POV: Narrador

DING DONG.

Gabriela, a governanta da mansão Swan caminhou em direção a porta. Sim, eles contrataram mais empregados e todos sabiam o que eles eram. Os empregados eram humanos e tinham sido hipnotizados. E todos eles eram acima dos 45 anos.

Gabriela abriu a porta e sorriu.

– Boa noite, vocês devem ser os Thompson? – perguntou Gabriela.

– Sim. – respondeu Trisha com um sorriso.

– Por favor, entrem... – disse Gabriela abrindo caminho para Trisha, Edgar e Peter Thompson. – Eles estão lhe aguardando...

– Com licença... – disse Edgar acompanhando a mulher e o filho. Em sua mão, uma garrafa de vinho.

Esme e Carlisle se levantaram dos sofás na sala de estar.

– Boa noite... – disse Carlisle com um aceno. – Sou Carlisle Cullen e essa é minha mulher, Esme Cullen.

Os três Thompson não acreditavam em como os dois eram lindos, na verdade, todos reunidos ali na sala eram lindos.

– Boa noite... – sorriu Esme. Ela se virou para a escada. – Crianças, vamos...

Na sala de estar estavam Klaus, Elijah, Renée, Charlie, Logan, Jasper, Emmett, Edward, Damon e Ashley.

Ashley se levantou.

– Eu vou lá chamar eles... – disse ela se dirigindo para a escada.

– Essa é minha filha, Ashley... – disse Renée se levantando e caminhando ate Trisha e dando dois beijos de bochecha nela. – Que bom que aceitaram meu convite para jantar.

– Mas é claro que aceitamos... – disse Trisha com seu sorriso. – É sempre bom fazer novas amizades...

– Desculpe que não podemos ficar, mas achamos melhor que as crianças fiquem conosco lá em casa. – disse Esme com seu sorriso elegante.

– Isso é só uma desculpa para não ter que aturar esses idiotas... – murmurou Damon com seu sorriso cínico. Apenas os Thompson não ouviram, o resto seguraram os risinho. O pior era que isso era exatamente o que Esme e Carlisle estavam fazendo.

– Bom, deixe eu lhes apresentar a minha família... – disse Renée se virando para as pessoas ali na sala de estar. – Meu marido, Charlie Swan...

Charlie se levantou.

– Prazer... – ele disse estendendo a mão para Edgar.

Nenhum dos vampiros da raça dos frios estavam com a pele fria. Todos eles de certa forma pareciam humanos.

– Meu filho mais velho, Elijah... – disse Renée.

Elijah se levantou dando uma ajeitadinha no terno elegantemente.

Uau... pensou Trisha. Essa família esta cheia de perdições...

Edward segurou o riso.

– Prazer... – disse Elijah apertando a mão de Edgar e logo em seguida beijando mão de Trisha.

O coração de Trisha acelerou, afinal, ela não era cega. Jasper revirou os olhos.

– Meu filho, o segundo mais velho, Niklaus. – disse Renée.

Niklaus se levantou, apertou a mão de Edgar, deu uma olhada em Peter, e beijou a mão de Trisha.

– Prazer em conhece-los... – disse ele.

– Ah se mentira matasse... – disse Damon e mais uma vez todos seguraram o riso.

– E o meu outro filho, o terceiro mais velho dos meninos, Damon. – disse Renée.

Damon não se levantou, apenas deu seu sorriso cínico que todo mundo percebeu.

– Prazer em conhece-los... – ele ironizou.

O que tem de bonito, tem de irritante... pensou mais uma vez Trisha.

– E esse é Logan, o pai biológico de minha filha, Isabella... – disse Renée. – Acredito que já tenham a conhecido...

– Mas é claro... – disse Trisha com seu sorriso falso.

Logan também não se levantou, apenas acenou com a cabeça.

– Os outros são Edward, Jasper e Emmett Cullen, filhos de Esme e Carlisle. – disse Renée e cada um deles deu um aceno com a cabeça. – Apesar de não serem meus filhos, já fazem parte da família...

– Prazer em conhece-los... – disse Trisha sorrindo para todos. – Eu sou Trisha, e este é meu marido Edgar e meu filho Peter.

Peter deu apenas um aceno de cabeça e ele claramente não queria estar ali.

