceirinha na nuca, como um maldito mosquito. Levei minha mão e cocei, mas de nada adiantou, movimentei minha mão espantando o maldito mosquito. Ouvi um estrondo de algo se chocando.

– Droga, lá se vai o plano por água abaixo... – eu disse me virando e me deparando com uma Jane caída ao chão em meio a pedaços da parede. Todos os Volturi estavam pasmos. – Bom, acho que isso responde a pergunta de eu ser imune ao gnomo de jardim...

Olhei para os meus amigos, eles estavam confusos. Olhei para Regan e os dois guardas que o seguravam. Movimentei a mão e fiz os dois voarem contra a parede.

– Finalmente... – disse Regan se levantando e estalando as costas.

– Eu que o diga, já não aguentava mais aturar esses idiotas... – disse Nessie.

– Posso pelo menos matar alguns deles? – perguntou Klaus com seu típico sorriso de contentamento.

Jane se levantou me encarando, a sua mandíbula apertada com a intensidade da sua concentração.

– Dor... – ela disse. Revirei os olhos.

– Pelo visto é verdade... – disse Nessie na maior cara de pau. – Algumas loiras são realmente burras...

– Como ousa... – disse Jane e mudando seu alvo para Nessie.

Nessie fez uma de patricinha.

– Comigo não sua baranga! – exclamou Nessie. – Ajoelhem-se perante mim suas mundiças...

E assim ela usou sua habilidade, gravitocinese, e fez Jane, Alec e os irmãos, Aro, Marcus e Caius caírem de joelhos pelo poder da gravidade. O poder do impacto foi enorme, iriam gastar uma fortuna para deixarem o chão de mármore como novo, pois aquelas cinco mini crateras feitas pelo joelho deles não é nada bonito de se ver. Essa é a minha mana.

Felix e Demetri avançaram em nossa direção. Klaus se prostrou em meu lado com seu sorriso e um quase rosnado. Ele finalmente poderia se divertir.

Mais uma vez eu senti um calafrio. Alice me encarou. Ela não estava conseguindo ver o futuro e cada vez mais o alcance de minha telepatia diminuía, como se fosse um enorme corredor iluminado, aonde as luzes vão se apagando uma por uma. Alguém estava vindo, alguém poderoso o suficiente para fazer meu senso de autopreservação funcionasse. Finalmente consegui ouvir sons distantes. Eram gritos e depois silêncio. Os guardas Volturi estavam sendo massacrados pelo caminho de quem seja que está vindo em nosso confronto nessa enorme sala redonda, e temo que nem todos consigam sair daqui vivo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Fraco, sem ação? Decidi diexar a ação para o proximo, pois muita coisa vai acontecer.

VEM AÍ: https://www.facebook.com/jamesfernandofanfics/photos/a.615183518520396.1073741828.615152185190196/804451799593566/?l=553ae97805

https://www.facebook.com/jamesfernandofanfics/photos/a.615161505189264.1073741827.615152185190196/804888276216585/?l=48a38cef74

Eles estão a semanas de terminar o ano letivo (nos Estados Unidos, o ano letivo começa em setembro e termina - acho que - em junho). Eu decidi fazer uma mudança na gravidez de Hayley. Ela vai demorar mais do que o normal, nove meses, para ter o bebê.

ATENÇÃO!!! Assistam The Vampire Diaries e The Originals pois não vai demorar muito para Bella e compania começar a sentir os efeitos colaterais do que aconteceu nas séries.

Criei uma fic nova, totalmente original: "ESCOLA DE ASSASSINOS"
http://fanfiction.com.br/historia/504895/Escola_de_Assassinos/

Será que atingimos os 650 reviews?

Gente, passem nas minhas outras fics: "Arte e Desejo", "A Filha de Zeus em Forks" e "Uma Super Garota Nada Normal (antiga A Mulher de Aço em Forks)".

Leu? Comente. Gostou? Divulgue. Amou? Recomende.

Pagina oficial da fic no facebook: James Fernando - Fanfics
https://www.facebook.com/jamesfernandofanfics

Meu exemplar do livro que publiquei acabou de chegar, e modestia parte, ficou incrivel. E se não gostarem da capa, existe mais três disponiveis no site. O livro contém magia, aventura, ação, mistério, suspense, mutantes (não os x-mens), dragões, vampiros, uma guerra a caminho. Eu arrisco afirma que pode ser uma mistura de Harry Potter, Percy Jackson, Dragon Ball (no sentido das lutas), e é claro, o nascimento de um romance.
https://clubedeautores.com.br/book/146998--O_Ladrao_de_Vidas#.UpFurMRwrKp

Proximo capitulo ate sabado, sexta, terça ou quarta, não sei, mas pode acabar sendo postado antes.

Ate o proximo capitulo...