– Obrigado por nos convidarem em sua casa. – disse Edgar.

– Alias, achei muito linda sua casa... – elogiou Trisha, mas Jasper sentiu inveja emanando dela e Edward leu pensamentos nada agradáveis dela, assim como Edgar estava pensando em Esme e Renée, o que ele não gostou nada, mas não deixou que ninguém percebesse. E Peter pensava apenas em como odiava Edward e como gostaria de ter pego o carro do pai e ido para Port Angeles espionar Bella, mas é claro, Edward não conseguia ler os pensamentos de Peter.

Passos rápidos pela escada chamou a atenção de todos para atrás dos Thompson que se viraram.

– E esses são os meus filhos mais novos, Ashley. – disse Renée.

Ashley vinha na frente enquanto Luna vinha logo atrás e David vinha quase correndo.

– Oi. – disse Ashley.

– Os gêmeos, Luna. – disse Renée.

– Oiiii... – disse Luna dando um pulo e sorrindo.

– E David. – finalizou Renée.

– E aí, o que esta pegando? – disse David parecendo uma miniatura de Damon.

– David, olhe os modos. – recriminou Renée enquanto a maioria ria do menino.

– Ninguém merece... – disse Ashley. – Um projeto de Damon.

– Ah, vocês me amam... – disse Damon e David juntos e convencidos.

Ashley apenas revirou os olhos enquanto Esme sorria junto de Renée e o resto da família. Os Thompson também sorriam, e por incrível que parecesse, os sorrisos de Edgar e Trisha eram verdadeiros, mas já Peter, esse apenas sorria fingindo estar se importando.

Afinal, a maioria dos adultos, por mais ruim que fossem, gostavam de crianças.

As três crianças tinham mochilas nas costas.

– Já pegaram todas as suas coisas? – perguntou Esme. Os três acenaram com a cabeça. – Ótimo, então vamos por que um monte de pizzas e sorvete nos esperam...

– Eba! – exclamou Luna e David. Ashley apenas revirou os olhos, apesar de também gostar do que ouviu.

– Boa noite a todos. – disse Carlisle.

– Amanhã eu os levo para a escola... – disse Esme.

Carlisle, Esme, David, Luna e Ashley saíram porta a fora. Edward, Jasper e Emmett iriam ficar, pois estavam esperando as meninas voltarem de Port Angeles.

– Por favor, sentem-se enquanto o jatar ainda não é servido... – disse Renée.

– Eu cuido disso... – disse Elijah pegando a garrafa de vinho das mãos de Edgar.

Logan se levantou.

– Vou na casa dos Mason. Charles quer conversar comigo... – disse Logan enquanto se dirigia a porta. – Devo voltar quando as meninas retornarem...

– Tudo bem... – disse Renée. – Tome cuidado... – disse ela como uma mãe.

Damon, Klaus, Edward e Emmett sorriram mas ao ver o olhar nada amigável de Logan, o sorriso morreu na hora. E assim, ele saiu e logo todos eles ouviram o som da moto de Logan se distanciar.

Trisha se sentou ao lado de Edgar e Peter. Ela e Edgar se portavam elegantemente, já Peter, apenas agia como ele devia ser, um adolescente arrastado contra a vontade para um jantar de adultos.

– Então, esta gostando de Forks? – perguntou Renée para Trisha ignorando total Edgar que disfarçadamente a comia pelos olhos.

O sorriso de Trisha vacilou.

– E como não gostar? – respondeu ela com outra pergunta.

– Ah querida, não precisa fingir... – disse Renée que estava sentada no outro sofá ao lado de Klaus. Charlie estava sentado na poltrona próximo ao sofá em que ela estava. – Eu também odeio esse fim de mundo. Estou inconformada ate hoje por Charlie ter nos arrastado para esse lugar que só sabe chover e fazer frio.

– Estávamos precisando de um pouco de sossego das cidades grandes. – disse Charlie.

– E veja como isso acabou dando certo... – ironizou Damon.

Exceto os Thompson, todos os outros fingiram que Damon não falou nada.

– Foi por isso que eu quis vir para Forks. – disse Edgar entrando na conversa.

Elijah voltou com a garrafa de vinho aberta e acompanhado por uma empregada trazendo uma bandeja de prata com taças. Cinco das onze taças já estavam com um liquido vermelho. Sangue de animal.

A empregada serviu as cinco taças com sangue para Edward, Jasper, Emmett, Charlie e Renée, os outros iriam tomar vinho. Edward segurou a careta para o sangue de animal, já que ele era o único que se alimentava de humanos na família Cullen. Elijah serviu o resto com o vinho tinto. Ele agiu como se já tivesse servido as cinco taças com o vinho. Quando faltou somente Peter, ele ficou indeciso.

– Apenas um pouco... – disse Trisha com seu sorriso.

– O jantar estará servido em dez minutos... – disse a empregada antes de se retirar.

E assim a conversa fluiu com todos sendo falsos. Renée quis dar uma chance para conhecer a nova família, mas nem mesmo ela que as vezes parece ter um parafuso a menos gostou dos Thompson.

Edgar, claramente... para aqueles que tinha sentidos aguçados, era um ser asqueroso que não honrava o casamento e tinha uma certa aura misteriosa.

Peter, bom, esse os meninos não gostavam dele desde a escola, e a forma como ele agia na mansão Swan só o fazia ser ainda mais odiado. Obviamente, Peter ate podia enganar os humanos, mas para eles, vampiros, eles perceberam que ele era falso, se fazia de santo.

Já Trisha, essa era obviamente inteligente, manipuladora, uma cobra em pele ovelha. Seu sorriso que parecia ser amistoso, elegante, era uma mascara de puro cinismo. Trisha, mesmo sendo humana, obviamente era perigosa.

Logo a empregada que serviu o vinho entrou na sala.

– O jantar já esta servido. – ela anunciou.

Eles agiam normalmente, mas por dentro, Edward, Jasper, Emmett, Charlie e Renée se retorciam de nojo, afinal, eles não comiam comida humana. Mas eles teriam que serem homens e mulher e aguentar a tortura.

Eles se levantaram e caminharam rumo a sala de jantar.

Elijah, assim que se sentou, seu celular tocou.

– Desculpem... – ele disse logo após ver o nome “Isabella” no visor. Ele se levantou. – Tenho que atender... – e se retirou da sala de jantar. – Elijah!

– Amoreco do meu coração... – disse uma voz bem conhecida por ele.

Elijah estava na sala de estar.

– Nessie me de esse telefone aqui... – disse a voz de Bella ao fundo.

Elijah suspirou.

– No que vocês se meteram? – ele perguntou a Isabella.

– Você quer a versão completa ou a versão resumida? – Bella perguntou.

– Por hora, a versão resumida... – ele disse suspirando.

– Estamos na cadeia. – ela respondeu.

Elijah ouviu o som de engasgo vindo da sala de jantar. Era Damon e provavelmente o resto de sua família e amigos que estavam ouvindo enquanto disfarçavam e jantavam.

– C-como? – ele ainda perguntou sem realmente acreditar no que ouvia.

Ele ouviu o telefone sendo tomado da mão de Bella.

– Estamos no xilindró, onde o sol nasce quadrado, capiche? Agora venha nos libertar antes que isso aqui vire um banho de sangue... o meu sangue... – disse Nessie meio apavorada.

E Elijah soube na hora, seja o que for que aconteceu, foi culpa da Nessie.

– Já estou a caminho. – ele disse e desligou. Suspirou e revirou os olhos.

Ele foi ate a sala de jantar.

– Desculpem, mas eu tenho que sair. – ele disse normalmente.

– O que aconteceu? – perguntou Renée fingindo que não sabia.

– As meninas foram presas. – ele respondeu. – Irei ate Port Angeles e cuidarei rapidamente disso.

– Como? – perguntou Trisha assustada.

– Não se preocupem, Elijah fez advocacia... ele vai resolver isso. – disse Charlie.

– Eu vou com você. – disse Klaus se levantando.

– Não precisa. – barrou Elijah. – Não queremos complicar ainda mais as coisas.

E sem dar tempo para replicar, Elijah saiu. Todos estavam apreensíveis. Um silêncio se instalou na sala, ate que a atenção de todos foi chamada para o som dos talheres atingindo o prato. Damon estava comendo como se não tivesse ouvido a notícia.

Notando que todos o olhava, Damon parou o garfo no meio do ar e olhou para todos.

– Que foi? – ele perguntou.

– Que foi? As meninas foram presas e você aí comendo como se nada tivesse acontecido. – reclamou Edward.

– E o que você esperava que iria acontecer ao juntar 12 meninas e sendo que pelo menos 10 são loucas? – disse Damon com seu costumeiro ar irônico.

Damon e Klaus foram os únicos que terminaram de comer, para os outros, o jantar não lhes interessava mais, principalmente para os vampiros da espécie dos frios.

Logo, todos eles se juntaram na sala de estar e conversaram enquanto esperavam notícias. Uma hora se passou, logo mais uma hora se passou e eles ouviram o som de carros estacionarem em frente a mansão. Cinco minutos depois, a porta se abriu e por ela passou Bobby (Homem de Gelo) e Remy (Gambit), que vieram cada um em um carro.

– Ah, são só vocês... e eu aqui esperando alguém importante... – disse Damon.

– E eu aqui esperando que você desaparecesse da face da Terra... – disse Remy.

Damon apenas deu seu odiável sorriso enquanto levava um copo com whisky a boca.

– As meninas ainda não chegaram? – perguntou Bobby ignorando a troca de farpas entre Damon e Remy.

– Elas foram presas... – disse Klaus todo a vontade na poltrona enquanto também tomava um gole de whisky. – Elijah foi tirar elas de lá.

– Nessie? – perguntou Remy enquanto se sentava ao lado de Emmett e Bobby se sentava entre ele e Jasper. Edward estava sentado ao lado de Damon no outro sofá e Peter estava sentado entre Edward e Edgar. Charlie estava sentado na outra poltrona. Renée estava sentada ao lado de Trisha em um outro sofá.

– É o que parece... – disse Edward.

O som da moto ouvida por todos indicou que Logan havia acabado de chegar. Ele também perguntou se foi a Nessie a responsável. Ele se sentou na ponta do mesmo sofá em que Trisha e Renée estavam sentadas, mas longe delas.

Mais uma hora se passou e logo eles ouviram o som dos carros estacionando em frente a mansão. Trisha se levantou e se virou para a porta. Ela foi a única a se levantar.

– Ah, por favor... – eles ouviram a voz da Nessie já próxima a porta. – Nem foi tão ruim assim...

Ela disse ao mesmo tempo e que abria a porta e passava por ela com duas sacolas de roupas em cada mão.

– Isso por que não foi você que teve que aturar uma sapatão dando em cima de você e agindo e te olhando igual a um cachorro como se você fosse um frango assado de padaria. – reclamou uma Anna (Vampira) revoltada.

– A Anna tem razão Nessie. – disse Rosalie. – Não foi você que teve que aturar a mão boba daquela outra sapata.

Kristin, que vinha logo atrás, mordia os lábios para não rir, assim como Angela, Amara e Hayley, pois todas as outras estavam com cara de que estão prestes a meter a mão na cara de alguém.

– Ah, vocês são um bando de frescas, vocês deviam é estar gratas por alguém achar vocês bonitas... – disse Nessie.

– Alguém me segura pois senão eu vou acabar metendo a mão nessa jumenta... – disse Anna.

– Não se preocupe, pois aqui ninguém vai te segurar, nós vamos é te ajudar. – disse Bella.

Elijah, ao mesmo tempo em que tinha uma cara de que teve que aturar isso o caminho todo, também tinha indícios de divertimento nos lábios.

Todos já estavam dentro da casa e Elijah fechou a porta. Ele se separou delas e foi se juntar aos adultos que assistiam aquilo sem entender muito o que assistiam. Damon tinha seu sorriso maroto nos lábios, assim como Klaus e Emmett. Todos os outros estavam sérios, apesar de Renée, Charlie e Logan conhecerem suas filhas muito bem.

Todas elas tinham sacolas de lojas de grifes em mãos.

– Ok, tudo bem, já chega, nada de barraco a essa hora da noite! – disse dona Renée pondo ordem na casa.

– Era só o que me faltava, ate mesmo de barraqueira estão me chamando... – resmungou Anna.

– Isso mesmo, vamos todos nos acalmar, já passou. Estamos todos bem e em casa. – disse Hayley assumindo um tom mandão, do tipo em que somente as gravidas tem e do tipo que mete medo em qualquer um.

– Isso mesmo... – disse Bella respirando fundo. – Não sei por que ainda me estresso, ela já me meteu em cada furada pior do que o que aconteceu hoje. Vamos guardar as compras... – ela olhou para a sala e viu todos lá. Seus olhos caíram em Peter. – O que essa coisa esta fazendo aqui? – e rapidamente ela se corrigiu. – Não tinha visto vocês aí, oi, como estão passando? – seu sorriso parecia autentico.

E assim, o clima tenso que pairava todas as meninas se dissipou e todas seguraram o riso, inclusive a própria Kristin.

Trisha fuzilou Bella com olhar. Edgar encarou Bella com um indicio de divertimento, afinal, o que ele poderia fazer se uma das meninas mais lindas do planeta não queria ver seu filho nem pintado de ouro? Ele, particularmente, nada, mas...

– Estamos bem... – disse Trisha com seu falso sorriso que Bella passou a desprezar. Como uma cobra como aquela podia ter uma filha tão legal como a Kristin? – Então, o que aconteceu?

Bella deu um sorriso falso.

– Nada demais, apenas uma noite de garotas. – disse Bella. – Pessoas da sua idade não devem se preocupar com isso. – rugas surgiu na testa de Trisha e se o olhar dela matasse... bom, Bella já estaria morta. – Eu reconheço que nós, jovens, devemos ter cuidado para não lhes causar um infarto.

Davina estava com cara de quem não acreditava no que ouvia, assim como Angela, Hayley, Amara, Anna, Kitty, Peter, Jasper, Edward, Emmett, Bobby, Edgar e Elijah. Já Logan, agia como se aquilo fosse normal, melhor, ele agia como se aquilo fosse a mais pura verdade. Charlie se segurava ao máximo para não gargalhar, assim como Nessie, Rebekah, Rosalie, Alice e Kristin. Klaus, Remy e Damon tinham um sorriso zombeteiro no rosto.

– Como é que é? – perguntou uma Renée de congelar ate o inferno.

– Argh... acho que comi algo estragado, tenho que ir ate o banheiro. Fui! – disse Bella inventado uma desculpa esfarrapada e se mandando da sala direto para a escada rumo ao seu quarto.

Essa vadia me paga! Exclamou Trisha em pensamento e Edward leu.

– Já esta tarde, acho melhor irmos... – disse Trisha com seu sorriso mais falso que Padra comprada na 25 de março. – Foi um prazer conhecer vocês.

Ninguém acreditou naquelas palavras, mas ninguém podia também culpa-la.

E assim, os Thompson se despediram.

– Tchau, vejo vocês amanhã na escola. – disse Kristin para as meninas.

– Mas amanhã não tem aula. – disse Nessie sem entender.

– Sim, por que vamos arrumar tudo para o baile. – disse Alice como se fosse obvio.

– Como assim? Ninguém me disse nada sobre ter que trabalhar... – reclamou Nessie.

– Na verdade, a Jessica passou nas salas anunciando e pedindo assinaturas de quem iria ajudar arrumar a escola para o baile. – disse Angela.

– Hmm... só prestei atenção na parte em que não haveria aula. – disse Nessie como se fosse a coisa mais normal do mundo. – Espera um pouco! – ela se exaltou. – Eu não me escrevi em nada.

– Mas a Bella sim. – disse Rosalie dando de ombros. – Te vemos amanhã, Kristin, e desculpem... – ela disse para Kristin e Angela. – Por essa desmiolada ter feito vocês serem presas também.

– Que nada, eu me diverti muito hoje. – Kristin disse e sorriu.

– O mesmo comigo. – disse Angela. – Minha vida andava monótona...

– Vocês duas tem problema, isso sim. – disse Anna com seu ar gótico.

Rebekah balançou a cabeça.

– Ate amanhã, então. – disse Rebekah sorrindo.

E assim, os Thompson se foram. Trisha, Edgar e Peter tinham ouvido a conversa de despedida das meninas.

Ela entrou no lado esquerdo do carro e Peter no lado direito. Edgar entrou e se sentou no banco do motorista e Trisha no banco do passageiro.

Edgar deu ré e logo já estava dirigindo pela rua, virou a esquerda na primeira rua.

– Então, por que vocês foram presas? – perguntou Peter.

– Nossa garoto, desde quando você virou fofoqueiro? – perguntou Kristin. – Ah, sim, desde quando você criou uma obsessão por uma das meninas mais bonitas que você já viu e que te deu o maior fora que eu já testemunhei na vida.

– Kristin... – advertiu Trisha.

Kristin revirou os olhos.

– Como sempre, defendendo o filho perfeito. – disse Kristin e se encostou na janela olhado para a paisagem.

Enquanto isso, na mansão Swan.

– Então, vamos? – perguntou Bobby.

– Sim. – disse Amara. – Iremos levar a Angela ate a casa dela, é caminho.

– Tudo bem. – disse Remy.

E assim eles se foram. Na sala estavam, Renée, Charlie, Logan, Rosalie, Edward, Jasper, Emmett, Nessie, Elijah, Hayley, Rebekah, Davina, Alice e Bella.

– Então, o que aconteceu? - perguntou Renée e seu tom deixava claro que não haveria discussão, eles teriam que contar.

Bella suspirou.

– Será mais fácil se eu mostrar... – disse Isabella.

Enquanto isso, em algum lugar.

Ele corria pela floresta. Sua respiração estava arfante, suas roupas estavam em trapos. Seus olhos azuis vislumbravam perfeitamente na penumbra. A noite dava um ar mais negro naquela floresta que parecia se estender a quilômetros.

Sua garganta ardia em sede pela fonte de suas forças.

Usando o resquício de energia que lhe ainda tinha, ele correu. Para alguém normal, tudo iria ficar um borrão, mas pra ele, era como se tudo tivesse parado.

Minutos se passaram ate que finalmente ele se deparou com uma cidade. A cidade parecia estar dormindo.

Ele andou por becos, se esgueirando, procurando ser invisível. Ele tinha que conseguir fugir e fazer uma ligação. Mas a fome estava começando a nublar seus pensamentos. Foi quando o cheiro lhe bateu como uma onda de choque.

Ele correu, virou esquinas, becos, ate chegar no beco certo e lá ele estacou no lugar.

No chão, três corpos humanos ensanguentados e com alguns membros espalhados em volta, sob uma poça de sangue enorme.

Além dos corpos humanos, havia cinco corpos de vampiros, todos decapitados e sem os braços espalhados pelo beco.

E no meio de tudo aquilo, estava alguém imponente e de sobretudo preto o encarando com aqueles olhos vermelhos sádicos. A monstro de quem ele estava fugindo.

– Então, Regan, esta gostando da cidade? – perguntou o vampiro com sua voz sádica. Ele tinha uma aura inigualável. Ele parecia invencível.

– Zorak... – Regan rangeu os dentes. Ele tinha medo, mas sabia disfarçar bem como se fosse coragem.

– Eu espero realmente que você goste da estadia, pois eu, definitivamente, irei adorar. – disse Zorak com seu ar de onipotente. E logo em seguida, ele desapareceu em uma mistura de fumaça e energia negra. Parecia teletransporte.

Regan olhou para os corpos dos vampiros e notou que eles usavam uma roupa que ele conhecia muito bem. Capas pretas.

– Guardas Volturi... – ele sussurrou pasmo.

Em seguida, ele se virou ao notar a presença de dez seres se aproximando.

– Dor... – disse alguém na mesma hora.

Sem ter tempo de reação, Regan caiu no chão com a descarga avassaladora de dor mandada pra ele. Era maio e mais poderosa do que a ultima vez em que ele sentiu isso por culpa da mesma pessoa, sua amiga Isabella.

Ele sentiu sua consciência escurecer.

– Jane, não o mate, Aro o jugará depois de o ler e aí sim você pode destruí-lo com toda a sua fúria. – disse aquele que Regan lembra ser, Alec, irmão gêmeo de Jane. – Pois não tem como ele ser inocentado depois de ter matado humanos em nossa área e pior, matado cinco de nossos guardas.

Isso não podia estar acontecendo, ele não podia estar ali, mas... não tinha como negar, ele estava em Volterra, e assim, Regan perdeu a consciência, afinal, ele era um hibrido, meio humano e meio vampiro. Um ultimo vislumbre, Regan viu no céu uma lua. Era noite de lua nova.